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Diferença abismal

Na foto abaixo vemos a alegria criminosa dos tucademos doando o patrimônio público
Na foto acima vemos a alegria virtuosa de nacionalistas valorizando o patrimônio público. E não é por acaso que esta foto ficou embaixo da outra. É para mostrar a diferença absoluta entre os dois modelos e momentos.   Para ver a corja dilapidando nossas riquezas temos de fazer como eles faziam, baixar a cabeça. Para ver Lula e companheiros lapidando uma riqueza nossa [petrobras, pré-sal], temos de erguer a cabeça. Assim como o Brasil faz diante do mundo. Com orgulho erguemos nossas cabeças para valorizar a Naçao. Mas, sem a soberba daqueles que tudo sabem, que tudo tem e que desprezam nossa riqueza maior, que é o orgulho de ser brasileiro, de ser povo.
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Vargas vivo; FHC enterrado

Petrobrás é a segunda maior do mundo; e os tucanos queriam desmontar a empresa



O estadista de São Borja está vivo; o tucanismo, morto e enterrado
FHC queria enterrar a Era Vargas. Foi o que disse num discurso histórico no Senado em 1994, pouco antes de tomar posse para o primeiro mandato na presidência da República.
Depois, um dos ideólogos do tucanismo, o ministro Sergio Mota (aquele que dizia: “os tucanos tem um projeto de 20 anos de poder”) anunciou que era preciso “desmontar, osso por osso” a Petrobras – a empresa, segundo ele, era um “paquiderme”.
Hoje, o Brasil anuncia que a Petrobras é a segunda maior empresa do Mundo. A captação de 120 bilhões de reais, com lançamento de novas ações no mercado, foi a maior da história. Prestem atenção: maior captação de recursos da história no mercado mundial!
Além disso, com a engenhosa operação planejada pelo governo Lula, a União pode passar a deter mais de 50% das ações da Petrobrás.
Com o sucesso da Petrobrás, o Brasil mostra ao mundo a força de sua economia; e mostra que o Estado tem – sim – papel fundamental no desenvolvimento, sobretudo em economias que tentam sair da periferia para entrar no centro do jogo econômico mundial.
Ano passado, o Brasil já tinha enfrentado a crise mundial com a força do BNDES – outra criação de Vargas. Agora, a Petrobras vira uma gigante quase do tamanho da Exxon (EUA).
Como já escrevi aqui, tem um caráter simbólico o fato de a provável sucessora de Lula ser uma ex-militante do PDT, formada na tradição do brizolismo e do trabalhismo de esquerda.
A eleição de Dilma significa o reencontro do PT com Vargas. Mais que isso, significa o reencontro do Brasil com a melhor herança do varguismo: defesa do Estado, distribuição de renda, direitos trabalhistas e nacionalismo econômico.
O resto é UDN, é entreguismo, é tucanismo dos anos 90. 
Tenho a leve impressão que o estadista gaúcho ganhou essa parada. Enterrado há 56 anos em São Borja, Vargas segue mais vivo do que nunca. Foi o Brasil que enterrou a era FHC.

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O verdadeiro mapa do tesouro não leva a Mauá

Prestem atenção nesse trecho de uma reportagem assinada por Amaury Ribeiro Junior:
“Spencer concentrava seus negócios caribenhos na caixa postal 662 do Edifício Citco, em Road Town, nas Ilhas Virgens, endereço do escritório da Citco, especializado na abertura de empresas offshore.”
David Eric Spencer é um advogado dos EUA que prestava serviços a Ricardo Sérgio - tucano que atua nos bastidores, foi diretor do Banco do Brasil no governo FHC, durante as privatizações, e é muito próximo a Serra. A reportagem acima é de 2003 e foi publicada pela revista Istoé.
Foi naquela época que Amaury começou a investigar a barafunda financeira do tucanato. Dinheiro que vai, dinheiro que vem. Genro, filha… As seguidas reportagens renderam um processo de Ricardo Sérgio contra Amaury. O jornalista pediu “exceção de verdade” (quando o sujeito que é processado por calúnia pede para provar que a afirmação feita é verdadeira), e foi no âmbito dessa ação que Amaury ganhou o direito de acessar a ampla documentação recolhida pela CPI do Banestado – documentação que o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) guardava a sete chaves.
Foi a partir dessa documentação que Amaury recolheu o grosso do material que integrará seu livro sobre as privatizações tucanas e os estranhos caminhos do dinheiro. Amaury saiu da Istoé, rodou por aí. Trabalhou no “Estado de Minas”, sempre coletando rico (!) material sobre as peripécias financeiras que ligam São Paulo, Buenos Aires, Miami, Nova York e as Ilhas Virgens.
Os segredos de Verônica Serra e do genro de Serra (no país da piada pronta, o cara tinha que ter esse nome: Alexandre Bourgeois – Alexandre Burguês) não estão nas declarações de Imposto de Renda que vazaram no ABC paulista. O vazamento, se de fato ocorreu, é criminoso. E deve ser investigado. Mas o importante não é o que está nos documentos de Mauá ou Santo André, e sim o que aparece nas empresas registradas nas Ilhas Virgens.
O mapa da mina (ou o mapa de Minas?) aponta pra lá!

