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Dilma é do bem, para desgosto da grande mídia


Bandidos foram todos que apoiaram a ditadura, em especial os que acharam que  foi ditabranda.
Os jornais e jornalistas que até agora tiveram acesso aos IPMs da Dilma comprovam o que revelamos aqui em primeira mão. Dilma não participou de nenhuma ação direta na guerra travada contra a Ditadura Militar no Brasil. Dilma, até pelo critério perverso do PIG, é do bem.
Minhas fontes são seguras. Tenho certeza de estar dando testemunho da verdade. Mas é preciso que se registre. Eu preferia até que Dilma houvesse dado uns tiros. Assim, não sobraria nenhum território de conforto nem mesmo para os que, rapidamente demais, eu diria, se exilaram.
O valor da luta
Mas também é preciso que se registre. Se a nova presidente do Brasil houvesse travado combates diretos, talvez não houvesse sobrevivido. As novas gerações, especialmente, tem de ter isso em conta. Dilma não estava do lado dos bandidos, como o PIG tenta nos fazer crer. Ao contrário, os bandidos estavam do outro lado, do lado da ditadura.

Nossa liberdade é selvagem
Uma coisa é preciso deixar claro: se a Folha de São Paulo, ou qualquer outro jornal pode fazer o que vem fazendo, inclusive contra seus “Manuais de Redação”, ou contra as normas mais básicas do jornalismo e da ética, isso só é possível porque hoje temos democracia e liberdade. Porque Dilma e uma geração de brasileiros lutou para que isso fosse possível.

Verdade que ainda não temos liberdade de imprensa. Temos só liberdade. Uma liberdade meio selvagem e desgovernada. E é com base nisso que os órgãos que compõem o PIG se sentem a cavaleiro para fazer as barbaridades que fazem, especialmente quando se trata de atacar posições e políticas que defendem os direitos dos mais pobres. Quando tivermos liberdade de imprensa neste país, com regulação ética, impedimento de monopólios cruzados, com certeza os jagunços do atraso serão obrigados a ter outro comportamento.
Ok. A Folha conseguiu acesso ao IPM da Dilma. Penso que agora temos direito a abertura de todos os registros. Os inquéritos não trazem a verdade, mas são informação e podem lançar muitas luzes sobre episódios obscuros de nossa história.

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Movimento Carta de um Brasileiro

Pesquisa realizada pelo Ibope, a pedido do Movimento Carta de um Brasileiro, indica que geração de empregos e melhorias na área de Saúde lideram as necessidades da população brasileira. O levantamento ouviu maiores de 16 anos, de todas as classes sociais, entre 15 e 18 de outubro, em 140 municípios do país.
A pesquisa foi feita com base na pergunta: 
“Se você pudesse se encontrar com o presidente eleito por apenas cinco minutos, o que você pediria a ele para você mesmo?”.
Dos 2002 entrevistados, 56% pediriam melhorias na Saúde (construção de hospitais, contratação de médicos, diminuição de filas, entre outros), 
49% mais empregos, 
41% melhorias em segurança pública (mais policiamento, compra de equipamentos mais modernos, capacitação de policiais) 
40% pediriam para melhorar a educação (qualidade do ensino e nível dos professores).
Outros 31% pediriam a construção de mais creches, escolas e faculdades, 
e 30% defenderiam o investimento em moradia.
Entre as primeiras menções feitas pelos entrevistados, a geração de empregos lidera com folga (36% das respostas), 
seguido de melhorias na Saúde (11%), 
na Educação (10%) 
e investimentos em habitação (10%).
O Movimento Carta de um Brasileiro organizará uma marcha para Brasília no dia da posse de Dilma Rousseff (1º de janeiro de 2011). 
No ato, os manifestantes irão entregar o documento com os principais pedidos coletados na pesquisa.

