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Telecomunicações

O grupo Oi anunciou Francisco Valim, atual presidente da consultoria Serasa Experian, para o comando da operadora. 

Em nota, a companhia afirmou que o executivo assumirá o grupo em 1° de setembro. 

Até sua chegada, o comando da Oi ficará nas mãos do presidente do Conselho de Administração da TNL Participações, José Mauro da Mettarau Carneiro. 

Valim assume a Oi no lugar de Luiz Eduardo Falco, tendo como uma das missões simplificar a estrutura acionária do grupo.

Telefonia

[...] o que era ruim, ficou pior

Embora a grande maioria dos usuários dos serviços de telefonia, internet e tevês a cabo não tenha muitas ilusões em que adiante alguma coisa reclamar das empresas à Agência Nacional de Telecomunicações, os números daAnatel mostram que não pára de crescer o  desrespeito ao consumidor brasileiro.
Em apenas um ano o número das reclamações aumentou em 35%, atingindo um total de 150.135 reclamações no mês de fevereiro de 2011, contra as 113.223 reclamações no mesmo mês. do ano passado.
Dependendo do serviço, o aumento das queixas foi 26,63% e de 48,1% O maiores aumentos estão entre os usuários de telefones fixos,  que passaram de 38 mil para 52 mil, e nos serviços de celular e banda larga móvel (3G), onde os registros subiram de 51.705 para 65.475. Já os casos relacionados à TV por assinatura aumentaram de 5.523 para 8.180 reclamações.

por Luis Nassif

A nova Telebrás e o PNBL


A universalização da banda larga exigiu um esforço intenso para recuperar a Telebras.
Antiga holding do setor, com a privatização acabou quase sem função. Para dar conta das novas atribuições, decidiu-se montar um corpo técnico competente e trabalhar fundamentalmente com parceiros privados.
Segundo o presidente da Telebras, Rogério Santana, a empresa conseguiu bons técnicos junto à Anatel, e engenheiros do mercado, liberados pela fusão Telemar-Brasil Telecom. Mas também engenheiros de outras companhias privadas, que se interessaram pelo desafio de construir uma nova rede.
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Constituído o corpo técnico, outro grande desafio foi a de preparar um planejamento meticuloso de compras, visando reduções de preço, principalmente devido ao emaranhado de regulamentos das licitações públicas.
A primeira contratação, através da MP 495, deu preferência para indústria nacional. Foram adquiridos equipamentos que geram o laser que vai para a fibra ótica, switches, roteadores menores – para transportar o sinal do backbone para as cidades.
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Antes da privatização, o setor tinha 60 fornecedores nacionais; depois da privatização, restaram 13. A crise dos últimos anos apertou mais ainda o setor. As multinacionais remeteram muito recurso para fora, para atender às matrizes; e a fusão da Oi limitou sua capacidade de investimento.
Segundo Santana, quem sobreviveu foi devido ao diferencial tecnológico. Agora, com as novas demandas, essas empresas terão espaço para crescer.
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Ainda hoje, depois de anos de privatização, a Telebras ainda é a 9o empresa brasileira com maior número de patentes registradas.
As vantagens são evidentes, diz Santana. Se quiser mudanças no software de equipamentos chineses ou americanos, levará anos. Com o desenvolvedor nacional, a resposta é instantânea.
E as características brasileiras são diferentes, por exemplo, da Europa. Lá existem distâncias pequenas entre as cidades. Aqui, distâncias continentais, grandes vazios e populações dispersas, obrigando a equipamentos com características fundamentalmente distintas.
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A nova rede permitirá avanços tecnológicos relevantes. Um deles será a tecnologia radiocognitiva. São sistemas de software que permitem ao rádio descobrir a frequência mais adequada para a transmissão do sinal. Essa tecnologia está sendo trabalhada pelo CPqD e será bastante útil em um espectro poluído por muitas ondas sonoras.
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Será ampla a capacidade da nova rede. Os oito roteadores permitiriam em tese o acesso simultâneo de toda a população da China, com 1 mb de capacidade per capita.
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Hoje em dia, diz ele, a velocidade da banda larga não é assegurada pela Anatel. Um serviço oferece determinada banda. Mas, dependendo do número de usuários conectados, a banda efetiva entregue termina sendo muito mais baixa.
No caso do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), a velocidade entregue terá que ser efetiva, provavelmente 1 mb para cada usuário.
Juros para pessoa física e empresas avançam em março
As taxas de juros das linhas de crédito voltadas para pessoa física subiram 0,05 ponto percentual, passando de 6,73% em fevereiro para 6,78% ao mês em março, de acordo com a Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Para as empresas, a média da taxa de juros geral subiu 0,06 ponto percentual no mês, o equivalente a uma elevação mensal de 1,55%, passando de 3,86% ao mês em fevereiro para 3,92% ao mês em março.
Dilma pede velocidade maior nas conexões do PNBL
A presidenta Dilma Roussef pediu o adiamento do Plano Geral de Metas da Universalização (PGMU) para aumentar a velocidade de conexão da internet prevista no Plano Nacional de Banda Larga. As negociações iniciais consideravam a oferta de internet de 600 quilobits por segundo (kbps) por R$ 35 ao mês, podendo chegar a R$ 29,90 com a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Contudo, a presidenta orientou que a velocidade mínima oferecida seja de 1 megabit por segundo.
Petrobras é a segunda empresa mais lucrativa das Américas
A Petrobras é considerada a segunda empresa mais lucrativa entre as companhias de capital aberto da América Latina e Estados Unidos, segundo a consultoria Economática. A companhia mais lucrativa em 2010 é a norte-americana Exxon Mobil, com US$ 30,4 bilhões. A Petrobras aparece logo em seguida, com US$ 21,1 bilhões, enquanto a Vale do Rio Doce pulou para a sexta colocação em 2010, com um lucro de US$ 18 bilhões. Entre as 20 empresas mais lucrativas, apenas Petro e Vale são latinas.
Balança do agronegócio bate recorde em março
O saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro durante o primeiro trimestre atingiu um superávit de US$ 65,5 bilhões, afirma o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As exportações apuradas no período subiram 19,7% em relação ao período de abril de 2009 a março de 2010, chegando a US$ 79,8 bilhões. Já as importações do setor foram de US$ 14,3 bilhões, um aumento de 35,7% em relação ao período imediatamente anterior.
Brics exigem reforma monetária global
Os cinco principais países emergentes (Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul — Brics) cobraram uma renovação do sistema monetário global. O grupo defende um sistema menos dependente do dólar norte-americano e que dê mais poder às instituições financeiras internacionais, além de uma regulação mais forte dos derivativos de commodities para reduzir a volatilidade dos preços de alimentos e energia que, segundo eles, impõem novos riscos à recuperação da economia mundial.
Chineses investiram US$ 17 bilhões no Brasil em 2010
As empresas chinesas investiram mais de US$ 17,17 bilhões no Brasil ao longo de 2010, segundo o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Desse total, US$ 4,08 bilhões foram destinados a novos negócios no País e os US$ 13,09 bilhões restantes foram para aquisições de companhias. A avaliação setorial mostra que US$ 14,34 bilhões do total está empregado nas áreas de petróleo, gás e metais, o que evidencia a estratégia de garantir autofornecimento de matérias-primas.
Blog: www.luisnassif.com.br
E-mail: luisnassif@advivo.com.br

