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Dilma formaliza os nomes de 16 ministros

 Veja abaixo os nomes:
 
1. Agricultura: Wagner Rossi (atual ministro, do PMDB-SP)
2. Previdência: Garibaldi Alves (PMDB-RN)
3. Turismo: Pedro Novais (PMDB-MA)
4. Minas e Energia: Edison Lobão (PMDB-MA)
5. Secretaria de Assuntos Estratégicos: Moreira Franco (PMDB-RJ)
6. Secretaria de Direitos Humanos: Maria do Rosário (PT-RS)
7. Secretaria da Pesca: Ideli Salvatti (PT-SC)
8. Comunicações: Paulo Bernardo (PT-PR)
9. Transportes: Alfredo Nascimento (PR)
10. Comunicação Social da Presidência: Helena Chagas
11. Casa Civil: Antonio Palocci (PT-SP)
12. Secretaria-Geral da Presidência: Gilberto Carvalho (PT-SP)
13. Justiça: José Eduardo Cardozo (PT-SP)
14. Fazenda: Guido Mantega (PT-SP)
15. Planejamento: Miriam Belchior (PT-SP)
16. Banco Central: Alexandre Tombini.
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Sintonia

 Dilma Rousseff foi eleita presidente da República, baseada, não em suas qualidades que são muitas, mas poucas pessoas conheciam àquele tempo, com base, principalmente, no prestígio de Lula que atingiu pico de 85% de popularidade no País. 

No palanque, assumiu compromisso explícito com o programa do governo em que era peça-chave. 

Agora, a mídia golpista implica porque o presidente indicou ministros de sua confiança. 

Quem deveria fazê-lo?...
José Serra?...
Fernando Henrique Cardoso?...
Daniel Dantas?...
Ou eles deviam ser nomeados por concurso público?...

Foi, por concurso, que FHC nomeou ministros do PFL de Antônio Carlos Magalhães?...

É raciocínio, como diria meu pai, se vivo ainda fosse, que dá nos peitos dum peba. 

Se não fosse de notória má-fé.
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Principismo e Pragmatismo

A presidente eleita, Dilma Rousseff, procurou demarcar terreno num assunto delicado, os direitos humanos no Irã. Delicado pelo tema em si e por um fato singelo: as relações com os iranianos têm sido um banco de areia movediça para a diplomacia, e não apenas a nossa. A regra é a esfinge persa devorar os candidatos a decifrá-la.

O Itamaraty fez uma aposta de como lidar com Teerã, e o presidente que sai embarcou nela com gosto. Teria voltado para casa com o troféu, se as grandes potências tivessem aceitado aproveitar a janela de oportunidade.

Infelizmente, para o Palácio do Planalto e o Itamaraty, aconteceu ali um duplo infortúnio. Nem os iranianos transmitiram a necessária confiança, nem as autoridades brasileiras exibiram suficiente habilidade. Prevaleceu o fototropismo. Promoveram a solenidade de comemoração antes do problema resolvido. Deu no que deu.

Mas isso é passado, e se eventualmente o affair acabar num desfecho negociado o presidente que sai colherá os frutos para a História. Para a presidente que entra, o problema é mais prático.

Já que nos meteram num assunto -a atitude do mundo diante do programa nuclear do Irã- para o qual não tinhamos sido convidados, trata-se de achar o melhor jeito de tudo acabar bem.

O que seria "tudo acabar bem"? Para uma parte do establishment político-militar nacional, se o Irã alcançar o domínio da bomba será uma bela oportunidade de darmos tchauzinho ao Tratado de Não Proliferação (TNP).

Já outros acreditam que o melhor será aderirmos rapidamente ao protocolo adicional do TNP, e termos em mãos um instrumento decisivo na estratégia de garantir que a América do Sul permaneça o único continente sem armas de destruição em massa.

É ótimo -para os cidadãos iranianos- que a presidente Dilma defenda os direitos humanos no Irã. Mas não é suficiente. É preciso saber o que o novo governo brasileiro vai fazer com outro desafio, a ameaça de proliferação nuclear na vizinhança. Por que "na vizinhança"? As relações hemisféricas do presidente Mahmoud Ahmadinejad são autoexplicativas.

O Brasil tem dito que busca um mundo desnuclearizado. Até aí há consenso. As diferenças começam a aparecer quando se discute o melhor caminho para alcançar a meta.