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Banco Central

Tudo como dantes no quartel de Abrantes

A divulgação do áudio da fala do atual presidente do Banco Central (BC), dr. Henrique Meirelles, deve ser entendida de duas formas: ou objetiva reafirmar o óbvio, a autonomia funcional do BC, dentro das metas estabelecidas pelo presidente Lula, ou busca reforçar os setores - começando pelos que assim agem na própria mídia - que clamam pela volta da ortodoxia do arrocho monetário e fiscal e do superávit, com forte corte de gastos públicos, algo que nem o nosso adversário defendeu na campanha eleitoral.

Convém esclarecer, primeiro, que a autonomia funcional do BC só é e só foi concedida pela presidente da República depois de ouvido o Conselho Monetário Nacional (CMN), composto pelos ministros nomeados pelo chefe do governo - Fazenda, Planejamento, o próprio presidente do banco...

Este é um detalhe  que muitos fazem questão de esquecer ou simplesmente relegar a um segundo plano. Agem como se fosse o BC e sua diretoria que determinam a política monetária. Não, quem a determina é o governo, o presidente da República - agora, o presidente Lula, a partir de 1º de janeiro a presidenta Dilma Rousseff.

Segundo, convém lembrar que arrocho monetário e fiscal e do superávit, com forte corte de gastos públicos, não foram defendidos nem pelo nosso adversário na campanha eleitoral.

Pelo contrário, ele defendia ao mesmo tempo a redução dos juros e um forte aumento dos gastos públicos, haja visto que propunha um salário mínimo de R$ 600,00, um aumento de 10% para os aposentados e um 13º salário para os beneficiários dos Bolsa Família.

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Dilma pode anunciar equipe econômica até quinta-feira

A informação é da assessora Helena Chagas, que acabou de deixar a Granja do Torto. Segundo ela, embora não esteja agendado, Dilma poderá se reunir com o presidente do BC - Banco Central -, Henrique Meirelles, que não permanecerá no cargo.
Como a presidente irá para o CCBB - Centro Cultural do Banco do Brasil - à tarde - onde fica a equipe de transição - , este encontro poderá ocorrer ainda hoje. Dilma, segundo Helena, será recenseada no CCBB, pois não pode participar do censo do IBGE durante a campanha.
Entre os nomes, Guido Mantega deverá ser confirmado na Fazenda; para o Planejamento, o nome mais cotado é de Miriam Belchior e para o BC, o diretor Alexandre Tombini. Mantega está na Granja e deverá almoçar com a presidente.

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Combate implacável ao crime organizado

E ao desorganizado também...

Falta a data, mas é certo que Dilma Rousseff, antes de tomar posse, reunirá os governadores eleitos ou reeleitos  visando estabelecer nova estratégia para a segurança pública. 

O governo federal e os estados deverão agir em conjunto para enfrentar a violência crescente em todo o país. 

Torna-se urgente uma espécie de mutirão,  incluindo o Poder Judiciário, o Ministério Público, as Forças Armadas e as prefeituras das capitais e principais cidades.  

Ao contrário de José Serra,  a presidente eleita não cogita criar um ministério específico para a segurança pública, mas fará do combate ao crime organizado um de seus maiores objetivos. 

O tráfico de drogas e o contrabando, em especial de armas, serão combatidos de forma implacável, tem comentado a presidente eleita. 

O poder público deve uma resposta ao cidadão comum, cada vez mais ameaçado pela bandidagem.
por Carlos Chagas
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Meirelles já se despede do BC


