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Corrupção é isso

A Suíça aceita dinheiro de onde vier, seja de qual origem for - legal ou ilegal -, depois que descobrem que o dinheiro é roubado, o que acontece?...

As autoridades do país posam de honestos e chegam ao ponto de abrir AP - Ação Penal - contra os supostos donos dos valores depositados.

Corja!
Ladrões!
Hipócritas!

O que farão contra os bancos que receberam esses valores, sem dar nenhuma importância a sua origem?

Nada!

A maioria dos suíços, são como a maioria dos tucanos:

Onestos!!!


Oposição que foi ao STF por CPI, recusa participar dela

A hipocrisia tem pernas curtas: depois de recorrer ao STF, oposição recusa-se a participar das investigações que vão apurar denúncias de irregularidades na maior empresa estatal brasileira
Após pormenorizar todo o trajeto que a proposta da CPI da Petrobras percorreu no Senado, deixando claro que os partidos da oposição tiveram tempo mais do que suficiente, e também para evitar que esses mesmos partidos apresentassem queixas de parcialidade, e que foram cumpridos todos os prazos regimentais, o presidente do Senado, Renan Calheiros, na tarde desta terça-feira (13) indicou os nomes que as bancadas do PSDB, do DEM haviam se recusado a fazer para integrar a CPI da Petrobras. Foram escolhidos Cyro Miranda e Lúcia Vânia, ambos do PSDB, e Wylder Morais, do DEM – todos do estado de Goiás.
As indicações incomodaram. Os mesmos senadores que fizeram barulho na grande imprensa amiga quando bateram às portas do STF, reagiram indignados contra o “desrespeito ao estado de Goiás” que estaria expresso na escolha dos nomes. Uníssonos, cumpriram o comando do líder do PSDB, senador Aloysio Nunes Ferreira (SP), com uma única resposta: “Não gastaremos nenhuma energia com essa CPI”.
São tortuosos os caminhos da hipocrisia. Mas, na política, eles não tardam a aparecer com clareza. Ao longo de todo o mês de abril, os tucanos e o DEM praticamente paralisaram os trabalhos do Senado alardeando a necessidade de criação de uma CPI
para investigar a Petrobras. O discurso monotemático era sacado em meio a qualquer debate, para que a imprensa amiga tivesse justificativa para os espaços dos jornais do dia seguinte. Nesse período, é bom lembrar, o PT não criou nenhum obstáculo para impedir a investigação, limitando-se a denunciar seu caráter eleitoreiro, do qual surge até mesmo a denúncia de que as investigações facilitarão o achaque contra empresas contratadas pela Petrobras.

A oportunidade da CPI da Petrobras, para o PT, abriu a oportunidade para que, na mesma comissão de inquérito, fossem investigados outros dois casos concretos de corrupção – ambos, por coincidência, ausentes do noticiário diário: o do desvio de cerca de R$ 850 milhões em obras para os metrôs de São Paulo e do Distrito Federal e do prejuízo, ainda inestimado, do desvio de recursos de um projeto de sinal de wifi (comunicação sem fio) nos estados da Paraíba e de Pernambuco.
Mas a oposição insistiu e foi ao STF. A CPI da Petrobras deveria investigar tão somente a maior empresa estatal brasileira – o que foi alcançado pela decisão monocrática da ministra do STF, Rosa Weber.
O comportamento volúvel da oposição foi lamentado pelo líder do PT, senador Humberto Costa (PT-PE). “Me admira ver a oposição, que demonstrou tanta garra, tanto desejo de investigar, no momento em que as condições estão sendo dadas para a investigação ser feita, apressam-se em rejeitar a indicação, em comunicar que não farão parte [da CPI], mostrando, mais uma vez, que não há uma intenção efetiva de investigar”. Para Humberto, ficou patente que, desde sempre, o que havia era o desejo de transformar a CPI no palco de uma disputa político-eleitoral.
O líder destacou que a CPI da Petrobras já poderia estar funcionando, não fosse a recusa de DEM e PSDB de indicar seus representantes na comissão — o que levou o presidente do Senado a indicar os nomes dos senadores Vania, Miranda e Morais. Humberto também ponderou que, com as indicações, a CPI poderia ser instalada até mesmo nesta quarta-feira (14). “Se há interesse efetivo da oposição de fazer essa investigação, nós poderemos começar isso amanhã. Por que esperarmos para depois do dia 20, ou até o final do mês para termos uma CPI mista?”, questionou.
Os oposicionistas não conseguiram explicar a mudança de posição e a expressa deliberação de enterrar uma CPI que tanto lutaram para criar. O tucano Álvaro Dias (PR) chegou a pregar que “uma dose maior de sinceridade ficaria bem ao Parlamento”, mas a fala foi alarme falso, pois logo em seguida ele emendou a mesma arenga sobre a necessidade de investigar as graves denúncias contra a Petrobras”, só que agora não mais no Senado, mas no Congresso, que só volta a se reunir no dia 20 de maio. Com o calendário legislativo premido pela Copa do Mundo e as eleições, pode ser tarde demais para garantir o pleno funcionamento da comissão. 

Reestruturando Luis Fernando Veríssimo

Pesos e medidas

Utiliza-se tanto à frase ¨dois pesos e duas medidas" para cobrar isonomia no julgamento de corrupção no país que eu proponho o fim da hipocrisia.

Oficialize-se, já, dois sistemas de pesos e medidas diferente no Brasil.

