O Jornalismo punido

O jornalismo punido
AYRTON CENTENO

    Jornalismo, assim com J maiúsculo, não depende necessariamente do poderio econômico do veículo. Um pequeno e audacioso jornal de Porto Alegre possui um troféu que nenhum diário dos grandes conglomerados da mídia do Rio Grande do Sul pode ostentar: é dono, na categoria nacional, de um Prêmio Esso de Jornalismo, o mais disputado [...]


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Pela quebra generalizada de sigilos

Todo cidadão deveria ter acesso a evolução patrimonial dos seus representantes no legislativo, executivo e judiciário. E também dos funcionários públicos que ocupem cargos de confiança.

 Ao que tudo indica, o debate eleitoral acabou. De hoje até o final de setembro, a campanha tende a ser apenas uma gestão e exploração de escândalos e crises.
Nesse sentido, esta deve repetir o que foi o final da eleição de 2006.
Todos os analistas insistiam que apenas um fato novo poderia mudar as tendências eleitorais. Como sempre, o fato novo não poderia ser outra coisa que um escândalo. Velho fato novo.
No entanto, seria interessante aproveitar tais escândalos para colocar na pauta do debate reformas efetivas de práticas de governo.
Em um país onde os casos de corrupção têm a característica bizarra de envolver sistematicamente partidos de situação e oposição, é difícil acreditar que alguém esteja efetivamente interessado em propor novas práticas.
Veja o paradigmático caso do mensalão. O PT resolve aproveitar-se de um esquema de financiamento de campanhas e compra de deputados criado no governo anterior e envolvendo diretamente o então presidente do PSDB.
A sociedade descobre, assim, que nenhum consórcio governista funciona neste país sem tal tipo de prática. Ou seja, estamos diante de um grave problema de funcionamento institucional do sistema político brasileiro.
No entanto, as propostas para reverter tal quadro, como financiamento público de campanhas e fim de contratos de governos com agências de publicidade, não foram realmente encampadas por ninguém.
Agora temos o escândalo da quebra de sigilo de ex-membros do primeiro escalão do governo FHC envolvidos com a privatização, além de parentes do candidato oposicionista.
Para além da necessidade inquestionável de punir o crime, deveríamos aproveitar a situação para propor algo que pudesse acabar de vez com dossiês dessa natureza: a abertura do sigilo fiscal de todos aqueles que ocuparam o primeiro escalão do governo federal.
Membros do primeiro escalão são pessoas que gerem bens públicos, responsáveis por processos onde o dinheiro público está sempre presente.
Por isso a sociedade tem o direito de saber como tais pessoas entraram no governo, como elas saíram e como foi a evolução patrimonial de seus anos subsequentes.
Elas não são mais pessoas privadas. A partir do momento que se responsabilizaram pelo uso do dinheiro público, elas se transformaram em pessoas públicas.
Todo eleitor deveria poder acessar, pela internet, a evolução patrimonial de pessoas como José Dirceu, Eduardo Jorge, Luiz Gushiken, Mendonça de Barros e qualquer outro que ocupou cargos de primeiro escalão.
Não porque eles são suspeitos de algo, mas porque a gestão do bem público exige transparência absoluta das pessoas privadas, a vigilância efetiva e constante da sociedade civil em relação àqueles que gerem o Estado.
Assim seríamos, entre outras coisas, poupados da atual situação de parar um debate eleitoral por causa de um dossiê a respeito do qual nem sequer sabemos o conteúdo.

