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A receita desenda

[...] Lula, Dilma, Palocci e os omeletes

A defesa de Palocci já custou caro para o governo: primeiro os ruralistas aprovaram o Código Florestal, em troca de não apertar o cerco ao ministro consultor; depois, Dilma cedeu à pressão da bancada religiosa e suspendeu o kit contra preconceito do Ministério da Educação. Esse foi o custo, no curto prazo.
Mais grave é o que pode ocorrer no médio prazo: a dissolução da base social que apoiou Dilma na eleição. Isso sim é grave, gravíssimo.
Os sinais já estão nas redes sociais. A militância que defendeu Dilma bravamente contra Serra durante a campanha suja de 2010, essa começa a abrir mão de apoiar o governo… O quadro pode ser revertido? Pode, com mudança de rumo. No ritmo atual, Dilma caminha para uma situação preocupante.
Muita gente há de de lembrar 2003. Primeiro ano de mandato de Lula. O governo parecia paralisado: juros nas alturas, Reforma da Previdência, parte da base social do petismo abandonava Lula. Palocci tentava acalmar o “mercado”. Era preciso. O Brasil estava às portas da bancarota. E aquele era um governo de coalizão, que ninguém se enganasse.
Lula perdeu algum apoio, mas não todo, e se recuperou. Antes, entretanto, teve que enfrentar a crise do Mensalão em 2005. A velha imprensa tentou fazer daquele o “escândalo mais grave da história”. Não era. Havia gente disposta a derrubar Lula entre os demotucanos. Isso havia. Bornhausen que o diga. Sabe por que não tentaram pra valer? Porque Lula tinha base social…
Quando o caldo entornou em 2005, não foram os banqueiros de Palocci que deram sustentação a Lula. Mas a base organizada. Assim como foi essa base, ou o que restou dela, que ajudou a enfrentar o PIG em 2006 e a onda conservadora insuflada por Serra em 2010. 
O PT tomou um susto com os 20 milhões de votos de Marina? Se Dilma seguir no ritmo atual, o susto será dobrado em 2014… Quem vai defender o “legado” de Dilma?
Dilma encontrou a casa relativamente arrumada depois da vitória. Não precisava pagar o pedágio que Lula pagou em 2003. Mas escolheu fazê-lo. Levou Palocci ao centro do governo. E agora é ele que se agarra à presidenta, arrastando o governo para um redemoinho que, a médio prazo, pode tragá-lo.
E não é só isso. Vejamos. Em apenas cinco meses, quanta coisa desandou:
- retrocesso na política externa;
- retrocesso no Ministério da Cultura;
- derrota no Código Florestal;
-  recuo no kit contra o preconceito.
O dado positivo do governo até agora, em minha humilde opinião: a política econômica. Mantega e o BC enfrentaram o repique da inflação sem ceder à chantagem mercadista. Foram bombardeados (e o bombardeio, dizem, teria partido de Palocci). Resistiram. A condução não liberal da economia (legado do segundo mandato de Lula) foi mantida por Dilma.   
Lula, ao fazer determinadas escolhas ao longo de 8 anos, perdeu parte da base tradicional petista. Mas compensou as perdas com o tal “subproletariado” de que falou Andre Singer num já célebre artigo. Essa turma do subproletariado premiou Lula (e seus anos de bonança econômica) com a eleição de Dilma. Essa turma está se lixando pra Palocci, é verdade. Mas na hora em que o bicho pega não é essa turma (menos orgânica) que sustenta governo na rua. É a militância. E a militância, a mesma que o PT e Dilma desprezaram no primeiro turno e que mesmo assim evitou a vitória de Serra no segundo, essa está entre decepcionada e furiosa.
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Olhando a moldura

[...] esquecem a pintura

A denúncia foi formulada por um dos mais importantes ministros palacianos, o secretário-geral da presidência da República, Gilberto Carvalho: teriam partido da prefeitura de São Paulo, quer dizer,  do prefeito Gilberto Kassab,  as informações sobre o aumento do patrimônio de Antônio Palocci. O fio da meada estaria na declaração do Imposto Sobre Serviços pago pela empresa do chefe da Casa Civil. O ISS é um imposto  municipal  e quem o administra é a Secretaria de Finanças do município.

Não deixa de ser inusitada a denúncia. Que interesse teria Kassab em atingir Palocci, precisamente quando  tenta formar um novo partido retirado dos escombros da oposição, com a finalidade de  apoiar o governo Dilma Rousseff?

