Avenida Paulista - Preocupada em melhorar o ambiente de negociatas no país, Marina Silva anunciou o PAJU - Programa de Aceleração dos Juros -.
"Quando apossada vou focar no amplo aceleramento do juros bancários. O nome do programático será: PAJU - Programa de Aceleração dos Juros -. Será o PAJU 45% Mais ou menos Praga, adiantou, enquanto obedecia mais uma ordem da Neca de Piribitiba
Em seguida, a candidata anunciou a criação de um novo banco.
"Meus filhos e minhas filhas, amigos e amigas Redáticas: num provável mandato, criaremos o Bafanabras. Um banco 100% mais independente que o nosso BC, que vai gerir todos os contratos e juros bancários, do Itaú, Bradesco e Cia. Para fiscalizar o aleijo, entregarei a presidência dessa anomalia ao mega especulador George Soros disse, arrumando o xale.
Um anteprojeto da REDE, considerado abestado pelo mercado, sugeriu que Marina deveria partir logo para o PAJU 100%.
"Os banqueiros, agiotas e rentistas brasileiros e estrangeiros precisam henriquecer ainda mais, é hora de ousar, basta de mixaria", alegou Roberto Setubal Tem, num aroubo.
"Até o salário mínimo deve pagar juro real maior do que agora", Carlos Trabuco - presidente do Bradesco -.
"A gente só negocia se o Santander conseguir ainda mais juros", arrematou Jezús Albaza - presidente do Santander Brasil.
Pressionada, Marina cedeu aos banqueiros, agiotas, rentistas e cia.
"Anuncio que entregaremos o pré-sal e a Petrobras as petroleiras estrangeiras. E que elas poderão aumentar os preços dos combustíveis o quanto que quiserem", disse, em nota.
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Paulo Moreira Leite - chega de intermediária: Neca para Presidente
Joel Neto - Chega de intermediário: Luiz Carlos Trabuco Cappi
Rooselvelt - Para quer ser Presidente meu filho? A gente bota um empregadinho nosso lá!
Sessenta anos se passaram e o Brasil mudou bastante desde então. Morto em 1997, o próprio Paulo Francis tornou-se um barítono da direita brasileira, servindo de mestre para um conservadorismo que não conseguia renovar-se por si próprio.
O país se democratizou, os brasileiros fizeram uma constituição democrática e, dentro de poucas semanas, irão votar para presidente pela sétima vez consecutiva, em ambiente de paz e plena liberdade de expressão — isso nunca aconteceu na república brasileira, em período algum.
Com um histórico de desigualdade e exclusão, na última década o país conseguiu avanços memoráveis na luta contra a pobreza, por uma melhor distribuição de renda. É inegável.
Mas nem tudo se modificou, como mostra Fernando Rodrigues, na Folha de hoje.
A entrevista de Maria Alice Setúbal, a herdeira do Itaú, que, manda a tradição aristocrática brasileira, prefere ser tratada em público como Neca, apelido familiar, é um assombro.
Educadora, por profissão, Neca é, também, bilionária por herança. É uma conversa sem rodeios nem inibições. Desde a confirmação da candidatura Marina, a herdeira do Itaú foi confirmada como coordenadora do programa de governo. Lembra de Antonio Palocci, que teve um papel essencial na estruturação do governo Lula, depois da vitória de 2002, inclusive com a Carta ao Povo Brasileiro? Seu lugar no organograma era o mesmo. Imagine o poder de Neca.
Maria Alice fala do ponto mais importante: autonomia do Banco Central, medida que, nós sabemos, concentra o ponto fundamental da campanha de 2014 — permitir ao sistema financeiro recuperar o controle absoluto da política econômica, definindo a taxa de juros conforme análises e projeções de instituições privadas que atuam no mercado.
Nós sabemos que, hoje, o governo Dilma procura manter a inflação sob controle e tem obtido vitórias importantes — há quatro meses os preços estão em tendência de queda e as projeções indicam um movimento semelhante no próximo levantamento. Apesar disso, o governo não abre mão de proteger os salários e de tomar toda medida a seu alcance para manter o emprego, em seu mais baixo nível da história. Isso só é possível porque, mesmo sem dar ordens ao Banco Central, a presidência da República tem o poder de indicar e demitir seu presidente.
A autonomia do BC é a senha para se mudar isso. Em vez de deixar a política econômica em mãos de tecnocratas que respondem a uma autoridade eleita, o que se quer é dar independência aos diretores do banco, que passam a ter mandato e assim por diante. Independência de quem? Das autoridades que de uma forma ou outra expressam a soberania popular.
Eduardo Campos já havia se declarado a favor da autonomia do BC, postura que causou espanto nos aliados que recordavam a herança do avô Miguel Arraes. Marina disse na época que não era favorável. Parecia resistir. “Enfim”, concordou, explica Maria Alice, esclarecendo que se quer definir o assunto em lei.
