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A oposição compara Onestamente


 Delfim Netto:
HONESTIDADE NAS COMPARAÇÕES



Os críticos da política econômica do governo (que não conseguem esconder o ressentimento diante do terrível sucesso do processo de redução dos juros) voltaram a se animar diante da divulgação dos números do PIB neste fim de ano. Realmente, em 2012, o Brasil não deverá crescer mais que 1,7% ou 1,8%. São taxas medíocres para os nossos padrões históricos, o que é mais do que suficiente para a oposição comemorar a divulgação de um relatório do FMI, destacando o fato que o Brasil crescerá menos que a África do Sul (!) neste ano…

Trata-se de um expediente malandro. Não se faz uma comparação honesta, porque não é apenas o crescimento do PIB que dá toda a informação sobre o comportamento da economia de um país. Basta ver que, apesar do baixo crescimento deste ano, o Brasil não tem praticamente desemprego (algo menos que 5% da força de trabalho), enquanto 25% dos trabalhadores da África do Sul estão desempregados.

Isso nos remete a uma questão interessante: o Brasil está crescendo menos, mas todos os levantamentos internacionais mostram que o Brasil é um país onde a satisfação da sociedade com o governo é das maiores. O que importa é o crescimento econômico com inclusão social. Temos crescido menos, mas a inclusão continuou.

O Brasil tem reduzido dramaticamente os níveis de desigualdade e isso aumenta o bem-estar da sociedade, além do crescimento. Poderíamos ter feito melhor, não há a menor dúvida, ampliado o projeto de inclusão e alcançado um ritmo de crescimento bem maior. É preciso levar em conta, contudo, que a situação mundial continua bastante complicada.

Nossa economia tem ligações externas muito importantes e no início deste ano fomos obrigados a tomar medidas monetárias duras, mecanismos que produziram uma redução muito importante na demanda dos produtos industriais produzidos no Brasil e dificuldades nas exportações. Crescemos muito menos do que poderíamos e deveríamos ter crescido, mas prosseguimos no nosso programa de inclusão social e praticamente chegamos ao pleno emprego, um contraste monumental com as demais economias.

Por isso é preciso relativizar a comparação do FMI, que, aliás, não costuma enxergar além do umbigo e ultimamente passou a pisar muito no tomateiro. Somos dos poucos países do mundo com déficit fiscal igual a 2,2% do PIB, uma relação dívida/PIB em torno de 35%, uma taxa de inflação de 5,5% ao ano, elevada em relação à meta, mas que deve convergir para os 4,5% no centro da meta.

Então é uma política que está funcionando e mais importante do que isso é um país já em outro ritmo de crescimento: neste fim de ano é visível o crescimento no terceiro trimestre sobre o segundo, em torno de 1%, o que concretizará aquilo que vínhamos intuindo há muito tempo: o Brasil vai virar 2012 tendo crescido pouco, mas terminando o ano com a economia “rodando” a 3,5% e 4%.

O crescimento em 2013 será construído por nós. Vai ser construído pelo o que o setor privado brasileiro for capaz de realizar, pelo que o governo for capaz de fazer e pela melhora das relações entre o setor privado e o governo. Há condições para sustentar um crescimento econômico de 4% ou 4,5% no ano que vem (como preveem o ministro Guido Mantega e o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa) e depois pro­curar manter esse nível em média até 2030, digamos.

Isso exigirá, certamente, um investimento bruto anual da ordem de 25% do PIB, com déficit em conta corrente de não mais de 1,5% do PIB ao ano. Exigirá também a continui­dade de uma rigorosa política fiscal, capaz de sustentar a política monetária capaz de produzir o equilíbrio interno e uma aguerrida política cambial, o equilíbrio externo.

Tudo o dito acima e mais: para cooptar o investimento privado indispensável para ampliar o desenvolvimento, o governo precisa insistir em demonstrar ser “pró-mercado” (não “pró-negócio”), ser definitivamente favorável à competição regulada e ágil e não pretender realizar diretamente aquilo que, por sua natureza, o setor privado ­sabe fazer melhor.

O Brasil tem o maior e melhor ganho em bem-estar social

O Brasil foi o país que melhor usou o crescimento econômico nos últimos cinco anos para elevar o padrão de vida e o bem-estar de sua população. 