Como no caso das consultas concedidas por Palocci, é preciso provar. Que evidências Gilberto Carvalho possui para fazer tão grave acusação? A quem interessa desconstituir o chefe da Casa Civil?

Já o ex-presidente Lula fulaniza a acusação, responsabilizando o secretário de Finanças, Mauro Ricardo. Também não poupa José Serra, a quem chama de cérebro de toda a operação.

Há quem opte por outro  caminho,  supondo que o verdadeiro algoz  de Antônio Palocci tenha sido o ex-deputado José Dirceu, influência de peso no PT e interessado em desestabilizar o governo.

De tudo, uma conclusão: 
dedicam-se todos a examinar e a  opinar sobre a moldura, esquecendo-se de olhar a pintura.  Despreza-se o principal em favor do supérfluo. O importante nesse episódio é saber quais eram os clientes  de Palocci, já que ele faturou pelo menos trinta milhões de reais em tempo recorde. É aqui que a vaca vai para o brejo, como tem ido desde que o Brasil foi descoberto. O poder econômico permanece à sombra, jamais exposto. Foram  empresas, em especial as  empreiteiras de obras públicas, que contribuíram para aumentar a conta bancária do ex-ministro da Fazenda? Quais são elas?
Carlos Chagas

por Zé Dirceu

Dois pesos, duas medidas
Ontem O Estado de São Paulo informou que o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, acusou a Prefeitura de São Paulo de ser responsável pelo vazamento dos dados da empresa de consultoria do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci Projeto, a Projeto.

“Temos informações de que dados do Imposto sobre Serviço (ISS) da empresa de Palocci foram obtidos na Secretaria de Finanças da Prefeitura de São Paulo”, afirmou Carvalho ao jornal.

Ainda ontem o vereador José Américo (PT-SP) protocolou requerimento na Câmara Municipal de São Paulo dirigido ao secretário municipal de Finanças, Mauro Ricardo, solicitando a relação dos nomes de servidores municipais que têm autorização de acesso ao sigilo fiscal de contribuintes do Imposto Sobre Serviços (ISS). "São três perguntas (que estão em pauta): quem pode acessar (o sistema), quem foi acessado nos últimos seis meses e se o Mauro Ricardo tem possibilidade de acessar sozinho", resumiu ele.

Interessante o tratamento dado pela imprensa no caso do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. A mídia se comporta como se não houvesse no país o sigilo sobre as movimentações financeiras pessoais, um direito constitucional. O caso me faz lembrar a ênfase dada por esta mesma mídia à defesa dos tucanos durante a campanha eleitoral em 2010, quando os dados do Imposto de Renda dos tucanos vieram a público. Na ocasião, não faltou quem bradasse o direito sagrado à privacidade. Mas, pelo visto, ele é prerrogativa apenas de alguns. 

Mitologia grega

[...] Cila e Caridbes eram duas princesas puras, lindas e  maravilhosas, mas por questões de ciúme entre os deuses e as deusas,  foram transformadas por Zeus em horrorosos  monstros marinhos. Ficaram  encarregadas de guardar o estreito de Messina, aquele situado entre a Sicília e Itália.  Moravam em sinistras cavernas e devoravam os marinheiros que se aventuravam por lá, naufragados ou mesmo  embarcados. Cila até comeu seis companheiros de Ulysses, aquele personagem de Homero.  Virou maldição para quantos se obrigavam a navegar por lá  que se o infeliz escapasse de Cila, cairia nas garras de Caribdes. E vice-versa.  A partir daí ficou a imagem em toda a Grécia  para quem enfrentasse dois problemas ao mesmo  tempo: poderia solucionar um, mas malograria no outro.

Vamos trocar a Hélade pelo Brasil. A presidente Dilma Rousseff defronta-se com dois problemas: Romero Jucá e Antônio Palocci.

O primeiro ajusta-se bem ao perfil de Cila, pois até sumiu com pelo menos seis grandes nomes do PMDB, substituindo-os como líder de um partido que já foi do dr. Ulysses.   Era uma princesa que serviu tão bem  a José Sarney na Fundação Nacional do Índio a ponto de ser nomeado governador de Roraima. Virou Secretário Nacional de Habitação no governo Fernando Collor. Senador, foi líder de Fernando Henrique e assim continuou nos dois governos Lula, mantido no governo Dilma. Só que, com todo o respeito, acabou virando  monstro. Sobre ele  pesam acusações variadas: empresas de fachada entregues a parentes e laranjas, super-multiplicação do patrimônio,  negócios irregulares na venda de madeira em territórios indígenas, desvio de dinheiro federal em ações sociais, compra de votos, calote em bancos públicos, propina de empreiteiras, um apartamento de presente dado por uma construtora. Mas é o líder do governo no Senado.