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Não eram contra?

Quer dizer que os tucanos não eram contrários ao Bolsa Família e não o consideravam uma esmola que humilhava quem o recebia? Quer dizer que Lula não estava errado em aumentar o salário mínimo, o que FHC não quis fazer para não quebrar o Brasil, pela terceira vez? Por que pelas duas falências, ele foi o único responsável.

Ninguém contra
É fantástico o prestígio eleitoral de Lula. Nem os maiores beneficiários das bandalheiras das privatizações, nem os oposicionistas mais histéricos lhe fazem críticas, no palanque eleitoral. Por isso, até os que batiam nele, agora o elogiam ou então silenciam seus reparos. E aquele ar de desprezo com que falavam do operário nordestino que ia fracassar na Presidência por não ser sociólogo nem saber vários idiomas estrangeiros para contar anedotas e fazer rir os estadistas dos países ricos, cadê?
Tão fascinante quanto nebuloso, segue o debate sobre o que há de ruptura ou continuidade no governo Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao de Fernando Henrique Cardoso. Neste fim de semana FHC voltou ao tema, com a bem humorada expressão “marca original do fabricante”. 

FHC tem razão quando reivindica não ter havido no governo Lula mudança relevante na arquitetura institucional, especialmente nos mecanismos econômicos. 

Segue firme o tripé responsabilidade fiscal, metas de inflação e câmbio flutuante (este último, meio de mentirinha). Vão intactos o esqueleto das agências reguladoras e as normas de como regular. E de tempos em tempos o Comitê de Política Monetária define autonomamente a taxa básica de juros. 

Mesmo em relação às privatizações, a crítica do PT ao PSDB é essencialmente propagandística. O governo do PT não reestatizou nenhuma das empresas privatizadas por FHC. Esse é um fato. Nem tomou, uma vez no poder, qualquer iniciativa para que se investigasse a venda das estatais no governo tucano. Esse é outro fato. 

Fez assim por estar convicto ou por ser mais conveniente? Mas a colocação de tal dúvida apenas reforçaria outra tese oposicionista: o PT está disposto a abrir mão de toda convicção, ou mesmo da defesa dos legítimos interesses nacionais, desde que haja conveniência. 

Teorias à parte, é mesmo curioso que o PT não tenha tocado no assunto das privatizações, a não ser para constranger a oposição. Um argumento possível é o batido “vamos olhar para adiante, e não para trás”, mas ele é raso. Todo governo tem obrigação de corrigir o que encontra de errado ao assumir. Aliás, essa é uma das razões de o eleitor votar na oposição. 

A não ser que falte força para tanto. Mas daí decorre outra suposição: se alguém deixa de fazer algo hoje só por debilidade política, é razoável supor que o fará quando reunir as energias suficientes. 

O PT tornou-se o maior e mais forte partido brasileiro. Uma vez no governo, mostrou-se competente para levar o país a crescer algo mais que antes, ampliou os programas sociais, deu uma bela turbinada no salário mínimo e no crédito. E tem Lula, o comunicador. 

Em condições tão favoráveis, seria ingenuidade o partido embrenhar-se agora pelo debate ideológico, programático. Muito mais inteligente é o que está fazendo. Pergunta a toda hora “se a situação está boa, por que mudar?”. 