Se o PIB - Produto Interno Bruto- brasileiro cresceu a média anual de 5,1% de 2006 a 2011, os ganhos sociais foram equivalentes aos de um país com crescimento anual de 13%, segundo levantamento feito pela BCG - Boston Consulting Group -, que comparou indicadores econômicos e sociais de 150 países. 

O desempenho brasileiro é atribuído principalmente à distribuição de renda. 

Depois do Brasil, aparecem no ranking Angola, Albânia, Camboja e Uruguai. 
do Valor

Economia: distribuição de renda é desenvolvimento


O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um determinado espaço territorial e temporal. O PIB do Brasil em 2011 foi de 4,1 trilhões de reais.  O PIB é um número essencial para a avaliação do desenvolvimento econômico e social de uma nação. Contudo, não é suficiente para um país, que almeja o desenvolvimento, obter somente uma elevada taxa de crescimento do PIB.
O diferencial de Lula estava na esfera política, mas os resultados aparecem na economia. 
É preciso também avaliar a distribuição da renda. Com mais renda, cada indivíduo pode ter acesso a bens e serviços fundamentais para o bem (e o bom) viver. 
Um robusto crescimento do PIB em um ambiente de concentração de renda e riqueza traz, então, pouca contribuição ao desenvolvimento. Leia mais>>>

Lula e Dilma são os culpados

Um novo cálculo apresentado neste domingo (17) pelas Nações Unidas tenta integrar aspectos sociais e ambientais ao crescimento econômico para medir o grau de desenvolvimento sustentável de um país. No primeiro relatório do Índice de Riqueza Inclusiva da ONU, que analisou dados de 20 países, o Brasil ficou em quarto lugar – empatado com a Índia, o Japão e o Reino Unido e na frente de países como Noruega e Estados Unidos.
  
Pontuar melhor no índice de Riqueza Inclusiva significa ter um padrão de crescimento econômico mais sustentável, na visão da ONU. A China foi a primeira colocada, seguida pela Alemanha.
 
 “É importante saber o quanto a economia de um país cresceu, mas também como ela cresceu”, disse Pablo Munoz, diretor científico do Relatório de Riqueza Inclusiva 2012. “Este índice alia as variações de estoque no capital econômico, no capital humano e no capital natural que sustentam o crescimento do país”, afirma Pablo Munoz, diretor científico do Relatório de Riqueza Inclusiva 2012.
 
O índice foi criado em parceria pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Universidade das Nações Unidas sobre Mudança Ambiental Global (UNU-IHDP) e apresentado durante a Rio+20. A Rio+20 é a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que vai até o dia 22 de junho, no Rio. Continua>>>

A frescura do dia

FGV - Fundação Getúlio Vargas - estuda criação do índice FIB - Felicidade Interna Bruta -, para substituir o PIB - Produto Interno Bruto -. Pior é que vão gastar uma muita bufunfa para inventar esta marmota.

Como acho isto uma tremenda besteira sugiro que também estudem criar o...

PIAB - Produto Interno Alegre Bruto -.
PIBB - Produto Interno Besta Bruto -.
PIPB - Produto Interno Palhaçada Bruto - e outros mais deste tipo.

Haja paciência para aguentar tanta frescura.

Ah, falando em frescura...criem também o índice do PIFB - Produto Interno de Frescura Bruto -.