  • Um que vale apenas para o PT - Sistema 1 -
  • Outro para os outros (principalmente para o PSDB) - Sistema 2 -
As previsíveis contradições, desencontros, conflitos etecetera, seriam resolvidos por um conselho arbitral formado por representantes dos dois sistemas. Presidido claro, por Joaquim Barbosa. 

Parque do Cocó: Ocupação Já!

Ambientalistas e  ecologistas [kkk] ocuparam e incentivaram para que ocupássemos o Parque. 

Panfletaram, banearam, enfaixaram e criaram páginas em redes sociais defendendo a ocupação. 

Que beleza!

Vamos ocupar o Parque do Cocó.

MST - Movimento dos Sem Terra -, vamos lá, Ocupação Já, os ambientalistas e ecologistas nos apoiam. 

MST - Movimentos dos Sem Teto -, vamos lá, Ocupação Já, os ambientalistas e ecologistas nos apoiam.

Uma parcela do judiciário nos apoia. Viaduto prá quê?

Carros, motos e demais transportes poluentes trafegarem? Não de jeito nenhum, não vamos permitir essa aberração. 

Todos em defesa da bicicleta.

Este discurso acima é dos ecohipocritas.

Na hora que um pobre sem terra, sem teto ocupar um centímetro do espaço que lhes serve de plataforma aparecer, eles serão os primeiros a exigir do Estado que use de todos os meios para expulsar os invasores.

Que o Exército, a PM, a Guarda Municipal e mesmo o escambáu use cassetete, spray de pimenta, gás lacrimogênio - bomba de efeito moral é a mesma coisa? -...não tem nenhuma importância.

O essencial para eles ocupar a cuca ekovadia e hipócrita com alguma coisa.

Se perguntar a 99,9% desta turma ecohipocrita é que é uma enxada eles retrucarão, quidiabéisso?

Capicce?

A manipulação da ética


Lula ganhou a eleição presidencial em 2002. Tinha uma aprovação pessoal grande e a avaliação do governo dele em nível elevado. A oposição não sabia como se opor àquele governo que não naufragou de imediato como ela esperava e torcia. Frustrou-se.
A pauta é outra. Saúde e segurança no topo das preocupações. Foto: Paulo Whitaker/Reuters
O governo fez o dever de casa. Foi comedido, comportado, conservador. Sacrificou o crescimento econômico pelo superávit primário. Embora tivesse base de apoio no Congresso capaz de permitir ousadias, conteve-se. O programa Bolsa Família, criado em 2003, é uma exceção que confirma a regra.
Em 2005, no entanto, explodiu a denúncia do “mensalão” e despertou na oposição o velho sentimento moralista da extinta UDN. Era a bandeira que faltava para guiar as insatisfações e retomar o poder para os tucanos. Delenda Lula.
Entrou em ação a “banda de música” udenista e com ela o uso político, ou manipulação, do tema corrupção, ampliado pelas trombetas da mídia. A ética foi escancaradamente banalizada e alcançou até mesmo a tradicional distribuição de cargos da máquina pública. Antes aceita, passou a ser condenada. Chegou-se à criminalização da política. Alguns índices de abstenção no primeiro turno das eleições municipais de 2012, ainda em curso, refletem isso.
Apesar disso, a propaganda do combate à corrupção não deu certo. Em 2006, Lula foi reeleito e, em 2010, elegeu Dilma. Um ás que tirou da manga.
O que falhou no golpe da oposição? Basicamente, faltou combinar com o eleitor. Chegou-se a achar que o povão, o eleitor pobre, não tinha ética. O povo, porém, como apregoa conhecido refrão, não é bobo. Tinha, na verdade, a informação essencial transmitida pelos benefícios de uma administração que resgatava milhões de marginalizados para incluí-los no processo econômico. A coisa não para por aí. Tem mais.
Recentemente, Márcia Cavallari, diretora-executiva do Ibope, concluiu um levantamento sobre mudança na agenda dos “principais problemas brasileiros”, segundo o eleitor. Os dados são tirados, essencialmente, das pesquisas daquele instituto. Em 21 anos, de 1989 a 2010, houve alterações significativas nessa agenda.
Tabela com os principais problemas dos brasileiros, segundo pesquisa Ibope
Observados os porcentuais do levantamento e, claro, principalmente os resultados das urnas nesse período, fica bem visível que o eleitor, embora condene, não vê a corrupção como principal adversário. No período pesquisado, o combate a esse crime baixou do quinto para o sexto lugar no elenco dos problemas a partir da queda de 5 pontos porcentuais na escala das indicações.
Curiosidade à margem do tema: caiu radicalmente a preocupação com a inflação, diminui significativamente a preocupação com a habitação e desapareceu a referência à dívida externa. Contrariamente, porém, surgiram as drogas com porcentual elevado na lista de apreensões dos brasileiros.
Essa preocupação secundária com o combate à corrupção mostra que os eleitores entregam o voto para candidatos preocupados com a inflação – FHC valeu-se disso para ganhar a eleição montado no Plano Real –, com a saúde, com a educação, a segurança pública e o desemprego. Por fim, porém não menos importante, a distribuição de renda.
O eleitor sabe do que precisa. O moralista que duvidar que atire nele a primeira pedra.
Mauricio Dias

Crime ou brincadeira?

Daqui a pouco veremos na TV líder de audiência do pais uma loura esculhambando outra loura. Burra, jumenta, égua, cachorra e outras coisas deste nível serão ditas a torto e a direita. Não veremos ninguém escandalizado com isso, todos encaram isso como realmente é, uma brincadeira. Porém, fosse a empregada da Chaiene uma negra... ah, aí o mundo já teria caído. Ongs, movimentos ligados a igualdade racial, seppir e o escambau teriam entrado na justiça com processos e mais processos contra o autor da novela e também a emissora. Quer saber? Para mim este pessoal [na grande maioria] não passa de um bando de complexados. Babacas!