Telecomunicação

[...] Banda larga a 35 reais


O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse hoje, em Porto Alegre, que entre as novas metas a serem estabelecidas pelo governo para os setores de telefonia e internet está a elevação para 70% do número de domicílios com internet no país até o final do governo e um custo máximo de R$ 35 ao mês na banda larga para os consumidores. 
"Isso é o que vamos colocar como meta. Em Estados que possam reduzir o ICMS o valor deve ser menor", afirmou durante ato de assinatura de um protocolo de intenções com o governo gaúcho, relacionado ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), no Palácio Piratini.
A meta de oferecer banda larga a R$ 35 em 35 milhões de domicílios brasileiros é para 2014 e integra o PNBL. O ministro já havia dado detalhes sobre ela na semana passada, durante sua participação em audiência pública realizada na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados. O governo estima que, caso se concretize a redução tributária para o setor em negociação com os estados, o valor pode cair para R$ 15 em quase 40 milhões de domicílios.
O ministro admitiu que o prazo previsto inicialmente para mudanças previstas no PNBL, que era abril, será estendido para 30 de junho. Enquanto ele falava em Porto Alegre, a Anatel oficializava em Brasília o segundo adiamento da renovação dos contratos de concessão da telefonia fixa, para dia 30 de junho. A solicitação de adiamento aconteceu na semana passada. A presidente Dilma Rousseff exigiu novas condições ao Plano, que passou a abrigar as metas impostas às concessionárias. Dilma quer que a velocidade mínima de acesso à internet prevista no PNBL seja ampliada de 600 Kbps para 1 Mbps.
Sobre as mudanças nas regras para a concessão de canais de rádio e TV, o ministro disse que, por enquanto, o governo não está discutindo mudanças na lei, mas manteve a posição do governo. Segundo ele, o objetivo é aumentar a transparência. 
"Queremos estabelecer critérios administrativos com o Congresso para as outorgas de rádio e TV", afirmou.
Após a assinatura do termo de intenções, Paulo Bernardo fez uma visita institucional à presidência da Assembleia Legislativa e palestrou para empresários durante reunião-almoço na sede da Federasul - Federação das Associações Comerciais e de Serviço do Rio Grande do Sul. 
À tarde o ministro se encontrou com representantes da AGERT - Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e TV - , que fizeram solicitações em relação as atribuições das teles e ao novo marco regulatório do setor.

Internet

[...] Banda larga

Vamos acabar com esta conversa de kilobit, nosso objetivo é megabit, teria dito a presidente Dilma aos representantes das teles.
Mais velocidade a preço razoável. 
É o que pretende o governo.