No final dos anos 60, o programa radiofônico policial “A patrulha da cidade” – teatralizado, de péssimo gosto e recheado de preconceitos racistas – tinha um quadro onde um motorista de ônibus (da linha Caxias-Mauá) comentava as matérias policiais dos jornais populares. E, diante das maiores barbaridades, reclamava que eles eram muito “suaves”, dizendo:
É impressionante como – claro que com muito mais refinamento que o caricato personagem do rádio – o jornalismo econômico brasileiro caminha para do sensacionalismo negativista – inflação e recessão -  para um muxôxo semelhante.
- Ah, mas o crescimento econômico vai ser baixo, o PIB não vai crescer…
Ora, isso é de uma tolice sem par. Que o PIB, em 2011, ia expandir-se a uma velocidade menor que o “boom” de 2010, até as pedras sabiam. Primeiro, porque a base de comparação de 2010, o ano de 2009, era baixíssima, pois o crescimento naquele ano fora zero (até um pouco abaixo de zero). Segundo, porque a ameaça de recrudescimento da inflação – já percebida no fim de 2010 – levou a uma elevação da taxa de juros que, desgraçadamente, se potencializou com os reflexos da crise europeia.
Tanto é que o BC – “precipitação, politização”, apressaram-se a gritar os comentaristas econômicos conservadores -  imediatamente reverteu a curva da taxa de juros públicos.
Como qualquer pessoa de boa-fé poderia prever, o processo inflacionário cedeu – e está cedendo, em ritmo mais acelerado até que o previsível – porque não estava assentado no núcleo da economia, mas na ponta final: basicamente no preço dos serviços. O outro fator altista, a elevação do preço do petróleo, foi contido pela ação da Petrobras – e tome de “revolta” com não haver elevação do preço dos combustíveis nas refinarias.
O PIB brasileiro não apenas vai crescer num ritmo maior, este ano,  como sequer, como se vê agora, baixou como o das principais economias do mundo. Não é correto comparar o desempenho do Brasil ao de emergentes como a China, porque senão teríamos de comparar as estruturas de mercado, a exclusão e,no caso da China, o poder imenso de intervenção do Estado nas estruturas econômicas. E isso, para o bem e para o mal, não é paralelo ao que se passa aqui.
O problema da economia brasileira é a estrutura predatória que há séculos. E que, no capitalismo cada vez mais preso à esfera financeira, expressa-se hoje no tributo, uma espécie de “quinto” moderno,  que representa nossa taxa de juros.
Ela é o centro de um processo perverso que impede o desenvolvimento brasileiro, porque nos impede de uma visão estratégica, de um projeto, em nome do qual se acumule e que produza identidade, porque sem projeto comum não há identidade possível em qualquer grupamento humano.
Como o caricato motorista da “Patrulha da Cidade”, o olhar nacional da dita “inteligência” nacional está preso nas pequenas desgraças do dia-a-dia, com uma tentativa reiterada de ver a nova orientação que tomou como algo que é preciso, torcer, torcer, torcer, para ver se ela dessangra.

pinçado do Tijolaço

Dívida pública representa 39,2% do PIB

A dívida do setor público caiu para 39,2 % do PIB - produto interno bruto -, segundo o BC - Banco Central.

O resultado corresponde a uma redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior e de 1 p.p - ponto percentual no ano -. 

Em agosto, a dívida bruta do governo geral (Tesouro, Previdência, governos estaduais e municipais) chegou a R$ 2,216 trilhões, o que corresponde a 56,1% do PIB, uma redução de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior.

Apenas um lembrete: em setembro de 2002 - último ano do desgoverno FHC a dívida pública brasileira  representava 56% do PIB -.
O gráfico mostra a evolução da relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB

A CNI eleva perspectiva do PIB para 2011

O PIB - Produto Interno Bruto - crescerá 3,8% neste ano, segundo estimativas revisadas pela CNI - Confederação Nacional da Indústria -). 

A afirmação mostra uma revisão para cima na expectativa anterior, de elevação na casa dos 3,5%. 

A revisão na estimativa de PIB da entidade veio após o governo apresentar dados referentes ao crescimento no três últimos meses de 2010 – a expansão apresentada pela economia brasileira chegou a 4,2%, segundo IBGE.

por Brizola Neto

Os dados divulgados agora de manhã pelo IBGE são uma decepção para a turma do Brasil da “Roda Presa”