A vida como ela é

Quando Lula diz que tem "ojeriza de denúncias sem provas", para mim significa que: ele entende isto como um ataque político - ele vive isto -. 

Porém, para mim são as provas sem denúncias, que me dão ojeriza. 

É provado e comprovado que todas as empreiteiras - sem exceção - são corruptoras e corruptas -. Mas, se eu um ladrão galinha fizer uma acusação desta o que acontece? Serei preso, me pressionarão para retirar a acusação, e se eu insistir?...Ê, sequer se lembrarão dos que foram torturados na ditadura. 

Ah, tudo legalmente"




Millôr: o melhor movimento feminino ainda é o dos quadris

Todos os dias leio, escuto e vejo defensores das mulheres esbravejando indignados contra o machismo, contra a exploração "sexual feminina", contra o sexismo da publicidade etecetara e tal. Aí, as nove da noite vem a novela global e apresenta cenas de prostituição explicita [ Candinho comprando suas mulheres] e uma mulher usando sexualmente o dito cujo... 

Cadê a horda dos e das indignadas, onde se metem uma hora desta?

Tão assistindo a novela e sonhando em encontrar um príncipe encantado cheio da grana para se prostituirem?

Ou prostituição é apenas quando o valor pago é pouco?

Prostituir-se por muito dinheiro a sociedade e as feministas aceita e elogia de bom grado, por que?

Prostituição significa: obter lucro através da venda do corpo para atividades sexuais. 

Que fazem as mulheres fotografadas nuas ou seminuas em revistas ditas masculinas?
Pior que a prostituição é hipocrisia que impera na sociedade.

Senador Cachoeira pretende anular provas

O hipócrita Demóstenes Torres quer anular provas por que? Quem não deve não teme. A bem como disse ele: " as conversas são apenas sobre frivolidades, não há nada comprometedor que me incrimine".

Senador do DEM agora alega que suas conversas com o “professor” Carlinhos Cachoeira, em aparelhos trazidos dos EUA, foram obtidas ilicitamente; nos meios políticos já circula até um novo apelido para o ex-moralista: Senador Cachoeira
247 – Senador Cachoeira. Este é o apelido que já circula nos meios políticos e diz respeito, obviamente, ao senador Demóstenes Torres (DEM-GO), ex-Catão da República, que foi desmascarado desde que a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, captou 298 ligações entre o ex-moralista e o mafioso Carlinhos Cachoeira. A primeira reação de Demóstenes foi dizer que ele e Cachoeira são amigos e que não sabia que o bicheiro mais famoso do País se dedicava à contravenção. A segunda foi afirmar que tantas conversas tinham como pano de fundo a resolução de problemas amorosos – Cachoeira se casou com a ex-mulher de um amigo de Demóstenes. Em seguida, ele afirmou não ter nada a temer.
Depois da descoberta que os dois falavam por meio de rádios Nextel – aqueles da propaganda “este é o meu clube” – trazidos dos Estados Unidos, o senador Cachoeira, aliás, senador Demóstenes tem demonstrado mais preocupação. Por meio de seu advogado, o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido em Brasília como Kakay, ele já trata de anular as provas.
Todo o material referente ao senador Demóstenes apreendido na Operação Monte Carlo foi enviado ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para que ele avalie se deve ou não abrir sugerir a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal contra o político goiano. De acordo com o advogado Kakay, se Gurgel denunciá-lo, entendendo haver indícios de crime, isso provaria que o senador teria sido gravado ilegalmente, sem aval prévio do STF. “Se o procurador-geral entender que as conversas têm de ser investigadas, vamos levantar a nulidade porque essas provas foram colhidas de maneira ilícita”, disse Kakay.
A Polícia Federal, no entanto, irá alegar que o alvo das interceptações era o bicheiro Carlinhos Cachoeira e que não poderia adivinhar que o contraventor fosse tão próximo do senador Demóstenes. No clube Nextel de Cachoeira, que era chamado de 14 + 1, havia 15 pessoas. Demóstenes era o “1”, o que talvez indique sua importância na organização. O senador é também sócio de uma faculdade privada em Contagem (MG), cuja estrutura societária é um mistério (leia maisaqui).
No Congresso, já há assinaturas suficientes para a instalação da CPI sobre as atividades de Carlinhos Cachoeira. Elas foram recolhidas pelo deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) e Demóstenes Torres certamente será um protagonista da história, se ela vier mesmo a ser instalada.