Quanto a Caribdes, isto é, Antonio Palocci, a transformação está  à vista de todos, desde a quebra do sigilo bancário do  caseiro: aumento desmedido de patrimônio, prestação de consultorias sigilosas a empresas desconhecidas enquanto coordenador da campanha de Dilma Rousseff. Virou  monstro por iniciativa de Zeus, quer dizer, do Lula?

Fará o quê a presidente? Precisa atravessar o Estreito de Messina. Se fugir das garras de Cila,  cairá nas presas de Caribdes. Dois problemas que não dá para solucionar  juntos. Um desses monstros  poderá devorá-la.
Carlos Chagas

Consultoria

[...] rende muito mais para os fregueses

Em plena Renascença, em Roma, ninguém superava em riqueza e ostentação o empresário, comerciante, importador e contrabandista Agostinho Chigi, conhecido pelos banquetes que oferecia, muitas vezes tendo como comensal o Papa Leão X. Mandava servir às vezes mil romanos com pratos de prata, onze para cada convidado, de acordo com o número de iguarias. Depois de casa uma, os pratos eram jogados no Tibre, para assegurar que não fossem usados duas vezes. O nababo suplantou-se no dia 28 de Agosto de 1519, quando o Banquete foi servido em pratos de ouro, da mesma forma foram lançados no rio.

O que ele não percebeu foi que seus empregados haviam mergulhado uma rede próxima da margem. Quando a festa acabou, recuperaram aquela imensa fortuna, que venderam no mercado negro.

Essa historinha se conta a propósito da consultoria do ministro Palocci. Até agora pouco se fala nos que o contrataram, desconhecendo-se o nome de suas empresas, até dos cozinheiros do banquete oferecido pelo chefe da Casa Civil. Eles também estenderam sua rede de proteção para salvar os pratos de ouro, quer dizer os conselhos dados por Palocci, que revenderam para outros empresários. Muita gente ganhou mais dinheiro do que regiamente bem pago ministro utilizando suas informações e seus relacionamentos no governo. Só para concluir, diz  a lenda que Chigi morreu pobre...
por Carlos Chagas

Pequenas empresas

[...] Grande$ Negócio$
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Consultorias

[...] A hora do enfrentamento

Esta semana será decisiva para a base parlamentar do governo, até para o próprio governo. Não haverá  salvação, caso mantida a estratégia suicida da semana passada, na Câmara, de suspender as reuniões das Comissões Técnicas visando evitar que elas votem a convocação do ministro Antônio Palocci  para explicar o aumento de seu patrimônio. Porque não dá mais ficar empurrar indefinidamente com a barriga um problema a ser enfrentado.

Já foi um vexame assistir líderes governistas acertando com assessores palacianos o cancelamento das atividades em todas as comissões. Nitidamente manobra desesperada, daquelas em que os  defensores de uma fortaleza sacrificam a própria vida e terminam não impedindo a invasão dos adversários.

Se é para Palocci acabar convocado, precisando depor, que assim aconteça. Sempre existirá a hipótese de o governo ganhar no voto, como ganhou no plenário, quando a maioria rejeitou a hipótese. O que parece inadmissível é paralisar os trabalhos das estruturas tidas como a alma da Câmara, suas comissões técnicas. Chegou a hora do enfrentamento, jamais do recuo permanente.  

A aposta da tucademopiganalhada

A tucademopiganalhada aposta agora é no caso Palocci para defender a permanência da selic nas estratosfera.

O artigo abaixo já fala de um passado recente, até o deus "mercado" desistiu do terrorismo inflacionário [por enquanto]...