Banda larga

Dilma não abre mão da qualidade
O Estadão publicou a notícia de que a presidente Dilma Rousseff determinou a suspensão da decisão que seria tomada hoje sobre  a terceira revisão do Plano Geral de Metas de Universalização de Telefonia. Diz o jornal que Dilma está insatisfeita com as propostas apresentadas pelas teles para o Plano nacional de Banda Larga.
O problema é que a proposta que ia ser apresentada era de baixa velocidade (600 kbps) e Dilma quer que as operadoras ofereçam pelo menos 1 Megabite por segundo aos usuários, pelo preço de até R$35.

A refundação do Ministério das Comunicações

É oportuna, digna mesmo de que o novo governo se debruce seriamente sobre ela, a proposta feita no "Seminário Cultura/Liberdade de Imprensa" pelo ministro da Comunicação Social (SECOM), Franklin Martins, de "refundar" o Ministério das Comunicações. Em sua palestra, o ministro afirmou que o país precisa de tudo novo nas Comunicações.

Com o Ministério das Comunicações, destacou Franklin "precisa se passar, grosso modo, o que se passou com o Ministério das Minas e Energia no 1º mandato do presidente Lula. Tem de ser refundado. Se a refundação na área de Minas e Energia não tivesse ocorrido teríamos tido uma sucessão de apagões e não haveria segurança jurídica para os grandes investimentos em hidrelétrica no país".

O Ministério das Comunicações precisa passar pelo mesmo, até para sair do allheamento em que se encontra nas discussões e formulações das grandes questões da área - como as da volta da Telebras e a elaboração da Nova Lei de Comunicação Eletrônica - e se tornar, como propôs o Franklin, o centro formulador de uma política nacional de comunicações.

Comunicações: centro formulador de políticas

A refundação é realmente o caminho para transformar o ministério no grande centro debatedor e formulador de algumas das políticas que mais se encontram na ordem do dia no país, como as relativas à banda larga e à regulamentação das mídias eletrônicas.

Convenhamos, o ministro aponta um exemplo muito direto de distorções que se verificam hoje na área, como a manutenção em um só ministério de decisões sobre as telecomunicações e a radiodifusão. "E uma disputa desigual, onde o primeiro setor faturou, só em 2009, R$ 180 bi, contra R$ 13 bi do segundo".

A repactuação proposta pelo ministro com todas as partes envolvidas, primeiro topando discutir o assunto e depois contribuindo para que se implante um novo Ministério das Comunicações, é o melhor caminho para a viabilização de uma nova, mais dinâmica e menos conflituosa política na área.

Se não houver uma repactuação, "as telecomunicações vão atropelar a radiodifusão como uma jamanta", alerta o ministro da SECOM.

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Vídeos - Google e Aplle lançarão serviço "on demand"

Dois gigantes do mundo da Internet, Google e Apple estão empenhadas em lançar seu serviço de vídeos "on demand" – quer dizer, vídeos que podem ser baixados no computador na hora em que o freguês desejar. Com 2 mb de banda larga – hoje disponível para a maioria dos usuários do serviço – baixa-se um filme em poucos minutos.
Com essa banda, será possível assistir filmes em broadcast, ao vivo, com a mesma alta definição de uma transmissão via cabo.
Hoje em dia, fabricantes como a Samsung e a LG dispõem de aparelhos de televisão que, conectados à Internet, permitem acessar emissoras de todas as partes do mundo.
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CASA DE MARIMBONDO


por Carlos Chagas

          Caso Dilma Rousseff venha a ser eleita, o PT vai insistir num projeto denominado “Comunicação e Democracia”, que tentou e não conseguiu impulsionar durante o  governo Lula. O que era uma sugestão para o segundo mandato do primeiro-companheiro vê-se agora transformado em proposta para a suposta sucessora. Trata-se de proposta já  debatida no partido mas ainda não discutida com a candidata. São tantas e tão polemicas as mudanças sugeridas no sistema de comunicação eletrônica vigente que o mínimo a prever é uma crise dos diabos entre a mídia e o novo governo, caso ele se forme. 
      
      Sem análise mais profunda sobre o que o PT propõe, pelo desconhecimento do documento em sua integralidade, vale ressaltar que o texto sugere a elaboração de uma lei que dificulte, primeiro, e proíba, depois, a concentração da propriedade dos meios de comunicação eletrônica. Isso significa que um mesmo grupo ou conglomerado  encontrará dificuldades para possuir e para explorar diversas emissoras e canais de televisão e rádio.
       Sugestão paralela é de regulamentar o dispositivo constitucional até hoje inócuo, que proíbe a existência de oligopólios nos meios eletrônicos de rádio e televisão.
Outra novidade será a criação de conselhos populares que participariam da decisão hoje entregue ao governo e ao Congresso para a renovação e concessão de canais de rádio e televisão. Mais uma: a criação da Secretaria de Democratização da Comunicação, um mini-ministério subordinado diretamente à presidência da República.
    