Depois de morto Lucio Dalla sai do armário

[...] e ri da hipocrisia italiana
Lucio Dalla não era conhecidíssimo no Brasil. “Caruso”, sua canção mais famosa, até que fez bastante sucesso por aqui no começo dos anos 90, em sua própria voz ou na de Luciano Pavarotti. Também era o autor de “Gesù Bambino”, que ganhou uma versão em português, “Minha História”, assinada por seu amigo Chico Buarque.
Apesar disto, sua morte súbita na semana passada, a três dias de completar 69 anos, não mereceu muito destaque na imprensa brasileira.
Já na Itália não se fala em outra coisa. Dalla tinha entre seus conterrâneos o mesmo status que Chico tem por aqui. Seu desaparecimento já seria comoção suficiente para parar o país. Mas aí estourou um escândalo, e bem no dia de seu funeral na catedral de Bolonha, sua cidade natal. Lucio Dalla era gay.
Um único leigo falou durante a missa: o ator e poeta Marco Alemanno, de 32 anos. Primeiro o rapaz recitou a letra de “Le Rondini” (”As Andorinhas”), um dos muitos hits do falecido. Depois disse que havia crescido ao lado dele, e o agradeceu por tudo que ele lhe deu e ainda dá. E então rompeu num pranto convulso, enquanto que os padres ao fundo faziam cara de pôquer.
Coube à jornalista Lucia Annunziata, uma das mais respeitadas da Itália, colocar os pingos nos i em seu programa de TV. “O funeral de Lucio Dalla é um dos exemplos mais fortes do que significa ser gay na Itália. Você vai à igreja, fazem os seus funerais e o enterram no rito católico. Basta você não dizer que é gay. É o símbolo do que somos. Há permissividade, contanto que olhemos para o outro lado”.
A homossexualidade de Dalla não era exatamente um segredo guardado a sete chaves. Muita gente sabia. Simplesmente não se comentava. O próprio Dalla jamais veio a público para dizer se gostava disto ou daquilo, mas também não se escondia. Foi visto constantemente na companhia de Alemanno ao longo dos últimos dez anos.
Mas as palavras de Annunciata tiveram repercussão imediata, para o bem e para o mal. Muita gente concordou com ela: de fato, a Itália é o país mais atrasado da Europa Ocidental em termos de direitos igualitários. Enquanto que os também católicos Espanha e Portugal já legalizaram o casamento gay, na Itália não existe sequer a união civil entre pessoas do mesmo sexo. A influência avassaladora da Igreja vai muito além dos muros do Vaticano.
A jornalista também está sendo acusada de arrancar o compositor à força do armário, quando ele não está mais aqui “para se defender”. O próprio empresário de Dalla correu para dizer que Alemanno era só um bom amigo, e que a moça vista ao seu lado durante o serviço fúnebre é sua “companheira”.
Querendo ou não, o fato é que Dalla provocou, depois de morto, uma discussão muitíssimo necessária em seu país. A Itália tem uma relação hipócrita com seus gays e lésbicas: “vocês podem tudo, contanto que jamais se assumam à luz do dia”. Aliás, essa hipocrisia se estende a muitos outros aspectos da vida cotidiana.
E é parecidíssima, obviamente, com a que vigora no Brasil. Por aqui, volta e meia morre uma celebridade que vivia sua sexualidade na sombra, e ai daquele que comentar em voz alta as preferências do morto: estará lhe ofendendo a honra.
Lucio Dalla vinha de uma geração que aprendeu que ser gay era crime, e morava num país onde seu amor era considerado pecado mortal. Enquanto vivo, preferiu não se expor nem levantar bandeiras. Mas agora, seja lá onde estiver, duvido que não ache graça dessa polêmica toda. Era um grande artista, e os artistas amam a liberdade.

 por Colunistas F5 e Tony Goes

Meio ambiente e a reserva de mercado

O que de fato está por trás dos ambientalistas, ecologistas e demais istas que vivem de criticar o atual modelo de desenvolvimento é pura e simplesmente a reserva de mercado. Eles que tem condições financeiras  defendem com unhas, dentes e ideias(?)  a máxima popular: Farinha pouca, meu pirão 1º.

Abaixo publico uma notícia que retrata muito bem o que estou falando. Leiam com atenção e se tiverem alguma dúvida sobre o que estou falando, deixe em "Comentário" , e responderei.

  Do G1 - Concessionária vai gerenciar Noronha, que terá ingresso de R$ 65

Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo

Baía do Sancho (Foto: Divulgação/EcoNoronha)Praia do do Sancho, que ganhará nova infraestutura de acesso (Foto: Divulgação/EcoNoronha)
Visitar Fernando de Noronha ficará um pouco mais caro a partir deste ano. Com a entrada da concessionária da EcoNoronha, que venceu a concorrência pública para gerenciar e explorar serviços turísticos no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, o turista passará a pagar um ingresso no valor de R$ 65 para um período de 10 dias (R$ 130 para estrangeiros) para conhecer as principais atrações do arquipélago. Em contrapartida, a empresa assume o compromisso de realizar uma série de obras de melhoria na infraestrutura de acesso ao parque.
A EcoNoronha é uma empresa privada 100% brasileira e filial da Cataratas do Iguaçu S.A., que administra o Parque Nacional do Iguaçu. A concessionária prevê iniciar a cobrança do ingresso até o começo de maio. “As obras começam em fevereiro e a ideia é iniciar a cobrança entre o final de abril e começo de maio, após o término da primeira fase, onde serão construídos dois pontos de informação e controle e as trilhas da Baía dos Golfinhos e do Sancho”, afirma Celso Florêncio, gerente geral da EcoNoronha.
verno de Pernambuco cobra uma taxa de preservação ambiental (TPA) de R$ 43,20 por cada dia de permanência do turista na ilha, mas nenhum valor é revertido para o Parque Nacional Marinho, sob responsabilidade da União - formado por quase 70% da ilha principal e incluindo todas as ilhas secundárias, com área total de 112,7 km².
O governo federal cobra hoje uma taxa de visitação de R$ 10. Mas, em função da falta de pessoal e de estrutura do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, responsável pela administração do parque, na prática, o valor só acaba sendo cobrado em passeios de barco e de transatlântico.
“Dos cerca de 60 mil turistas que visitam a ilha anualmente, apenas um terço das pessoas pagam essa taxa. Não conseguimos cobrar de todos”, explica Ricardo Araújo, chefe do Parque Nacional Marinho. “Temos 20 funcionários para cuidar de toda administração do parque, que inclui atividades de fiscalização, controle e proteção ao meio ambiente”, acrescenta.
Projeto de ponto de informação e controle, a ser construído na Praia do Sueste (Foto: Divulgação/EcoNoronha)Projeto de ponto de informação e controle para a Praia do Sueste (Foto: Divulgação/EcoNoronha)
O preço do ingresso foi definido em portaria publicada no final de 2010, que atualizou a cobrança de ingressos nos parques nacionais, que não eram reajustados há quase 5 anos. “As pessoas ficam em torno de 4 a 5 dias em Noronha. Dessa forma, pensamos inicialmente num valor em torno de R$ 65 para os 5 dias. Entretanto, visando incentivar a maior permanência e seguindo a lógica da TPA que incentiva as pessoas a ficarem a até 10 dias o que nós fizemos foi dar uma extensão da taxa de R$ 65 para os outros 5 dias caso a pessoa queira ficar mais tempo na ilha”, diz Araújo.
“Hoje o turista não encontra instalações e serviços de apoio para poder passar  um dia inteiro dentro do parque. O visitante mal encontra um lugar para comprar água”"
Celso Florêncio, gerente geral da EcoNoronha
Segundo Araújo, como o contrato de concessão estabelece que 14,7% da bilheteria sejam repassados ao ICMBio, a receita destinada para a administração do parque tende a se manter equilibrada. “O grande diferencial é que agora o que for arrecadado será investido em melhorias para o visitante. O que tem que ficar claro nessa questão do ingresso é que as contrapartidas ao consumidor estarão bem claras e definidas", afirma.
A administração do parque informa que, apesar das melhorias no atendimento ao turista, a ideia é manter sob controle o número de visitantes na ilha. "Na baixa temporada temos condições de crescer um pouco mais, mas nos nossos estudos de viabilidade colocamos a previsão de subir para 80 mil o número de visitantes anuais só daqui 15 anos", explica Araújo.