A volta da inflação

Marcos Coimbra
Já faz algum tempo, o principal assunto discutido no país é a “volta da inflação”. Há políticos e economistas que não conseguem dar duas palavras sem a mencionar. Para a maior parte da imprensa, parece que não há nada tão importante.
É um daqueles temas em que se percebe com clareza como é difícil a “neutralidade técnica” no debate público. Pois, se são muitos os que veem razões para se preocupar com o risco de que ela volte a assustar, também são ponderáveis os motivos dos que não acreditam que estejamos vivendo ameaça maior.
Quem mais fala nela é a oposição, seja no meio político ou na mídia. Inversamente, o governo tem procurado mostrar que, embora apresente tendência de alta, o cenário “objetivo” não justifica o temor de que ela se torne incontrolável.
Sem discutir de que lado está a verdade (se é que verdade tem lado), o fato é que o assunto funciona como argumento para os que não gostam de Lula e não gostaram da vitória de Dilma. Dizer que “a inflação está de volta” é uma forma de crítica retrospectiva ao que o ex-presidente fez, especialmente no último ano. E é uma maneira de desmerecer o resultado da eleição presidencial.
A “volta da inflação”, nessa perspectiva, é o preço que o país inteiro pagaria pela ânsia continuísta dos que detinham o poder e não titubearam em colocá-lo outra vez à beira do abismo hiperinflacionário. É, também, uma justificativa que torna menos vergonhosa a derrota que as oposições sofreram nas urnas, ao demonstrar a imoralidade do sucesso lulista. Elas teriam perdido para uma gigantesca mentira, não por seus próprios erros.
Para uma parcela nada pequena da sociedade brasileira, porém, a discussão a respeito da “volta da inflação” não faz sentido. São os que acham que ela nunca foi embora e que, se não foi, como poderia voltar?
Comparando pesquisas feitas ao longo da última década, vemos que as expectativas de que a inflação ficasse menor sempre foram pequenas, mesmo em períodos nos quais ela mostrava evidências eloquentes de queda.
Do início dos anos 2000 (passados, portanto, mais de seis anos do Plano Real e vencida a instabilidade do fim da década de 1990) até hoje, a proporção dos que concordavam com a frase “a inflação vai diminuir nos próximos seis meses” nunca ultrapassou 20%, em dezenas de pesquisas da Vox Populi. É verdade que ela variou para menos que 10% em alguns momentos, mas sempre teve esse teto.
Como fruto de uma longa e traumática experiência de convívio com a inflação ao longo de mais de 50 anos, a sociedade brasileira se acostumou com a sensação de que a inflação sempre aumenta, como se fosse dotada de alguma inexorabilidade. Mesmo depois de “objetivamente” controlada, ela continuou a existir no plano subjetivo: apenas uma em cada cinco pessoas (na melhor das hipóteses) apostava que ficaria menor no futuro imediato.
O que variou nas pesquisas foi a relação entre as respostas “a inflação vai ficar como está” e “vai aumentar”. Até o fim do primeiro mandato de Lula, o temor de que ela avançasse superava a expectativa de que, embora não caindo, ficasse onde estava. De lá ao fim de 2008, inverteram-se as proporções, com a progressiva redução das expectativas mais pessimistas.
Na crise internacional que começou então (e que está longe de terminar), houve um forte aumento do sentimento de que a inflação iria subir, em decorrência tanto de fatores objetivos, quanto subjetivos. Mas, já no fim do primeiro trimestre de 2009, o medo cedeu. Novamente, passou a predominar a expectativa de que a situação da inflação não se alterasse.
Agora, em pesquisa feita no mês de abril, vemos algo semelhante ao que aconteceu em 2008: crescer o temor de que a inflação aumentará, cair a sensação de que ela ficará como está. Nenhuma mudança dramática, no entanto: em dezembro, temiam que ela crescesse 33% dos entrevistados, contra 49% no mês passado. Subir 16% é subir, mas não muito.
Ninguém duvida que, se a inflação ficar muito alta, fugindo do controle do governo, sua imagem será abalada. Mas erra quem põe suas fichas na torcida de que a “volta da inflação”, nos níveis esperados, o desgaste.

Dois pesos e quantas medidas?

O bafafa do momento explorado pelos tucademospigolpistas são as receitas $$$ que encherem os cofres do Palocci, sobre o manto da cláusula de confidencialidade inserido no contrato entre as partes. 

Muito bem, prá começar sou a favor que acabe com "cláusula de confidencialidade", em todos os contratos, todos sem excessão. 

E, uma perguntinha gostaria que a tucademopiganalhada respondesse: Porque não exigem da BMW e mineirada , esclarecimentos sobre a tal "cláusula de confidencialidade"?...

Dizem por lá que a empresa não vai mais cosntruir a fábrica porque quebraram a dita cláusula.

Sei não, mas com certeza tem muito caroço neste angu. Por que a Rolha de São Paulo e demais piguistas não se interessam por este caso?...

Ah,lembrei. Vão colocar na geladeira para usar mais adiante quando for do interesse deles fazer insinuações sobre um certo mineirim.

Triste...

Não merecemos está imprensa corrupta que graceja no Brasil.