O Brasil cresceu 1,3% no primeiro trimestre de 2011, em relação ao último trimestre de 2010, ligeiramente acima do que era esperado pelos analistas de economia.  E subiu  4,2% em relação ao primeiro trimestre daquele ano. A taxa de crescimento nos últimos 12 meses foi de 6,2 %.
O crescimento, desta vez, ocorre com mais força no investimento – que avançou 1,2%, quando no trimestre anterior havia crescido 0,4% – do que no consumo, que cresceu 0,6%, contra uma alta anterior de 2,3%. Já os gastos do Governo aumentaram em proporção bem inferior à expansão do PIB: 0,8%.
Ou seja, não foram estes gastos que puxaram a expansão da economia.
A massa salarial real, nos últimos 12 meses, cresceu  5,9%, em valores reais.
O pessoal da “Roda Presa” vai ter de esperar até agosto, quando saem os resultados do 2º trimestre para comemorar a redução do crescimento – ou talvez até uma ligeira retração – na comparação com o trimestre anterior. É o resultado esperado das medidas tomadas para segurar o corcoveio inflacionário com que o “mercado” testou o Governo Dilma na área econômica. Mas não no acumulado do ano, porque não há qualquer sinal de que não vão se confirmar as taxas de crescimento anuais entre 4 e 5%.
Coloco aí ao lado um quadro elaborado pelo IBGE com os números já divulgados sobre a expansão econômica no mundo, considerando os dados do primeiro trimestre de 2011. Só a Alemanha, que está “bombando” em meio à uma cambaleante Europa supera a taxa brasileira. Mas, repare, no gráfico não está ainda o crescimento da China, que foi de 2,3 no trimestre. Não tenho os números da Índia, com quem dividimos o núcleo dos “Brics”, mas não devem ter sido superiores aos brasileiros, já que houve uma ligeira desaceleração da economia daquele país, basicamente causada pela decisão de proteger seu setor mineral da exportação predatória.

Tomadas as rédeas de uma inflação forçada pelo crédito – mas também pelas pressões políticas – o Brasil tem tudo para ter um segundo semestre de crescimento significativo.
E que não é exagerado, se a gente pensar que o Brasil cresce mais porque, na verdade, está “tirando o atraso”  de duas décadas em que aquele pessoal, o da “Roda Presa” estagnou a economia brasileira e nos fez patinar no desenvolvimento.

Comércio varejista

[...] eleva receita de vendas em 1,4% ante 2010

O comércio varejista ampliou seu volume de vendas em 1,2% durante o mês de março, enquanto a receita nominal subiu 1,4%, ambas as comparações com o mês anterior e ajustadas sazonalmente, segundo dados do IBGE . 

Em relação a 2010 na série sem ajuste, o varejo aumentou suas vendas em 4,1%, enquanto as receitas subiram 8,5%. Oito das dez atividades pesquisadas no período apresentaram resultados favoráveis.

Impostos

O Brasil teve, em 2009, a 22ª carga tributária no mundo. Dos países que tinham carga tributária maior que a nossa, 14 eram países desenvolvidos europeus.
O país mais rico do mundo, a Noruega, tinha carga tributária de 43,6% e arrecadou 25 mil dólares per capita. O Brasil tinha carga tributária de 38,4% e arrecadou 4 mil dólares PPC per capita.
Gostaria que os liberais mostrassem como fazer o milagre de se ter serviços de 25 mil dóleres arrecadando 4 mil.
Gostei porque ele trouxe estatísticas que provam uma coisa óbvia. A comparação entre cargas tributárias dos diferentes países, repetidas de maneira leviana pela mídia, apenas fazem sentido se cotejadas com o tamanho do PIB per capita. Enfatizo o "per capita", visto que os gastos mais importantes de um Estado são a previdência social e a saúde pública, cuja magnitude é atrelada naturalmente à população.