Criado pela ditadura militar, o Banco Central brasileiro guarda uma peculiaridade em comparação com originais estrangeiros. O Federal Reserve Americano, por exemplo, tem o dever de defender a moeda do país — e o emprego dos cidadãos. Essa missão com duas finalidades está lá, em mármore, na porta da instituição. No Brasil, não há referência ao emprego. Outros tempos, outros governos. Entendeu, né?
A coordenadora Maria Alice não é uma eleitora qualquer, cujo voto representará 1/100 milhões na eleição. O Itaú é um gigante com US$ 468 bilhões de ativos em 2013. É um número respeitável por qualquer padrão, inclusive internacional. Numa lista com os 15 maiores bancos dos Estados Unidos, o Itau fica a frente de nove em ativos. Mas não é só.
Se você comparar a rentabilidade sobre o patrimônio, o banco da coordenadora da campanha de Marina supera mesmo os maiores bancos da maior economia do planeta. Diz a consultoria Econométrica que em 2013, o Itaú teve um rendimento da ordem de 16,70% sobre o patrimônio, algo perto de US$ 70 bilhões, só no ano.
Só para você ter uma ideia, o US Bancorp, mais lucrativo banco dos Estados Unidos, teve uma rentabilidade de 15,48%. Os maiores bancos dos EUA estão longe de exibir um desempenho comparável ao Itaú, no entanto.O Morgan, com um patrimônio mais de quatro vezes maior do que o Itau, teve um rendimento 50% menor, em termos relativos. O rendimento do Citi, três vezes maior, teve um rendimento de equivalente a um quatro daquele auferido pelo Itau, em termos proporcionais.
O Itau não é o único banco brasileiro nessa posição. Bradesco e Banco do Brasil sobrevivem em ambiente muito parecido. A diferença é que os concorrentes não colocaram uma herdeira no comando de uma campanha presidencial, o que dá um grau de proximidade particularmente perigosa.
O Banco Central que a coordenadora Maria Alice quer autônomo já define, hoje, a taxa básica de juros e isso explica a força do setor financeiro no país. Caso essa situação seja colocada em lei, a situação ficará ainda pior.
Protegidos por uma taxa de juros que já foi muito mais alta no governo de Fernando Henrique Cardoso, mas segue uma das maiores do mundo, os bancos crescem e engordam recebendo rendimentos pelos títulos do governo. Com os lucros do rentismo, os bancos não tem necessidade de emprestar ao empresário nem ao consumidor, atividade que está na razão de sua existência, no mundo inteiro. A taxa média anual de juros nos empréstimos bancários, em 2013, foi de 27,3% no Brasil. Uma barbaridade. Só em Madagascar (60) e Malawi (46%) esse ganho foi maior. No Canadá ficou em 3%. Na China, em 6%. Na Italia, em 5,1% e na Suíça, 2,6%. Nos Estados Unidos, ficou em 3,2%, ou oito vezes menor do que no Brasil. Na Inglaterra, ficou em 0,50%, mais quarenta vezes menor.
Dá para entender, assim, a desenvoltura de Maria Alice Setubal.
Pode parecer arrogância, mas não é isso. É pura expressão de uma realidade política profunda. Alguém reclamava na França do Século XVII quando o Rei Sol dizia que “o Estado sou eu?” Era natural, vamos combinar.
Sem demonstrar inibições maiores, a herdeira do Itau faz críticas diretas ao estilo de Dilma Rousseff. Avançando num argumento que reúne varias camadas de preconceito, nem sempre invisíveis, falou que a presidente exerce uma “liderança masculina.” Vinte e quatro horas depois que a candidatura de Marina provocou a saída de dirigentes históricos do PSB da campanha, ela achou conveniente definir Dilma como “desagregadora”.
Marina trouxe uma representante do 1% do PIB mundial para o comando de sua campanha.
É aquela turma que atua por cima dos estados nacionais e tem ligações frágeis com as respectivas populações porque seu horizonte é o mercado global. Como se aprende com o Premio Nobel Joseph Stiglitz, são esses interesses que impedem uma recuperação firme após a crise de 2009. O povo foi a rua em várias versões de ocupação e nada acontece. O 1% não quer e não deixa.
As grandes instituições financeiras seguem dando as cartas do jogo, mesmo depois de suprimir 60 milhões de empregos e destruir o futuro de várias gerações de trabalhadores.
O que a turma de 1% quer é eliminar o Estado de Bem-Estar Social aonde existe, ou impedir seu crescimento, ande está para ser construído. Isso porque ele funciona como uma garantia contra a reconcentração de renda e preservação dos direitos democráticos, que nem sempre comovem os mercados. Em alguns países do mundo, a força destruidora da crise não fez seu trabalho. Um deles é o Brasil, onde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva se recusou a tomar medidas que criariam uma Grécia infeliz e sem futuro na América do Sul. Vem daí a campanha de ódio contra seu governo e contra sua sucessora.
