A frase do dia

Tenho 85 anos e sempre sonhei com um presidente que se preocupasse com os pobres. Pena que o mandato dele está terminando, Sitônio Souza - Fortaleza - Ceará
L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

A infâmia

A revista da chantagem e da extorsão tenta lançar lama na reputação de Cid e Ciro Ferreira Gomes, a mando do tucano paulista. No Ceará, ninguém acredita em tal patifaria tantas vezes repetida. 
L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Ocultação de cadáver

A GmC esconde a derrota de José Serra em São Paulo

Sôfrega na busca de escândalos que comprometam a candidatura do governo na reta final das eleições, a mídia demotucana é o protagonista do maior escândalo desta campanha: a omissão do noticiário, e dos colunistas, diante daquele que é um dos fatos políticos mais expressivo do isolamento demotucano nesta disputa presidencial. O fato é que a fragorosa derrota de Serra para Dilma tem um de seus alicerces mais sólidos no bastião nacional do tucanato, o Estado de SP e nele, no coração político do país, a capital, São Paulo. 
Aspas para o Valor desta 3º feira: 
"...A campanha de Serra trabalhava com a hipótese de ganhar em São Paulo por uma diferença entre 4 e 6 milhões de votos. A lógica era a vitória de Alckmin sobre Lula no primeiro turno das eleições de 2006, quando o "Chuchu" impôs uma vantagem de 3,8 milhões de votos sobre um presidente da República abalado pelo episódio dos "aloprados", mas ainda assim favorito para vencer no primeiro turno. Nos cálculos tucanos, uma vitória por 5 milhões de votos seria o suficiente para compensar a soma da eventual diferença em favor de Dilma no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Já no comitê de Dilma considerava-se uma vitória, se o PSDB vencesse por uma diferença de até 2, 2,5 milhões e meio de votos. Hoje as pesquisas desenham um quadro com uma diferença que caminha para os dois milhões de votos em favor de Dilma". Esfarelam com esses resultados dois argumentos 'justificadores' utilizados pelo dispositivo midiático para caramelar de jornalismo a desenvolta campanha pró-Serra
a) que ele representaria a excelencia administrativa -algo de que os administrados parecem discordar; 
b) que Serra só está sendo derrotado por conta do 'uso da máquina' --uso este que, se existe, encontra equivalencia generosa na máquina estadual operada pelo tucananto paulista, sem evitar a derrota acachapante. Só hoje, em parcimoniosas 18 linhas na coluna de Monica Bergamo os dados são detalhados: Datafolha no Estado de São Paulo: Dilma 42% X Serra, 34%. Na capital, São Paulo,a derrota tucana é ainda mais expressiva: Dilma,46% X Serra 31%. 
Humilhado em seu próprio terreiro, Serra continua tendo na Folha um prestimoso moleque de recado para pressionar Aécio a lhe dar mais espaço no horário eleitoral mineiro. 
A ' traição ' de Aécio, que esconde Serra ou omite seu nome em santinhos e na propaganda da tevê, é a nova explicação do padrão Frias de jornalismo para a derrota do seu candidato neste pleito. Um caso clássico de ocultação de cadáver no quintal da própria casa.
apoia ato no Sind. dos Jornalistas, dia 23, contra o golpe

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Governo Federal não recorrerá contra sentença do STF

O ministro da Previdência, Carlos Gabas, assegurou ontem que o governo não vai recorrer da sentença do Supremo Tribunal Federal que mandou reajustar o valor das aposentadorias concedidas em 1998 e 2003 pelo teto do regime geral que vigorava na época. A decisão beneficiará 154.000 aposentados e custará R$ 1,5 bilhão, que o governo ainda não resolveu quando pagará e se o pagamento será integral ou parcelado.
    Nesta segunda-feira, o ministro divulgou a informação de que a Previdência registrou superávit no setor urbano, de janeiro a agosto, acumulando receita de quase R$ 6 bilhões – pelo menos cinco vezes maior do que a obtida nos primeiros oito meses de 2009 (R$ 869,6 milhões).
    Em agosto, a arrecadação urbana foi de R$ 16,9 bilhões e superou em R$ 1,4 bilhão a despesa com pagamento de benefícios.
    Segundo o ministro, os números demonstram que não existe déficit na Previdência.