     A regulamentação da publicidade no setor público também faz parte do documento, assim como incentivos legais e econômicos para o desenvolvimento de jornais e revistas independentes. 
    
   Aqui para nós, se essa proposta progredir e vier a fazer  parte das metas e objetivos de Dilma, é bom tomar cuidado, porque o governo estará enfiando não só  o braço, mas o corpo inteiro numa imensa casa de  marimbondos.
   
O governo Lula tentou três vezes bater de frente com a mídia. Primeiro, ao endossar no Congresso um projeto conhecido como "Lei da Mordaça", que se aprovado proibiria juízes, promotores e delegados de polícia de prestarem declarações à imprensa sobre processos ainda em andamento. Seria uma agressão à liberdade de divulgação de notícias. Por exemplo: na maioria dos processos por corrupção, ficariam jornais, revistas, rádios e televisões impedidos de noticiar o nome dos acusados e as acusações respectivas, sob pena de ver punidos os agentes do poder público responsáveis pelas informações. Imagine-se o caso dos sanguessugas e dos dois mensalões: nenhum dos ladravazes hoje conhecidos teria tido nome e  fotografia expostos pelos  meios de comunicação. 
    Felizmente, o Congresso arquivou a "Lei da Mordaça", com anti-democrática e lesiva aos interesses da sociedade.
Depois, o governo tentou criar a Agencia Nacional do Audiovisual, que engessaria a produção de cinema e vídeo, subordinando-a aos interesses de quem estivesse no poder.   Novo recuo, dado o radicalismo da proposta.  
  
     Em seguida veio o projeto  do Conselho Federal de Jornalismo, da mesma forma sepultado no Legislativo, mas tão eivado de veneno a ponto de permitir a suspensão do exercício da profissão, quer dizer, do direito de trabalho, de jornalistas que porventura contrariassem a opinião dos dirigentes da entidade. Aliás, nomeados  pelo governo.
     Agora, mais uma vez, o partido do presidente e talvez da presidente  da República tentará enquadrar os meios de comunicação. 

É evidente que oligopólios são nefastos e que a concentração da propriedade jornalística é um perigo capaz de gerar a uniformidade das notícias e das opiniões, não fosse o detalhe chamado de concorrência. 
     
     Quanto aos "conselhos populares", quem os convocaria e reuniria? Já existe o Conselho de Comunicação Social, mesmo paralítico, mas na teoria funcionando como um apêndice na mesa do Senado, dispondo apenas de funções consultivas. Seria extinto,  mesmo tão  desimportante?
   
    A criação da  Secretaria de Democratização da Comunicação seria apenas mais um cabide de empregos ou teria a seu cargo municiar o presidente da República de queixas e reclamações contra a imprensa? E de sugestões para reprimi-la?
      
Regular a atividade publicitária no setor público até que parece  acertado, mas desde que  para impedir o fluxo de dinheiro fácil para os  meios de comunicação, de forma a conquistar-lhes as boas graças e a simpatia.
      
Não dá  para entender a última sugestão, de programas de incentivos legais e econômicos para o desenvolvimento de jornais e revistas independentes. Independentes de que e de quem? Do governo? Das empresas estatais cuja publicidade  tão bem se encontra  manipulada?
      
Nas poucas vezes em que a candidata abordou a questão da mídia, não fechou as portas para uma espécie de controle administrativo, mas enfatizou sempre não admitir nada que pusesse em jogo o conteúdo dos meios de comunicação. Vamos ver se, no caso de eleita, cederá  a pressões dos companheiros e mudará  de opinião.
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FHC - GERADOR DE FRUSTRAÇÕES

A memória do povo  é curta. Do sociólogo, em especial.  Escanteado na campanha de José Serra, para permanecer na mídia  Fernando Henrique Cardoso especializa-se em bater no Lula, um dia sim, outro também. Acaba de declarar que o atual presidente da República abusa do poder, integrando-se na campanha de Dilma Rousseff e permitindo que o PT utilize os fundos de pensão como um fechado bloco de poder.

Por quem sois, Excelência? Esqueceu qual a principal figura no festival das privatizações que promoveu em seu governo? Precisamente os fundos de pensão, manipulados até o limite da irresponsabilidade, conforme um de seus ministros. Naquelas operações de doação do patrimônio público o que menos pesou foram os recursos privados. É claro que o PT não tem direito algum sobre a caverna do Ali Babá em que se transformaram os fundos de pensão, mas o sociólogo também não tinha, quando diversas vezes  pronunciou  a palavra mágica do “Abre-te Sésamo”. E como abriu...

Disse o ex-presidente não ter feito o que o Lula faz, ou seja, pedir votos para a candidata e misturar as funções de chefe do governo com as de cabo eleitoral. É bem possível haver razão no diagnóstico, não fosse um detalhe: FHC tinha horror da candidatura  de José Serra[ E sofria de grande impopularidade ]. Não o queria  no palácio do Planalto. Aliás, não queria ninguém, exceto ele mesmo. Por isso saltou de banda durante a campanha vencida pelo Lula.