Se um país tem um PIB per capita alto, ele pode até se dar ao luxo de ter uma carga tributária menor, porque o total arrecadado é grande. O que nem é o caso, visto que as nações desenvolvidas, em geral tem uma carga tributária bem elevada.
Repete-se, por outro lado, que alguns países ricos tem carga tributária menor que a do Brasil, como os EUA. De fato, a carga tributária nos EUA é de 28%, contra 38,8% no Brasil. Entretanto, como os EUA tem um PIB monstruoso, tanto absoluto como per capita, essa carga corresponde a uma arrecadação per capita de 13 mil dólares. A do Brasil, é de 3,96 mil dólares... Ou seja, a expressão clichê sobre o Brasil ter impostos de norte da europa e serviços públicos de qualidade africana nunca me pareceu tão absurda e idiota.
Eu não sou a favor do aumento dos impostos. Tenho micro-empresa e estou sempre à beira de sucumbir sob o peso mastodôntico, complexo e kafkiano das taxas que desabam quase que diariamente sobre minha cabeça. Mas não podemos ver a questão com leviandade. A mídia patrocina uma campanha irresponsável contra o imposto no Brasil. Este deve ser simplificado, naturalmente, e porventura reduzido para empresas pequenas, mas devemos mostrar à sociedade a situação real. Não podemos nos comparar com nenhum país desenvolvido, porque o nosso PIB per capita ainda é baixo. Ainda temos que comer muito feijão com arroz.
Por outro lado, é igualmente injusto falar em "serviço público" africano, expressão que, além de ser politicamente incorreta, é também totalmente inexata. Temos uma previdência social quase universalizada. A saúde pública é abarrotada e sofre constrangimentos em vários setores, mas nosso sistema de vacinação é de primeiro mundo. O tratamento gratuito, inclusive com distribuição de remédios, que damos aos soropositivos, não encontra paralelo nem nos países mais avançados.
Não douremos a pílula, todavia. Ainda temos muito o que aprimorar em termos de serviço público, nas áreas de saúde, educação e infra-estrutura. Mas, por favor, sem a viralatice de nos compararmos às economias destruídas por longas guerras civis, nível de industrialização baixíssimo e desemprego às vezes superior à metade da população ativa.
O debate sobre a carga tributária tem que ser feito com muita seriedade, botando as cartas na mesa, evitando ao máximo o uso desses clichês desinformativos. Os impostos no Brasil são altos, pesam no bolso de empresários, classe média e no custo de vida dos trabalhadores. Mas em valores absolutos, o imposto é baixo, deixando pouca margem para o Estado gastar com serviços e infra-estrutura. O caminho, portanto, é investir no crescimento econômico e na racionalização cada vez maior do gasto público. Seria loucura, porém, promover uma redução brusca da carga tributária, que implicaria em jogar o valor do imposto per capita no Brasil ao lado das nações mais atrasadas do planeta. Ajamos com prudência, responsabilidade, inteligência, sem jamais deixar de lado o bem estar do povo e a necessidade de oferecer serviços de qualidade à população, pois sem isso poderemos até nos tornarmos um país rico, mas seremos sempre uma sociedade triste e miserável.

BRICS

“O  Brasil se tornou a sétima economia do planeta cerca de dez anos antes do que eu pensava” disse,segundo a BBC, o criador do termo Bric – agora Brics, com a entrada da África do Sul no grupo – , o economista Jim O’Neill., da Goldman & Sachs. Ele afirmou que Brasil, Russia, China e Índia não merecem mais o nome de economias emergentes e que, juntos, devem superar o tamanho da economia americana ainda esta década. Em 2017-2018, aposta ele.

Ou antes. Até o fim desta década, os Bric devem alcançar um PIB somado de US$ 25 trilhões, comparado com cerca de US$ 11 trilhões atualmente e cerca de US$ 3 trilhões no início do século, afirmou O’Neill. O PIB brasileiro é de US$ é de US$ 3,6 trilhões, pouco mais da metade do chinês, de US$ 6 trilhões.
Se a turma da “roda presa”, que perde eleição mas não perde a empáfia, não impuser uma retração na economia, em nome do combate a inflação que não é criada aqui, o criador do termo Bric vai ter mais surpresas.

BNDES

[...] o mais importante a ser destacado



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Luciano Coutinho
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, anunciou que o banco vai reduzir o volume de financiamentos neste ano em cerca de R$ 30 bi ante os concedidos no ano passado. Assim, a instituição vai conceder em empréstimos neste 2011 um total próximo ao concedido em 2010 - R$ 144 bi.

Luciano justificou que o objetivo do BNDES a partir de agora "é dar espaço ao setor privado" nas operações de financiamento de projetos de longo prazo. "O sucesso do BNDES neste ano será medido pela ampliação do processo de 'crowding in' na economia", destacou, pela capacidade do Estado de estimular e reter as empresas privadas para produzir e gerar investimentos na economia.

Para o dirigente do BNDES, o desafio agora é "enfrentar o choque de preços vindo de fora sem gerar recessão", em um mercado interno já aquecido. A mídia puxou pela redução dos financiamentos, mas para além dela, o que interessa, na entrevista do Luciano Coutinho, é esta sua fala sobre o cuidado ao tomar medidas para combater a inflação importada e evitar a recessão.

A questão chave do governo Dilma

O ponto chave, no momento, é este. Tudo indica que as coisas estão sendo conduzidas (e terão êxito) nesse sentido - crescer pelo menos 5% ao ano e manter a inflação dentro da meta (4,5% ao ano) mais a banda de tolerância de 2%.

