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Pesquisas confirmam avanço de Dilma

Na pesquisa Ibope, realizada entre 18 e 20 de outubro, Dilma aparece 11 pontos à frente de José Serra. Na pesquisa anterior do instituto, realizada entre os dias 11 e 13, Dilma tinha uma vantagem de 6 pontos.
A pesquisa CNT/Sensus, realizada em 18 e 19 de outubro e também divulgada ontem mostrou uma diferença menor, de 5 pontos porcentuais de Dilma para Serra.
Dilma aparece com 46,8% das intenções de voto, contra 41,8% do tucano. Brancos e nulos somaram 4,1% dos votos e indecisos, 7,2%. No levantamento anterior do instituto, realizado de 11 a 13 de outubro, os candidatos estavam no limite do empate técnico. Dilma tinha 46,8% das intenções de voto e Serra, 42,7%.
A campanha presidencial também foi marcada por novas informações sobre o escândalo da quebra do sigilo de correligionários do PSDB.
De acordo com informações da Polícia Federal, a demanda feita pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr. foi feita por motivações próprias.
Em depoimento, o jornalista disse que encomendou a quebra de sigilo quando era funcionário do jornal O Estado de Minas, para proteger o hoje senador eleito Aécio Neves, que à época estaria sendo alvo de dossiê elaborado pelo próprio partido.
Segundo Ribeiro Jr., no entanto, os dados do dossiê foram vazados à imprensa por integrantes do PT envolvidos em disputa por contratos de comunicação, que usariam os dados para a campanha da presidenciável petista.
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Você já sabia: quebra de sigilo foi obra tucana



O jornalista Amaury Ribeiro Jr confirmou à Polícia Federal o que esta coluna revelou em 3 de setembro: a violação do sigilo fiscal de tucanos ilustres foi produto da guerra entre Aécio Neves e José Serra pela candidatura do PSDB ao Planalto. 


Ele disse que passou a investigar a vida fiscal de tucanos após ser informado que o deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra, produzia um dossiê contra Aécio.


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Doa-se um escândalo

Doa-se um escândalo. Está a disposição da inVeja, Rolha, Globoells e Restadão. Fiquem à vontade para expor e explorar em rádios, jornais, net e televisão...


AYRTON CENTENO
    É a doação do ano. Está à disposição de todos veiculos de comunicação um excelente escândalo. Em ótimo estado de conservação, quase sem uso. Ótima procedência, garantia de fábrica com reconhecida reputação na produção de escândalos de diversas modalidades, com direito a holofotes e alarme, porque escândalo sem visibilidade e alvoroço não tem graça. Acompanha um reboque porque quem compra o escândalo leva mais dois, três ou quantos quiser. Desempenho assegurado em qualquer plataforma: rádio, jornal, TV. Penalizado com a mídia, que anda matando cachorro a grito, pegando qualquer coisa para mimetizar em escândalo, proponho esta oportunidade imperdível.
    O escândalo fica um pouco fora de mão, no Rio Grande do Sul, mas vale a viagem. E o Brasil inteiro vai ficar de boca aberta para exclamar:
    “Isto sim é que escândalo!”
    Quem garante sua autenticidade é o Ministério Público Estadual. Não cavalga, portanto, palavra de ex-presidiário, estelionatário e receptador, um tipo de escândalo que anda por aí, convenhamos, de muito pouca classe. Já o escândalo gaúcho dispensa talento de ficcionista para ficar colando declarações aqui com fragmentos dali para tentar oferecer intelegibilidade às conspirações do aquário.
    Além do mais, é um escândalo flex. Opera por todos os lados: Executivo, Legislativo, Judiciário. Acha pouco? Então adicione a Polícia, o Ministério Público e a Imprensa. E até a Aeronáutica! Escândalo multiuso, com tração 4×4, trafega em qualquer terreno. Transita tanto pelas bordas do submundo do achaque e da proteção à contravenção quanto pelos salões palacianos onde o objetivo é violar sigilo e xeretar adversários políticos para garimpar, quem sabe, informações de alta octanagem eleitoral.
    Neste escândalo, turbinado tanto pela propina quanto pela arapongagem, o Executivo desempenha o papel de algoz e todos os demais são, quase sempre, as vítimas. O vilão pode estar na periferia de Porto Alegre extorquindo donos de bingo ou no centro do poder estadual espionando as vidas de políticos, procuradores federais, promotores de justiça, delegados de polícia, militares, jornalistas, advogados e empresários.
    Quem espiona é a Casa Militar. É um desvirtuamento torpe de um aparato, o Sistema de Consultas Integradas, direcionado para vasculhar segredos de opositores. E, em vários casos, até de suas famílias. O que inclui crianças… 
    É uma crise que bate à porta da governadora Yeda Crusius – a primeira e cataclísmica experiência de gestão tucana no Rio Grande do Sul. Em questão de duas semanas rolaram três cabeças coroadas do seu governo – o chefe da Casa Militar, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional e, por último, o chefe do Gabinete da própria governadora. Mas o escândalo continua caminhando na sua direção. 
    “Polícia política” e “central de espionagem” são termos que o ex-ouvidor da Segurança Pública usa para definir as operações flagradas no coração do governo gaúcho. Aliás, ele classifica singelamente a governadora como “a mandante”. Existe algo mais apetitoso para uma mídia que gastou os últimos oito anos se esfalfando atrás de grampos sem áudio, fichas falsas e de um “Estado policial”? Além de um ex-ministro de Lula, de um senador da república e de cinco deputados, a espionagem alvejou muito mais gente. Nem o empresário Jayme Sirotsky escapou. 
    Presidente emérito do grupo RBS, Sirotsky é um dos notáveis da Sociedade Interamericana de Imprensa. Sabe-se lá o que representa quebrar o sigilo de um dos próceres da SIP, congregação de diuturna militância contra as ameaças, reais ou imaginárias, à liberdade de expressão? É ou não um escândalo supimpa?
    Porém, apesar de escândalo tão bem recomendado e apresentável está difícil negociá-lo. Será que silêncio tão embaraçoso – inclusive da honorável SIP, que costuma expelir moções de repúdio ao ouvir qualquer espirro de Chávez, aquele demônio – tem algo a ver com o fato da devassa ilegal de dezenas de vidas ilustres ser obra do PSDB? Estaria este pormenor na raiz das dificuldades no mercado da escandalização? Afinal de contas, é uma pauta preciosa. E preço não seria problema. Custaria apenas algum jornalismo.