Corja  imunda!!!

Consultorias

Prestar consultoria não é crime. Pelo contrário, trata-se de  um dos pilares do capitalismo. Empresas interessadas em ampliar seus negócios recorrem rotineiramente a consultores especializados nos meandros das novas  atividades a que pretendem dedicar-se. Ou na sedimentação das velhas.

Depois de deixar o ministério da Fazenda e mesmo antes de reeleger-se deputado, Antônio Palocci dedicou-se a prestar consultoria a quem procurasse  sua recém-criada firma.  José Dirceu fez a mesma coisa, até viajando ao exterior para atender clientes.

Ganharam muito dinheiro, os dois. Só eles? Nem pensar. O que há de consultores faturando pelo país inteiro daria para lotar um estádio de futebol em dia de clássico.

Torna-se necessário, porém, para os consultores e seus contratantes, praticar a transparência. Se é um negócio lícito como qualquer  outro, convém não misturar passado e presente, para não turvar o futuro.

Nos tempos do regime militar, era comum empresas grandes e pequenas contratarem um general, almirante ou brigadeiro recém-transferidos para a reserva para ajudá-los em suas relações com o poder. Criaram-se as figuras dos “abridores de porta”, que por suas relações anteriores com os governantes obtinham rapidez e  facilidades para os  pleitos de seus empregadores. Coisa feia que gerou até a cassação de um senador, pelo general Ernesto Geisel, só porque o indigitado representante de Pernambuco aconselhou um amigo a “contratar também o seu general”.

No universo dos negócios a moda envolveu antigos ministros e altos funcionários do governo que, passado seu tempo na administração pública, logo fundavam bancos e financeiras, muitos para faturar relacionamentos  anteriores e informações privilegiadas que traziam, como aconteceu nos anos do sociólogo.

No governo Lula, as coisas ficaram mais objetivas, como demonstram os casos de Palocci e Dirceu. Desligados de antigas funções na Fazenda e na Casa Civil, a lei não os impediu de prestar serviços a empresas e empresários. Enriqueceram. 

O problema é saber a quem serviram, num caso, e ainda servem, no outro.  E como. 

A que tipo de consultoria dedicaram-se ou se dedicam? 

Abrir portas ou colocar sua experiência e capacidade à disposição de quem delas necessite? 

Não se trata de terem agido  assim enquanto ministros. 

A ninguém será dado supor comportamento tão distorcido. Só que tendo em vista a proximidade entre as duas atividades, de conduzir a administração, antes, e de orientar iniciativas junto a atuais administradores, depois, o natural é que os dois consultores e a infinidade de outros espalhados pelo país abram seus contratos. Demonstrem haver trabalhado com ética nas novas funções, sem entrelaçar relacionamentos e conhecimento  privilegiado de que dispunham para embasar negócios atuais de que vão dispor  seus clientes. Feito isso, tudo bem. Caso  contrário, melhor tomar cuidado...

Boletim Focus

Alguns dirão que estou misturando alhos com bugalhos, barulhos com baralhos, Jesus com Genésio e que o cu não tem nada a ver com as calças. Pode até ser. Mas, tenho convicção que estou certo. Leiam e reflitam:

  • Pela  segunda semana consecutiva  o "mercado" através do Boletim Focus reduz a expectativa de inflação para 2010. 
  • Os economistas, especialistas e jornalistas econômicos [renumerados pela banca] não apresentam mil razões para selic subir.
Então o que fazer para arranjar desculpas para o COPOM  não baixar a selic na próxima reunião?...

Criar um escândalo, mirar num ministro importante do governo e manchetear a vontade. E, qual o melhor nome?...

Tchan, tchan, tchan...

Ele mesmo, Antonio Palocci.

E por que ele, qual é a lógica deste movimento?...

Simples. Palocci é o homem de confiança absoluta da agiotagem nacional.   

E o Tombini , [por enquanto] será poupado.

Código Florestal

[...] aeroportos

Sucesso

Dia sim dia não o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, comparece a um assunto novo. Começou pelas concessões nos aeroportos, agora mergulhou na polêmica sobre as mudanças no Código Florestal.

Normal para um chefe da Casa Civil, a não ser pelo fato de o próprio Palocci ter jurado publicamente lá atrás que não iria para o centro do palco, que seria apenas um assessor da presidente da República.

Por algum motivo parece que Palocci tem conquistado o aval de Dilma Rousseff para fazer o papel de escudo.

Todo governo precisa de um. O problema, para o escudo, costuma ser o ciúme alheio. Porque a função denota poder.