Uns, como Barack Obama, defendem que mais ninguém obtenha a tecnologia bélica. E que a partir dessa premissa se promova progressivamente a renúncia coletiva. Outros líderes, como o presidente brasileiro que sai, ensaiam um discurso mais oblíquo. Os detentores da bomba não teriam "moral" para tentar impedir os demais de seguir pelo mesmo caminho.

Uma defesa indireta do armamento geral -ou pelo menos da ameaça de armamento geral- como melhor caminho para o desarmamento geral.

O que Dilma pensa disso? Os debates eleitorais não foram suficientes para esclarecer.

A presidente eleita tende a levar uma vantagem sobre o antecessor. Parece menos instada a uma política externa de viés presidencial, e parece ter o espírito menos vulnerável à necessidade compulsiva do reconhecimento.

Sempre haverá a tentação de "desafiar o império" para colher aqui dentro os frutos propagandísticos, mas a vaga de candidato brasileiro a guia genial dos povos já está ocupada. O que talvez vá ser útil para a presidente que entra.

Uma diplomacia menos presidencial e mais profissional exigirá, a cada momento, saber onde fica o legítimo interesse nacional. Não há receitas prontas.

Nos direitos humanos, por exemplo, não haverá como Dilma replicar a indignação em todas as circunstâncias. Os interesses, especialmente comerciais, sempre farão valer seu peso.

O principismo tampouco será possível na posição a adotar sobre a soberania dos povos. O Brasil vem de reconhecer o Estado Palestino, mas não apoia a independência de Kosovo, nem vê legitimidade nas aspirações autonomistas do Tibete. E a amicíssima Turquia veta a independência na nação curda.

Pragmatismo. Política externa é assunto para ser decidido caso a caso, conforme o interesse nacional. Dilma está em situação confortável para reajustar a situação por esse parâmetro.

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) será o substituto do senador Gim Argello (PTB-DF) como relator da Comissão Mista de Orçamento

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INÁCIO ARRUDA FOI DESIGNADO O NOVO RELATOR DA COMISSÃO
  O líder do PTB no Senado decidiu renunciar em decisão formalizada por carta ao presidente da comissão, deputado Waldemir Moka (PMDB-MS), e o objetivo do gesto, segundo ele, seria não dar pretexto à oposição para criar uma nova crise e boicotar a votação do orçamento. Ele também se desligou da comissão. 

Gim Argello tem sido alvo de denúncias de favorecimento de um esquema de entidades fantasmas, sobretudo ONGs, para a transferência de recursos do orçamento para o financiamento de projetos e eventos culturais e turísticos, inclusive com a utilização de documentos falsos e "laranjas". 

As denúncias contra o senador - que é amigo pessoal da presidenta eleita Dilma Rousseff - têm sido publicadas em reportagens do jornal O Estado de S. Paulo, que inclusive entrevistou integrantes do esquema. 

Além de Gim Argello, estariam envolvidos diversos parlamentares, que pressionariam órgãos públicos federais a liberar recursos para essas entidades. Pela manhã, o senador havia decidido solicitar que a inidoneidade dessas entidades seja investigada pelo Ministério Público federal, o Tribunal de Contas da União e a Corregedoria Geral da União.

Lula disse que eleger Dilma era parte de seu programa de governo

O presidente Lula afirmou hoje de manhã durante evento que reuniu prefeitos e governadores, que eleger Dilma à presidência da República fez parte de seu programa de governo.
"Fazer a sucessão fez parte do meu programa de governo. O Brasil vai viver a primeira experiência de ter uma mulher presidente. Depois da princesa Isabel, que assinou a Lei Áurea, Dilma é quem vai assinar todas as leis do País", afirmou.
Lula disse tambem que em seus oito anos de governo não houve distinção entre governantes da base aliada ou da oposição. "Mesmo aqueles que não gostam de mim, duvido que já tiveram algum presidente que tratasse governadores e prefeitos com tanto carinho como nós. Mesmo os que eram amigos de outros presidentes sabem disso", afirmou.
Durante o evento em o presidente assinou contratos junto com prefeitos e governadores para o início das obras da segunda parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Lula disse que deixa uma lição para àqueles que assumem a presidência, e reafirmou que é preciso contar com todos.
"A lição que fica é que ganhar a presidência da República não dá o direito de só colocar os teus no governo. A grandeza não é atender só os teus, é atender os outros sem perguntar para onde vão, apenas respeitar. Aquele que você não gosta foi eleito tão democraticamente quanto aqueles de quem você gosta. É assim que Dilma vai governar", disse.