SponholzO presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que a conversa que terá com a presidente eleita, Dilma Rousseff, para decidir se deixa ou cargo ou se continua, será anunciada na "hora certa". A reunião com Dilma, marcada para esta semana, deve descartar de vez a permanência de Meirelles à frente do BC. Em discurso nesta segunda-feira à noite na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), depois receber o prêmio Responsabilidade Pública 2010, concedido pela Sinaprocim, entidade que reúne as empresas fabricantes de produtos de cimento, Meirelles fez elogios à atuação do BC e à atual situação econômica do país que "saiu da crise mais forte que entrou". Mas, em tom de despedida, disse que está concluindo o trabalho do BC de zelar pela estabilidade macroeconômica, juntamente com o presidente Luiz Inácio Lula da SIlva.
Muitos me perguntam o que espero do futuro, da vida pública? Eu tenho respondido que espero terminar, de fato, este mandato, juntamente como presidente Lula, concluindo este tipo de trabalho de responsabilidade do Banco Central, que é zelar pela estabilidade macroeconômica do país
- Muitos me perguntam o que espero do futuro, da vida pública? Eu tenho respondido que espero terminar, de fato, este mandato, juntamente como presidente Lula, concluindo este tipo de trabalho de responsabilidade do Banco Central, que é zelar pela estabilidade macroeconômica do país e, portanto, provendo as condições básicas para o crescimento sustentável. É um momento de grande gratificação para quem participou desse processo. Tenho grande satisfação de ter participado disso - disse Meirelles.
Na saída do evento, ainda no elevador da sede da Fiesp, questionado se o discurso teria sido uma despedida, Meirelles disse que não, que era "um momento de celebração". Os termos celebração e gratificação, aliás, foram usados várias vezes durante o discurso segunda-feira à noite, depois que fontes de Brasília davam como certa sua substituição no cargo de presidente do BC.
- Gratificação para a construção civil e para aqueles que fornecem insumos para a construção civil (caso da platéia de empresários presente à sua palestra) e gratificação para quem participou intensamente deste processo (de crescimento econômico). É um momento de fato de celebração da economia brasileira - elogiou, lembrando que o setor de insumos para a construção civil cresceu, em média, 3,8% ao ano desde 2003.

Henrique Meirelles não vai continuar à frente do Banco Central


Avolumam-se os indícios de que Henrique Meirelles não será mantido por Dilma Rousseff na presidência do Banco Central.

O penúltimo prenúncio foi levado à web pela Reuters. A agência diz ter recolhido de pessoa próxima a Dilma um comentário com cara deveredicto:

"Ele não vai continuar, já foi decidido".

A provável saída de Meirelles exigirá de Dilma algo mais além da indicação de um substituto. Terá de desfazer uma má impressão.

O desembarque de Meirelles tonificará a tese segundo a qual o BC não terá, sob Dilma, autonomia gerencial para administrar a política monetária.

O modelo de BC autônomo funciona assim: o governo fixa, por meio do Conselho Monetário Nacional, uma meta para a inflação do ano.

Estabalecida a meta, delega-se ao BC a tarefa de zelar pelo seu cumprimento. Entra em cena o Copom.

Integrado pelo presidente e pelos diretores do BC, o Copom eleva os juros quando há risco de descontrole inflacionário. Desaparecendo o risco, a taxa cai.

A autonomia assegura ao BC liberdade para calibrar os juros sem interferências políticas da Fazenda e, no limite, até do Planalto.

O modelo vigora desde 1999, quando foi instituída, ainda sob FHC, a sistemática de metas para a inflação.

O mandachuva do BC não está, evidentemente, impedido de debater os juros com outras esferas do governo.

O próprio Meirelles sempre cultivou o hábito de sentir o pulso de Lula antes das reuniões do Copom, realizadas a cada 45 dias. Porém...

Porém, a palavra final sobre a matéria é, até aqui, do BC. Antes de ser nomeado, Meirelles negociara com Lula, em 2002, o respeito à autonomia.

Meirelles assumiu em 2003, primeiro ano da gestão petista. Sobreviveu a dois mandatos, tornando-se o presidente mais longevo da história do BC.

Na semana passada, Meirelles fez declarações que soaram como uma condicionante. Insinuou que aceitaria permanecer no BC, desde que preservada a autonomia.

Dilma mandou dizer que não gostou. O recado chegou a Meirelles num telefonema disparado por Antonio Palocci, coordenador da transição.