Mas aqui aparece a curiosidade do jornalista. Qual é hoje a ideia estratégica do PT para a sociedade brasileira? E para a economia brasileira? O que o partido deseja alterar na arquitetura institucional para o Brasil transformar-se numa nação como o PT acha que deve ser? Nada? 

Fala-se da reforma política e da tributária. É um debate empobrecedor. A primeira tende a resumir-se ao voto em lista fechada (preordenada pelos partidos) e ao financiamento exclusivamente público das campanhas eleitorais. A segunda vai concentrar-se na supressão da guerra fiscal pelos estados. 

É só isso mesmo? Então seria forçoso reconhecer que a proposta estratégica do PT se reduziu à “administração das coisas”. Governar de modo a incrementar a renda nacional e a distribuição dela, o que aparentemente (dizem os fatos do governo petista) seria possível sem rupturas no plano da propriedade e da democracia representativa (uma redundância). 

Disse lá no começo que o debate é fascinante. Pois a lógica leva a concluir que a principal distinção entre PSDB e PT seria então gerencial. Com vantagem aparente para o segundo (dados os resultados). Discorda dessa redução? Então diga uma lei aprovada por FHC, das importantes, que o PT no poder mudou. 

Claro que “gerencial” não pode ser tomado só pelo valor de face. Diferenças gerenciais costumam ter origem na política. Lula não apenas continuou os programas sociais de FHC, mas investiu neles um tanto que representou mudança de patamar. Haveria outros exemplos. 

Mas todos quantitativos, no que a expressão é específica. 

Ou esta coluna pode estar completamente na contramão. O Brasil com que sonha o PT será institucionalmente diferente do atual? Quem pode esclarecer? A candidata Dilma Rousseff.

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Privatizar é do DNA tucano e Serra é seu representante

Semana passada postei aqui entrevista de Fernando Henrique Cardoso à Veja em que ele dizia que José Serra foi quem mais se empenhou para a privatização da Vale. E no domingo, o ex-presidente concedeu entrevista à Marília Gabriela, na qual louvou a privatização da maior mineradora do país (veja vídeo). Não resta dúvida que é assim que pensam os tucanos e o que falta a Serra é falar isso abertamente em sua campanha, e não ficar de trololó inventando histórias para acusar Dilma e o PT.
Os tucanos foram e são privatistas e sua visão de economia é de que o mercado resolve as coisas melhor do que o Estado. Serra vendeu empresas enquanto ministro influente do governo FHC e continuou vendendo como governador de São Paulo. Sorte é que foi o Banco do Brasil que comprou a Nossa Caixa, do governo de São Paulo, senão era mais uma instituição pública que acabaria em mãos privadas.
Em sua mais recente entrevista, Fernando Henrique Cardoso revela claramente como os tucanos vêem o que consideram ganhos da privatização. Para acusar Lula e os que hoje estão no governo, disse que foram contra a privatização da Vale do Rio Doce, que hoje é “sucesso absoluto”. Sucesso para quem, cara pálida? Certamente para os acionistas da empresa e não para o povo brasileiro, já que mostrei no mesmo post  que em apenas três meses a Vale lucra mais do que o preço de banana por que foi vendida.
FHC louva a venda de nossa maior mineradora e uma das grandes empresas do mundo pelo fato de o governo estar recebendo dela “mais impostos do que jamais recebeu”. Como sempre, a visão tucana é monetária. Mesmo que se considere que política pública se faz com a arrecadação de impostos, uma empresa como a Vale ou a Petrobras também funciona estrategicamente para o país. Se fosse do governo, a Vale não compraria navios no exterior, como fez recentemente, no momento em que o país recupera sua indústria naval.
Aliás, tal recuperação só foi possível através das compras da Petrobras, que Lula determinou que fossem feitas majoritariamente no país, ao contrário de Fernando Henrique, que deixava a empresa funcionar voltada exclusivamente para seus lucros, ignorando a realidade brasileira. Durante os anos FHC, a Petrobras comprou todas as suas plataformas no exterior, deixando a indústria naval, forte geradora de empregos, à míngua.
FHC diz que os integrantes do atual governo também foram contra “o que fizemos com o petróleo, que deu no pré-sal, uma descoberta feita a partir de uma área em leilão público”. É preciso corrigir o ex-presidente, porque o vício da mentira parece ser contagioso nas hostes tucanas. O pré-sal foi uma descoberta da Petrobras, uma empresa que se manteve pública e pujante, provando que não existia contradição nisso. O governo de FHC e de Serra planejaram privatizar a Petrobras, como fizeram com a Vale, e tentaram rebatizá-la de Petrobrax para ficar com nome mais internacional e palatável aos futuros compradores.
É por isso que não adianta ficar colocando bonezinho com o nome das empresas públicas, como Geraldo Alckmin fez melancolicamente durante a campanha presidencial de 2006, porque a sanha privatista está no DNA tucano. E Serra é seu atual representante para tentar recuperar essa política de entrega dos bens públicos, interrompida há oito anos, com a primeira eleição de Lula, não por acaso dando início à maior fase de crescimento do país nos últimos tempos.