Sem esquecer que na economia, mais especificamente na inflação, as teses palocistas voltam a fazer grande sucesso intramuros.
Alon Feuerwerker

Pantufas

...do Dr. Palocci
O mercado atira em Mantega
 O ministro da Fazenda representa a continuidade, enquanto o pelotão espera pelo retorno à ortodoxia - Para tucanos e petistas, PSD de Kassab é cavalo de TroiaEdição 639

Lula - Tudo é possivel

Trechos da entrevista que o presidente Lula deu ao É Notícia em Juazeiro do Norte - Ceará.
 
KENNEDY ALENCAR
A menos de 15 dias de deixar a Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que poderá ser candidato novamente ao Palácio do Planalto.

Em entrevista ao programa “É Notícia”, da RedeTV!, Lula respondeu se voltaria a disputar a Presidência um dia: “Não posso dizer que não porque sou vivo. Sou presidente de honra de um partido, sou um político nato, construí uma relação política extraordinária”.

Fez uma ressalva: “Vamos trabalhar para a Dilma fazer um bom governo e, quando chegar a hora certa, a gente vê o que vai acontecer”.

Na entrevista, que foi ao ar na madrugada de hoje, Lula ainda fez reparos à política de Barack Obama, lembrou momentos ruins do governo, como as saídas de José Dirceu e Antonio Palocci, e defendeu a política econômica.
 
Volta ao Planalto
“A gente nunca pode dizer não. Eu fico até com medo, amanhã alguém vai assistir à tua entrevista, e dizer que Lula diz que pode ser candidato. Eu não posso dizer que não porque eu sou vivo, sou presidente de honra de um partido, sou um político nato, construí uma relação política extraordinária.”

“O Brasil tem uma gama de líderes extraordinários. Tem a Dilma [Rousseff] que pode ser reeleita tranquilamente. Você tem [os governadores] Eduardo Campos, Jaques Wagner, Sérgio Cabral. Tem a oposição do Aécio [Neves, senador do PSDB de Minas]. Tem o [ex-governador José] Serra (PSDB-SP), que diz que ainda vai fazer oposição. O que não falta é candidato. É muito difícil dar qualquer palpite agora.”
 
“Vamos trabalhar para a Dilma fazer um bom governo e quando chegar a hora a gente vê o que vai acontecer.”
 
Crise do Senado
Disse que a crise do Senado, em 2009, foi tentativa de golpe da oposição e que apoiou José Sarney para manter “a institucionalidade”.

“O que estava acontecendo ali era uma tentativa de golpe no Senado para que o vice, tucano [Marconi Perillo, de Goiás], assumisse. É lógico, só um ingênuo é que não percebe as coisas.”

Dirceu e Palocci
“Na Casa Civil, teve uma dubiedade entre o animal político que o Zé Dirceu era e a necessidade de ser o gerente do governo. Na minha opinião, era peso demais para uma pessoa tocar.”

“Devemos muito ao Palocci. Era preciso ser como o Palocci foi naquele primeiro momento. Fiquei nervoso com o Palocci quando, em 2005, a economia caiu muito. (…) Ele reconheceu que houve exagero no endurecimento.”
 
Mantega e Meirelles
Lula disse ser “grato” ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles: “Pode ter críticas de que houve erro aqui, demora ali, mas, quando você vai fazer uma síntese, percebe que a fotografia é mais positiva do que negativa”.
 
Mensalão
Voltou a dizer que, quando deixar a Presidência, vai “estudar um pouco o que aconteceu no período”. “Não acredito [que houve compra de apoio de parlamentares].”

Diz que foi “lambança eleitoral” e que petistas deveriam ter assumido isso. “Agora, passados cinco anos, de cabeça fria, vou reler a imprensa. Vou ver o que aconteceu em cada jornal, em cada revista, para que a gente possa remontar, [fazer] um juízo de valor do que aconteceu.”
 
Papel de Marisa
O presidente contou que a primeira-dama, Marisa Letícia, “dá palpite” sobre governo. “A Marisa fala das coisas que sente e normalmente tem razão, porque ela fala coisa que o povo pensa.”

“Vou dar um exemplo de coisas importante em que a Marisa me ajudou. [Na campanha de 2006] Marisa era a maior incentivadora que eu tinha que ir para os debates, que eu deveria triturar meus adversários. Eu achava que eu não deveria ir, mas ela estava certa.”

