Ceará - Em ritmo de eleição

Os que acompanharam o debate dos candidatos ao governo do Estado pela TV Diário, segundo e-mails para a coluna, não viram ali "nada que pudesse alterar o que antes já haviam decidido quanto a candidatos". 

O que, no entanto, não invalida que tenham achado, além de oportuno, importante que esses debates sejam realizados. Até porque, quando nada, servem para que os candidatos possam ser mais conhecidos e, consequentemente, o que propõem caso sejam eleitos, tenham uma melhor avaliação. Não foi diferente, portanto, do que se viu nas quase duas horas do debate na TV Diário.

Obras
Ainda sobre o debate, o que se pode observar é que por Cid estar apoiado em dados, enfim, em obras que, por mais que possam ser, como o foram, questionadas por Marcos e Lúcio, estas constituem trunfos a justificar seus altos índices nas pesquisas.

Mudar pra quê?
Exatamente pelo que as pesquisas têm mostrado é que, na medida em que a eleição vai se aproximando, mais Cid se diz confiante em sua reeleição. E certo de que em nada deve alterar seu discurso de campanha.

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Serra prega censura a blogs

Por ter perdido mais uma batalha - na verdade, perdeu todas em que se envolveu nos últimos meses - o candidato da oposição a presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) prega, agora, insistente e abertamente, censura à internet. Ainda ontem, em sabatina na Ordem dos Advgoados do Brasil [OAB], voltou a atacar o que chama de "blogs sujos" - para ele todos os que são "ligados" à sua adversária na disputa presidencial, Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados).



O pretexto para esta nova campanha que Serra inicia é que, segundo ele, "estes blogs mantidos pelo governo ou pelo PT já apresentavam dados de Imposto de Renda de algumas das pessoas que depois se descobriu que tinham tido seus sigilos violados", dentre as quais o vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, o EJ.

A verdade é que Serra perdeu a batalha também na internet, apesar dos milhões que gastou. Ele montou toda uma equipe nesta área para nada. Passaram a perna nele, não apresentaram eficiência e os resultados são os que vê: ele continua a caminho da derrota na eleição de outubro. Dai esse seu arroubo de autoritarismo e saudades da ditadura - infelizmente, de novo com apoio da mídia - querendo censurar blogs.


Serra sabe quem divulgou violações e sigilos

Além de querer censurar os blogs, Serra quer se fazer de vítima. Se ele se julga caluniado, tem que recorrer à justiça. Esta é o foro adequado para quem o caluniou, ou aos demais tucanos, responder. Mas, nessa questão, Serra tem que cobrar mesmo é do Correio Braziliense, que divulgou a existência da investigação legal e de rotina que a Receita Federal fazia sobre EJ antes da quebra de seu sigilo, e da Folha de S.Paulo que denunciou a violação de seus dados.

Tem que cobrar estas histórias todas, também, do jornal Estado de Minas e de seu jornalista que teria sido encarregado de fazer dossiê contra o candidato a presidente tucano. O jornal mineiro, a exemplo do Correio Braziliense, é que tem estreitas ligações com o ex-governador tucano Aécio Neves, seu correligionário-rival de Serra.

O candidato tucano ao Planalto fica batendo nessa tecla de incriminar adversários para que? Ele sabe que não foram nem o PT, nem a campanha de Dilma que divulgaram a violação nem os dados do sigilo de EJ. E sabe que foram a Folha de S.Paulo e o Correio Braziliense.

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Liberdade de caluniar

A revista de extorsão e chantagem investe, agora, contra a ministra chefe da Casa Civil, com amontoado de calúnias. Não cansa de atacar a honra alheia. Como o leitor sabe que ela só faz mentir, a popularidade de Dilma cresce e a de Lula atinge os píncaros do universo.
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Voto - Direito ou Dever?

A cada tanto tempo, o tema reaparece: como o voto, de um direito se transformou em um dever? Reaparecem as vozes favoráveis ao voto facultativo.

A revista inglesa The Economist chegou, em artigo recente, a atribuir à obrigatoriedade do voto, as desgraças do liberalismo. Partindo do supostos – equivocado – de que os dois principais candidatos à presidência do Brasil seriam estatistas e antiliberais, a revista diz que ao ser obrigado a votar, o povo vota a favor de mais Estado, porque é quem lhe garante direitos.

Para tomar logo um caso concreto de referência, nos Estados Unidos as eleições se realizam na primeira terça-feira de novembro, dia de trabalho – dia “útil”, se costuma dizer, como se o lazer, o descanso, foram inúteis, denominação dada pelos empregadores, está claro -, sem que sequer exista licença para ira votar, dado que o voto é facultativo. O resultado é que votam os de sempre, que costumam dar maioria aos republicanos, aos grupos mais informados, mais organizados, elegendo-se o presidente do pais que mais tem influência no mundo, por uma minoria de norteamericanos. Costumam não votar, justamente os que mais precisam lutar por seus direitos, os mais marginalizados: os negros, os de origem latinoamericana, os idosos, os pobres, facilitando o caráter elitista do sistema político norteamericano e do poder nos EUA.