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Dilma no Bom Dia Brasil

Renata Vasconcellos – Candidata, são promessas suas de campanha: criar 500 unidades de pronto-atendimento -- o governo Lula criou 123; construir seis mil creches e pré-escolas -- no governo Lula foram 1.800, menos de 1.800; construir mais de 2 milhões de casas populares -- no governo Lula foi a metade. Por que o governo não fez em oito anos o que a senhora está prometendo fazer em quatro?
Dilma Rousseff – Primeiro porque, naquele momento em que nós iniciamos, o Brasil ainda tinha uma imensa dificuldade, tanto no que se refere ao problema das suas contas públicas quanto no que se refere à inflação, que tinha chegado a 2%. E também pelo fato de que a gente ainda tinha uma dívida grande com o Fundo Monetário quando o governo Lula começou. Quando a gente conquista todas as condições para que a gente possa colocar o investimento na ordem do dia, gerar mais emprego e colocar o programa de aceleração do crescimento é num segundo período do governo Lula, e aí a gente tinha uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto em torno de 3,5 e 4%. Agora não. Agora, o Brasil está crescendo em torno -- nós calculamos para fazer o PAC 2, que são R$ 955 bilhões, ou seja quase R$ 1 trilhão, nós estamos fazendo um cálculo até conservador -- uma taxa de crescimento da economia de 5,5%, uma avaliação da taxa de inflação entre 4,5 e 5. E uma tendência decrescente do endividamento público, chegando no final de 2014 com 28%. Fazendo todos esses cálculos, é consistente o gasto que eu apresento, ou seja, é possível garantir e assegurar que dá para fazer 500 UPAs, dá para fazer um investimento de quase R$ 45 bilhões em água tratada, esgoto, drenagem. Continua>>>

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Lula e a imprensa

Já identifiquei aqui antes uma rachadura na lógica do presidente da República quando trata da imprensa. Umas horas diz que ela não tem mais tanto poder quanto antes. Mas se isso é fato por que gastar tanta saliva com o assunto?



O que mudou na relação entre a imprensa e seus leitores, telespectadores, ouvintes? Hoje há bem mais fontes de informação, e essas fontes são fiscalizadas em tempo real pela internet. O sistema de freios e contrapesos funciona para valer, cada vez melhor.



O que não mudou? A razoável independência entre o que acham e dizem os jornalistas e o que pensa o eleitor.



Lula de vez em quando parece imaginar que está diante de uma baita novidade. Menos, presidente. A História do Brasil já teve outros episódios de dissonância entre o poder e a opinião pública, nos quais a maioria da população seguiu o primeiro e não a segunda. É só pesquisar. Um bom exemplo está no livro “Minha Razão de Viver”, na parte em que Samuel Wainer (com a redação de Augusto Nunes) conta da campanha que levou Getúlio Vargas de volta ao poder em 1950.



O papel dos “formadores de opinião” foi e é limitado. Em geral, quando alguém busca uma ideia é para poder defender melhor o que já desejava defender. O sujeito gosta de um governo ou não gosta. Mas sempre por razões objetivas. Depois vai buscar a explicação.

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !

Formadores de opinião?...