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Em 3 meses Vale lucra mais do que o valor que custou

O dia em que este país for, [de novo] do povo brasileiro, ao menos a memória dos homens que entregaram, de mão beijada, a imensa riqueza do povo brasileiro representada pela Vale vai fazer companhia à de Joaquim Silvério dos Reis na galeria dos grandes traidores da brasilidade.


Saiu agora á noite o resultado semestral da Vale e só no segundo trimestre do ano ela deu lucros líquidos – líquidos! – de R$ 6,63 bilhões ou US$ 3,75 bilhões.

O valor é mais que os US 3,3 bilhões pelos quais ela foi vendida pelo Governo Fernando Henrique Cardoso.


Tentei, inutilmente, nesta legislatura, abrir uma CPI sobre esta privatização criminosa.

Se conseguir ser eleito, voltarei à carga no ano que vem. E no outro, e no outro e no outro e enquanto eu puder.


Posto aqui embaixo um video, da insuspeita Veja, para que todos saibam, da boca do próprio Fernando Henrique Cardoso, quem foi o grande incentivador deste crime de lesa-pátria.
do Tijolaço

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A água é um direito humano inalienável

O presidente boliviano Evo Morales, com sua sensibilidade indígena e profundo sentido dos elementos da natureza,  deu um xeque-mate na ONU ao apresentar um projeto para que o acesso à água seja declarado um direito humano. O argumento irrespondível foi simples como a jogada mortal do xadrez: Se um dos Objetivos do Milênio para 2015 é a dotação de água potável e saneamento em todo o mundo, como atingi-lo sem declarar a água como um direito humano inalienável.
Evo usou não apenas sua habilidade de enxadrista, que enfrentou mês passado o ex-campeão mundial Anatoly Karpov, como a prórpia experiência boliviana. Em 1999, a empresa norte-americana Bechtel assinou contrato com então governo boliviano do general Hugo Banzer para privatizar a água em Cochabamba, a terceira cidade da Bolívia. Com a privatização, veio o aumento do preço da água que chegou a quase 180%. A conta de água chegou a 20 dólares por mês num local em que o salário mínimo era inferior a 100 dólares mensais.
Os camponeses se levantaram, cercaram a cidade e após idas e vindas, com prisões, assassinatos e censura, a Bechtel foi expulsa do país e o controle da água retomado pela população. Um dos lemas dos bolivianos à época era “a água é um presente de Deus e não uma mercadoria.”
Estima-se que mais de um bilhão de pessoas, principalmente no mundo em desenvolvimento, não têm acesso à água, e o Banco Mundial prevê que dois terços da população mundial sofrerá com a falta de água em 2025. A privatização da água agrava este quadro de exclusão.
Evo Morales, o índio que a elite boliviana e sul-americana tenta apresentar como incapaz, revela sua grandeza ao estender sua precupação para o mundo. “Em alguns países, infelizmente, a água está como um direito e negócio privado, quando deveria ser de serviço público… Sem água não podemos viver”, disse Evo quando apresentou seu projeto hoje, em La Paz.
A proposta de Evo merece se tornar bandeira de todos nós que estamos comprometidos com o ser humano e o bem estar social. A privatização dos recursos hidricos é um crime que não podemos tolerar.
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Sanções contra o Irã: uma obsessão em cinco atos e um poema