Bissextos leitores indagam porque essa marcação cerrada contra Fernando Henrique, neste espaço. A explicação resume-se numa  palavra: frustração. Porque ele frustrou  a imensa maioria do povo que o elegeu. Naqueles idos, tendo Itamar Franco surpreendido todo mundo ao fazer um excelente governo, o Brasil parecia estar tomando jeito. O candidato escolhido pelo então presidente da República  apresentava bagagem invulgar. Um dos líderes da resistência contra a ditadura, exilado, senador e executor do Plano Real, que acabou com a inflação. Intelectual, cercado de diplomas, poliglota e, acima de tudo, um representante da esquerda consciente. Reformista, jamais revolucionário, servia de anteparo às aventuras populistas e à pregação do caos. Mas acenava com largos passos adiante no aprimoramento social e institucional. Seu último projeto,  apresentado no Senado pouco antes da campanha eleitoral, estabelecia parâmetros para a cobrança do imposto sobre grandes fortunas. Em suma, seria através dele que o país avançaria como opção destinada a reduzir desigualdades  flagrantes entre ricos e pobres, nações e indivíduos.

Pois é. No poder, pediu que esquecessem tudo o que havia escrito. Entregou-se de corpo e alma ao Primeiro Mundo e aos potentados empresariais. Começou promovendo ampla reforma na Constituição, suprimindo  direitos sociais e princípios garantidores da soberania nacional. Extinguiu monopólios fundamentais. Promoveu a mais abominável desnacionalização de que se tem  notícia na República. Leiloou parte considerável da própria Petrobrás, que quando jovem defendeu nas ruas. Entregou as telecomunicações ao estrangeiro, da mesma forma como o subsolo.  Fez mais: arrancou do Congresso, sabe-se lá a que preço, a execrável emenda da reeleição, dispondo que ele mesmo poderia disputar um segundo mandato no exercício do primeiro.

Haveria muito mais a alinhar, se houvesse espaço e indignação, sentimento que hoje se transmuda em frustração...
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Anatel revisa qualidade da 3G

As altas taxas de reclamações sobre o serviço de internet móvel levaram a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a abrir uma consulta pública para revisão da regulamentação sobre a gestão de qualidade deste e de outros serviços de telefonia celular, em 12 de julho deste ano.
Quanto ao serviço de banda larga móvel, foi realizado um levantamento das reclamações recebidas pela agência governamental para verificar os principais motivos das queixas dos usuários – e assim aperfeiçoar os novos parâmetros de qualidade que serão propostos às operadoras.O objetivo da consulta pública nº 27 é aceitar contribuições para que a Anatel possa criar novos indicadores de qualidade do serviço de telefonia celular. Entre os serviços avaliados, está o de internet móvel. Também chamada de 3G, a tecnologia ainda não havia chegado ao país quando os últimos parâmetros de qualidade do serviço de telefonia celular foram regulamentados.
A Anatel constatou que o principal motivo de reclamação era a indisponibilidade de conexão, que ocorreu em 49% dos casos relatados. Em segundo lugar, estão as baixas taxas de conexão, com 33% das queixas. Em seguida, 9% das reclamações estão relacionadas à queda de conexão. Os demais motivos, como não ativação ou bloqueio injustificado do serviço, somam 9%. O levantamento foi feito com base em reclamações de janeiro a outubro de 2008 feitas à Assessoria de Relação com o Usuário (ARU) da Anatel.
Parâmetros de qualidade novos
Sendo assim, a proposta da agência é a criação de 03 indicadores de qualidade para a internet móvel, que possam minimizar as principais reclamações dos usuários:
  1.  Taxa de conexão ao acesso banda larga: avalia a disponibilidade do serviço, verificando se as tentativas de acesso à internet são estabelecidos com sucesso. A meta proposta é uma taxa de 98% de sucesso na conexão.
  2. Taxa de queda do acesso banda larga: o indicador pretende avaliar se, uma vez estabelecida a conexão, ela se mantém ao longo do tempo. O patamar mínimo de estabilidade da rede. A meta proposta é uma taxa de 5% aceitáveis de queda de conexão.
  3. Garantia de velocidade contratada: garante patamares mínimos para que a velocidade ofertada no serviço seja cumprida. Segundo a proposta da Anatel, a garantia de apenas 10% de velocidade mínima, conforme consta em muitos contratos firmados pelas operadoras, é inadimissível. A meta proposta é uma garantia de velocidade contratada de 50%. A Anatel estuda a garantia de 30% da velocidade nos horários de pico e de 50% nos de menor tráfego de dados.

Além desses indicadores, a agência propõe outros, a longo prazo, como a garantia de investimentos para a ampliação da rede, treinamento e desempenho econômico – para assim evitar degradações futuras na qualidade e desempenho das prestadoras. Há ainda outros indicadores, ligados à avaliação da qualidade de prestação do serviço.
A consulta pública nº 27 da Anatel será encerrada às 24h do dia 26 de agosto de 2010. Caso queira contribuir, acesse o site do órgão regulador.