VLADIMIR SAFATLE 
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Erenice Guerra pede para ser investigada

A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, divulgou nota à imprensa nesta segunda-feira (13/9) na qual pede à Comissão de Ética Pública da Presidência que instaure procedimento para apurar sua conduta em relação às notícias publicadas pela revista Veja desta semana. Confira a íntegra da nota:
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José Serra é um desastre

José Serra poderia sair desta campanha eleitoral apenas com uma derrota. Afinal, todos nós sabemos que não é nada fácil enfrentar uma candidata que tem o patrocínio de um governo que tem mais de 80% de apoio popular.  Perder uma eleição, nestas condições, seria algo normal a qualquer político.
Mas Serra fez algo impensável. Descredenciou-se perante o próprio eleitorado que, normalmente, acompanha os candidatos conservadores, sobretudo nas classes média e média-alta.
Terá uma votação pífia, impensável para um candidato que, ninguém pode negar, tinha uma sólida base no maior eleitorado do país, o de São Paulo, que corresponde a nada menos que um quarto de todos os eleitores do país.
Vai arrastar para o fundo os seus aliados mais bem posicionados, como Geraldo Alckmin e Beto Richa no Paraná. Aécio escapará porque está claro que é um adversário – sob os salamaleques da formalidade partidária – um adversário de Serra. No próprio Rio de Janeiro, está acontecendo o que era, faz pouco, impensável: Cesar Maia não se elegerá ao Senado.
Serra é também um homem cuja falta de escrúpulos está se prestando a que uma imprensa inescrupulosa tente colocar – sem êxito, aliás – a campanha a um nível de caso de polícia. A falta de Norte de sua campanha, movida à base de factóides e agressões, alimenta o golpismo e a falta de ética dos grandes veículos de comunicação.
Fez com que, como poucas vezes na história brasileira, o partidarismo e o engajamento conservador e antipopular da grande mídia ficasse evidente.
Serra transformou a campanha em uma guerra suja. Muito mais que atirar lama nas pessoas, ao tornar-se – como disse ontem Dilma – um caluniador, fez a lama espalhar-se no seu campo político. Estar com Serra, eleitoralmente, não é algo que o eleitor possa achar irrelevante. É uma maldição.
Esconder FHC não lhe adiantou. Ele próprio é uma imagem mais dantesca.
Serra é um desastre.
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Boas notícias são para partilhar.

Já existe vacina anti-câncer (pele e rins). Foi desenvolvida por cientistas médicos brasileiros,uma vacina para estes dois tipos de câncer, que se mostrou eficaz, tanto no estágio inicial como em fase mais avançada.
A vacina é fabricada em laboratório utilizando um pequeno pedaço do tumor do próprio paciente. Em 30 dias está pronta, e é remetida para o médico oncologista do paciente. 
Nome do médico que desenvolveu a vacina:José Alexandre Barbuto
Hospital Sírio Libanês - Grupo Genoma.
Telefone do Laboratório: 0800-7737327 - (falar com Dra. Ana Carolina ou Dra.. Karyn, para maiores detalhes)

Isto sim é algo que precisa ser repassado, alguém pode  estar precisando.
Por favor, divulguem esta vitória da medicina genética brasileira.


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"NÃO HÁ COMO GANHAR NA COBERTURA DE UM ESCÂNDALO"!

Dick Morris foi o coordenador da segunda campanha de Clinton a Presidente dos States.

1. "El Nuevo Príncipe” (Ed.El Ateneo), de Dick Morris (coordenador de Clinton – 2006), é leitura básica para se entender a complexidade da comunicação política dos governos, muito maior que a do marketing eleitoral, pois ocorre dia a dia. E se insere num universo diversificado, de imprensa, comunicação direta, boatos, opinião pública segmentada, contracomunicação da oposição e dos insatisfeitos, e da internet. Morris fala disso em “Governar”, na parte 2 de seu livro.

2. "Não há como ganhar, na cobertura de um escândalo. A única maneira de sair vivo é falar a verdade, aguentar o tranco e avançar". Com vasta experiência junto à imprensa dos EUA, lembra que, quando ela abre um escândalo, tem munição guardada para os próximos dias. Os editores fatiam a matéria, pedaço a pedaço, para a cada dia ter uma nova revelação. De nada adianta querer suturar o escândalo com uma negação reativa, pois virão outras logo depois, desmoralizando a defesa.