Primeiro ato 
No início de seu primeiro mandato, FHC enfrentou um dilema. Para honrar a sua recente conversão ao Consenso de Washington, precisava vender empresas estatais e juntar dinheiro para pagar os juros sobre a dívida que iria acumular rapidamente com os bancos que pagavam o salário dos economistas que tinham inventado o seu novo credo. Queria começar por dar empresas lucrativas como a Petrobras aos brilhantes empresários que tinham ajudado a financiar a sua campanha presidencial, e sabia que nunca conseguiria vender a ideia aos brasileiros; mas também sabia que não cumprir a palavra dada aos financiadores de campanha era a melhor maneira de acabar com a sua carreira política. Precisava encontrar uma maneira de tornar a idéia de privatizar a Petrobras, a Vale e o Banco do Brasil palatável para os eleitores brasileiros, e para isso usou um dos truques mais velhos da história da trapaça política: chutar um cachorro morto, puxar briga com alguém de quem o público não gosta, criar um precedente e depois ir para o seu objetivo real. Assim, a venda das ineficientes, endividadas e impopulares empresas estatais de telecomunicações foi decidida e rapidamente executada. Criado o precedente, liquidar o resto deveria ter sido fácil, e de fato foi até venderem a Vale do Rio Doce por um décimo do seu valor de mercado, mas o plano foi interrompido pela sucessão de crises econômicas que reduziu o segundo mandato de FHC a um governo mendigo, ocupado em andar pelo mundo pedindo empréstimos.

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Nos porões da privataria - O livro

A armação do tal "dossiê", patrocinada pelos tucademospigolpistas é escandalosa.

Divulgam na inVeja, O Globo, Restadão, Rolha de São Paulo e demais orgãos piguistas e...imediatamente um comissão do congresso que tem maioria oposicionista convida o acusador para depor.

Enquanto isto,os jornalistas Paulo Henrique Amorim e Amaury Ribeiro Júnior se oferecem para depor e nada da  oposição convocar.

Por que será?

De que os tucademos tem medo?

Dos porões da privataria?...

Serra o privatista, não quer tratar do assunto


Repetindo comportamento que adotou em Porto Alegre, há dez dias, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, voltou a se irritar ontem, no Rio, ao ser questionado sobre a eventual disposição de privatizar patrimônio e bens públicos, caso seja eleito. No dia 5, uma pergunta sobre esse tema levou Serra a responder agressivamente a uma jornalista do grupo RBS, que participava de uma entrevista multimídia com o candidato. Ontem, o tucano se irritou com um profissional da empresa pública EBC, ex-Radiobrás. 
    Repórter: “A Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estão livres da privatização?”
    Serra: “Claro que sim, quem falou o contrário? De onde você é?”
    Repórter: “Da Radiobrás.”
    Serra: “Muito bem, então informe isto a seus patrões”.
     Serra tem insistido em classificar as perguntas de jornalistas sobre privatização como “trololó” de caráter eleitoral. Veladamente, atribui esse “trololó” ao PT. Seu esforço é evitar que cole nele, como colou em Geraldo Alckmin na campanha presidencial de 2006, a imagem de privatista, resultante dos processos de desestatização a que se dedicaram tanto o Governo Fernando Henrique quanto os sucessivos governos tucanos no estado de São Paulo.
    Recente estudo da bancada do PT na Assembleia Legislativa paulista informa que  os governo de São Paulo, sob comando do PSDB, fizeram do estado o “palco do maior processo de transferência de patrimônio público para grupos privados de que se tem notícia no país: nada menos de R$ 79,2 bilhões nos leilões da privataria”. O processo de privatização, que teve ritmo reduzido no Governo Alckmin, foi fortemente retomado nos 39 meses do Governo Serra.
    Apenas no sistema rodoviário, Serra autorizou a operação de, pelo menos, 82 praças de pedágio privadas.