É isso e apenas isso.
Economia perspectivas tranquilas para 2014
Na entrevista de fim de ano para a imprensa, o presidente do banco Central Alexandre Tombini considerou como positivo o processo de transição na economia global, em relação ao fim dos estímulos monetários do FED (o BC norte-americano). Chamou de “volatilidade do bem”.
Tem razão.
Primeiro, porque o final dos estímulos monetários se dará quando houver convicção da recuperação da economia norte-americana. Com a economia chinesa também se recuperando, significará que as duas principais economias do mundo poderão puxar o crescimento global.
O segundo ponto relevante é a desmistificação do cataclisma anunciado, quando o FED tirar os estímulos.
No mercado, ninguém morre de véspera. É quase impossível a crônica de mortes anunciadas com muita antecedência, simplesmente porque, antes do evento, o mercado começa a se ajustar por si.
Um dos efeitos do final dos estímulos será a volta do fluxo de capitais para os títulos do Tesouro norte-americano. Esses fundos venderão sua posição em moeda estrangeira e comprarão dólares para investir em títulos do Tesouro norte-americano. Quando isso ocorrer, haverá uma valorização do dólar e uma desvalorização das demais moedas.
Suponha o seguinte exemplo:
José Dirceu - Depositário da soberania popular é o presidente, e não a diretoria do BC
O projeto que dá autonomia operacional e fixa mandato de seis anos para os dirigentes do Banco Central voltou a ser discutido no Senado. Cabe a pergunta: o povo troca de presidente, de partido e de programa econômico, mas o BC continua com a mesma orientação do governo anterior?
Quem indica o presidente do BC é o presidente, e cabe ao Senado da República aprová-lo, mas ele tem autonomia e independência para definir o que há de mais importante para o país, para seu futuro? Independência de quem? Do presidente e do governo? Mas estes são os depositários da soberania popular, assim como o Congresso Nacional. E não a diretoria do Banco Central.
Não há necessidade de lei nenhuma para o BC exercer o seu papel – no nosso caso, errado: o controle da inflação sem a contrapartida do emprego e do crescimento –, definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Este, sim, poderia ser ampliado. Hoje é composto apenas dos ministros da Fazenda e do Planejamento e do próprio presidente do Banco Central.
Nos Estados Unidos, como aqui, o presidente exerce seu papel ao indicar o presidente do BC e definir a política econômica, via CMN, no caso da monetária. Ao Banco Central, cabe cumprir seu papel e se submeter, como todos, ao contraditório, à crítica pública, às pressões tanto do mercado como do Congresso, a quem deve prestar contas constitucionalmente, da mídia, dos partidos, do próprio governo.
Cabe ao BC dialogar com o presidente e os ministros do CMN, dentro sempre da política econômica definida pelo chefe do Executivo e pelo governo.
Folha mente descaradamente
E Lula desmente mais uma vez.
NOTA À IMPRENSA
Lamentavelmente, hoje (30), a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, colocou em minha boca coisas que eu não disse e informações que não correspondem a verdade.
Luiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva
O freio funcionou
Taki Inoue (foto, à esquerda) foi eleito, recentemente, numa eleição informal do site britânico Autosport, o pior piloto de Fórmula 1 dos últimos 20 anos. O cara é muito lerdo. No Brasil, talvez se tornasse presidente do Banco Central.
Alexandre Tombini (foto, à direita), presidente do BC, conseguiu o que queria. Travou o crescimento econômico, para alegria da urubuzada. A prévia do PIB divulgada pelo Banco Central há pouco aponta uma queda de 1,4% em maio, sobre o mês anterior. Tombini e os sete tombinitos do Comitê de Política Monetária merecem uma salva de palmas da banca internacional, interessada mais no peru com batatas do dinheiro fácil, do que nos riscos de longo prazo dos investimentos em produção.
As “ruas” vão adorar saber que os juros estão subindo na contramão do PIB. É uma equação básica numa economia capitalista: sobe-se os juros, como premissa, queda do PIB como consequência.