Combates que o PT deve travar

Comemorar sim, mas de sandálias

Nossa avaliação das eleições presidenciais de 2010 deve começar sempre com uma tripla comemoração e com um forte agradecimento. Comemoração pela continuidade do processo de mudanças iniciado em janeiro de 2003, pela eleição da primeira mulher presidente da República e por termos derrotado mais uma vez a direita demotucana. Agradecimento ao povo de esquerda, especialmente ao povo petista, milhões de brasileiros e brasileiras, alguns anônimos, outros nem tanto, que perceberam o perigo e foram à luta, sem pedir licença, sem pedir ordem, sem pedir autorização e sem precisar de orientação. Foi principalmente este povo que ganhou a eleição presidencial, e não governantes, candidatos, dirigentes, coordenadores ou marqueteiros.
Devemos agradecer e comemorar, mas sem descuidar de um balanço crítico e autocrítico do processo.
Este balanço deve começar lembrando que vencemos com uma bandeira: dar continuidade à mudança. Como lembrou a própria Dilma, como recebemos uma “herança bendita”, nossa única alternativa é aprofundar as transformações.
Ocorre que para vencer, enfatizamos a continuidade e debatemos pouco as mudanças. O tratamento dado ao programa do Partido e ao programa do coligação é apenas mais um sintoma disto. Debatemos pouco as mudanças, mas o cenário do governo Dilma será muito diferente do que prevaleceu entre 2003 e 2010. Noutras palavras: a mudança na realidade já está acontecendo, embora não tenhamos debatido em profundidade as mudanças que teremos que fazer na nossa política, para enfrentar esta nova realidade.
As mudanças já se deram e continuarão ocorrendo em três níveis principais.
Internacionalmente, o cenário será dominado não apenas pela crise e instabilidade econômica, mas também por cada vez maior instabilidade política e militar.
Nacionalmente, a direita vai dar continuidade ao tom radical assumido na campanha eleitoral.Ao contrário do que alguns pensavam, o PSDB é o partido de direita e da direita. Demonstrando uma vez mais a periculosidade da proposta da “aliança estratégica” com o PSDB, feita entre outros por Fernando Pimentel, com os resultados já conhecidos em Minas Gerais.
A terceira mudança é a seguinte: nos marcos da atual estrutura tributária e macroeconômica, não será mais possível ampliar significativamente os investimentos econômicos e sociais. Ou reduzimos substancialmente os juros, ou fazemos algum tipo de reforma tributária, ou interrompemos o crescimento dos investimentos, ou…. Em qualquer caso, tudo aponta para a agudização do conflito redistributivo no país, seja tributário, salarial, seja pela alta nos preços, pela alta dos juros etc.
Para dar conta destas mudanças, que conformam um novo cenário, teremos que enfrentar e superar três impasses estratégicos.
Primeiro: a política de melhorar a vida dos pobres, sem tocar na riqueza dos milionários, reforça o preconceito de uma parcela dos setores médios contra nós. Pois na prática estes setores perdem, em relação aos pobres, especialmente em termos de status.
Segundo: melhorar a vida material dos pobres, sem melhorar em grau equivalente a sua cultura política, deixa uma parcela dos que melhoraram de vida sujeitos à influência das igrejas conservadoras e do Vaticano, dos meios de comunicação monopolistas e da educação tradicional. Aqui vale ressaltar que a disputa de valores faz parte da disputa política. Não percebe isto quem acha que fazer política é “administrar”, esquecendo que a “percepção das obras” é mediada pela ideologia, pela visão de mundo, pela luta política.
Terceiro: o PT ganhou sua terceira eleição presidencial, mas ao mesmo tempo enfrenta cada vez mais dificuldades para hegemonizar o processo.
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Votos tucanos

Quando terminou o segundo turno da eleição presidencial, muita gente comemorou os resultados alcançados por Serra. Seus simpatizantes mais ardorosos, na opinião pública e na imprensa, chegaram a dizer que a derrota era quase uma vitória. Estavam tristes, mas se confortavam achando que ele e o PSDB saíam maiores da eleição.

O fundamento dessa avaliação é a comparação entre seu desempenho e o de Alckmin em 2006. Como, na eleição anterior, o candidato tucano alcançou 37 milhões de votos e nesta 43, o diagnóstico seria simples: Serra foi melhor que Alckmin.