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Ah, se o nome dela fosse Erenice!

Desde o fim de semana passado, tenho recebido uma dezena de e-mails por dia que, invariavelmente, me perguntam sobre a razão de ninguém repercutir, na chamada “grande imprensa”, a matéria da CartaCapital sobre a monumental quebra de sigilo bancário promovida, em 2001, pela empresa Decidir.com, das sócias Verônica Serra (filha de José Serra, candidato do PSDB à Presidência da República) e Verônica Dantas (irmã de Daniel Dantas, banqueiro condenado por subornar um delegado federal). Juntas, as Verônicas quebraram o sigilo bancário de estimados 60 milhões de correntistas brasileiros graças a um acordo obscuro fechado, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, entre a Decidir.com e o Banco do Brasil, sob os auspícios do Banco Central. Nada foi feito, desde então, para se apurar esse fato gravíssimo, apesar de o então presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), ter oficiado o BC a respeito. Nada, nenhuma providência. Impunidade total.

Temer, atualmente, é candidato da vice na chapa da petista Dilma Rousseff, candidata do mesmo governo que, nos últimos dias, mobilizou o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, a Controladoria Geral da União e a Comissão de Ética Pública da Presidência da República para investigar uma outra denúncia, feita contra a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, publicada na revista Veja no mesmíssimo dia em que a Carta trazia a incrível história das Verônicas e a quebra de sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros.

Justíssima a preocupação do governo em responder à denúncia da Veja, até porque faz parte da rotina do Planalto fazer isso toda semana, desde 1º de janeiro de 2003. É quase um vício, por assim dizer. Mas por que não se moveu uma palha para se investigar as responsabilidades sobre, provavelmente, a maior quebra de sigilo do mundo ocorrida, vejam vocês, no Brasil de FHC? Que a mídia hegemônica não repercuta o caso é, para nós, da Carta, uma piada velha. Os muitos amigos que tenho em diversos veículos de comunicação Brasil afora me contam, entre constrangidos e divertidos, que é, simplesmente, proibido citar o nome da revista em qualquer um dos noticiários, assim como levantar a possibilidade, nas reuniões de pauta, de se repercutir quaisquer notícias publicadas no semanário do incontrolável Mino Carta. Então, vivemos essa situação surreal em que as matérias da CartaCapital têm enorme repercussão na internet e na blogosfera – onde a velha mídia, por sinal, é tratada como uma entidade golpista –, mas inexistem como notícias repercutíveis, definitivamente (e felizmente) excluídas do roteirinho Veja na sexta, Jornal Nacional no sábado e o resto de domingo a domingo, como se faz agora no caso de Erenice Guerra e a propina de 5 milhões de reais que, desaparecida do noticiário, pela impossibilidade de ser provada, transmutou-se num escândalo tardio de nepotismo.