O voto obrigatório faz com que, pelo menos uma vez a cada dois anos, todos sejam obrigados a interessar-se pelos destinos do país, do estado, da cidade, e sejam convocados a participar da decisão sobre quem deve dirigir a sociedade e com que orientação. Isso é odiado pelas elites tradicionais, acostumadas a se apropriar do poder de forma monopolista, a quem o voto popular “incomoda”, os obriga a ser referendados pelo povo, a quem nunca tomam como referência ao longo de todos os seus mandatos.

Desesperados por serem sempre derrotados por Getúlio, que era depositário da grande maioria do voto popular, a direita da época – a UDN – chegou a propugnar o voto qualitativo, com o argumento de que o voto de um médico ou em engenheiro – na época, sinônimos da classe média branca do centro-sul do país – tivesse uma ponderação maior do que o voto de um operário – referência de alguém do povo na época.

O voto obrigatório é uma garantia da participação popular mínima no sistema político brasileiro, para se contrapor aos mecanismos elitistas das outras instâncias do poder no Brasil.

por Emir Sader 

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Vanessa tá 5 pontos a frente do Rathur Virgílio


Nova pesquisa Ibope, encomendada pela Rede Amazônica, divulgada nesta segunda-feira (13), mostra a candidata ao Senado pela coligação “Avança Amazonas”, deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB), com 39% das intenções de voto contra 34% do tucano Arthur Virgílio Neto. Ambos disputam a segunda vaga do Estado no Senado. Na liderança isolada, está o ex-governador Eduardo Braga (PMDB), com 80%. Jefferson Praia (PDT) está em quarto lugar, com 9%. Indecisos somam 12% e Brancos e Nulos 2%.

Pelos números da sondagem anterior do mesmo instituto, divulgada no dia 31 de agosto, Vanessa cresceu 7 pontos e o seu adversário direto caiu 15. 

Essa é novidade no processo eleitoral amazonense. É que pela primeira vez a candidata aparece descolada do tucano. No mês passado, dois institutos locais de pesquisa (Action e Perspectiva) davam empate técnico entre os dois. 

A campanha de Vanessa ganhou há duas semanas um apoio de peso na propaganda eleitoral da TV. Ela foi a única a receber no palanque eletrônico a presidenciável Dilma Rousseff pedindo voto para a sua candidatura (veja aqui).

Campanha conjunta
Nessa nova fase da propaganda, Eduardo Braga e Vanessa entraram no horário eleitoral em um único programa. Os dois argumentam que o Amazonas precisa estar forte no Senado com representantes afinados com Dilma.

A candidata recebeu o resultado com cautela. Disse que o importante agora é manter o trabalho de corpo a corpo que vem fazendo pelo Estado, sobretudo na capital, onde pretende intensificar a campanha. Ela já viajou quase a totalidade dos municípios.

Na disputa ao governo, Omar Aziz (PMN) lidera com 53% contra 32% de Alfredo Nascimento (PR). Com base na última pesquisa, Omar saiu de 54% para 53% e Alfredo caiu de 38% para 32%. Se as eleições fossem hoje, o candidato do PMN venceria no primeiro turno.

Para a Presidência, Dilma Rousseff (PT) teria 77% dos votos dos amazonenses. O tucano José Serra alcançou apenas 10% na pesquisa e Marina Silva (PV) 8%. Os outros candidatos chegaram a 1%. Brancos e nulos são 1% e indecisos 3%.

De Manaus,
Iram Alfaia



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Glória Pires - A grande vencedora do 5° Prêmio Contigo! de Cinema Nacional

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Luisa Girão, iG Rio de Janeiro
Glória Pires foi a grande vencedora da noite no 5º Prêmio Contigo de Cinema, entregue nesta segunda-feira (13), no Espaço Tom Jobim, no Jardim Botênico, Zona Sul do Rio de Janeiro. Escolhida pelo júri e pelo voto popular, ela subiu ao palco para receber os troféus de melhor atriz, pelo filme "É proibido fumar”. “Estou super feliz porque esse trabalho foi muito importante para mim. Quero dedicar esse prêmio ao meu pai, minha mãe, meus filhos, sempre saudosos, e ao meu marido (Orlando Morais), a pessoa mais importante da minha vida e que está sempre ao meu lado”, falou ela, entre lágrimas. O longa-metragem independente "É proibido fumar", de Anna Muylaert, foi o maior vitorioso da noite com seis troféus, incluindo o de melhor filme eleito pelo júri oficial.