Inversamente, o PT teria ido pior, pois Lula teve 58 milhões de votos em 2006 e Dilma “apenas” 55 milhões. Enquanto o PSDB ficou maior, o PT encolheu.

Não deixa de ser engraçado esse modo de avaliar o resultado da eleição. Parece até um jogo inventado pelo Chapeleiro Maluco: quem ganha, sai diminuído; quem perde, fica contente e se orgulha da “vitória moral”.
Enquanto isso, na vida real, o PSDB amarga sua terceira derrota consecutiva e o PT se prepara para permanecer no poder por 12 anos ininterruptos.

A sensação de que Serra saiu vitorioso da eleição não tem, porém, fundamento. Ao contrário, de vários pontos de vista, seus números não foram nada bons em comparação com os de Alckmin.

A começar pelo resultado do primeiro turno. Por mais que a campanha tucana tenha ficado feliz com a passagem inesperada para o segundo turno, o fato é que Serra recebeu, no dia 3 de outubro, quase 7 milhões de votos a menos que Alckmin havia obtido há quatro anos. Se lembrarmos que tínhamos, então, 125 milhões de eleitores e agora 135, a perda é ainda mais expressiva.

É verdade que houve frustração na campanha Dilma quando ela não venceu no primeiro turno. Mas o certo é que ela teve 47,6 milhões de votos, mais, em números absolutos, que Lula em 2006. Para uma candidata que começava ali sua experiência eleitoral, um resultado extremamente positivo.

Foi Marina, no entanto, a maior vitoriosa. Quanto a Serra, por mais que festejasse a nova chance que recebia em função do desempenho da candidata do PV, o primeiro turno foi uma decepção face ao que Alckmin tinha conseguido.

A vantagem do governador eleito sobre o ex-candidato é especialmente visível em São Paulo. Em condições parecidas, isto é, ambos tendo deixado o governo do estado para disputar a Presidência, Alckmin teve lá quase 12 milhões de votos no primeiro turno, enquanto Serra, este ano, ficou com 9,5 milhões, ou seja, com 2,5 milhões a menos (sempre lembrando que o eleitorado aumentou 8% entre as duas eleições).

Mesmo no segundo turno, as comparações entre Serra e Alckmin não são sempre favoráveis ao candidato de 2010. No conjunto de estados que formam o “núcleo duro” oposicionista - São Paulo, os três da região Sul, os dois Mato Grosso - Alckmin (apesar de ter minguado entre os dois turnos) foi mais votado que Serra, se levarmos em conta o aumento do eleitorado de 2006 para cá: na soma dos seis, Alckmin teve 21 milhões de votos, proporcionalmente mais que Serra, que teve 22,1.

O que se percebe a partir desses números é que, diferentemente do que pensam alguns, Serra só foi melhor que Alckmin no cômputo final pelos votos que recebeu em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no Norte/Nordeste. Em Minas, por exemplo, Serra teve, no segundo turno, quase 600 mil votos a mais que Alckmin.

Mas o mais preocupante no desempenho das oposições este ano, quando se leva em conta a eleição anterior, é que Alckmin era tido como mais fraco que Serra e que ninguém duvida que Lula é mais forte que Dilma, em termos eleitorais.

Ou seja: quando o candidato mais fraco enfrentou o mais forte, o desempenho do PSDB foi melhor, em muitos aspectos, que na hora em que o aparentemente forte enfrentou a marinheira de primeira viagem.
Agora, no momento em que as oposições precisam repensar seu rumo e discutir como serão no futuro, o pior que pode lhes acontecer é não entender a eleição que fizeram.

Se acharem que “as coisas não foram tão mal”, que “saíram bem da eleição”, vão ficar com a impressão de que não precisam fazer mudanças profundas nas suas lideranças e no discurso. É o melhor caminho para que permaneçam presas aos erros que cometeram.
Marcos Coimbra
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Governo Dilma vai perseguir superávit além da meta