Meirelles tentou ajeitar as coisas. Numa entrevista dada na Alemanha, disse que a própria Dilma, em campanha, declarara-se a favor da autonomia.

O vaivém levou ao caldeirão um caldo que os operadores do mercado ainda não digeriram.

Ficou a impressão de que, saindo Meirelles, vai-se embora a autonomia. O BC voltaria a ser um órgão subordinado à Fazenda.

Na leitura do mercado, a política monetária de Dilma seria frouxa. A queda dos juros prevaleceria sobre a rigidez no controle da inflação.

O mercado reage mal porque a política de metas é vista com bons olhos. Quando foi instituída, em 1999, os juros reais estavam na casa de 15%. Hoje, estão em 5%.

Frequenta a lista de alternativas de Dilma um subordinado de Meirelles, o atual diretor de normas do BC, Alexandre Tombini.

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por Josias de Souza 

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Navalhada




Navalha
O José Serra cortou os pulsos hoje de manhã, ao abrir o jornal de sua predileção.

Lamentavelmente, diria a Marina, a Folha se atrasou ao ter acesso aos documentos que os torturadores redigiram sobre a Dilma.

Isso nas mãos do Ali Kamel, já pensou, amigo navegante ?

Uma semana antes da eleição no segundo turno, já imaginou como estaria o semblante do Bonner ?

“A candidata Dilma Rousseff guardava o arsenal da guerrilha sanguinária !”, diria ele.

Além de tudo, o Serra, também conhecido como Padim Pade Cerra, tem azar.

O que a Folha vai ajudar a fazer, porém, é construir a história de uma democrata.

Como a Bachelet do Chile, Begin de Israel, e o maior de todos, Nelson Mandela, Dilma participou da luta armada.

Ela estava do outro lado ao do pai do Otavinho.

O pai do Otavinho entregava os carros de “reportagem” aos torturadores.

Dilma era torturada.

Porém, Dilma atravessou a ponte e ajudou a construir a democracia.

Trajeto que o filho ainda não fez, de corpo e alma.

Nesta nossa sub-democracia (e é “sub” porque, entre tantos motivos, o PiG (**) é tão forte), nesta nossa sub-democracia, um dos fenômenos mais eloquentes de amadurecimento foi, precisamente, a capacidade de o sistema partidário convencional incorporar os lideres guerrilheiros.

A democracia brasileira – tão fraquinha, como é -  pôs para dentro da Constituição – tão imperfeita, como é – aqueles que, um dia, com coragem e destemor foram para a luta armada para derrubar os usurpadores e torturadores.

A Folha deveria incumbir seus colonistas (***) da página 2 de escrever sobre a conversão de Dilma à democracia.

E mais: à democracia que inclui, que põe para dentro do sistema capitalista os miseráveis que o “Brasil de 20  milhões” (onde habitava o pai do Otavinho) preferiria ignorar.

E o mais fascinante de tudo: a Dilma depôs as armas (ou o código, como prefere a Folha) e ganhou o jogo mais importante da democracia: se tornou presidente da República por 56% a 44%.

A Folha é que tem um encontro com a Justiça, se a Dilma quiser.

Que é provar que a ficha “falsa” da Dilma é verdadeira.

A Folha tem mania de “ficha falsa”.

Ela vai tentar vender aos leitores que aquilo que os torturadores dizem da Dilma é verdade.

É a farsa dentro da farsa.

Ou a farsa dentro da ignomínia.

Coitado o Padim Pade Cerra.

O Otavinho chegou trinta dias atrasado.

A Eliane Catanhêde vai pedir o terceiro turno.

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Palocci, Padilha e Pimentel na articulação

A articulação política do governo Dilma Rousseff e a relação com o Congresso e os partidos devem ser comandadas, do Palácio do Planalto, pelo PPP [Antonio Palocci, Alexandre Padilha e Fernando Pimentel].
Segundo interlocutores da equipe de transição, eles serão escalados em pastas ligadas à articulação política.
Assim, Dilma fica longe do varejo com os aliados.