Sobre o início da cobrança do ingresso, o chefe do parque confirma que essa começará após o término da primeira fase do cronograma de melhorias a serem realizadas pela concessionária, mas lembra que qualquer obra na ilha costuma ser sempre uma "operação de guerra" em razão das dificuldades de transporte de materiais e que, por enquanto, ainda não há uma data oficial.
Investimento de R$ 8 milhões até 2013
O contrato de concessão tem duração de 15 anos. Além de 85,3% da arrecadação dos ingressos, a EcoNoronha terá como fonte de receita o faturamento das lojas e lanchonetes que poderá montar no parque. A empresa está vetada, no entanto, de vender bebida alcóolica e preparar alimentos nas lanchonetes.

A concessionária prevê investir R$ 8 milhões até o final de 2013 na área de concessão, que compreende o Mirante dos Golfinhos, Mirante Dois Irmãos, a Baía dos Porcos, as praias do Sancho, Sueste, Leão, Atalaia e Caieiras, bem como oito trilhas que levam a estes pontos de visitação.

Os investimentos previstos incluem melhoria das vias de acesso aos mirantes e praias, implantação de trilhas suspensas e decks, contratação de monitores e construção de cinco pontos de informação e controle, com estacionamento, sanitários, duchas, guarda-volumes, lanchonete e loja de souvenires. Dentro dessas áreas, a concessionária pretende oferecer também os serviços de aluguel de bicicletas, equipamentos de mergulho livro e de acesso à internet.

“O parque vai passar a ter uma estrutura que hoje não tem”, diz o gerente geral da EcoNoronha. “Hoje o turista não encontra instalações e serviços de apoio para poder passar um dia inteiro dentro do parque. O visitante mal encontra um lugar para comprar água”, afirma.
Paisagem da Praia do Atalaia, na área conhecida como Mar de Fora (Foto: Divulgação/EcoNoronha)Paisagem da Praia do Atalaia, na área conhecida como Mar de Fora (Foto: Divulgação/EcoNoronha)
Segundo a EcoNoronha, o objetivo é replicar o modelo de operação que já funciona há 11 anos em Iguaçu, garantindo nesse período o investimento de cerca de R$ 42 milhões em melhoria nas estruturas do parque. A empresa informa ter obtido uma receita de R$ 50 milhões em 2011.

O plano de negócio da concessionária em Noronha prevê uma receita de R$ 5 milhões já em 2013, com os ingressos representando 70% do faturamento. “Nossa previsão é de uma taxa de retorno de 12% ao ano para os acionistas, mas só a partir do sexto ano de operação”, diz o porta-voz da concessionário, que possui a base dos seus negócios no Paraná.

A empresa foi a única a apresentar uma proposta na concorrência pública ocorrida em 2010. Segundo Florêncio, a entrada em Noronha é um investimento estratégico, uma vez que o grupo pretende disputar outras concessões de parques federais e estaduais previstas para os próximos anos. “Estamos trabalhando para chegar até 2016 com serviços em mais 3 ou 4 parques”, diz o executivo.
Novas concessões de parques
O governo federal analisa a viabilidade de abrir novas concessões para serviços turísticos em  outros parques nacionais. A previsão é de que os estudos sejam concluídos até o final do segundo trimestre.
O governo federal possui atualmente 9 grandes contratos de concessão, incluindo Parque Nacional do Iguaçu, Serra dos Órgãos, Fernando de Noronha, Parque Nacional da Tijuca, Lençóis Maranhenses, Serra das Confusões e APA Costa dos Corais.
Segundo o coordenador geral de uso público do ICMBio, Ernesto Viveiros de Castro, novos editais de concessãodevem ser lançados ainda em 2012. "O edital do Complexo Paineiras [no Parque Nacional da Tijuca, RJ] está aberto e ainda este ano devem ser lançados editais de concessão ou permissão em Itatiaia e Abrolhos, além de diversas autorizações para atividades menores nos parques nacionais de São Joaquim, Serra da Canastra e Emas, entre outros. É importante deixar claro que não se trata de privatização dos parques, mas de delegação de alguns serviços de apoio ao visitante à iniciativa privada", afirma.
Ele conta que o ICMBio também assinou acordo com o Ministério do Planejamento e Ministério do Meio Ambiente para realizar estudos para parcerias público-privadas (PPPs) nos parques nacionais de Jericoacoara, Ubajara, Sete Cidades e Serra das Confusões.
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por Zé Dirceu