Obama
Lula disse ser “fã” do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. “Ele só tinha que ter a ousadia que o povo americano teve votando nele. Recebeu uma herança maldita do governo Bush. O país quebrou. Como não tomou as atitudes nas horas certas, vem para as costas dele. Eu dizia para ele: “Presidente Obama, se você não fizer as coisas na hora correta, daqui um ano essa crise está nas tuas costas”. Porque a crise era do Bush.”
 
Vida de presidente
“O mais doloroso é a vida de um presidente. A vida de um presidente é muito solitária.”

“Tem o dedo de Deus nessa coisa [ter sido eleito presidente].” “O preconceito raivoso de setores conservadores da sociedade brasileira me fez mais forte, pois eu tinha que provar todo santo dia que eu tinha que ser mais capaz do que eles.”

Pós-Presidência
“Vou descansar. Tirar umas férias que não tiro há 30 anos. Uns dois meses num lugar onde eu não tenha que fazer nada, discutir política, fazer absolutamente nada.”

“Normal eu nunca mais vou ser, mas um brasileiro o mais próximo da normalidade possível. Vou conseguir.” “Vai ser bom para o Brasil, vai ser bom para a Dilma, vai ser bom para todo mundo se eu ensinar como um ex-presidente tem que se portar.”

“Quero tirar tudo da Presidência de dentro de mim. Preciso voltar a ser o Lula. Voltar a ser um cidadão mais próximo da normalidade possível. Se deixo a Presidência dia 1º e dia 2 começo a dar palpite na política, eu vou estar tendo ingerência em coisa que eu não devo.”

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Dilma deve oficializar toda equipe até dia 15/12

O anúncio de novos ministros do governo Dilma Rousseff deve ocorrer na próxima semana. Segundo interlocutores da petista, Dilma pode indicar os ocupantes da chamada cozinha do Palácio do Planalto.
Não está descartada, no entanto, a apresentação entre hoje e amanhã de nomes do segundo escalão da área econômica --como Receita Federal e Tesouro Nacional. Ontem, Dilma oficializou a continuidade de Guido Mantega na Fazenda, e as indicações de Miriam Belchior para o Planejamento e Alexandre Tombini para o Banco Central.
Dilma recebe hoje na Granja do Torto o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, o coordenador da transição Antonio Palocci, além do assessor especial da Presidência para Assuntos internacionais Marco Aurélio Garcia.
Para a cozinha do Planalto, Dilma convidou Palocci para a Casa Civil e Gilberto Carvalho para a Secretaria-Geral da Presidência. Giles Azevedo deve ser seu chefe de gabinete.
Além deles, Dilma já formalizou convites para o ministro Paulo Bernardo, de saída do Planejamento, e o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que deve assumir o Ministério da Justiça.
Há a expectativa de que Dilma oficialize toda sua equipe até o dia 15 de dezembro, antevéspera de sua diplomação.

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Tombini aprovado

Escolhas indicam mão forte da Dilma na economia, afirmam  analistas ouvidos pela BBC



Dilma escolheu Tombini para o BC e manteve Mantega na Fazenda.