Delação premiada


Jorge da Mota e Silva, no Correio Brasiliense
Preliminarmente, registro que, durante cinco anos, cinco meses e cinco dias, me impus silêncio total sobre as críticas infundadas que a mídia nacional publicou e ainda publica contra a Telebrás. Período em que tive a honra e o privilégio de presidi-la. Não ocuparei espaço para relatar o que foi feito durante a minha gestão. Tenho certeza de que serei lembrado pelo que não deixei que fizessem: fechá-la. Lutei quase solitariamente, tive apenas o apoio da diretoria, dos conselhos de Administração, Fiscal e de empregados dedicados.
Só agora, quando deixo a presidência, dou esse grito sufocado por tanto tempo, para repor o verdadeiro papel que teve a empresa ao longo desses 38 anos de existência. A grande transformação das telecomunicações brasileiras deu-se após a sua criação em 1972. As redes de fibras óticas, a criação da Embratel, o uso dos satélites, as transmissões a cores pelas televisões, a modernização do sistema, integrando o Brasil de norte a sul, de leste a oeste, foram conquistas, sim, do monopólio estatal. Muitos de boa ou má fé teimam em dar como exemplo de anacronismo a estagnação da telefonia fixa, fruto de políticas adotadas pelos governos, que para manter o famigerado superávit primário impôs restrições aos investimentos, mesmo que houvesse recursos próprios das empresas estatais.
Mas eis que surgem novamente, com as garras aguçadas, os cavaleiros do apocalipse. Os gênios que criaram o atual modelo das telecomunicações, que um brilhante jornalista classifica de privataria. Não a privatização em si, mas o formato. Quem não se lembra da célebre frase estamos no limite da irresponsabilidade, em conversa gravada entre o então presidente do BNDES e um diretor do Fundo Previ (naquela época já se grampeavam as conversas telefônicas)?
O grande argumento da privataria era a busca da livre concorrência para o setor. A abertura para o capital privado, o melhor para o Estado, os exemplos de outros países etc. Hoje, os arautos do modelo da privatização, quase todos a serviço das teles, como lobistas, consultores ou empregados diretos, ganhando polpudos pro labores, querem mais incentivos do governo para levar aos brasileiros o que já deveriam ter feito ao longo desses 12 anos de gordas tarifas e perdão de obrigações assumidas nos contratos de concessão que não cumpriram. Querem sempre mais. Não bastou a distribuição que receberam, em 1998, de ativos da Telebrás da ordem de R$ 31 bilhões e, mais adiante, quase R$ 8 bilhões em compensações tributárias. Agora querem também ditar as políticas públicas de telecomunicações.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está apenas corrigindo distorções que são flagrantes no atual modelo das telecomunicações, estendendo o braço do Estado a milhões de brasileiros ávidos em participar das conquistas da tecnologia, através do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), a preços compatíveis com as suas condições econômicas.
Não é possível falar de modernização das telecomunicações no Brasil sem desfraldar a bandeira da Telebrás. Tanto é assim que, até hoje, após 12 anos, a Anatel acha imprescindível ao seu funcionamento a permanência de técnicos cedidos pela Telebrás, de reconhecida competência, que prestam relevantes serviços àquela agência reguladora.
É importante destacar que todo o arcabouço jurídico e legal que criou a Telebrás permanece inalterado. A lei que a criou, em 1972, continua em vigor. Obedece também à legislação que regula as sociedades anônimas, seu estatuto e regimento, possuindo mais de 2 milhões de acionistas, com papéis negociados na Bovespa. Não está incluída no Programa de Desestatização, sob a responsabilidade do Ministério do Planejamento. Ficou todos esses anos sem operacionalidade, fruto do modelo que deixou para a viúva apenas os ossos da privatização, representados pelo passivo judicial das ações nas áreas dos direitos civil, tributário e trabalhista.
Não seria justo terminar sem prestar a minha homenagem ao melhor dirigente que, durante 12 anos, presidiu a empresa e fez o seu logotipo ser reconhecido e respeitado internacionalmente, nas bolsas de valores de Nova York e Frankfurt. José Antônio de Alencastro e Silva será sempre lembrado pelos que reverenciam a honradez e o cumprimento do dever. Prestou grandes serviços ao Brasil, exemplo de dedicação e competência deixado na história das telecomunicações brasileiras.
Começa agora um novo tempo com o Programa Nacional de Banda Larga. A palavra chave é concorrência. Não ao monopólio privado. Essa, a minha delação. O prêmio é a volta da Telebrás.