Em sua primeira entrevista a um jornal depois de confirmado no cargo de ministro da Fazenda no governo de Dilma Rousseff, Guido Mantega afirmou que o pacote de medidas para estímulo ao crédito de longo prazo será anunciado em 2 de dezembro, na reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o "Conselhão". Entre as medidas, ele adiantou que será alterado o Imposto de Renda cobrado nas captações de longo prazo. A questão não está fechada, pois há o temor de que os investidores encontrem brechas para se beneficiar da isenção e continuem aplicados no curto prazo. "Aqui no Brasil está todo mundo mal acostumado. Todo mundo quer aplicar, ter uma taxa de retorno alta e ter liquidez imediata", disse.
No controle da inflação, o ministro enfatizou a necessidade de avançar na desindexação da economia e propõe, nos futuros contratos de reajuste dos preços administrados, a substituição do IGP pelo IPCA, mas acrescenta que o ideal seria que não houvesse nenhum reajuste pré-fixado. "Prefiro que não haja indexador, que haja negociações." Ele vinculou a necessidade de desindexação a uma futura redução na meta de inflação. Outro caminho vislumbrado pelo ministro é o uso de uma medida de núcleo de inflação, no futuro, para o balizamento da meta. "Pode ser. Como fazem os americanos. Vamos discutir essa questão."
Mantega acredita que o aumento da inflação corrente não é estrutural, decorrente do descasamento entre oferta e demanda, mas passageiro, fruto de pressão de alimentos e commodities. Deixou claro, porém, que se o Banco Central considerar necessário o aumento dos juros, isso será feito. "Não vou me opor.". Aqui os principais trechos da entrevista.

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Dilma deve oficializar toda equipe até dia 15/12

O anúncio de novos ministros do governo Dilma Rousseff deve ocorrer na próxima semana. Segundo interlocutores da petista, Dilma pode indicar os ocupantes da chamada cozinha do Palácio do Planalto.
Não está descartada, no entanto, a apresentação entre hoje e amanhã de nomes do segundo escalão da área econômica --como Receita Federal e Tesouro Nacional. Ontem, Dilma oficializou a continuidade de Guido Mantega na Fazenda, e as indicações de Miriam Belchior para o Planejamento e Alexandre Tombini para o Banco Central.
Dilma recebe hoje na Granja do Torto o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, o coordenador da transição Antonio Palocci, além do assessor especial da Presidência para Assuntos internacionais Marco Aurélio Garcia.
Para a cozinha do Planalto, Dilma convidou Palocci para a Casa Civil e Gilberto Carvalho para a Secretaria-Geral da Presidência. Giles Azevedo deve ser seu chefe de gabinete.
Além deles, Dilma já formalizou convites para o ministro Paulo Bernardo, de saída do Planejamento, e o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que deve assumir o Ministério da Justiça.
Há a expectativa de que Dilma oficialize toda sua equipe até o dia 15 de dezembro, antevéspera de sua diplomação.

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Maria da Conceição Tavares sugere a Dilma controle de capitais

A 1a Conferência do Desenvolvimento, que termina hoje em Brasília, prestou uma homenagem aos 80 anos da professora e economista Maria da Conceição Tavares. 

Em retribuição, a professora fez uma palestra sobre Macroeconomia para o Desenvolvimento para um público que a aplaudiu de pé ao final de sua fala. Pontuada por palavras no superlativo, a economista defendeu para o governo Dilma Rousseff uma preocupação especial com a política externa econômica.

Maria da Conceição alerta Dilma para política externa econômica
“Pedimos um caminho duro de seguir: eu quero que distribua, mas não quero que a indústria vá para o espaço”, afirmou a economista.
Ela manifestou confiança na presidente eleita, a quem definiu como alguém de “coragem, sensibilidade e competência, que navegará nessas águas complicadas, principalmente no primeiro ano”, avaliou.


“Tenho muita fé na presidente, mas uma coisa é saber, outra é operar – não sei se a proporção de forças dos industriais pesam tanto quanto a dos banqueiros”, lembrando que “para sair dessa encrenca (crise econômica mundial), agora mais do que nunca, não dá para deixar para o mercado ou a divina providência. A solução é humana e de todo o governo”, enfatizou.

A economista acredita que até o fim dessa década vamos erradicar a miséria e nos aproximar dos países desenvolvidos, mas “para que isso ocorra não podemos fazer coisas que abortem essas intenções.” Ela admitiu que a macroeconomia está em estado cataléptico e é preciso estar atento para que as políticas adotadas pelos demais países não prejudiquem o desenvolvimento das nações que dele precisam. 

Evitar contaminação

Para que o Brasil não seja contaminado pela crise econômica de 2008/2009, que colocou na insolvência os países da Europa, Maria da Conceição sugere que o governo Dilma Rousseff faça o controle de capitais. “O controle quantitativo”, explica, acrescentando que “deve aumentar o compulsório, controlar o crédito, mas não puxar as taxas de juros, porque é ineficiente e piora a situação.”