Enquanto o governo mete-se em mais uma guerra de informações com a Veja e seus veículos co-irmãos, nem uma palha foi mexida para se averiguar a história das Verônicas S. e D., metidas que estão numa cabeludíssima denúncia de quebra de sigilo bancário, justamente quando uma delas, a filha de Serra, posava de vítima de quebra de sigilo fiscal por funcionários da Receita acusados de estar a serviço da campanha de Dilma Rousseff. Nem o Ministério da Justiça, nem a Polícia Federal, nem a CGU, nem Banco Central tomaram qualquer providência a respeito. Nenhum líder governista no Congresso deu as caras para convocar os suspeitos de terem facilitado a vida das Verônicas – os tucanos Pedro Malan e Armínio Fraga, por exemplo. Nada, nada.

Então, quando me perguntam o porquê de não haver repercussão das matérias da CartaCapital na velha mídia, eu respondo com facilidade: é proibido. Ponto final. Agora, se me perguntarem por que o governo, aliás, sistematicamente acusado de ter na Carta um veículo de apoio servil, não fazer nada para apurar a história da quebra de sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros, eu digo: não faço a menor idéia.

Talvez fosse melhor vocês mandarem e-mails para o Ministério da Justiça, a Polícia Federal, a CGU e o Banco Central.
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Serra prega censura a blogs

Por ter perdido mais uma batalha - na verdade, perdeu todas em que se envolveu nos últimos meses - o candidato da oposição a presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) prega, agora, insistente e abertamente, censura à internet. Ainda ontem, em sabatina na Ordem dos Advgoados do Brasil [OAB], voltou a atacar o que chama de "blogs sujos" - para ele todos os que são "ligados" à sua adversária na disputa presidencial, Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados).



O pretexto para esta nova campanha que Serra inicia é que, segundo ele, "estes blogs mantidos pelo governo ou pelo PT já apresentavam dados de Imposto de Renda de algumas das pessoas que depois se descobriu que tinham tido seus sigilos violados", dentre as quais o vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, o EJ.

A verdade é que Serra perdeu a batalha também na internet, apesar dos milhões que gastou. Ele montou toda uma equipe nesta área para nada. Passaram a perna nele, não apresentaram eficiência e os resultados são os que vê: ele continua a caminho da derrota na eleição de outubro. Dai esse seu arroubo de autoritarismo e saudades da ditadura - infelizmente, de novo com apoio da mídia - querendo censurar blogs.


Serra sabe quem divulgou violações e sigilos

Além de querer censurar os blogs, Serra quer se fazer de vítima. Se ele se julga caluniado, tem que recorrer à justiça. Esta é o foro adequado para quem o caluniou, ou aos demais tucanos, responder. Mas, nessa questão, Serra tem que cobrar mesmo é do Correio Braziliense, que divulgou a existência da investigação legal e de rotina que a Receita Federal fazia sobre EJ antes da quebra de seu sigilo, e da Folha de S.Paulo que denunciou a violação de seus dados.

Tem que cobrar estas histórias todas, também, do jornal Estado de Minas e de seu jornalista que teria sido encarregado de fazer dossiê contra o candidato a presidente tucano. O jornal mineiro, a exemplo do Correio Braziliense, é que tem estreitas ligações com o ex-governador tucano Aécio Neves, seu correligionário-rival de Serra.

O candidato tucano ao Planalto fica batendo nessa tecla de incriminar adversários para que? Ele sabe que não foram nem o PT, nem a campanha de Dilma que divulgaram a violação nem os dados do sigilo de EJ. E sabe que foram a Folha de S.Paulo e o Correio Braziliense.

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Operação Caribe

Amaury Ribeiro Júnior: Lança Nota de Esclarecimento sobre Operação Caribe 
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Ex-ouvidor denuncia que PSDB opera “central de espionagem”


Paiani afirma que esquema de espionagem tem, pelo menos, dois anos
Paiani afirma que esquema de espionagem tem, pelo menos, dois anos
AYRTON CENTENO
    O ex-ouvidor da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Adão Paiani, afirmou ontem que existe “uma central de espionagem” no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. Ele assegura que o sistema funciona há mais de dois anos como “uma política institucional” do Governo Yeda Crusius (PSDB) para “espionar adversários políticos”. Também serviria para “pressionar políticos que não se alinham com o governo, perseguir ex-integrantes do governo que tenham se rebelado com as práticas que ocorrem lá dentro”. As declarações do ex-ouvidor foram dadas ao site Sul21. 