3. E outros veículos entram com fatos novos, para desmentir. Para Morris, a chave é não mentir. O dano de mentir é mortal. "Uma mentira leva à outra, e o que era uma incomodidade passa a ser obstrução criminal à Justiça." A força de um escândalo é a sua importância política. As pessoas perdoam muito mais aqueles fatos sem relação com o ato de governar. E ir acompanhando a reação do público. "Se os eleitores se mostram verdadeiramente escandalizados com o que se diz que ele fez, é melhor que não tenha feito. Roubar dinheiro quase sempre não se perdoa."
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Serra e Dilma travam confronto particular na Rede TV

José Serra e sua missão quase impossível: Mudar completamente o cenário eleitoral. que atualmente é negativo para sua candidatura. Atrás nas pesquisas (50% para a petista Dilma Rousseff contra 27%, segundo o Datafolha), o presidenciável José Serra (PSDB) teve mais uma oportunidade de reverter a situação ontem, no debate Rede TV!/Folha, o qual participaram Dilma, Serra, Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (Psol).
Porém, a ocasião não foi tão aproveitada pelo tucano. Ele até fez críticas pontuais à candidata do PT, mas não convenceu pela maneira de se expressar: as palavras foram fortes, mas sem a entonação necessária, sem ser enfático, sem transparecer sua indignação, que talvez faria diferença entre o eleitorado.
Serra enfrentou diretamente Dilma apenas em duas oportunidades - no terceiro e no quinto blocos. O tucano optou por indagar a petista sobre sua política internacional: se é a favor da relação "de carinho e amizade com o Irã", do presidente Mahmoud Ahmadinejad "que enforca jornalistas e apedreja mulheres".
Para Dilma, as questões com outros países "não se resolvem com o fígado". "Trata-se de resolver a paz." Serra atacou a resposta, a qual considerou evasiva. "Não sou caluniador nem evasivo, a minha vida pública é conhecida. No seu caso não dá para dizer (...) Sistematicamente não responde às perguntas. Não precisa tratar com o fígado, mas também não precisa tratar com abraços e beijos." A ex-ministra replicou. "Lamento a tentativa do meu adversário de me desqualificar."
O tucano e a ministra tiveram, cada um, direito de resposta. Dilma porque foi criticada na condução da Casa Civil do governo Luiz Inácio Lula da Silva. "Meu adversário quer ganhar campanha no tapetão porque não consegue convencer o povo brasileiro. O que ele quer é virar a mesa da democracia." Serra porque foi chamado de caluniador. "A Casa Civil parece ser foco de corrupção."
Na segunda chance de enfrentar a principal adversária, Serra escolheu o tema saneamento. "No Brasil, 12 milhões de famílias não têm acesso a redes de água e 32 milhões não têm rede coletora de esgoto", frisou o tucano. "Mudamos o patamar de investimento na área. Saímos de gasto de menos de R$ 300 milhões em 2002 para R$ 10 bilhões quatro anos depois. Claro que há muito o que fazer. Vamos colocar metas para vermos no horizonte o processo de universalização do saneamento", salientou a petista.
Marina Silva (PV), por sua vez, elogiou as benfeitorias e atacou as deficiências brasileiras expostas nos últimos 16 anos, período em que o Palácio do Planalto foi comandado pelo PSDB (oito anos) e PT (outros oito anos). A verde também tentou emplacar o discurso de preservação do meio ambiente e bateu na tecla da corrupção e da violação de dados sigilosos da Receita Federal. O alvo foi sempre a candidata do governo, Dilma Rousseff, que defendeu ampla investigação e punição "doa a quem doer".
Plínio de Arruda Sampaio (Psol) iniciou o debate como franco atirador, mas ao decorrer da atividade foi apagando. Desafiou os concorrentes a investir 10% a mais na Educação, acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal e mudar o Bolsa Família, o qual taxou de "humilhação para quem recebe" e "um auxílio que pode falhar a qualquer momento". O socialista protagonizou os momentos mais descontraídos. Indagado por Dilma sobre os investimentos da Petrobras em navios e equipamentos de outros países, observou: "Falar sobre compra de navios pela Petrobras é pegadinha. Não estou a par."
Beto Silva

Do Diário do Grande ABC

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