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O posudo de Goiás

Não é de surpreender a entrevista de Henrique Meirelles ao Globo, dizendo ter sido convidado por Dilma Rousseff para continuar no cargo de presidente do Banco Central – mas ter condicionado o aceite à manutenção da autonomia do banco.
Cobrado pela equipe de Dilma sobre a declaração, Meirelles disse não ter conversado com ninguém sobre o assunto – comprometendo a jornalista que deu a matéria.
Conheço Meirelles desde os anos 80. No antigo “Cash”, depois “Dinheiro Vivo", na TV Gazeta, devo ter sido o primeiro jornalista a abrir espaço para ele. Conheci-o quando o procurei para me explicar a matemática financeira do leasing – para a seção “Cartilha do Investidor” que tinha na coluna “Dinheiro Vivo”, da Folha. Ele era o diretor de leasing do banco; posteriormente, tornou-se presidente da filial brasileira.

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Lula da Silva disse que vai desmontar a "farsa do mensalão"

O desabafo de Lula foi feito durante café da manhã com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, na quinta-feira, 18, no Palácio da Alvorada.
Dirceu foi o petista mais assediado durante a reunião do Diretório Nacional do partido
Abatido pelo escândalo do mensalão, em 2005, Dirceu foi o petista mais assediado na reunião do Diretório Nacional do PT ontem. Fez muitos elogios à presidente eleita, Dilma Rousseff, criticou a formação do "blocão" no Congresso - integrado por cinco partidos (PMDB, PP, PR, PTB e PSC) - e disse que Lula vai cuidar da reforma política no ano que vem.
"Se o Supremo Tribunal Federal me absolver, a Câmara me anistia", afirmou Dirceu, com a expectativa de ser julgado até novembro de 2011. Deputado cassado pela Câmara no rastro do mensalão, ele havia antes presidido o PT durante oito anos, de 1995 a 2002.
Lula reafirmou a Dirceu, segundo apurou o Estado, que, assim que deixar o Planalto, vai atuar para a aprovação da reforma política - empacada no Congresso. Toda vez que se refere à crise do mensalão, ele diz que seu governo foi vítima de "cerco político" e de "golpe".
O presidente Lula chegou a afirmar, em 2005, que foi traído. Até agora, porém, não disse quem o traiu nem como pretende agir para provar que o escândalo não passou de caixa dois de campanha, como alega.
Interferência. Em conversa com Dirceu e com vários interlocutores, nos últimos dias, Lula também garantiu que não vai interferir no governo de Dilma. Está, porém, muito preocupado com a situação internacional, embora avalie que o Brasil tem condições de resistir às turbulências que possam acontecer na economia.
A resolução aprovada nesta sexta-feira, 19, pelo Diretório Nacional do PT dedica especial atenção à evolução da situação internacional, dominada por grandes incertezas no plano econômico e político, dos quais a ‘guerra cambial’ é apenas um dos sintomas".
Além de cuidar da reforma política e de viajar pela América Latina e pela África, o presidente Lula quer se dedicar à articulação política no PT.
O presidente ficou muito contrariado com a tentativa do PMDB de pressionar Dilma, sob o argumento de que era preciso definir o comando da Câmara e do Senado.
Vera Rosa e Eugênia Lopes, de o Estado de S.Paulo

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Dilma chora durante discurso em reunião do Diretório Nacional do PT