Cai a mascara e mais dois Catões são desnudados 

Durante os oito primeiros anos, dos 11 em que foi ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) - de 2001 a 2011 - Ubiratã Aguiar, que vivia embargando e paralisando obras do governo federal, acumulou três aposentadorias a seu salário de ministro. O acúmulo perfazia bem mais de R$ 37 mil mensais, quantia quase 50% superior ao teto salarial constitucional de R$ 26 mil mensais.

Somado a seu salário de ministro, ele recebeu aposentadorias de ex-vereador, ex-deputado tucano pelo Ceará e ex-procurador do Ministério Público estadual. Desta última ele só abdicou na semana passada, mediante ação do procurador Marcelo Monte, que deu prazo de 10 dias para ele renunciar aos proventos como procurador aposentado.

Mais uma máscara de catão que cai. A primeira foi a do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Ophir Cavalcanti, que há 13 anos, embora afastado do cargo, recebe ilegalmente salários do Judiciário do Pará. Tudo até agora com o silêncio do Conselho Federal da OAB (presidido por Ophir), que ainda não explicou estes salários pagos indevidamente.

Ophir diz que é legal receber salários do Estado do Pará sem trabalhar. Igualzinho diz Ubiratã Aguiar, para justificar as três aposentadorias que somava aos seu salário de ministro do TCU. Ophir, a exemplo de Ubiratã, posava de catão da nação, mas ambos não passam de hipócritas que exploram o tema da luta contra a corrupção

EU AJUDEI A DESTRUIR O RIO DE JANEIRO


- artigo de Sylvio Guedes

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No momento em que se celebra a "ocupação" da favela da Rocinha, sem explicar por que o Rio de Janeiro tolerou o controle exercido por uma década pelos traficantes, em uma comunidade de quase meio milhão de pessoas, é hora de reler o artigo do jornalista carioca Sylvio Guedes. Radicado em Brasília, ele foi editor-chefe dos principais jornais da capital. 
É irônico que a classe artística e a categoria dos jornalistas estejam agora na, por assim dizer, vanguarda da atual campanha contra a violência enfrentada pelo Rio de Janeiro. Essa postura é produto do absoluto cinismo de muitas das pessoas e instituições que vemos participando de atos, fazendo declarações e defendendo o fim do poder paralelo dos chefões do tráfico de drogas.
Quando a cocaína começou a se infiltrar de fato no Rio de Janeiro, lá pelo fim da década de 70, entrou pela porta da frente.
Pela classe média, pelas festinhas de embalo da Zona Sul, pelas danceterias, pelos barzinhos de Ipanema e Leblon.
Invadiu e se instalou nas redações de jornais e nas emissoras de TV, sob o silêncio comprometedor de suas chefias e diretorias.
Quanto mais glamuroso o ambiente, quanto mais supostamente intelectualizado o grupo, mais você podia encontrar gente cheirando carreiras e carreiras do pó branco.
Em uma espúria relação de cumplicidade, imprensa e classe artística (que tanto se orgulham de serem, ambas, formadoras de opinião) de fato contribuíram enormemente para que o consumo das drogas, em especial da cocaína, se disseminasse no seio da sociedade carioca – e brasileira, por extensão.
Achavam o máximo; era, como se costumava dizer, um barato. Festa sem cocaína era festa careta.
As pessoas curtiam a comodidadeproporcionada pelos fornecedores: entregavam a droga em casa, sem a necessidade de inconvenientes viagens ao decaído mundo dos morros, vizinhos aos edifícios ricos do asfalto.
Nem é preciso detalhar como essa simples relação econômica de mercado terminou. Onde há demanda, deve haver a necessária oferta. E assim, com tanta gente endinheirada disposta a cheirar ou injetar sua dose diária de cocaína, os pés-de-chinelo das favelas viraram barões das drogas.
Há farta literatura mostrando como as conexões dos meliantes rastaquera, que só fumavam um baseado aqui e acolá, se tornaram senhores de um império, tomaram de assalto a mais linda cidade do país e agora cortam cabeças de quem ousa lhes cruzar o caminho e as exibem em bandejas, certos da impunidade.
Qualquer mentecapto sabe que não pode persistir um sistema jurídico em que é proibida e reprimida a produção e venda da droga, porém seu consumo é, digamos assim, tolerado.
São doentes os que consomem. Não sabem o que fazem. Não têm controle sobre seus atos. Destroem famílias, arrasam lares, destroçam futuros.
Que a mídia, os artistas e os intelectuais que tanto se drogaram nas três últimas décadas venham a público assumir:
“Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro.”
Façam um adesivo e preguem no vidro de seus Audis, BMWs e Mercedes.

Misturando alhos com bugalhos e anistia com melancia

É cada coisa que a gente de aguentar...