    Paiani respondeu pela ouvidoria até maio de 2009, quando foi exonerado. Ele alega, aliás, ignorar por qual razão foi afastado. Seu nome é o primeiro nome da lista de 33 pessoas liberada pelo promotor de justiça, Amílcar Macedo, responsável pelo caso, que tiveram suas informações acessadas através do Sistema de Consultas Integradas, do Palácio Piratini. Entre as outras vítimas estão o ex-ministro Tarso Genro, candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, seu coordenador de campanha Flávio Koutzii, vários diretórios do PT, um senador, três deputados, além de outros políticos, advogados, jornalistas e policiais. O autor dos acessos está preso há uma semana. É o sargento César Rodrigues de Carvalho, funcionário da Casa Militar do governo tucano.
    Dois meses antes de sua saída, o então ouvidor comunicou à governadora o emprego irregular do sistema. A decisão ocorreu depois que recebeu denúncia anônima sobre o uso indevido do equipamento por Ricardo Lied, então chefe de gabinete de Yeda. Paiani soube que Lied aparecia em escutas telefônicas reportando-se a uma investigação irregular de um adversário político, o petista Luis Fernando Schimdt, candidato a prefeito do município de Lajeado. 
    Hoje, ele admite: “ingenuamente achei que ela não tinha conhecimento”. O ex-ouvidor garante que “tudo isto que está vindo à tona agora (…) é algo que eu já havia denunciado quando da minha saída do governo. São exatamente os mesmos agentes, as mesmas práticas. Nada mudou”.
    Paiani supõe até mesmo que o resultado da CPI da Corrupção, da Assembleia Legislativa – que averiguou a desaparição de R$ 344 milhões dos cofres estaduais  – teria sido atingido pelo monitoramento, que serviria para pressionar deputados.
    Na época, segundo Paiani, a governadora respondeu-lhe que iria mandar investigar o que estava acontecendo. Além de Yeda, a denúncia teria chegado também ao chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel e ao secretário da Transparência e da Probidade Administrativa, Francisco Luçardo. “E todos silenciaram”, relatou o ex-ouvidor.

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Bumerangue eleitoral

E mais este factóide de "sigilo fiscal" da filha do Serra, tem efeito bumerangue.
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Pela quebra generalizada de sigilos

Todo cidadão deveria ter acesso a evolução patrimonial dos seus representantes no legislativo, executivo e judiciário. E também dos funcionários públicos que ocupem cargos de confiança.

 Ao que tudo indica, o debate eleitoral acabou. De hoje até o final de setembro, a campanha tende a ser apenas uma gestão e exploração de escândalos e crises.
Nesse sentido, esta deve repetir o que foi o final da eleição de 2006.
Todos os analistas insistiam que apenas um fato novo poderia mudar as tendências eleitorais. Como sempre, o fato novo não poderia ser outra coisa que um escândalo. Velho fato novo.
No entanto, seria interessante aproveitar tais escândalos para colocar na pauta do debate reformas efetivas de práticas de governo.
Em um país onde os casos de corrupção têm a característica bizarra de envolver sistematicamente partidos de situação e oposição, é difícil acreditar que alguém esteja efetivamente interessado em propor novas práticas.
Veja o paradigmático caso do mensalão. O PT resolve aproveitar-se de um esquema de financiamento de campanhas e compra de deputados criado no governo anterior e envolvendo diretamente o então presidente do PSDB.
A sociedade descobre, assim, que nenhum consórcio governista funciona neste país sem tal tipo de prática. Ou seja, estamos diante de um grave problema de funcionamento institucional do sistema político brasileiro.
No entanto, as propostas para reverter tal quadro, como financiamento público de campanhas e fim de contratos de governos com agências de publicidade, não foram realmente encampadas por ninguém.
Agora temos o escândalo da quebra de sigilo de ex-membros do primeiro escalão do governo FHC envolvidos com a privatização, além de parentes do candidato oposicionista.
Para além da necessidade inquestionável de punir o crime, deveríamos aproveitar a situação para propor algo que pudesse acabar de vez com dossiês dessa natureza: a abertura do sigilo fiscal de todos aqueles que ocuparam o primeiro escalão do governo federal.
Membros do primeiro escalão são pessoas que gerem bens públicos, responsáveis por processos onde o dinheiro público está sempre presente.
Por isso a sociedade tem o direito de saber como tais pessoas entraram no governo, como elas saíram e como foi a evolução patrimonial de seus anos subsequentes.
Elas não são mais pessoas privadas. A partir do momento que se responsabilizaram pelo uso do dinheiro público, elas se transformaram em pessoas públicas.
Todo eleitor deveria poder acessar, pela internet, a evolução patrimonial de pessoas como José Dirceu, Eduardo Jorge, Luiz Gushiken, Mendonça de Barros e qualquer outro que ocupou cargos de primeiro escalão.
Não porque eles são suspeitos de algo, mas porque a gestão do bem público exige transparência absoluta das pessoas privadas, a vigilância efetiva e constante da sociedade civil em relação àqueles que gerem o Estado.
Assim seríamos, entre outras coisas, poupados da atual situação de parar um debate eleitoral por causa de um dossiê a respeito do qual nem sequer sabemos o conteúdo.