Ela lembrou que esta sugestão já foi dada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que admitiu que “a situação está tão preta que é preciso controlar capitais”. Ela elogiou a formação da equipe econômica anunciada pela presidente eleita, “formada de gente discreta, que não são vedetes, que vão colaborar para não fazer uma política para lá e outra para cá”, em crítica velada a disputa entre Henrique Meirelles, no Banco Central e Guido Mantega, na Fazenda, durante o Governo Lula. 

Santo de barro

Também admitiu que a presidente eleita tem razão quando diz que vai baixar a taxa de juros lentamente e o câmbio devagar. E usou o ditado “cuidado com o andor que o santo é de barro”, para afastar a possibilidade de algum choque econômico.

Ela elogiou a posição do Brasil, dizendo que ao contrário dos países da Europa, não é nada catastrófica. No entanto, destacou que “não quero que se fique esperando sentado até o G20 resolva a nova ordem mundial. Está uma desordem e vai continuar uma desordem”, afirmou, dizendo que a posição do governo internamente deve ser a mesma adotada nos fóruns internacionais.

“O Brasil pode e deve falar nos fóruns internacionais com autonomia e agir para dentro com autonomia, que é o que se quer de um país soberano”, afirmou. Segundo a professora, a defesa soberana do Brasil tem que se basear na política cambial e balanço de pagamento, senão, não conseguiremos ter o desenvolvimento sustentável desejado, anuncia Maria da Conceição.

Caminho duro

Disse que “o eixo social está correto, mas se não cuidar da parte cambial não conseguiremos fazer política industrial e tecnológica, vamos regredir na industrialização, que é o contrário do desenvolvimento”. Ao mesmo tempo lembrou que não acredita que apenas o crescimento da indústria represente distribuição: “você pode crescer a 7% e não distribuir porcaria nenhuma.” 

E explicou: “Pedimos um caminho duro de seguir: eu quero que distribua, mas não quero que a indústria vá para o espaço. Não dá para recuar no econômico”, disse, destacando que o Brasil não deve copiar modelos macroeconômicos que atrapalhem o seu desenvolvimento. 

E apontou como outra decisão importante a ser adotada pelo governo o corte no gasto não produtivo. O que precisa, na opinião dela – opinião muito aplaudida pela platéia –, é cortar despesas irrelevantes como salários dos juizes e deputados. “O Congresso e a Justiça não geram receita, portanto não podem gerar despesas.” E, indignada, indagou porque não pode subir o salário mínimo.

Para ela, o governo tem que estar atento para fazer política macroeconômica. Como o dólar se desvalorizou e os produtos brasileiros de exportação são cotados em dólar, subiu tudo, e os fornecedores são os mesmos que abastece o mercado interno. Essa é a contradição do câmbio, disse, lembrando que “a saída para atacar a inflação não é subir a taxa de juros, porque a inflação é de custo e não de demanda, a subida da taxa de juros tira a possibilidade de desenvolvimento.”

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FHC prega a volta ao passado

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, outro que está de volta - se bem que nunca saiu, atuou à revelia dos tucanos que não o queriam na recente campanha presidencial - começou mal. Em seminário de que participou em São Paulo, ele deitou falação por mais de uma hora sobre os governos do PT [o do presidente Lula, e o futuro, da presidente Dilma Rousseff], a equipe econômica anunciada, os rumos da economia no ano que vem e a relação governo Dilma-Congresso. Nem bem ele fez os comentários sobre estimular o consumo sem levar em conta a oferta - propôs o famoso choque de demanda pregado pelos tucanos, com riscos de inflação - o Conselho Monetário Nacional [CMN] anunciou uma série de medidas para prevenir e desestimular o endividamento excessivo das famílias. Continua>>>

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Lula 2011 blogueiro e twitteiro



 O presidente Lula, prestes a entregar a faixa presidencial a sua sucessora, Dilma Rousseff, volta a deixar claro que não deixará de fazer política a partir de 2011. Na primeira entrevista concedida por um presidente a blogueiros, Lula afirmou que ele próprio será, ano que vem, um blogueiro e um tuiteiro.