Colunista de jornal comparando a Lei de Anistia com a construção de Belo monte, que uma coisa tem a ver com a outra? Nada. Mas, o sujeito inventa um gancho e mete o pau a escrever sobre os dois casos. E claro, alfinetando de leve, de soslaio a política externa do governo Dilma Rousseff e Lula.

Sendo assim, também vou misturar alho com bagulhos.

Me causa risos a cara de pau de algumas personalidades brasileiras fazendo campanha pela pratica de fazer xixi no banho. Xuxa, Gisele Budchen , Vitor Fasano fazem parte deste time de hipócritas.

Queria ver eles divulgarem o consumo de água e energia nas casas deles. O tamanho do descaramento desta gentinha é muito maior que Itaipu.

Nojentos!!!


Líbia

A exposição pública da hipocrisia ocidental


entrevista a Manuela Azenha
Na segunda parte da entrevista de Reginaldo Nasser, mestre em Ciência Política pela UNICAMP e doutor em Ciências Sociais pela PUC (SP), o professor fala da hipocrisia explícita dos Estados Unidos e de países europeus em relação aos ditadores da África e do Oriente Médio e sobre possíveis formatos de uma intervenção militar (Haiti?).
E, atentem, prevê que as revoluções árabes vão provocar mudanças nas lideranças de Israel e dos territórios palestinos, se não imediatamente, a médio prazo.
Viomundo – E porque o senhor acha que a comunidade internacional demorou tanto para se posicionar e de uma hora para outra, os Estados Unidos passaram a crucificar o Gadaffi abertamente? O que tem em jogo e quem sai ganhando com isso?

Reginaldo Nasser
 – Na verdade, a chamada comunidade internacional não é uma comunidade: são os Estados Unidos, a Inglaterra, a França, tal.  O Mubarak foi aceito por eles há muito tempo e o Gadaffi adotaram recentemente, desde 2003.  Essa reintrodução do Gadaffi na comunidade internacional foi feita num acordo muito bom para as duas partes. As reservas de petróleo da Líbia tornaram-se cada vez mais exploradas, pela Shell, BP, Exxon, etc. O Gadaffi declarou que estava suspendendo toda e qualquer forma de produção de armas de destruição em massa, que é uma obsessão dos Estados Unidos. O Huffington Post mostrou o lobby pró-Líbia dentro do Congresso americano, um lobby que já existia antes da suspensão. Um lobby que envolve petróleo, indústria de armas e universidades.
V –Universidades?
RN – Sim, não sei se você viu, com os Estados Unidos e com a Inglaterra.  O filho do Gadaffi deu 1 milhão e meio para a London School of Economics, estudou e defendeu doutorado. Fundou um centro de estudos sobre democracia e governança. Não sei se é para rir ou chorar. Agora a London School está devolvendo o dinheiro e falando que foi plágio. Eles relatam visitas de intelectuais à Líbia, o Gadaffinho democrata. Tudo tranqüilo. O Gadaffi vendeu que é inimigo do [Osama] bin Laden e é verdade. É uma outra briga. Teve casos dele entregar terroristas para a CIA. Supostos terroristas. É um aliado. Passou a ser bem recebido na Europa, o outro filho dele tinha um time de futebol na primeira divisão, de Perugia, na Itália. O outro foi jogar com o Kaká. Outro dia eu vi um no show dos Rolling Stones. Isso sabendo que a repressão continuava existindo. Isso é fato. As ONGs divulgando a repressão [na Líbia].
Essa é a política clássica, tradicional, não tem nada de novo.  A ditadura amistosa. Agora, os Estados Unidos estão tentando ser espertos. No popular, cara de pau. Eu me lembro bem a declaração da Hillary Clinton no primeiro dia de revolta no Egito: não é só que o Mubarak era aliado, ele é da família norte-americana. “Ele é da nossa família”. E aí aquela frase muito objetiva: torço para que as coisas se resolvam bem.  E ao longo, a coisa foi crescendo e eles mudaram. E agora na Líbia, mudaram mais rápido por causa do desgaste.  Eles tinham que sair na frente e nesse aspecto eles estão sendo muito espertos. Porque agora já estão aparecendo nas manchetes do jornal que os Estados Unidos são o grande opositor do Gadaffi. O Brasil  e outros países perderam a oportunidade. Estava claro, já nesse momento, que tinha que sair um grupo de países e apoiar os movimentos.
Não tem essa de ficar esperando, relações diplomáticas. Porque é uma questão política, você tem de estar com os líbios, com os egípcios, e não com o Mubarak. E apostar nisso. O Brasil deu aquelas declarações que o Itamaraty sempre dá. Sinto muito.  Aliás, quem teve uma posição muito boa foi o embaixador do Brasil no Egito. Ele foi contundente, falou ao vivo no Jornal Nacional.  Pegou pesado: que estava lá, a repressão que assistia não podia acontecer. Os conservadores americanos já estão falando que têm que fazer como fizeram das outras vezes, na Coreia, nas Filipinas, no Chile, ou seja: quando as ditaduras desgastam, tiram os caras.
V – E como vai ficar a relação dos Estados Unidos com esses países árabes?
RN – A relação dos países árabes com os Estados Unidos não vai continuar como era antes, impossível.  Mas também não estarão ausentes. Por exemplo, os militares do Egito com os militares americanos tem uma relação orgânica, não vai romper isso de uma hora para outra.  A posição dos Estados Unidos é essa, como é a da Inglaterra, como é a da França. É sempre assim: agora, na França, o problema era a ministra das relações exteriores, não era o Sarkozy. Chama-se o tradicional bode espiatório. Para eximí-los não só da cumplicidade mas das políticas conjuntas que foram adotadas. Sabe-se que o Gadaffi segurava a leva de imigrantes que ia para a Europa. O Gadaffi era o melhor aliado.