O “gigante”, quando acordar outra vez, bem que podia dar uma passadinha na entrada do BC. Infelizemente a mídia gosta de juro alto e não vai contar nada pro grandão e seus amigos de facebook. Ele não vai ficar sabendo, portanto, que os investimentos em saúde, educação e mobilidade urbana, que ele tanto pede -aos gritos – aos governos, serão tungados com o pagamento de juros à classe rentista. A reclamação do custo dos estádios parece piada quando se pensa quanto o Brasil ainda gasta com juros anualmente. A gente informa por aqui: nos últimos 12 meses, o Brasil gastou mais de R$ 200 bilhões em juros. Dava para fazer umas quatro ou cinco Copas e umas três Olimpíadas. Mais uns 5 ou 6 trens-bala…
Ah, claro, tem a inflação, o ~pior dos males~. Acontece que, há anos, economistas mais progressistas tentam se convencer os burocratas do BC que o tipo de inflação vivida no Brasil não é inflação de demanda. Por mais que o brasileiro tenha aumentado o consumo de bens e serviços, a sociedade como um todo ainda registra um consumo bem abaixo do potencial de produção no país.
Não se combate inflação detonando o crescimento econômico. Inflação se combate com controle dos custos essenciais, aumento da oferta, incremento na infra-estrutura. Em que juros mais altos podem ajudar neste sentido? Nada.
Fiz uma tabelinha com os presidentes do Banco Central nos últimos governos, só para relembrar ao senhor Tombini e à presidenta, que o cargo pertence ao povo, e trocar um presidente de BC não é nenhum bicho de sete cabeças. Se Tombini continuar pisando forte no freio, a economia vai parar, as ruas vão chiar, e aí tudo degringola de vez. Se a disposição de Tombini, portanto, e de seus tombinitos, é de continuar elevando juros e prejudicando a economia brasileira, talvez seja a hora da presidenta experimentar um outro time.
É preciso ter juízo. Aumentar juro gera desemprego lá na frente. Se as pessoas estão insatisfeitas com uma situação de emprego pleno, é um tanto alarmante pensar o que acontecerá se ficarem sem trabalho. Aí não serão jovens de classe média a ir pra rua. Será o povão, o último bastião que ainda confia na presidenta e pode lhe garantir a reeleição.
Fernando Brito
43,98% (750 bilhões) dos recursos federais (nossos) foram para onde?
Por que milhões de pessoas vão às ruas manifestar-se, mesmo sem ter tido conhecimento dos passos mais recentes dados pelos poderes do Estado no sentido da destruição do País?
Claro que para revoltar-se nem precisam estar bem informados. Basta sentir os sofrimentos decorrentes de problemas que continuam agravando-se:
- transporte público insuportável e, além disso, nas grandes cidades, transporte particular inviabilizado pelo excesso de veículos;
- acesso difícil ou inexistente a serviços públicos de saúde e de educação, de alguma qualidade, além de, no âmbito privado, preços absurdos sem qualidade correspondente;
- salários baixos;
- preços elevados, em mercados dominados por empresas e bancos concentradores;
- impostos e taxas numerosos e custosos.
Credita-se ter desencadeado a faísca ao Movimento do Passe Livre (MPL), baseado em São Paulo e outras cidades, organizado há anos e voltado para objetivos justos, embora limitados
O momento em que surgiram os protestos devidos ao aumento das passagens de ônibus em São Paulo, coincidiu com os jogos da Copa das Confederações, a qual expôs os superfaturamentos e outros absurdos ligados à construção dos estádios.
É compreensível que associem esses gastos suntuários às carências no atendimento das necessidades da população.
Falta, porém, elevar mais o número dos manifestantes e motivá-los a lutar pela erradicação das verdadeiras causas das desditas do povo. Para isso é urgente disseminar, para dezenas de milhões de brasileiros, as informações econômicas e políticas relevantes.
Artigo semanal de Delfim Netto
Mala sem alça
Quem não depende do “agito” para viver aceita com naturalidade a declaração da autoridade monetária de que não se sente confortável com a inflação, mas que o governo dispõe dos instrumentos para seu controle, a serem acionados em caso de necessidade. Para quem vive da especulação financeira, no entanto, é preciso passar a ideia de que “houve uma mudança importante no comportamento do Banco Central” em relação à inflação. E ele se prepararia para combater a alta da taxa mediante a manipulação dos juros. No interesse de aumentar a volatilidade, acrescenta-se ainda a “sutil” intriga de que a presidenta Dilma não deixaria o Banco Central agir com autonomia na questão da taxa de juros.
Ora, evidentemente, isso é algo fora de cogitação, especialmente por ser um governo condutor de toda uma política de redução das taxas de juro com muito cuidado e coerência. O Brasil ganhou uma enorme experiência nesse negócio. E a cada tentativa de controlar a inflação só com a elevação da taxa de juros, deu-se muito mal.
Segundo Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, e o ministro Guido Mantega, o governo observa o comportamento da inflação, com mais atenção à evolução de algumas de suas causas como, por exemplo, as consequências do aumento do preço dos alimentos causado pelos choques de oferta, inclusive externos, no início do ano. Isso não deixa ninguém confortável, embora seja previsível que o efeito dos choques da oferta agrícola tende a amenizar-se nos próximos meses. Outro fator é o comportamento do mercado de trabalho, quando os salários reais crescem acima da produtividade e há exageros nas correções.