Como era de se esperar, a importância desse ineditismo ficou em segundo plano na cobertura da grande mídia, que preferiu desmerecer o papel dos blogueiros a destacar os temas debatidos. Assim, a grande mídia perdeu mais uma oportunidade de entrar na discussão sobre regulação de mídia —como disse o presidente, “regulação não é crime, censura é que é crime”.
A grande mídia poderia, por exemplo, analisar o impacto que as novas mídias terão na produção jornalística tradicional ou a questão da convergência de mídias.
A razão maior desse comportamento anti-Lula é um certo inconformismo com o fato de o presidente ser extremamente popular e seu governo muito bem avaliado, apesar dos ataques cotidianos que a grande mídia faz. É possível que a perseguição continue, porque ele já declarou que irá seguir atuante quando deixar a Presidência.
Não há dúvidas de que o diálogo direto de Lula com a sociedade, na condição de ex-presidente com maior aprovação e popularidade na história do país, será importantíssimo para enriquecer o debate que precederá as mudanças que a presidenta Dilma pretende fazer —a erradicação da miséria, a preparação do país para a Copa e Olimpíadas, as reformas política e tributária, por exemplo.
A capacidade de comunicação direta que Lula tem com o povo brasileiro, especialmente depois de livre dos limites impostos pela condição de presidente da República, também será essencial na disputa diária contra os interesses poderosos que se opõem aos governos progressistas com apoio da imprensa corporativa.
Com a característica que marcou sua trajetória política desde a época de torneiro mecânico, Lula tem condições de deixar ao Brasil, além de um país menos desigual e em franco crescimento e modernização, um novo papel para os ex-presidentes —nos países desenvolvidos isso já acontece, como é o caso, por exemplo, de Jimmy Carter nos EUA.
Lula vem de uma geração que recriou o sindicalismo por meio do diálogo e da negociação e foi capaz de unir sob um mesmo partido —o Partido dos Trabalhadores— um leque muito diverso de aspirações políticas que estavam dispersas no Brasil após a redemocratização. Como presidente, conduziu um governo exemplar, inédito em muitos sentidos e realizações.
Essa experiência faz de Lula uma grande liderança para o PT, um exemplo para os movimentos sociais, uma inspiração para o próximo governo e um agente de grande influência para o povo brasileiro e no cenário internacional. Só temos a ganhar a partir do momento em que o debate com a sociedade passe a ter um ator e mediador com esse peso político.
A Internet é um meio que facilita muito esse contato amplo com a sociedade. O presidente reconhece que se tornou a liderança que é também graças à imprensa, com todas as suas qualidades e defeitos. Mas ressalta, com inteligência, que essa já é uma mídia “velha”.
Afinal, é na Internet, onde o espaço para o contraditório é livre e infinito, que as opiniões são formadas por meio do debate ativo, sem imposições empresariais de temas, tempos, espaços e enfoques. E cada vez mais assim será.
Se for fiel ao pensamento do presidente e de sua sucessora, o projeto de regulamentação da mídia que Lula promete deixar para Dilma certamente contemplará a necessidade de incentivar o pluralismo e a democratização da mídia, criando condições para que veículos de comunicação participativos e inclusivos se disseminem pelo Brasil, o que é promissor.
Somente dessa maneira o debate político voltará a ser um meio de enfrentamento de idéias e de capacidade de geração de maiorias e consensos, e não somente a riqueza de conglomerados de comunicação e sua transmissão onipresente. Nesse ringue, não há dúvidas, Lula seguirá como um dos maiores defensores dos interesses do Brasil.

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A presidente estuda criação de Ministério para Portos e Aeroportos

A presidente Dilma Rousseff, estuda a ideia de criar um ministério específico para tratar dos aeroportos. Num dos desenhos em exame, segundo fontes da equipe de transição, a nova pasta cuidaria também de portos.
A ampliação da capacidade de receber passageiros é um dos grandes desafios do futuro governo, por causa dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta quinta-feira, 25, que o anúncio da nova equipe econômica que trabalhará no governo Dilma é um recado de que no ano que vem terá que ser feita uma "reavaliação das ações do governo".
Bernardo fez a declaração ao deixar o Ministério da Fazenda, onde participou da reunião do Conselho Monetário Nacional. Questionado se iria mesmo para o Ministério da Previdência no novo governo, Paulo Bernardo apenas sorriu.
Fabio Graner e Lu Aiko Otta, da Agência Estado

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Gasolina na fogueira

  • corte da ordem de 20% no salário mínimo; 
  • corte de 24.750 vagas no setor público; 
  • redução de 10% nos salários dos que ficam; 
  • redução de gastos com o bem-estar social, incluindo aposentadorias e aumento do imposto de renda sobre os assalariados. 
As empresas e o grande capital foram poupados. 