VLADIMIR SAFATLE 
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José Serra é um desastre

José Serra poderia sair desta campanha eleitoral apenas com uma derrota. Afinal, todos nós sabemos que não é nada fácil enfrentar uma candidata que tem o patrocínio de um governo que tem mais de 80% de apoio popular.  Perder uma eleição, nestas condições, seria algo normal a qualquer político.
Mas Serra fez algo impensável. Descredenciou-se perante o próprio eleitorado que, normalmente, acompanha os candidatos conservadores, sobretudo nas classes média e média-alta.
Terá uma votação pífia, impensável para um candidato que, ninguém pode negar, tinha uma sólida base no maior eleitorado do país, o de São Paulo, que corresponde a nada menos que um quarto de todos os eleitores do país.
Vai arrastar para o fundo os seus aliados mais bem posicionados, como Geraldo Alckmin e Beto Richa no Paraná. Aécio escapará porque está claro que é um adversário – sob os salamaleques da formalidade partidária – um adversário de Serra. No próprio Rio de Janeiro, está acontecendo o que era, faz pouco, impensável: Cesar Maia não se elegerá ao Senado.
Serra é também um homem cuja falta de escrúpulos está se prestando a que uma imprensa inescrupulosa tente colocar – sem êxito, aliás – a campanha a um nível de caso de polícia. A falta de Norte de sua campanha, movida à base de factóides e agressões, alimenta o golpismo e a falta de ética dos grandes veículos de comunicação.
Fez com que, como poucas vezes na história brasileira, o partidarismo e o engajamento conservador e antipopular da grande mídia ficasse evidente.
Serra transformou a campanha em uma guerra suja. Muito mais que atirar lama nas pessoas, ao tornar-se – como disse ontem Dilma – um caluniador, fez a lama espalhar-se no seu campo político. Estar com Serra, eleitoralmente, não é algo que o eleitor possa achar irrelevante. É uma maldição.
Esconder FHC não lhe adiantou. Ele próprio é uma imagem mais dantesca.
Serra é um desastre.
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Cotidiano

O povo entende. Quem não entende são os tucademospigolpistas de plantão. E insistem com estes factóides idiotas.

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Companheir@s blogueir@s, Boa tarde! Tudo bom?

Amanhã, domingo (12), é dia de debate televisivo com Dilma, pela Rede TV!. Vamos fazer aquela tradicional divulgação e cobertura colaborativa?

A equipe da #dilmanarede estará em Osasco, na sede da emissora, e trará todas as informações de bastidores. Acompanhe pelo site e pelo Twitter @dilmanarede. Também vamos transmiti-lo em tempo real no mesmo canal de sempre (canal #dilmanarede) e por meio do código de incorporação. Fiquem a vontade para transmitir também!

O debate da Rede TV! começa a partir das 21h, e é realizado em parceria com a Folha de S.Paulo. Também participarão os candidatos José Serra, Marina Silva e Plínio de Arruda. Será dividido em cinco blocos, sendo três com perguntas entre os candidatos e outros dois com questionamentos de jornalistas.

Comício
Na segunda-feira (13), nossa candidata e Lula participarão de um grande comício em Joinville (SC). O ato será às 19h30, na Praça Dário Salles - Centro. Desta vez, a transmissão será pelo canal de eventos - canal ao vivo. Fiquem a vontade para transmitir este também!

Contamos com vocês! Falem o que pensam, mostrem seu apoio e desejo por um País melhor...Contribuam para uma cobertura democrática! ;)

Carta Capital
Vocês viram a matéria de capa da Carta Capital desta semana? 
Do Boca no Trombone: 
Um abraço,
Paulo.

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Sigilo Fiscal - Verônica Serra em apuros

A revista CartaCapital que está nas bancas nesta semana traz reportagem de Leandro Fortes que vai colocar em apuros o tucano José Serra. Segundo a reportagem, baseada em documentos oficiais, por 15 dias no ano de 2001, no governo FHC/Serra a empresa Decidir.com abriu o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros. A Decidir.com é o resultado da sociedade, em Miami, da filha de Serra, Verônica Serra,  com a irmã de Daniel Dantas. Veja abaixo a reportagem de CartaCapital.