É fora de propósito,
Elio Gaspari: o Brasil vai bem, obrigado
Deve-se ao repórter Felipe Marques a informação de que os bancos brasileiros estão às voltas com um novo desafio: organizar um filtro para suas análises de crédito, capaz de absorver 42,5 milhões de novos clientes que entraram no circuito financeiro entre 2005 e 2012.
Há muito tempo não aparecia notícia tão boa. Em sete anos, a clientela da rede bancária cresceu uma Argentina.
Pindorama vive uma época de perplexidade vocabular. Primeiro, apareceu uma tal de “nova classe média”, depois, uma milagrosa “classe C” que frequenta lugares onde não ia (aeroportos, por exemplo).
Outro dia Jânio de Freitas reclamou, com toda razão, que as operadoras de planos de saúde chamam sua clientela de “beneficiários”. Ora, beneficiárias são as empresas que mereceram a confiança dos fregueses.
Essa nova classe é o velho e bom trabalhador brasileiro. Milhões de pessoas que viviam nas fímbrias da sociedade, trabalhando sem carteira assinada e raramente tinham conta em banco. Iam ao aeroporto aos domingos para apreciar pousos e decolagens.
Essa “gente diferenciada” veio para ficar. Algum pesquisador poderá confirmar que o aparecimento de 42,5 milhões de novos clientes num sistema bancário é um fenômeno mundialmente inédito.
O número foi levantado há poucos meses pelo Banco Central. Ele decorre da ampliação do mercado de trabalho formal, batendo a marca dos 50 milhões de brasileiros.
Esse trabalhador tem conta em banco, direitos trabalhistas, crédito nas lojas que vendem móveis e fornos de micro-ondas. É um novo cidadão. Está num mercado consumidor onde a taxa de juros média mensal (5,4%) caiu ao menor nível desde 1995, quando passou a fazer sentido acompanhar esse índice.
Nada disso teria acontecido sem Itamar Franco, que botou Fernando Henrique Cardoso no Ministério da Fazenda; sem o Plano Real e os oito anos de FHC no Planalto; sem Lula, que abriu o crédito para o andar de baixo; ou sem Dilma, que forçou a baixa dos juros. Melhor assim.
BC regulamentará cartão pre-pago
Os cartões pré-pagos deverão ter um papel importante na continuação do processo de inclusão bancária.
Esse tipo de cartão promete substituir o dinheiro vivo em transações de menor valor e trazer para os meios eletrônicos de pagamento quem está fora do sistema financeiro.
Até agora, a maioria dos projetos com esses cartões está sendo tocada por empresas de pequeno porte e não por grandes bancos, isso porque o Banco Central ainda precisa regulamentar alguns pontos importantes do funcionamento dos pré-pagos, como mecanismos para evitar a lavagem de dinheiro.
Espera-se que essas normas sejam anunciadas neste início de ano.
Esse tipo de cartão promete substituir o dinheiro vivo em transações de menor valor e trazer para os meios eletrônicos de pagamento quem está fora do sistema financeiro.
Até agora, a maioria dos projetos com esses cartões está sendo tocada por empresas de pequeno porte e não por grandes bancos, isso porque o Banco Central ainda precisa regulamentar alguns pontos importantes do funcionamento dos pré-pagos, como mecanismos para evitar a lavagem de dinheiro.
Espera-se que essas normas sejam anunciadas neste início de ano.
O Banco Central dobra aposta
O Banco Central, há um ano, fez uma aposta ousada — e ganhou. A inflação chegara a furar o teto de 6,5% da meta, e, mesmo assim, o Copom decidiu abrir um ciclo de corte dos juros básicos — de 12,5% para 12%, até chegar aos 7,25% atuais, um mergulho vertiginoso.
Antes de muito analista, o BC detectou sinais de agravamento da crise mundial, a partir da Europa, fator de redução de pressões sobre os preços internos. Deu certo.
O BC, sob a direção de Alexandre Tombini, conquistou confiança do mercado e afastou temores de que a imprescindível autonomia operacional da instituição havia sido reduzida ou cassada.
Não é que o último corte da Selic tenha ressuscitado todos aqueles fantasmas. Porém, na conjuntura interna em que foi executado, voltou a colocar alguns pontos de dúvidas sobre a convicção do BC no enfrentamento dos ventos inflacionários que se armam no horizonte.
Oportuna, de qualquer forma, a referência feita na ata desta última reunião do Copom, divulgada quinta-feira, aos efeitos maléficos da inflação sobre a economia. Não custa lembrar. Mas a decisão do último corte foi tão polêmica que três dos oito diretores do BC votaram contra a redução. O presidente Tombini se alinhou ao bloco dos que optaram pela redução.