O choro da presidente Dilma na reunião do Diretório Nacional do PT, hoje, teve forte impacto no partido. Para dirigentes que participaram da reunião, as lágrimas de Dilma ajudaram a reforçar os vínculos dela com o PT justamente no momento em que setores do partido começavam a reclamar da falta de participação na montagem do futuro governo.
“É muito bom a presidenta criar um laço emotivo com o PT”, disse Joaquim Soriano, integrante do diretório nacional e líder da Democracia Socialista (DS), uma das principais correntes da esquerda petista.
Para o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), o choro de Dilma aproxima a imagem da presidenta eleita, tida como durona, à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Lula falou que uma das principais diferenças entre ele e os outros que passaram pela Presidência é que ele governa com o coração. Hoje Dilma demonstrou que também vai governar com o coração”, disse Mercadante. “E o coração dela bate do lado esquerdo do peito”, completou.
De acordo com o deputado José Genoino (PT-SP), as lágrimas da presidenta significaram a gratidão de Dilma para com a militância petista, que saiu às ruas em defesa da então candidata diante da ameaça de vitória tucana no segundo turno.
“Ela nunca tinha feito uma campanha e para ela isso foi muito forte. Quem é acostumado a fazer campanha no PT sabe que nos piores momentos, quando você chega na base, sempre tem alguém que estende a mão”, disse Genoino. “Não é a palavra, é o ato. E o PT sabe entender muito bem o ato”, completou.
Para o secretário-geral do PT, José Eduardo Dutra, um dos “três porquinhos” de Dilma, a demonstração de emotividade da presidenta não é novidade. Ele viu cenas semelhantes várias vezes durante a campanha.
“Geralmente ela fazia estes comentários quando chegava no avião. Hoje ela fez uma fala de estadista, mas geralmente os estadistas são frios e ela falou com emoção”, disse ele.
Integrante do diretório nacional, Francisco Campos, um dos dirigentes que melhor conhecem os meandros do partido, considera que a emoção demonstrada por Dilma hoje ajuda a atenuar a imagem de durona criada entre a militância petista.
“O choro simbolizou toda a emoção dela diante do aconchego proporcionado pela militância, principalmente no segundo turno. Em vez daquela imagem de administradora dura, veio à tona o sentimento de mulher”, disse Campos.
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Dilma se emociona em encontro com petistas

Dilma agradece militantes do PT
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Abominável loteamento

Quem quiser que bote panos quentes, mas a verdade é que neste período de montagem do ministério de Dilma Rousseff o país vem assistindo o mais um abominável espetáculo de loteamento do poder público e de chantagem explícita feita contra a presidente eleita.  Desde a instauração da Nova República não se via coisa igual. Aliás, é preciso debitar parte da precipitação da doença de Tancredo Neves às pressões por ele sofridas nas vésperas de sua posse, que não houve. Naqueles idos, PMDB e Frente Liberal, cada um com grupos e alas conflitantes, todos de goela aberta, levaram o saudoso mineiro a desabafar: “resolvam vocês mesmo, eu já não agüento”. E não agüentou.


Dilma agüenta, mas enfrenta verdadeiro massacre que Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique e o próprio Lula não enfrentaram. Dirão os otimistas que na transição da ditadura para a democracia reuniram-se forças tão díspares ao redor de Tancredo quanto outras se juntaram agora, para a eleição de Dilma. Pode ser, mas a explicação não justifica essa corrida desavergonhada ao poder.



Porque não se trata apenas de reivindicações do PMDB, do PT e dos penduricalhos. Falasse cada partido uma só linguagem e  ainda poderiam compor-se com Dilma. O diabo é que em todas as legendas situam-se alas e grupos estanques e independentes, cada qual  julgando-se no direito de impor seus representantes.



Por exemplo: há o PMDB de Michel Temer, mas também o PMDB do Rio de Janeiro e o PMDB do Nordeste. Como existe o PT de Minas Gerais, o PT de São Paulo, o PT do José Dirceu e o PT da Bahia, entre muitos. Já não tentam impor apenas ministérios, tanto os que detém no governo Lula quanto outros. Levam abertamente aos coordenadores da transição imposições a respeito das presidências e das diretorias do Banco do Brasil, da Caixa Econômica, do Dnit, da Petrobrás e de uma infinidade de empresas públicas e órgãos da administração direta.