Estadão e O Globo investem contra Lula, o governo e o PT nos seus editoriais do dia. Um direito indiscutível a expressar e difundir suas opiniões, ainda mais que se trata de opiniões críticas e não louvadoras. A liberdade de imprensa é sempre em primeiro lugar o direito a expressar opiniões contrárias ao poder, qualquer seja este. Como o principio numero um da democracia é o direito a organização, expressão e manifestação das minorias.
Esse direito que os jornais exercem, sem nenhum assomo de restrição, configura uma conquista essencial do povo brasileiro, obtida após 21 anos de regime militar.
Ninguém questiona o papel da imprensa em apontar problemas, irregularidade ou desmandos. O que se questiona é a tentativa de utilizar essas denúncias, algumas aparentemente consistentes e outras não, para proceder a ilações visando objetivos eleitorais.
Ninguém questiona o direito dos jornais a opinar livremente e manifestar sua oposição ao governo ou a sua política. O que se questiona é a manipulação político-eleitoral por parte de alguns veículos de comunicação ou de alguns articulistas, sem assumir abertamente suas posturas.
Concordar obrigatoriamente com o conteúdo desses editoriais seria uma pretensão ditatorial do pensamento único, que ninguém poderia tolerar, a começar pelos próprios autores dos mesmos. Por isso o debate do seu conteúdo é tão importante, quanto o direito ao dissenso que eles comportam e reivindicam.
Esse é meu intuito com estas remarcas à seguir.
Estadão escreve: “Mas a verdade é que o paladino dos desvalidos nutre hoje uma genuína ojeriza por uma, e apenas uma, categoria especial de elite: a intelectual, formada por pessoas que perdem tempo com leituras e que por isso se julgam no direito de avaliar criticamente o desempenho dos governantes”.
A acusação dirige-se ao Lula e não tenho procuração para responder em nome dele. Mas me sinto interpelado pela pretensiosa arrogância contida nessa frase. Dedicando como muitos outros um tempo considerável a leituras, julgo-me no direito de avaliar criticamente a atuação não só dos governantes, mas de todos os atores da política nacional, incluída a imprensa. Pretender, porém, que a elite intelectual é exclusivamente aquela que se identifica com a oposição ao governo, recusando aos intelectuais que com o governo e o PT se identificam este rótulo, constitui uma pretensão inaudita. E não me consta que Lula manifeste particular ojeriza contra todos os intelectuais e sim seu desacordo com os que criticam virulentamente seu governo. Ele pode ter razão ou não. Mas não é um direito dele poder discordar? Porque os editorialistas doEstadão não estariam sujeitos a críticas?
Na afirmação do editorial do Estadão há também outra pretensão, a de considerar que os que são informados, os que leem, são os únicos em condições de avaliar criticamente o desempenho dos governantes.
Não faço da ignorância uma virtude, mas em democracia o principio é que versados em letras ou não, professores ou camponeses do Sertão, todos podem avaliar seus governantes.
O que o editorial embute é a ideia que a avaliação positiva da maioria da população ao governo Lula é produto de sua falta de leitura, de sua ignorância e por isso seria uma massa acrítica sujeita a manipulação. Para confortar essa tese, recusasse aos intelectuais partidários do governo, a etiqueta. Estadãopretende assim ser o detentor do pensamento intelectual, suprimindo dos que com sua orientação discordam do campo dos que trabalham e elaboram ideias, leem e se informam, como os outros. A argumentação do Estadão não é original e já estava presente nos pensadores oficiais das velhas monarquias para justificar o voto censitário, ou o próprio absolutismo real.
O editorial do Globo também crítica o presidente Lula e suas declarações sobre o papel de certos jornais. Segundo O Globo, Lula defende uma conceição autoritária da imprensa, “segundo a vulgata ideológica dos intelectuais orgânicos do lulopetismo, a imprensa é um instrumento de manipulação da sociedade”. A vulgata agradece ser reconhecida como parte da intelectualidade, mesmo carimbada de orgânica, porem, recusa a grosseira deformação de suas posições. A imprensa deve ter um comportamento ético e isento no tratamento da notícia, essa é a exigência da “vulgata lulopetista”. E não parece ser a opinião do editorial do Globo.
Para O Globo, o Brasil não pode pretender que sua imprensa tenha os mesmos padrões da imprensa Europeia, por exemplo. Segundo o editorial“Trata-se de outro equívoco tentar comparar a postura da imprensa brasileira diante de governos, candidatos e legendas com a de países onde práticas democráticas são seguidas há séculos e existem partidos enraizados na sociedade por gerações”.
Que nos diz O Globo com essa frase? Que na ausência de partidos enraizados na sociedade, a imprensa no Brasil deve ter um comportamento de substituição das funções deles? Mas precisamente, foi essa a acusação feita por Lula. Segundo o presidente “alguns jornais e revistas se comportam como se fossem um partido político…”.
O Globo confirma, mas justifica pela precariedade de nossos partidos e práticas democráticas, que a imprensa tenha uma postura engajada politicamente em favor de determinados governos, candidatos e legendas?
O editorial acrescenta “É gigantesca também a dificuldade de Lula e companheiros entenderem que veículos de comunicação podem não defender partidos e candidatos, mas princípios, e, em função deles, criticar ou elogiar partidos e candidatos”.
A identificação com a campanha da oposição é assumida aqui como subproduto da defesa de “princípios” que a levariam a elogiar “partidos e candidatos”. Ninguém nega esse direito do jornal O Globo manifestar publicamente sua identidade de princípios com este ou aquele candidato ou partido. Deveria faze-lo abertamente e não disfarçado no noticiário.
Assumindo assim, quase que abertamente, o papel de “formador de opinião”em prol de determinados princípios concordantes com os de alguns candidatos e partidos, O Globo pretende que esse papel de “formador de opinião” seja um monopólio da imprensa. O jornal não aceita que esse monopólio lhe seja contestado.
Lula não pretende e nunca pretendeu que a opinião pública seja ele e o seu governo, como subrepticiamente o editorial pretende. O “nos” utilizado no seu discurso em Campinas é representativo do, “vocês população brasileira”, vocês povo. Ele convocou à população a ser sua própria “formadora de opinião”, a recusar esse monopólio que descaradamente O Globo arroga para si no editorial.
Ser sua própria formadora de opinião implica ter a capacidade de analisar criticamente as informações, separar o joio do trigo, ouvir o contraditório e forjar assim sua opinião.
Porque algum democrata veria inconveniente nesse processo de formação da consciência cidadã? Não são esses os princípios mesmos que dão todo o sentido à liberdade de informação e de imprensa?

L3R ? 3NT40 CL1K N0 4NÚNC10 QU3 T3 1NT3R3SS4 ! 4GR4D3Ç0 !