Algumas variáveis da atual conjuntura são inquietantes. A começar pela própria inflação, que roda além dos 5%, mais de meio ponto percentual acima do centro da meta. Faz pensar se o governo, em nome de “um pouco mais de crescimento”, não estaria revendo informalmente a política de metas. Seria desastroso, pelo fato de a economia ainda manter perniciosos mecanismos de indexação.
Leia a íntegra em BC dobra aposta nos juros e inflação
Bancos: o que fazer para incentivar a concorrência?
Os bancos brasileiros fazem os seus clientes de gato e sapato, cobram tarifas e juros do jeito que desejam. O governo pode e deve fazer para acabar com isto?
Para responder a questão é preciso informar quais as principais fontes de lucros da banca. Basicamente são três:
- Cobrança de tarifas bancárias dos correntistas
- Rolagem da dívida pública
- Juros cobrados na concessão de crédito
Sendo assim resta ao governo federal fazer apenas uma coisa, reduzir imediatamente, drasticamente a selic.
E que eles briguem para oferecer tarifas mais baratas e menores juros aos seus clientes.
E firinrinfororó, Edviges e Finório...
Dilma quebro um dogma
Havia um tema raramente examinado pelas personalidades públicas. Ou pelos meios de comunicação. Falava-se sobre todos os temas. Um só era tratado de maneira ufanista.
Análises em profundidade não apareciam nos jornais ou nos noticiários das televisões e rádios. Apenas exames superficiais e complacentes. Uma aparente inexplicável situação.
Rompeu-se o silêncio. A presidente Dilma Rousseff trouxe ao debate a política monetária. Esta sempre ficou restrita aos fechados escaninhos do Banco Central.
A Banca, banca
E com certeza muito bem.
Os seus portas vozes encrustados nas redações do decadentes jornalões [jornalecos] do país, economistas, especialistas e mais istas em economia gastam tinta, saliva e dedos para agrada-los.
É até divertido a gente prestar atenção no que eles publicam.
Uma hora afirmam que a presidente Dilma deu aval para o aumento dos juros [selic] na próxima reunião do BC - Banco Central -. Leio a matéria todinha e não vejo nada sobre isto ser uma intromissão na autonomia da instituição rsssss. Mas, quando surge um boatozinho que os juros devem cair...aí vemos e ouvimos a gentalha unida contra o "absurdo" da presidente interferir na "autonomia do BC".
A corja é unida e pudor tem nenhum.
Xô agiotas!!!
Selic em 10,75 é erro
Decisão esperada, porém errada
A posição do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC), adotada na reunião encerrada ontem, de manter a taxa Selic em 10,75% (ao invés de baixá-la), ainda que fosse uma medida esperada e preparada pela recente decisão de enxugar a liquidez do mercado contraindo o crédito em geral, mantém o nosso país na contramão do mundo em matéria de juros.
Continuamos com juros reais acima de 4%. Tirando a África do Sul e a Austrália, todos os demais países ou tem juros menores que os nossos ou negativos. O Brasil continua na liderança do ranking levantado em pesquisa entre as 40 maiores economias do planeta. Na 2ª posição aparece a África do Sul, com taxa real de 2% e na 3ª, a Austrália, com 1,9%.
É evidente que o Brasil não pode estar certo sozinho no mundo. Algo de errado acontece em nossa economia e na política monetária de nossos governos, na desenvolvida pelo nosso BC especialmente. Algo precisa ser feito, então, e urgentemente.
Baixar os juros deve ser prioridade
Não podemos continuar ancorados unicamente na política monetária para combater a inflação. Essa opção já se mostrou completamente errada. Precisamos adotar todas as medidas necessárias para superar essa anomalia, antes que seja tarde.
Pelas conseqüências que essa situação traz para o nosso câmbio, e pelas que tem na política fiscal, no serviço da dívida interna e no conjunto da economia, a solução dessa anomalia pode e deve ser a prioridade nacional na próxima década e no governo da presidenta Dilma Rousseff que se inicia daqui a três semanas (1º de janeiro).
Não tem porque em matéria econômica e de política monetária a prioridade não ser o Brasil ter juros baixados aos níveis internacionais e não se fazer, concretamente, todas as reformas que viabilizem esse objetivo. Começando, inclusive, pela tributária.
Aproveito e convido a todos a lerem o artigo Primeiro Sinais , publicado hoje no jornal Brasil Econômico.
L3R ? 3NT40 CL1K4 N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !
Aumentar juros é dar tiro no pé
Enquanto a economia cresce e tudo indica que teremos uma virada e início de novo ano animadores nos deparamos com o óbvio: as primeiras medidas anunciadas quase no fim da semana passada pelo Banco Central, de restrição ao crédito numa tentativa de baixar os juros, são vistas com desconfiança pelo mercado.