Extinta empresa de Verônica Serra expôs os dados bancários de 60 milhões de brasileiros obtidos em acordo questionável com o governo FHC
Em 30 de janeiro de 2001, o peemedebista Michel Temer, então presidente da Câmara dos Deputados, enviou um ofício ao Banco Central, comandado à época pelo economista Armínio Fraga. Queria explicações sobre um caso escabroso. Naquele mesmo mês, por cerca de 20 dias, os dados de quase 60 milhões de correntistas brasileiros haviam ficado expostos à visitação pública na internet, no que é, provavelmente uma das maiores quebras de sigilo bancário da história do País. O site responsável pelo crime, filial brasileira de uma empresa argentina, se chamava Decidir.com e, curiosamente, tinha registro em Miami, nos Estados Unidos, em nome de seis sócios. Dois deles eram empresárias brasileiras: Verônica Allende Serra e Verônica Dantas Rodenburg.
Ironia do destino, a advogada Verônica Serra, 41 anos, é hoje a principal estrela da campanha política do pai, José Serra, justamente por ser vítima de uma ainda mal explicada quebra de sigilo fiscal cometida por funcionários da Receita Federal. A violação dos dados de Verônica tem sido extensamente explorada na campanha eleitoral. Serra acusou diretamente Dilma Rousseff de responsabilidade pelo crime, embora tenha abrandado o discurso nos últimos dias. Continua>>>

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Sigilo Fiscal - Monstruosa armação

    O filme “A Vila” não é lá grande coisa, mas seu cenário é cheio de metáforas: um lugarejo de onde ninguém ousa sair por medo de monstros que habitariam a floresta que o cerca. Alguém disse que os monstros existem, mas eles nunca foram vistos e ninguém tem coragem de procurar a verdade.
    Há exatos três meses, em 12 de junho, o maior jornal do país publicou uma notícia que, embora não citasse nenhuma fonte, era taxativa: um “grupo de inteligência” do comitê eleitoral de Dilma Rousseff usara dados fiscais sigilosos do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, na montagem de um dossiê contra José Serra. Descobriu-se depois que outros sigilos teriam sido quebrados – da filha de Serra, do genro dele, de mais dois tucanos de alta plumagem – e ficou estabelecido a partir daí, como fato incontestável, que todos os dados acabaram fazendo parte do mesmo dossiê.
    Assim como as feras da floresta de “A Vila”, os monstros que habitariam o submundo da campanha de Dilma nunca foram vistos em ação. Não há provas de que algum crime tenha sido cometido. Não há sequer indícios de que alguma ação clandestina tenha sido praticada. E praticamente ninguém teve coragem de procurar a verdade.
    Até que…
    A própria Folha de S. Paulo, autora da denúncia, publicou ontem, sexta-feira, uma notícia que desmente, uma por uma, suas acusações.
    Depois de 90 dias em que tratou todas as contestações de Dilma e do PT com arrogância, a Folha confessa, em texto sem assinatura, produzido pela sucursal de Brasília: o comitê de Dilma não produziu um dossiê; apenas teve acesso a um dossiê feito pelo PT de São Paulo há cinco anos. Trata-se, na verdade, de uma papelada de cem páginas escrita pelo partido para solicitar que o Ministério Público e a Procuradoria da República investigassem possíveis irregularidades em privatizações tucanas, que poderiam ter beneficiado José Serra, sua filha e seu genro.
    A Folha informa que o material que teria sido produzido pelo suposto “grupo de inteligência” da campanha de Dilma “é idêntico ao que o partido havia encaminhado cinco anos antes ao MP”. O jornal ainda confessa que as cem páginas produzidas pelo PT paulista resultam “de pesquisa em cartórios de registros de documentos, na Junta Comercial de São Paulo e em sites na internet”. E mais: reconhece que “não há nesse lote de papéis indício de quebra de sigilo bancário ou fiscal”.
    Não há monstros na floresta. Apenas mentira e medo para assustar os moradores da vila.
    A Folha não se retrata. Limita-se a noticiar “naturalmente” que mentiu. Durante 90 dias todos os grandes jornais e revistas adotaram as acusações da Folha como postulado e ponto de partida para a cobertura dos vazamentos de dados da Receita. Nos últimos 20 dias, praticamente não se falou em outra coisa, inclusive no Jornal Nacional, que tem dedicado blocos inteiros ao assunto.
   Alguém vai pagar por isso?
   No momento, quem paga é o eleitor, privado de informações isentas da imprensa. No dia 3 de outubro, a conta pode ser jogada na mesa da oposição. E a vila toda poderá, enfim, passear livremente na floresta. Sem medo.