Já a meta da qual ele fala, de substituir financiamento público do BNDES por financiamento a longo prazo dos bancos privados, vai depender, sempre, ou de recursos externos, ou da queda dos juros no país, uma vez que a banca privada busca recursos no exterior, ou no mercado interno, concorrendo com os títulos do governo que pagam a taxa Selic.

O importante, então, é manter o crescimento da taxa de investimentos acima da do crescimento, como bem afirmou o presidente do BNDES: "os investimentos devem crescer entre 8% e 10% neste ano, enquanto o PIB deve subir perto de 4%".

BC derrubará PIB

Além da alta do dólar (veja nota), a divulgação, ontem, de novos índices econômicos contribuiu para intensificar as especulações sobre desaquecimento na economia. Na verdade, falar em riscos de desaquecimento é um eufemismo para esconder o fato de que podemos perder 4% do PIB como um dos efeitos colaterais da política do BC. As outras são o alto custo das reservas e do serviço da dívida interna, o aumento do déficit externo e os riscos de desindustrialização, ainda que remotos.

Agora, os chamados mercados assustados com a queda do PIB já falam em só mais um aumento da Selic este ano, 0,5%. Como vemos nem eles sabem as consequências do uso burro da política monetária como instrumento para trazer a inflação para o centro da meta, uma obsessão que esconde uma das consequências dos aumentos da Selic, proteger e se possível aumentar a renda das aplicações financeiras, aumentar cada vez mais a participação da renda financeira na renda nacional, sempre em prejuízo do setor produtivo e da participação dos salários na renda nacional.

Acordos são firmados para serem cumpridos

Provavelmente fui a primeira pessoa que viu Dilma Rousseff como presidente do Brasil. 

Faz bastante tempo.


Pois muito bem, acertei a previsão e daí?...

Daí, que agora chegou a hora da onça beber água. Para começar a presidente tem de peitar PMDB, sindicalistas, oposição e demais que clamam por salário minímo mais que 540 reais [também quero, mas este não é momento para estrepulias orçamentarias].

Tenho convicção que ela vai cumprir o que foi acordado no governo Lula e cumprir a regra de repassar inflação e PIB de 2 anos atras.

Presidente, primeiro informe aos políticos atraves dos seus ministros da area economica que vetará mínimo aprovado fora das regras estabelecidas. Se necssário for, ocupe rede de tv, rádios e demais espaços que puder e explique ao povo o porque da decisão. Tenha certeza, compreenderemos e daremos todo nosso apoio.

Não ceda!

Brasil chega ao pleno emprego e os países ricos demitem

O desemprego nas seis principais capitais do país atingiu a taxa mínima histórica de 5,7% no mês passado, mas pode fechar o ano abaixo dos 5% – não só caracterizando um recorde, mas também sinalizando que o país vive em pleno emprego.
Segundo estudos de especialistas no assunto, taxas de desemprego igual ou abaixo de 5% representam uma situação em que, de maneira geral, o trabalhador que sai em busca de um emprego acaba encontrando vaga em algum setor. De acordo com as estimativas da economista Luiza Rodrigues, especialista em mercado de trabalho do Santander, a taxa de desemprego fechará o ano em 4,9%, nível que aprofundará a distância do Brasil em relação a um grupo superior a 20 países, entre desenvolvidos e emergentes.
“Já somos a nação que mais derrubou sua taxa de desemprego entre o pré-crise, no primeiro semestre de 2008, e o pós-crise, no primeiro semestre de 2010. Mas nos distanciamos ainda mais neste segundo semestre”, diz Luiza. A comparação mais simbólica ocorre entre Brasil e Estados Unidos. Enquanto os americanos viram sua taxa de desemprego média saltar de 5,2% entre janeiro e junho de 2008, antes da crise mundial, para 9,7%, em igual período de 2010, o desemprego brasileiro caiu de 8,2% para 7,3%, na mesma comparação.
“De fato, é realmente bem mais fácil encontrar emprego hoje do que nos últimos 20 anos, quando não só o crescimento econômico era menor, como a qualificação era pior”, diz Luiza, para quem a qualificação da mão de obra, um dos possíveis gargalos no horizonte brasileiro nesta década, deve ser visto em perspectiva. “Já tivemos momentos, no passado, em que havia emprego, mas não existiam profissionais à altura. Hoje, temos um número maior de pessoas que terminaram o ensino médio e mesmo o superior, o que facilita a incorporação em setores como comércio, serviços e construção civil”, avalia a economista, que faz referência justamente aos segmentos que mais demandaram trabalhadores na recuperação econômica do pós-crise.
A taxa de 5% ou menos, que deve ser atingida neste mês, no entanto, deve se tornar piso. “A taxa de desemprego continuará em patamares baixos, em torno de 6,5% a 7%, nos próximos dois ou três anos, mas não no ritmo que observamos em 2010, que foi um ano atípico sob qualquer ponto de vista”, avalia Luiza.
Num primeiro momento, a simples desaceleração no ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deve frear o ímpeto das empresas por contratação de trabalhadores. O PIB deve passar dos quase 8% de crescimento em 2010 para patamares próximos a 4,5% no ano que vem, segundo estimativas do governo. A desaceleração ocorrerá não apenas porque a recuperação do pós-crise terminou – o PIB de 2009 caiu 0,6% -, mas porque o Banco Central deve iniciar um ciclo de elevação de juros para combater a inflação, que deve fechar o ano em torno de 6% – acima, portanto, da meta de 4,5% perseguida pelo Banco Central. (JV)