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Telebrás quer banda larga barata

Conversa rápida com Rogério Santana, presidente da Telebrás:

- O senhor gostou da entrada dos portugueses (PT) na banda larga ?
- Se eles ofertarem com um preço competitivo, vai ser ótimo, respondeu Santana.
- Eles substituiriam a Telebrás ?
- Não, eles entram na última milha.
- A chegada de um novo player não o entusiasmou ?
- Sim ! Um novo concorrente com mais dinheiro aumenta a concorrência e baixa o preço.
- Então, o senhor está dando um recado para os espanhóis, também ?
- Para todas as empresas, respondeu Santana.

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Lula - O que posso garantir é que enquanto for presidente a Oi será uma empresa nacional.

O presidente Lula disse, em entrevista coletiva no Palácio Itamaraty, que a Oi permanecerá sendo uma empresa nacional. Ele fez esta afirmação ao ser indagado sobre o processo de negociação envolvendo a operadora de telefonia e o grupo Portugal Telecom. No entanto, o presidente brasileiro explicou que o governo não pretende interferir nesta etapa dos entendimentos pois deve-se respeitar a soberania das empresas.
Lula explicou que setores do governo, como por exemplo o BNDES, acompanham o desenrolar dos entendimentos. O banco tem participação acionária na empresa. “Depende se for feito um bom negócio para o Brasil”, disse Lula ao enfatizar por diversas vezes que o momento é deixar que os grupos conversem e que ele não pretende emitir qualquer tipo de sinal em função das empresas terem papéis negociados nas bolsa de valores.

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Portugal veta venda da Vivo

Governo português veta venda da VIVO.


A surpreendente e tardia intervenção do governo português, ao usar de forma inédita seu direito de veto para evitar a venda da Vivo à Telefónica por € 7,15 bilhões, ampliou o impasse e colocou em xeque o futuro da capacidade de competição das empresas no Brasil. 

Após dois meses de uma negociação pública e desgastante, e da terceira oferta feita pelos espanhóis, os acionistas aprovaram que a Vivo fosse para as mãos da Telefónica por 74% a 26%. 

A Comissão Europeia avaliará a validade do direito de veto do governo português no dia 8. 

O grupo espanhol manteve sua proposta de compra até o dia 16.

A magnitude da oferta da Telefónica dá uma ideia do que está em jogo. 

Sua última proposta corresponde a três vezes o valor de mercado da Vivo em maio, 35 vezes o valor dos lucros esperados e mais de 90% do valor de mercado da própria Portugal Telecom. 

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Anatel propõe ampliar áreas locais para favorecer 63 milhões

     A Agência Nacional de Telecomunicações vai abrir, terça-feira, uma consulta pública sobre sua proposta de ampliar as áreas de telefonia fixa local para permitir que moradores em cidades metropolitanas paguem chamadas locais quando se comunicam entre eles.

    A Anatel estima que essa ampliação beneficiará até 63 milhões de pessoas nas 27 regiões metropolitanas e [...]

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Governo e Oi negociam parceria em satélite

Estimado em R$ 710 mi, projeto da tele desperta interesse de militares

Depois de ressuscitar a Telebrás para gerir o Plano Nacional de Banda Larga, o governo Lula estuda parceria com a Oi para lançar um satélite brasileiro de uso militar e comercial. O custo do projeto é estimado em R$ 710 milhões, informam Elvira Lobato e Valdo Cruz. 

A proposta foi apresentada a Lula pelos acionistas controladores da tele, e o presidente gostou da ideia. 

Segundo assessores presidenciais, a parceria é vantajosa diante do custo elevado. Além disso, dizem eles, um satélite de uso exclusivo da União ficaria ocioso, e a Oi tem a simpatia do Planalto por ser brasileira. 

O país não tem satélite de controle totalmente nacional. Sua construção é defendida por militares e órgãos que cuidam de dados sigilosos, como a Receita.