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Tentativa de manipulação eleitoral

“Apesar da cobertura intensa que TVs, rádios, revistas e jornais têm feito do escândalo da Receita, José Serra encontrou um jeito de dizer, na segunda-feira, que parte da imprensa ainda não havia percebido a sua gravidade, mais preocupada com os efeitos eleitorais do episódio do que com a violação dos sigilos, ela mesma. Bem…
Foi José Serra quem transformou o caso na peça de resistência de sua campanha. E isso tem menos a ver com a gravidade do delito (que é real) do que com o sufoco da candidatura tucana (igualmente real)”
. (Fernando de Barros e Silva – Folha SP).
O articulista da Folha tem razão em afirmar que Serra transformou a questão do sigilo em instrumento para tentar aliviar o sufoco de sua candidatura. José Serra tem razão em dizer que a imprensa esta mais interessada nos efeitos eleitorais, que na quebra do sigilo. Ambos têm razão, porque estão dizendo de fato e fazendo a mesma coisa. Continua>>>
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A maior quebra de sigilos do mundo

Você saiba quem praticou?..
Quem foi a [in] responsável?...
De quem a dita suja é filha?...

A revista CartaCapital que está nas bancas traz reportagem de Leandro Fortes que vai calar o Zé Baixaria e seus auto-falantes do PiG (*).

Por 15 dias no ano de 2001, no governo FHC/Serra a empresa Decidir.com abriu o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros.

É isso mesmo o que o amigo navegante leu: a filha de Serra abriu o sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros por 15 dias durante o governo FHC/Serra.

A Decidir.com é o resultado da sociedade, em Miami, da filha de Serra com a irmã de Daniel Dantas. 

Veja aqui a prova da associação com documentos do Estado da Flórida, nos Estados Unidos.

O primeiro “plano de negócios” da empresa era assessorar licitações públicas.

Imagine, amigo navegante, assessorar concorrências !

A certa altura, em 2001, a empresa resolveu ser uma concorrente da Serasa.

Fez um acordo com o Banco do Brasil e através disso conseguiu abrir sigilos bancários.

O notável empreendimento de Miami conseguiu também a proeza de abrir e divulgar a lista negra do Banco Central.

O intrépido jornalismo da Folha (**) fez uma reportagem sobre o assunto, mas motivos que este ordinário blogueiro não consegue imaginar, omitiu o nome da empresa responsável pelo crime.

A Folha (**) abriu ela própria o sigilo de 700 autoridades que passaram cheques sem fundo.

O então presidente da CÂmara Michel Temer oficial o Banco Central.

E, a partir daí, operou-se um tucânico abafa.

O Banco Central não fez nada.

A Polícia Federal não fez nada.

O Ministério da Fazenda não fez nada.

O Procurador Geral da República não fez nada.

Faltava pouco para a eleição presidencial de 2002, quando José Serra tomou a surra de 61% a 39%.

A filha dele largou a empresa, provavelmente em nome dos mais altos princípios da Moral.

Mino Carta tem a propriedade de publicar reportagens que equivalem a tiro de misericórdia.

Quando dirigia a revista Isto É, publicou a entrevista do motorista que implodiu o governo Collor.

Agora, ele e Leandro, processados por Gilmar Dantas (***), dão o tiro de misericórdia na hipocrisia dos tucanos paulistas.

A partir desta edição da CartaCapital, a expressão “violar o sigilo” passa a ser uma forma de ofensa à memória dos brasileiros.


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Serra - Factóides, baixarias e falsidades

A tríade baixo nível que relaciono no título acima, também relacionada em entrevista por nossa candidata, Dilma Rousseff (governo-PT-partidos aliados), constitui as principais marcas da campanha dos tucanos e da oposição a Presidência da República. Principal alvo dessas baixarias, Dilma, deixou claro estar cansada disso tudo mas ofereceu uma garantia: nada disso a fará "descer o nível" da campanha. Excelente esta sua determinação porque tudo indica que vamos assim até o dia da eleição.





Ainda ontem, um debate entre presidenciáveis, do qual participou o candidato da oposição, José Serra (PSDB-DEM-PPS) mostrou que ele não está disposto a mudar esta sua estratégia, até porque não tem outra e nem propostas, projeto e rumos a oferecer ao país.





Mesmo que a Dilma tenha razão num ponto: este factóide de quebra de sigilos tão explorado pela oposição já devia ter sido sepultado há mais de uma semana, desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) arquivou o pedido de cassação do registro de sua candidatura apresentado por Serra e pela coligação de direita que o apoia.





Forjam escândalos porque só tem eles para sobreviver


Mas, na falta do que apresentar e discutir com os brasileiros, a oposição continua a alimentar este - e outros que ainda vai forjar - escândalo da violação de sigilos. O mais recente capítulo da trama é o anúncio da advogada de Eduardo Jorge (vice-presidente nacional do PSDB) de que houve acesso, também, aos dados cadastrais do empresário Alexandre Bourgeois, genro de Serra.





Aí, só há uma resposta e ela já foi dada pelo presidente nacional do PT, ex-senador José Eduardo Dutra: estas quebras de sigilos (não houve no caso do genro, informa o Ministério da Fazenda) são crimes comuns e não políticos, portanto, casos de polícia.