Sempre ele. Na semana que passou, então, a turma do rentismo partiu para o vale tudo para conseguir já mais aumento dos juros. Pressionaram para que o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) na reunião que começa amanhã - a última do ano, do governo Lula e do dr. Henrique Meirelles na presidência do BC - eleve a taxa Selic em 0,25%.
Querem, ainda, mais dois aumentos de 0,50% nas duas primeiras reuniões do ano de 2011. O sonho: que os juros, em 10,75% ao ano hoje, cheguem a a 12% até abril próximo.
Nada muda o melhor caminho: crescimento econômico
A discussão sobre cortes orçamentários, juros e emprego permanece acesa, apaixonando, mas quanto mais se intensifica, mais chegamos à mesma conclusão : somente o crescimento da rendae do emprego e a aposta no mercado interno permitem ao país resolver seus problemas estruturais, entre estes os próprios altos juros, a carga tributária, a dívida interna e mesmo, agora, a questão do câmbio apreciado.
Nessa véspera da última reunião do COPOM em 2010, e em meio a tanto debate, não há outra conclusão a se chegar: aumentar juros, cortar gastos e diminuir impostos é um tiro no pé e não resolvera nada.
O que precisamos é mão firme na política fiscal, redução da taxa Selic, e reforma tributária que desonere os investimentos e a folha de pagamento acabando com essa irracional, burocrática, cara e injusta cobrança do ICMS hoje.
Sempre ele. Na semana que passou, então, a turma do rentismo partiu para o vale tudo para conseguir já mais aumento dos juros. Pressionaram para que o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) na reunião que começa amanhã - a última do ano, do governo Lula e do dr. Henrique Meirelles na presidência do BC - eleve a taxa Selic em 0,25%.
Querem, ainda, mais dois aumentos de 0,50% nas duas primeiras reuniões do ano de 2011. O sonho: que os juros, em 10,75% ao ano hoje, cheguem a a 12% até abril próximo.
Nada muda o melhor caminho: crescimento econômico
A discussão sobre cortes orçamentários, juros e emprego permanece acesa, apaixonando, mas quanto mais se intensifica, mais chegamos à mesma conclusão : somente o crescimento da rendae do emprego e a aposta no mercado interno permitem ao país resolver seus problemas estruturais, entre estes os próprios altos juros, a carga tributária, a dívida interna e mesmo, agora, a questão do câmbio apreciado.
Nessa véspera da última reunião do COPOM em 2010, e em meio a tanto debate, não há outra conclusão a se chegar: aumentar juros, cortar gastos e diminuir impostos é um tiro no pé e não resolvera nada.
O que precisamos é mão firme na política fiscal, redução da taxa Selic, e reforma tributária que desonere os investimentos e a folha de pagamento acabando com essa irracional, burocrática, cara e injusta cobrança do ICMS hoje.
A verdadeira vitória no pais no mundo em crise de hoje é a elevação do nível do emprego e a manutenção do crescimento da economia e da renda. Além disso, é encontrar alternativas, medidas para enfrentar as ameaças do câmbio e garantir a continuidade e o crescimento dos investimentos.
Governo Dilma vai perseguir superávit além da meta
Em sua primeira entrevista a um jornal depois de confirmado no cargo de ministro da Fazenda no governo de Dilma Rousseff, Guido Mantega afirmou que o pacote de medidas para estímulo ao crédito de longo prazo será anunciado em 2 de dezembro, na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão". Entre as medidas, ele adiantou que será alterado o Imposto de Renda cobrado nas captações de longo prazo. A questão não está fechada, pois há o temor de que os investidores encontrem brechas para se beneficiar da isenção e continuem aplicados no curto prazo. "Aqui no Brasil está todo mundo mal acostumado. Todo mundo quer aplicar, ter uma taxa de retorno alta e ter liquidez imediata", disse.
No controle da inflação, o ministro enfatizou a necessidade de avançar na desindexação da economia e propõe, nos futuros contratos de reajuste dos preços administrados, a substituição do IGP pelo IPCA, mas acrescenta que o ideal seria que não houvesse nenhum reajuste pré-fixado. "Prefiro que não haja indexador, que haja negociações." Ele vinculou a necessidade de desindexação a uma futura redução na meta de inflação. Outro caminho vislumbrado pelo ministro é o uso de uma medida de núcleo de inflação, no futuro, para o balizamento da meta. "Pode ser. Como fazem os americanos. Vamos discutir essa questão."
Mantega acredita que o aumento da inflação corrente não é estrutural, decorrente do descasamento entre oferta e demanda, mas passageiro, fruto de pressão de alimentos e commodities. Deixou claro, porém, que se o Banco Central considerar necessário o aumento dos juros, isso será feito. "Não vou me opor.". Aqui os principais trechos da entrevista.