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Delação premiada


Jorge da Mota e Silva, no Correio Brasiliense
Preliminarmente, registro que, durante cinco anos, cinco meses e cinco dias, me impus silêncio total sobre as críticas infundadas que a mídia nacional publicou e ainda publica contra a Telebrás. Período em que tive a honra e o privilégio de presidi-la. Não ocuparei espaço para relatar o que foi feito durante a minha gestão. Tenho certeza de que serei lembrado pelo que não deixei que fizessem: fechá-la. Lutei quase solitariamente, tive apenas o apoio da diretoria, dos conselhos de Administração, Fiscal e de empregados dedicados.
Só agora, quando deixo a presidência, dou esse grito sufocado por tanto tempo, para repor o verdadeiro papel que teve a empresa ao longo desses 38 anos de existência. A grande transformação das telecomunicações brasileiras deu-se após a sua criação em 1972. As redes de fibras óticas, a criação da Embratel, o uso dos satélites, as transmissões a cores pelas televisões, a modernização do sistema, integrando o Brasil de norte a sul, de leste a oeste, foram conquistas, sim, do monopólio estatal. Muitos de boa ou má fé teimam em dar como exemplo de anacronismo a estagnação da telefonia fixa, fruto de políticas adotadas pelos governos, que para manter o famigerado superávit primário impôs restrições aos investimentos, mesmo que houvesse recursos próprios das empresas estatais.
Mas eis que surgem novamente, com as garras aguçadas, os cavaleiros do apocalipse. Os gênios que criaram o atual modelo das telecomunicações, que um brilhante jornalista classifica de privataria. Não a privatização em si, mas o formato. Quem não se lembra da célebre frase estamos no limite da irresponsabilidade, em conversa gravada entre o então presidente do BNDES e um diretor do Fundo Previ (naquela época já se grampeavam as conversas telefônicas)?
O grande argumento da privataria era a busca da livre concorrência para o setor. A abertura para o capital privado, o melhor para o Estado, os exemplos de outros países etc. Hoje, os arautos do modelo da privatização, quase todos a serviço das teles, como lobistas, consultores ou empregados diretos, ganhando polpudos pro labores, querem mais incentivos do governo para levar aos brasileiros o que já deveriam ter feito ao longo desses 12 anos de gordas tarifas e perdão de obrigações assumidas nos contratos de concessão que não cumpriram. Querem sempre mais. Não bastou a distribuição que receberam, em 1998, de ativos da Telebrás da ordem de R$ 31 bilhões e, mais adiante, quase R$ 8 bilhões em compensações tributárias. Agora querem também ditar as políticas públicas de telecomunicações.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está apenas corrigindo distorções que são flagrantes no atual modelo das telecomunicações, estendendo o braço do Estado a milhões de brasileiros ávidos em participar das conquistas da tecnologia, através do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), a preços compatíveis com as suas condições econômicas.
Não é possível falar de modernização das telecomunicações no Brasil sem desfraldar a bandeira da Telebrás. Tanto é assim que, até hoje, após 12 anos, a Anatel acha imprescindível ao seu funcionamento a permanência de técnicos cedidos pela Telebrás, de reconhecida competência, que prestam relevantes serviços àquela agência reguladora.
É importante destacar que todo o arcabouço jurídico e legal que criou a Telebrás permanece inalterado. A lei que a criou, em 1972, continua em vigor. Obedece também à legislação que regula as sociedades anônimas, seu estatuto e regimento, possuindo mais de 2 milhões de acionistas, com papéis negociados na Bovespa. Não está incluída no Programa de Desestatização, sob a responsabilidade do Ministério do Planejamento. Ficou todos esses anos sem operacionalidade, fruto do modelo que deixou para a viúva apenas os ossos da privatização, representados pelo passivo judicial das ações nas áreas dos direitos civil, tributário e trabalhista.
Não seria justo terminar sem prestar a minha homenagem ao melhor dirigente que, durante 12 anos, presidiu a empresa e fez o seu logotipo ser reconhecido e respeitado internacionalmente, nas bolsas de valores de Nova York e Frankfurt. José Antônio de Alencastro e Silva será sempre lembrado pelos que reverenciam a honradez e o cumprimento do dever. Prestou grandes serviços ao Brasil, exemplo de dedicação e competência deixado na história das telecomunicações brasileiras.
Começa agora um novo tempo com o Programa Nacional de Banda Larga. A palavra chave é concorrência. Não ao monopólio privado. Essa, a minha delação. O prêmio é a volta da Telebrás.