“Tem um salto gigantesco entre os vazamentos na Receita e a minha campanha. E o TSE já reconheceu isso”, afirmou a candidata petista ao destacar que a decisão do TSE de arquivar representação contra ela mostra que não há como vincular o caso da quebra de sigilos com sua campanha, nem como transformar este crime comum em crime político, como forçam os tucanos.





“Em 2009, em setembro, abril, ou outubro, não existiam campanha nem pré-campanha, candidatura nem pré-candidatura”, completou Dilma. Naquele período, lembro, o que se desenrolava, sim, era o auge da disputa interna no PSDB para ser candidato a presidente entre Serra e seu companheiro tucano governador de Minas, Aécio Neves. É o período, também, em que se fala da preparação de um dossiê contra Serra, por um repórter vinculado a um jornal de Minas, que sempre apoiou Aécio.
Zé Dirceu

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Sigilo não afetará cenário de vitória para Dilma,dizem analistas

Por Carmen Munari
As revelações são diárias e ocupam as manchetes dos principais jornais do país. Mesmo assim, analistas prevêem que as denúncias envolvendo quebra de sigilo fiscal de pessoas próximas ao presidenciável José Serra (PSDB) terão pouco ou nenhum impacto no rumo da eleição, que tende à vitória em primeiro turno de Dilma Rousseff (PT).
Os argumentos de especialistas convergem. O tema é pessoal, de difícil entendimento, sem nenhuma materialização e sem força para alterar o quadro eleitoral.
"Esse escândalo é fraco e não tem impressão digital clara", disse à Reuters Carlos Ranulfo cientista político e professor da Universidade Federal de Minas Gerais.
O reflexo nas pesquisas de intenção de voto não se fez sentir. O caso teve início em junho, com um pico há dez dias, quando a filha de Serra também foi envolvida nas denúncias. Levantamentos do Ibope e do Datafolha passaram incólume.
Realizado entre 31 de agosto e 2 de setembro, o Ibope manteve o quadro em que Dilma alcança 51 por cento das intenções de voto e Serra, 27 por cento. O resultado é idêntico ao da sondagem realizada no período anterior, de 24 a 28 de agosto.
No Datafolha, a petista foi de 49 por cento para 50 por cento e o tucano passou de 29 por cento para 28 por cento. No levantamento dos dias 2 e 3 de setembro, as oscilações ficaram dentro da margem de erro.
E na medição do tracking do Vox Populi realizada na terça-feira, Dilma variou de 56 por cento para 54 por cento em relação à véspera, dentro da margem de erro, enquanto Serra manteve os mesmos 21 por cento.
A pesquisa, publicada diariamente pelo portal iG, ouve 500 eleitores a cada dia. A amostra é totalmente renovada a cada quatro dias, quando são totalizados 2.000 entrevistados.
"Não mudou nada. O assunto é complicado para a maioria do eleitorado e muita gente nem declaração de Imposto de Renda faz", disse Marcia Cavallari, diretora-executiva do Ibope, justificando a falta de compreensão do eleitorado em relação ao vazamento de dados fiscais.
"As pessoas podem achar que faz parte do desespero (dos tucanos)", afirmou Marcia, a 24 dias do primeiro turno.
A executiva acredita que poderá haver algum impacto no eleitor de alta renda e com instrução superior, que pode se sentir desprotegido em relação a seus dados na Receita Federal, mas por enquanto os dois candidatos estão próximos nestes segmentos.
As próximas pesquisas devem atestar o que preveem os analistas. O Ibope, por exemplo, vai produzir três pesquisas eleitorais para presidente antes do primeiro turno. Uma por semana.
O cientista político Alberto Carlos Almeida, autor do livro "A Cabeça do Eleitor", acredita que as denúncias são marginais ao cenário nacional. "Não vai afetar, não vai virar nada."
Em 2006, conta, o escândalo dos aloprados, com visibilidade bem maior, não fez o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva cair nas pesquisas. Alckmin é que subiu, atraindo os votos em branco e de indecisos, analisou. E no final Lula levou.
Para Almeida, a alta aprovação do governo Lula, o entendimento do eleitor de que Dilma vai lhe dar maior capacidade de consumo e o crescimento da economia de 7 por cento este ano vão eleger a candidata do governo. "É isso, o eleitor quer uma sensação de bem-estar."
Carlos Ranulfo lembra que no caso da tentativa de compra de um dossiê em 2006 houve prisões enquanto essa quebra de sigilo atual não aparenta ter sido usada para nada. "Não tem consequência nenhuma." Há quatro anos, dado o espectro do escândalo dos aloprados, a eleição, prevista para terminar no primeiro, foi ao segundo turno.

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