P4R4 4J6D4R B4ST4 CL1K4R N0 AN6NC10 Q63 T3 4GR4D4R
Coluna Econômica
O clube dos grandes amigos da inflação
Defendida pelos economistas de mercado, o sistema de "metas inflacionarias" precisa ser revisto no país.
Em tese o sistema funciona assim:
Define-se uma meta inflacionária a ser alcançada em determinado período. O Banco Central passa a monitorar um conjunto de variáveis para estimar o desempenho da meta. Mas, principalmente, as expectativas dos agentes do mercado financeiro. Se as expectativas excedem a meta, aumenta os juros. Se estão abaixo da meta, diminui os juros.
O instrumento atua especificamente sobre a demanda. Aumentando os juros, espera desestimular a demanda trazendo os preços de volta ao patamar planejado.
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Os problemas são inúmeros.
- O primeiro, é que o sistema emperrada de transmissão das taxas de juros no país. Cartelização no sistema bancário, distorções na tributação, spreads elevadíssimos, faz com que a demanda tenha pouca sensibilidade a movimentos pequenos na taxa Selic. Nos EUA, mudança na casa decimal já interfere nas expectativas dos agentes econômicos. Por aqui, os movimentos precisam ser violentos, para surtirem efeito.
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- O segundo ponto é que os agentes econômicos consultados – economistas e operadores de mercado – são beneficiários diretos de elevação de taxas de juros. Por isso mesmo tem uma visão viciada sobre as expectativas dos preços. Sempre tendem a supervalorizar altas pontuais e a minimizar quedas de atividade – como ficou claríssimo na crise econômica de 2008.
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- O terceiro ponto é que o sistema de consultas do BC é viciado. Os economistas consultados não estão interessados em fornecer informações objetivas sobre o cenário futuro da inflação, mas em acertar o que o BC pensa. Assim, basta o BC sinalizar que irá aumentar os juros para todo o mercado passar a apostar em uma inflação maior – mesmo que, em suas análises, eles prevejam inflação menor.
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- O quarto ponto é que as planilhas do BC não são operadas por economistas capazes de perceber grandes inflexões na economia. Quando ocorrem mudanças expressivas, os indicadores levam de dois a quatro meses para registrar. Em dezembro de 2008 a economia estava desmanchando mas o BC, baseado em séries históricas que retratavam os meses passados, falava em "atividade econômica robusta".
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- O quinto ponto é que os modelitos do BC jamais estabeleceram correlações corretas entre ajuste fiscal e taxas de juros. Seguidamente justifica-se a alta dos juros com o argumento de que a Fazenda não está fazendo sua parte no ajuste fiscal. A imprensa reproduz acriticamente tais afirmações, com a convicção dos crentes, como se tais afirmações fossem dogmas divinos, sem necessidade de comprovação científica.
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Com isso, o combate à inflação passa a ter ganhadores óbvios: os rentistas detentores de títulos públicos. Esses ganhos fazem com que mantenham sempre em alta as expectativas inflacionárias.
O BC poderia combater eventuais excessos de demanda com ferramentas tradicionais – redução de prazo de financiamento, aumento de depósito compulsório, aumento de tributação sobre operações de crédito. Com isso acabaria com o clube dos amigos da inflação.
por Nassif
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Tarifas de cartão de crédito caem de 80 para apenas 5 em 2011
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a diminuição de 80 para cinco na quantidade de tarifas cobradas pela utilização de cartões de crédito. Com isso, a partir de junho de 2012, além da anuidade, só poderão ser cobradas tarifas pelo fornecimento de segunda via do cartão, retirada de dinheiro na função crédito, pagamento de contas e avaliação emergencial de crédito. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira.
Os novos contratos de cartão de crédito a partir de junho de 2011 já serão regidos por estas regras. O CMN determinou também que a existência de apenas dois tipos de cartão destinados às pessoas físicas – básico e diferenciado – para facilitar a comparação de preços pelos cidadãos.
O “básico” poderá ser utilizado exclusivamente nas funções clássicas de pagamentos de bens e serviços em estabelecimentos credenciados, incorporando as opçõesde compra ou parcelamento. Já o cartão diferenciado foi classificado como aquele associado a programa de benefícios e recompensa, como a troca de milhagens por passagens aéreas. Essas vantagens terão que ser incluídas apenas na anuidade e não terão taxas específicas.
O CMN resolveu ainda que não poderão ser cobradas tarifas, a partir de março de 2011, para as contas eletrônicas, operadas diretamente pelo consumidor na internet, sem a necessidade de comparecimento às agências. “São contas que atendem os mais jovens e podem ser uma forma de entrada para o sistema de novos clientes”, disse Aldo Mendes, diretor de Política Monetária do Banco Central.
Fonte: Brasília Confidencial
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