George Magaraia
 Glória Pires recebeu o prêmio de melhor atriz das mãos de Milton Gonçalves

Já pelo voto popular, “Chico Xavier”, de Daniel Filho, foi eleito o campeão das categorias de melhor filme, melhor ator coadjuvante (Tony Ramos) e de melhor ator (Nelson Xavier). “Eu sei que é clichê, mas eu não esperava. Eu não queria nem vir hoje, mas minha mulher me convenceu”, revelou Nelson.Claudia Raia foi a campeã dos votos dos leitores na categoria atriz coadjuvante por "Os Normais 2". “Fico feliz de receber um prêmio de cinema, pois faço pouco e quero fazer mais”, falou.

George Magaraia
 Cláudia Raia dedicou prêmio ao amigo, Luiz Fernando Guimarães

Produtora e diretora responsável pela retomada do cinema nacional, com o filme “Carlota Joaquina – A princesa do Brasil”, Carla Camurati recebeu o "MGM My Favorite", uma homenagem dos estúdios americanos a quem, durante sua carreira, colaborou de forma significativa para a divulgação da indústria cinematográfica brasileira no exterior. “O melhor do cinema é que ele não se faz sozinho. É a força de várias pessoas que vai para a tela e que marca a vida de muitos”, discursou.

George Magaraia
 Carla Camurati e Tony Ramos

A noite contou ainda com Dira Paes, apresentadora do prêmio, Débora BlochCarolina DieckmannCarolina Ferraz e Maytê Proença.

George Magaraia
 Débora Bloch com os filhos Hugo, Júlia, e o pai, Jonas Bloch

Conheça os vencedores do 5° Prêmio Contigo de Cinema Nacional:
- Melhor Filme - "É proibido Fumar"
- Melhor Ator – Dan Stulbach ("Tempos de Paz")
- Melhor Ator Coadjuvante – Gero Camilo ("Hotel Atlântico")
- Melhor Atriz – Glória Pires ("É proibido Fumar")
- Melhor Atriz Coadjuvante – Denise Fraga ("As melhores coisas do mundo")
- Melhor Diretor – Anna Muylaert ("É proibido fumar")
- Melhor Roteiro – Marcelo Gomes e Karim Ainouz ("Viajo porque preciso, volto porque te amo")
- Melhor Documentário – "Cidadão Boilesen"
- Diretor de Documentário – Chaim Litewski ("Cidadão Boilesen")
- Melhor Fotografia – Ricardo Della Rosa ("À deriva")
- Melhor Figurino – Marisa Guimarães ("É proibido fumar")
- Melhor Trilha Sonora – Marcio Nigro e Paulo Miklos ("É proibido fumar")

Votação Júri Popular
- Melhor Filme – "É proibido Fumar"
- Melhor Ator – Nelson Xavier ("Chico Xavier")
- Melhor Atriz – Gloria Pires ("É proibido fumar")
- Melhor Ator Coadjuvante – Tony Ramos ("Chico Xavier")
- Melhor Atriz Coadjuvante – Claudia Raia ("Os normais 2")

Corrupção é crime mais combatido pela Polícia Federal

pfdestEm relação à efetividade e ao maior compromisso do governo Lula no combate à corrupção, que comentamos em num post anterior, a Folha de S.Paulo publicou nesta segunda-feira, matéria sobre um trabalho do cientista político da USP, Rogério Arantes, que corrobora as declarações do presidente de que “se for bandido e a gente descobrir, a gente pega.”
No trabalho apresentado em agosto desse ano no Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política, em Recife, Arantes examinou 600 operações da Polícia Federal entre 2003 e julho de 2008 e apontou que a prática criminosa mais combatida foi a corrupção pública.
O pesquisador ressalta também o caráter indiscriminado das operações que atingiram um público que não costumava ser muito investigado até bem pouco tempo.
“A Polícia Federal já desencadeou operações contra políticos corruptos em todos os níveis da federação e em todos os ramos de gov erno. Também já atingiu juízes e policiais de todas as corporações existentes no Brasil, inclusive ela própria.”
Para Arantes, o protagonismo da PF no combate à corrupção se deve a uma nova política adotada principalmente sob o governo Lula. “Em 2002 (…), o orçamento da Polícia Federal era de R$ 1,848 bilhão. Desde então, cresceu a cada ano até praticamente duplicar de valor, atingindo a cifra de R$ 3,446 bilhões em 2008″, constatou.
Lula elevou os recursos para a PF, dobrou o efetivo e determinou uma integração maior com o Judiciário. Como observou Arantes em seu estudo, “uma das grandes novidades representadas pelas operações diz respeito à superação das históricas dificuldades de triangulação entre juízes, promotores e policiais no tratamento criminal comum da corrupção.”
Com Polícia Federal, Ministério Público e Justiça agindo juntos, o cerco se fechou sobre grandes criminosos que acreditavam que nunca seriam atingidos. O combate à corrupção além de recuperar recursos públicos reforça a democracia e sua capacidade de enfrentar legalmente problemas que podem miná-la.
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