Plano de expansão da banda larga foca expansão de serviços públicos


Em meio às discussões mercadológicas e sobre a capacidade de infraestrutura que envolvem a primeira etapa do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), apresentado na semana passada, o governo federal já procura enxergar as possibilidades que a geração de maior oferta de internet rápida pode significar em termos de execução de políticas públicas em fases mais avançadas do programa. Dez ministérios trabalham em conjunto para colocar o PNBL em prática. Está na mira a expansão de serviços eletrônicos nas áreas tributária, de saúde, educação e segurança, bem como a melhoria da gestão pública e dos canais de comunicação entre órgãos governamentais e a população.
Indicado para presidir a Telebrás em sua nova fase, Rogério Santanna, atual secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, admite que o atual desenho do fornecimento de banda larga no país, feito majoritariamente por grandes empresas privadas, impede que o poder público amplie seus serviços eletrônicos. Citando dados da Net Serviços, Santanna mostra que as principais operadoras consideram economicamente inviável fornecer cobertura de internet rápida para quase 60% dos municípios brasileiros.
“Dispomos de muitos serviços de governo eletrônico, mas que não podem ser generalizados porque não há infraestrutura. A nota fiscal eletrônica está se tornando realidade, mas vamos supor que uma cidade não tenha cobertura ou tenha uma internet muito cara, a empresa continuará com o ônus de fazer tudo em papel. Será prejudicada por uma burocracia ultrapassada”, afirma Santanna. Um dos idealizadores do PNBL, ele disse ao Valor que “uma série de aplicações que precisa ser generalizada está sendo gestada” no âmbito do novo plano.
A estratégia pretende centralizar grande parte dos serviços públicos na infraestrutura que será controlada pela Telebrás, proporcionando acirramento da competitividade no setor. “Uma vez que o serviço de conexão se tornar commodity, novos empreendimentos vão surgir. As empresas do futuro não são as de hoje, elas estão para nascer.” Saúde e educação serão setores beneficiados.
“A telemedicina facilitaria a transmissão de exames. Na educação temos um grande problema: o Estado possui hoje mais de 100 mil tipos conteúdos didáticos [videoaulas, filmes] de domínio público. Trata-se de material de qualidade, com certificação internacional, que não está sendo usado pelas escolas públicas porque não têm rede adequada. Os conteúdos públicos acabam sendo mais usados pelas escolas particulares”, exemplifica Santanna.
Outro caso emblemático do gargalo tecnológico relacionado à ineficiência da cobertura de internet no Brasil envolve o Censo 2010, que coletará dados em 58 milhões de domicílios. Os pesquisadores estarão equipados com modernos aparelhos de GPS e 220 mil computadores de mão de última geração, mas não poderão transmitir as informações pela rede mundial por falta de cobertura em 7 mil postos de coleta, informa o site especializado “Convergência Digital”. “Vamos gravar os dados em pen drives, que terão de ser transportados fisicamente”, justifica Eduardo Pereira Nunes, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nunes disse ao site que nenhuma empresa do setor se interessou em participar da licitação para prover o serviço.
O diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonias e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), Eduardo Levy, destaca que, nos últimos dez anos, a iniciativa privada investiu cerca de R$ 180 bilhões na ampliação da infraestrutura de internet e outros serviços.
“Nós acreditamos que o setor privado tem condições de fazer frente a todos os desafios do PNBL. Assim como há concessões no serviço de aviação, de transporte coletivo, os serviços de tecnologia podem ser prestados pelas empresas ou pelo poder público. Poderia compreender esse tipo de complicação [política agressiva do governo com a refundação da Telebrás] se o custo do nosso serviço fosse alto ou ruim.”

Fabricantes de equipamentos se animam com plano de banda larga


As medidas prometidas pelo governo para incentivar a indústria brasileira de equipamentos de redes de telecomunicações devem triplicar o faturamento dos fabricantes nacionais de transmissores, cabos de fibra óptica e modems de acesso a internet. A estimativa é de representantes do setor que estiveram reunidos ontem com a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, para conhecer as diretrizes do Plano Nacional de Banda Larga. O programa prevê um gasto de R$ 6,5 bilhões com a compra de equipamentos para atualizar as redes das estatais que serão usadas no projeto.
“O plano deve mais que triplicar o faturamento conjunto de todas as empresas. Em alguns casos, pode multiplicar por até seis vezes a receita e quase triplicar o número de empregados”, disse Jorge Salomão, presidente da Padtec, fabricante de sistemas de transmissão de dados, que participou do encontro com a ministra. No Brasil há oito empresas que faturam anualmente R$ 1,2 bilhão e empregam cerca de 2,5 mil pessoas.
Volume. Na avaliação dos fabricantes, o plano, lançado na quarta-feira pelo Palácio do Planalto, vai permitir que as empresas nacionais possam aumentar o volume de produção e se credenciarem inclusive para competir no mercado internacional. “As empresas nacionais vão ter oportunidade de contratar mais gente e fornecer uma boa tecnologia com preço competitivo internacionalmente”, disse Roque Versolato, presidente da Gigacom, que produz rádios transmissores.
A partir de setembro o governo deve lançar os editais de contratação de equipamentos para atualizar e unificar as redes de fibras ópticas que serão utilizadas como infraestrutura principal do projeto. Serão usadas redes da Eletrobrás, Petrobrás e Eletronet.
Segundo Versolato, o volume de compras estimado pelo governo permitirá à indústria nacional alcançar um patamar de produção que garantirá o atendimento da demanda e permitirá a venda de equipamentos com preço mais baixo. “Tendo o volume de produção que nos foi mostrado conseguiremos produzir em larga quantidade produtos com qualidade e gerando tecnologia para as empresas nacionais.”
Há a expectativa de que também haverá demanda para equipamentos na construção ou ligação das redes secundárias, que vão fazer a conexão efetiva com o usuário final. “O programa potencializa um enorme mercado. Quarenta milhões de residências é um senhor projeto”, disse Jorge Salomão, referindo-se à meta do governo.
Edgar Bortoloni, presidente da Parks – que fabrica redes fixas e sem fio – era o mais empolgado com o plano. “Não existe nada no mundo hoje que se iguale a esse plano para incentivo da indústria local. Foi além da nossa expectativa”, disse o executivo.