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil afirmam que a permanência de Guido Mantega como ministro da Fazenda e a entrada de Alexandre Tombini no Banco Central (BC) podem indicar que a futura presidente, Dilma Rousseff, terá um comando forte sobre a economia, colocando esta área em primeiro plano.
Tombini foi anunciado nesta quarta-feira como o substituto de Henrique Meirelles, que completará oito anos no cargo. Sua posse depende de aprovação do Senado. Já Guido Mantega foi confirmado para permanecer à frente do Ministério da Fazenda.
Também foi anunciado que a atual secretária-executiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior, será a ministra do Planejamento, no lugar de Paulo Bernardo.
Segundo o economista Roberto Troster, da consultoria Integral Trust, o novo presidente do BC é “tecnicamente muito bom”, por ter experiência de governo e por ter bom trânsito no mercado.
Sobre a permanência de Mantega, Troster afirma que o tom será de continuidade. “Ele já está (no ministério) há quatro anos e pouco, então todo mundo sabe como ele é”.
Para o economista, os nomes anunciados por Dilma indicam que não haverá dissonâncias dentro da equipe econômica.
“Antes, tinha um comandante no BC e um comandante na Fazenda. Agora vai ter só um comandante da economia, que é a Dilma”, diz Troster.
“Mais importante é a mudança de status da política econômica”, afirma. “Ela deixa o nível ministerial e vira uma questão presidencial”.
Cooperação
A opinião é compartilhada pelo economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio e ex-diretor do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas Gomes. Para ele, Dilma comandará diretamente a equipe econômica, dando máxima atenção a esta área.
Para Gomes, o mais importante será a cooperação entre Tombini e Mantega na condução da política cambial, evitando a entrada excessiva de capital externo, o que valoriza o real e prejudica as exportações. “O problema de excesso de dólares também é um problema da Fazenda”, diz.
Gomes acredita que Tombini tem “experiência e moderação” para assumir o BC. Segundo ele, a vantagem de ter um funcionário de carreira na função é evitar “precipitações ideológicas”, que são um risco, segundo ele, se o titular do cargo for alguém ligado ao mercado.
“O mercado cobra decisões rápidas, que podem ser certas e erradas”, diz o economista. “Ter alguém de carreira (na presidência do BC) tira as pressões ideológicas”.
Para Gomes, Meirelles acabou sofrendo tais pressões, que levaram a altas de juros em momentos errados, mas que acabaram sendo “consertadas” depois.
Aprendizado
O ex-presidente do BC e professor da Fundação Getúlio Vargas Carlos Langoni afirma que a transição de Meirelles para Tombini será “suave e não traumática”.
Ele diz que o novo presidente do BC tem credenciais acadêmicas, experiência no FMI e trabalha com a equipe de Meirelles há anos, o que faz dele uma escolha “tranquila”.
Quanto a Mantega, Langoni afirma que a atuação da Fazenda neste ano foi boa, “sem cometer excessos”, mas que o ministro ainda está em um “processo de aprendizado”.
O ex-presidente do BC, no entanto, não acredita que a futura presidente venha a comandar diretamente a economia.
“Acho que Dilma tem responsabilidades que vão além da área econômica”, diz Langoni.
“Não acho que seja desejável, nem acho que vá acontecer de ela se envolver diretamente na execução (da política econômica). Ela vai dar as grandes linhas e pedir que a equipe siga a orientação.”
Langoni aposta que o governo, mesmo que a futura presidente negue, fará um ajuste fiscal e reduzirá despesas.
Segundo o professor da FGV, a influência do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci como “homem forte” de Dilma indica o caminho de uma redução dos gastos governamentais.

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Palocci, Padilha e Pimentel na articulação

A articulação política do governo Dilma Rousseff e a relação com o Congresso e os partidos devem ser comandadas, do Palácio do Planalto, pelo PPP [Antonio Palocci, Alexandre Padilha e Fernando Pimentel].
Segundo interlocutores da equipe de transição, eles serão escalados em pastas ligadas à articulação política.
Assim, Dilma fica longe do varejo com os aliados.

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Henrique Meirelles vê risco de bolha nos ativos e excesso de crédito


Cynthia Decloedt, da Agência Estado

FRANKURT – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ter visto “algum risco” de bolha no preço dos ativos e excesso de liquidez no crédito, em consequência do fluxo de entrada de capital. “Estamos tratando de tais questões vigorosamente para evitar desequilíbrios domésticos e bolhas de ativos”, disse.

Meirelles previu ainda que o déficit em conta corrente do Brasil poderá ampliar-se fortemente para US$ 67 bilhões no próximo ano, de cerca de US$ 39 bilhões este ano. O comentário foi feito durante a 6ª Conferência de Bancos Centrais em Frankfurt.












Navalha
Essas declarações podem ser lidas assim:
Se eu sair, a vaca vai para o brejo.
Segundo a abalizada opinião do Globo, na primeira página de hoje, Meirelles diz que só fica se tiver autonomia.
O que é uma trapaça dele ou do Globo.
Se Meirelles ficar, a Dilma fica fraca.
Se sair, fica fraco o substituto.
Ministra, Dilma foi contra o “jurismo” do Meirelles.
Mantega sempre divergiu do Meirelles.
Logo, é possível que Meirelles dance.
E começa aqui, em Frankfurt, a carreira de colonista (*) do PiG (**).
Carreira que perseguem vários ex-diretores do Banco Central do Meireles: servem ao Governo Lula, arrumam um bom emprego nos bancos e se tornam críticos ferozes da política do Governo Lula que recém ajudaram a formular.
Viva o Brasil !
Hoje, em Frankfurt, Meirelles pode ter começado a carreira de colonista (*) do Globo.
Outro que nos agredirá com um português de Word.
Na companhia da urubóloga Miriam Leitão e do medalhão Antonio Palocci.
Clique aqui para ler “Gilmar, Gaspari e Palocci, outro medalhão”.


Paulo Henrique Amorim


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