V – Os líbios no leste,  “libertos”, rejeitam explicitamente qualquer intervenção estrangeira. O que eles pedem é que o Conselho de Segurança da ONU monitore uma zona de exclusão aérea. A ONU já condenou as ações de Gadaffi, mas pode-se esperar uma intervenção militar?

RN – Eles estão corretíssimos em rejeitar intervenção estrangeira. O Conselho de Segurança da ONU pode votar e autorizar uma intervenção coletiva.  A autorização é do Conselho, mas as tropas são de cada país.  Em todo e qualquer caso, os Estados Unidos aparecem como os que têm mais condições e vontade de se envolver nos conflitos.
V – Mas seria justificável uma intervenção militar?
RN – Acredito que não seja justificável mas houve outros fatos que aconteceram. No Haiti, por exemplo.  Não estou dizendo se sou favorável ou não. O que havia no Haiti? Uma instabilidade, um prenúncio de guerra civil. De direito, não existe a idéia de intervenção militar em guerra civil. Você pode fazer os acordos, colocar as partes para conversar, mas não  intervenção. Mas isso já abriu precedentes. Eu diria, com o precedente, pode se justificar como crise humanitária, que é o mais provável. Estão bombardeando civis, existe a questão das migrações, que está atrapalhando a Tunísia, o Egito, está indo para a Europa. Quer dizer, não é um problema interno.
Que foi o caso do Haiti, autorizado pela ONU, na década de 90, na época do Bill Clinton. Então pode autorizar, mas é improvável. Duvido que a Rússia e a China apoiem. Quase impossível porque vai ter veto.  Agora, os Estados Unidos podem agir sozinhos. Ou a OTAN. Aí não passa pela ONU, como foi em Kosovo, que não passou pela  ONU. A OTAN autoriza entre eles, europeus e americanos, para dar um ar de que não é unilateral e pode agir. Mas eu acho improvável. Os neoconservadores americanos estão querendo a intervenção sob o princípio humanitário. O Obama vai sair desgastado, ele está perdido. Qualquer coisa que ele fizer, está perdido.
V – Qual é a implicação dessa instabilidade nos países árabes para Israel?
RN – É um desafio interessante.  Acho que vai começar a passar o seguinte recado. Nós reconhecemos o Estado de Israel. Duvido que algum governo na Líbia, no Egito, vai se posicionar negando [o direito] a existência de Israel. Outra coisa é aceitar a política de Israel para os palestinos. Isso vai ser questionado, não tenha dúvida. E isso vai permitir colocar as relações diplomáticas em outro patamar. Tanto é assim que eu vejo, já tem sinais disso, que vai haver mudanças dentro de Israel.
A ascensão de líderes como Netanyahu e Mubarak, depende do ambiente em que eles circulam. O Netanyahu não vai mais saber circular nesse ambiente. Nem o Mubarak, que não dá satisfação a ninguém. Essas discussões vão minimamente para o congresso do Egito, para a opinião púbica. O discurso que deve surgir é: não queremos a destruição de Israel mas também não queremos a cumplicidade de fechar Gaza, por exemplo. Acho que vai acontecer um debate dentro de Israel sobre que tipo de político eles querem para fazer os acordos, as negociações no Oriente Médio. Já sabem que com armas não vai dar. No lado militar da coisa, Israel é o mais poderoso mas o Egito é a décima força militar no mundo. Não é nada desprezível. A situação é complicada mas a guerra é improvável e eu acredito que teremos novas lideranças. O [jornal israelense] Haaretz está colocando isso diariamente.
No começo, Netanyahu  apoiou Mubarak deliberadamente. E nas entrelinhas, todos preocupados com a chamada instabilidade. Estão acostumamos com esse ambiente, o bin Laden, o Ahmadinejad ou o Mubarak e o Gadaffi. O próprio Gadaffi esta falando que é o bin Laden que está incitando a multidão, então todo mundo vivia de criar seus mitos, que são seus inimigos. Sobrevalorizar o poder e o radicalismo da Irmandade Muçulmana… o terrorismo, os atos de terrorismo são ótimos para esse tipo de liderança.
Não tenha duvida, é fácil cuidar disso. Agora, lidar com esse tipo [de política] que vai surgir, é mais difícil, exige um outro tipo de tratamento da política externa, dos acordos, que vai repercutir nos palestinos também.  O Fatah, que está na Autoridade [Palestina], é herança dessa época também, desse tipo de liderança. Acredito que vão começar a questionar o Fatah e o Hamas. No primeiro momento, vai crescer o Hamas, mas eu acho que com o tempo vai aparecer uma outra força com os palestinos. Eles não podem ficar parados entre esses dois polos: Hamas e Fatah. Ou seja, vai haver repercussões internas em todos os países. Discussões políticas, de partidos, de representação, de propostas, é uma verdadeira revolução.

Infeliz daqueles que pregam uma moral que não praticam

Tenho notado uma grande "preocupação" de alguns notaveis sobre o crescimento da frota de veiculos automotores nas ruas. De quando em vez leio e escuto declarações tipo: 
É preciso conter este crescimento...
Sabe o que me diverte? É que estes "iluminados" desde sempre utilizam e possuem carros...
Engraçadinha esta corja, querem desfrutar dos beneficios da modernidade e negar isto aos demais simples mortais. Se acham...
Que tal eles abrirem mão do automovel, do avião etc etc?...
Vão nem ligar, faz tanto tempo que usam que já abusaram, não é mesmo?...