Manchetes conexas

Desemprego recua para 5,7% e é o menor desde 2002 (UOL)

Governadores do PSDB vão apoiar Dilma (Estadão)

FECHO
Ciclo Lula encerra com um PIB crescendo o dobro do de 2002 para uma inflação 50%  menor e uma taxa de desemprego  que é a metade da observada então: 5,7% contra 11,7%, respectivamente, segundo o IBGE (Carta Maior;17-12)

O MERCOSUL QUE SERRA QUERIA IMPLODIR

comércio dentro do Mercosul encerra 2010 com um fluxo recorde de US$ 42 bilhões - um aumento de 30% em comparação com 2009.  Exportações totais dos sócios do Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - para o resto do mundo serão de US$ 230 bilhões - alta de 24% em comparação com 2009 (Estadão; 17-12)

O AJUSTE DA BOLHA ESPECULATIVA:
ARROCHO E MOBILIZAÇÕES
Crise econômica e colapso das finanças desreguladas reduziu à metade o crescimento dos salários no mundo.Entre as exceções estão países emergentes, como o Brasil, onde os trabalhadores acumularam ganhos reais ao longo do governo Lula .
ATTAC pede manifestações em toda Europa, neste sábado, 18/12,contra a destruição do Estado do Bem-Estar Social.

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Crescimento e expansão industrial

Analises do mercado financeiro mantêm projeção de crescimento para a economia brasileira. De acordo com o relatório elaborado pelo Banco Central [boletim Focus], divulgado sempre às segundas-feiras. Pela terceira semana consecutiva, os analistas financeiros conservam a estimativa de 7,6% de expansão da economia brasileira, este ano. Para 2011, também não foi alterada a estimativa de crescimento do PIB - Produto Interno Bruto - de 4,5%. Essa estimativa é mantida há 50 semanas. Também no mesmo relatório do Banco Central a expectativa para a expansão da produção industrial, que se reduziu de 11,07% para 11%, este ano, e de 5,25% para 5,40% em 2011.
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10 notícias do "mercado" para você pensar durante o fim de semana