Raras vezes se tem loteado o poder como agora. Registre-se o brado ímpio do ressuscitado  Severino Cavalcanti , do PP: “Pernambuco não pede. Pernambuco exige!”


Completa essa equação de horror o componente Lula. Por mais que o presidente repita  não indicar nem vetar ninguém, do lado da Dilma todos pisam em ovos na simples suposição de que o primeiro-companheiro poderia gostar ou não gostar desta ou daquela indicação.   Acresce que eles tem conversado sobre nomes, como na madrugada de terça-feira, no palácio da Alvorada.



Em suma, se não tiver havido ou se não houver um basta, nas próximas horas, a nova presidente da República assumirá enfraquecida e refém do que há de pior em sua base política. Como temos sugerido, urge um murro na mesa e uma determinação fundamental para o futuro: escolher os melhores e os mais capazes sem aceitar imposições.

Carlos Chagas
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Dilma: Porque optei pelo caminho socialista

Os 16 volumes de documentos com o processo movido pela ditadura militar contra a presidente Dilma Rousseff foram liberados, ontem [18] para consulta. 

Destaco, o trecho em que, no dia 21 de outubro de 1970, a jovem Dilma explica ao juiz da 1ª Auditoria da 2ª Circunscrição Judiciária Militar porque optou pelo socialismo. 
“Que se declara marxista-leninista e, por isto mesmo, em função de uma análise da realidade brasileira, na qual constatou a existência de desequilíbrios regionais de renda, o que provoca a crescente miséria da maioria da população, ao lado da magnitude da riqueza de uns poucos que detêm o poder e impedem, através da repressão policial, da qual hoje a interroganda é vítima, todas as lutas de libertação e emancipação do povo brasileiro. Dessa ditadura institucionalizada optou pelo caminho socialista”.

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Governo Dilma quer adotar o conceito de resultado nominal

O governo quer fazer uma reformulação total da contabilidade pública para excluir o critério de superávit primário e adotar, gradativamente, o conceito de resultado nominal. “O País vai ter um déficit ou um superávit e pronto”, disse uma fonte à Agência Estado. O programa foi apresentado por Guido Mantega à presidente eleita, Dilma Rousseff. Mantega será confirmado no cargo de ministro da Fazenda.
O conceito de superávit primário para definir o tamanho da economia do governo para pagar os juros da dívida interna é adotado há décadas, seguindo os manuais do FMI. No momento em que o governo adotar a nova contabilidade, o foco deixa de ser o superávit primário. “O superávit primário é um entulho autoritário”, disse a fonte.
Nos últimos anos do governo Lula, a meta de superávit primário foi de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, a necessidade de ampliar os gastos públicos inviabilizou o cumprimento dessa meta. O governo lançou mão de artifícios contábeis para reduzir a meta. Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são abatidos da meta, como também contribuem para o resultado a antecipação de receitas de dividendos de estatais.
Nesse sentido, o conceito de superávit primário não é a melhor referência para avaliar as contas públicas. “Não vamos ter que atrelar o pagamento de juros à exigência de um superávit das contas”, disse a mesma fonte. O conceito nominal representa o resultado entre receitas e despesas, inclusive as financeiras. A contabilidade é utilizada para todas as esferas de governo, como União, Estados e municípios e as empresas estatais.
A adoção desse critério é um novo parâmetro e, se bem-sucedido, tem o potencial de aliviar o peso da política monetária. Até agora, o Banco Central teve que administrar com cautela a trajetória da taxa de juros porque o governo manteve seus gastos elevados e não fez o chamado esforço fiscal. E o jogo sempre foi polarizado: quanto menos poupança mais juros para segurar a inflação. Quando o resultado nominal é negativo, significa que o governo não conseguiu cobrir totalmente as despesas para o pagamento dos juros. A meta é o déficit nominal zero.

Beatriz Abreu – O Estado de S.Paulo



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