1- Mantega aceita convite de Dilma e fica na Fazenda. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, continuará no comando da economia no governo Dilma Rousseff, que toma posse no próximo dia 1º de janeiro. A decisão ainda não foi oficializada pela presidente eleita, mas o convite foi feito durante reunião de quase duas horas que os dois mantiveram anteontem na Granja do Torto. 
2 - Karoon cancela IPO por "condições desfavoráveis de mercado". A Karoon Petróleo & Gás, empresa subsidiária da Karoon Austrália, cancelou nesta sexta-feira (19) o processo de IPO (Initial Public Offering), conforme comunicado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), no qual informa que a decisão ocorreu em decorrência da atual conjuntura do mercado.
3 - Irlanda terá socorro de até 50 bilhões. O Fundo Monetário Internacional (FMI) começa nesta sexta-feira em Dublin conversas formais com o Governo irlandês para desenhar umplano de resgate com o objetivo de sanear seu sistema bancário e endireitar sua política orçamentária.
4- Luiz Sandoval deixa comando do Grupo Silvio Santos. Uma parceria de mais de 40 anos foi encerrada ontem à noite com a saída do executivo Luiz Sebastião Sandoval da presidência do Grupo Silvio Santos. Em comunicado oficial, a empresa apenas informa que ele pediu demissão em caráter irrevogável. As informações são do Estado de São Paulo.
5 - Lula e Dilma decidem reduzir superávit primário. O governo envia hoje ao Congresso Nacional projeto de lei que reduz de 3,3% para 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) a meta de superávit primário das contas do setor público deste ano e de 2011. O superávit primário do setor público é o resultado das receitas menos as despesas, sem considerar os gastos com o pagamento de juros da dívida pública.
6 - IGP-M aumenta para 1,20% na segunda prévia de novembro. Puxado pelos preços no atacado, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou alta de 1,20% na segunda prévia deste mês. Em igual período de outubro, a leitura tinha sido positiva em 0,89%. No ano, o IGP-M avançou 10,29%. Em 12 meses, houve elevação de 10%.
7 - Bolsas europeias começam a sexta-feira em alta. As principais bolsas de valores da Europa abriram em alta nesta sexta-feira, depois de terem encerrado no mesmo ritmo o último pregão, com o pacote de resgate para a Irlanda parecendo cada vez mais provável e os indicadores econômicos positivos nos EUA.
8 - JPMorgan sugere aumentar ações de Panamericano em carteira. As ações do Banco Panamericano SA, instituição brasileira que está sendo investigada por suspeita de fraude contábil, podem se valorizar após a queda de 37 por cento da semana passada, disse o JPMorgan Chase & Co.
9 - Ações da GM voltam à bolsa com alta de 7%. O executivo-chefe da General Motors (GM), Dan Akerson, tocou nesta quinta-feira o sino de abertura da Bolsa de Nova York para celebrar o retorno ao pregão das ações do fabricante de automóveis, que abriram em alta superior a 7%. 
10 - Bernanke ataca críticos do Fed e faz menção à China. O chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, rebateu nesta sexta-feira as críticas ao controverso programa de compra de ativos do banco central norte-americano, fazendo, também, um ataque velado à política chinesa de manter o iuane desvalorizado. 

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Governo Dilma quer adotar o conceito de resultado nominal

O governo quer fazer uma reformulação total da contabilidade pública para excluir o critério de superávit primário e adotar, gradativamente, o conceito de resultado nominal. “O País vai ter um déficit ou um superávit e pronto”, disse uma fonte à Agência Estado. O programa foi apresentado por Guido Mantega à presidente eleita, Dilma Rousseff. Mantega será confirmado no cargo de ministro da Fazenda.
O conceito de superávit primário para definir o tamanho da economia do governo para pagar os juros da dívida interna é adotado há décadas, seguindo os manuais do FMI. No momento em que o governo adotar a nova contabilidade, o foco deixa de ser o superávit primário. “O superávit primário é um entulho autoritário”, disse a fonte.
Nos últimos anos do governo Lula, a meta de superávit primário foi de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, a necessidade de ampliar os gastos públicos inviabilizou o cumprimento dessa meta. O governo lançou mão de artifícios contábeis para reduzir a meta. Os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são abatidos da meta, como também contribuem para o resultado a antecipação de receitas de dividendos de estatais.
Nesse sentido, o conceito de superávit primário não é a melhor referência para avaliar as contas públicas. “Não vamos ter que atrelar o pagamento de juros à exigência de um superávit das contas”, disse a mesma fonte. O conceito nominal representa o resultado entre receitas e despesas, inclusive as financeiras. A contabilidade é utilizada para todas as esferas de governo, como União, Estados e municípios e as empresas estatais.
A adoção desse critério é um novo parâmetro e, se bem-sucedido, tem o potencial de aliviar o peso da política monetária. Até agora, o Banco Central teve que administrar com cautela a trajetória da taxa de juros porque o governo manteve seus gastos elevados e não fez o chamado esforço fiscal. E o jogo sempre foi polarizado: quanto menos poupança mais juros para segurar a inflação. Quando o resultado nominal é negativo, significa que o governo não conseguiu cobrir totalmente as despesas para o pagamento dos juros. A meta é o déficit nominal zero.

Beatriz Abreu – O Estado de S.Paulo



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