O déficit fiscal do outrora cintilante Estado mínimo irlandês, se somado o dinheiro para ajudar bancos falidos, transita na faixa dos 32% do PIB. 

Os jornalões, colunistas & consultores nativos que no passado fizeram genuflexões ao "Tigre Celta" como exemplo de eficiência mercadista fingem que o funeral planetário do laissez-faire não é com eles. E continuam chantageando o governo Dilma a "provar" que seu ministério econômico será ortodoxo e que o BNDES vai minguar juntamente com a "gastança" fiscal.

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José Serra, mais amargo e ressentido do que nunca

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Reapareceu, andou pelo Congresso, fez um balanço da campanha eleitoral e da derrota com seus companheiros tucanos e de oposição. Como uma assombração, ele volta com o mesmo discurso odioso, mas agora cheio de mágoas e ressentimentos. Contra a opinião de 95% dos brasileiros, ele "achou" uma herança bastante adversa que o presidente Lula deixa para a sucessora, presidenta Dilma Rousseff (PT). Afirmou isto para, em seguida, enumerar os problemas que o país enfrenta com o câmbio e as contas externas. E para repetir o discurso conservador sobre ameaças inflacionárias e déficit público maquiado. Este é o tucano que está de volta. Prefeiturável paulistano em 2012? E/ou presidenciável de novo em 2014? Continua>>>

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Alerta e ameaça

Em artigo publicado ontem na “Folha de S. Paulo”, o vice-presidente Michel Temer surpreendeu, pela contundência de conceitos. Escreveu que podem desligar-se do PMDB, que ele continuará presidindo, quantos líderes se colocarem contra as determinações da convenção nacional. Para ele, melhor o partido ser menor,  mas unido, do que grande e desunido.

Seria esse o primeiro passo para uma depuração no PMDB?...
O enquadramento de todos em torno do governo Dilma Rousseff?...
A exigência de fidelidade integral, mesmo quando parece ainda muito distante a reforma política?...

O recado Michel Temer mandou, seja para os paulistas que seguem a orientação de Orestes Quércia, os pernambucanos liderados por Jarbas Vasconcelos ou os catarinenses formados em torno de Luiz Henrique. A ressalva é de que essa diretriz vale daqui por diante, 

por Carlos Chagas
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BC - Tiraram a raposa do galinheiro

O presidente da Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos -, Luiz Aubert Neto, elogiou hoje a escolha de Alexandre Tombini para a presidência do BC - Banco Central - no governo da presidente Dilma Rousseff. 
"Finalmente, tiraram a raposa do galinheiro", disse ele, em referência ao atual presidente do BC, Henrique Meirelles, que veio do mercado financeiro para o governo Lula.
"Tiraram o banqueiro e, finalmente, vamos ter um funcionário de carreira no comando do BC", acrescentou. 
Aubert disse que não questionava a competência de Meirelles, mas ponderou que o País continuou a ter uma das taxas de juros mais altas do mundo ao longo dos oito anos da gestão de Meirelles e do presidente Lula.
"Com a taxa de juros atual, pagamos R$ 180 bilhões somente em juros da dívida por ano. Se tivéssemos juros 30% menores nos últimos 16 anos, teríamos economizado quase R$ 1 trilhão", afirmou. 
Ele considerou também que havia conflito de interesses na gestão do BC na época do ex-presidente da instituição Armínio Fraga [gestão de FHC] que, segundo Aubert, trabalhou para George Soros, "o maior especulador do mundo". 
"Vocês acham que eles [Fraga e Meirelles] iriam trabalhar para baixar os juros?".
Aubert também elogiou a permanência de Guido Mantega à frente do Ministério da Fazenda. 
"Acho que Dilma acertou em cheio ao mantê-lo. Está mais do que provado que a mão forte de Mantega foi fundamental na recuperação do País após a crise econômica internacional", afirmou o empresário. 

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O medo e o preconceito infundados do PIG

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Já vi presidente civil ser substituído, presidente militar, presidente civil de novo. Mas nunca vi a mídia perseguir tanto um chefe de governo em fim de mandato quanto o faz com o presidente Lula. Praticamente não há dia em que ela não publique uma matéria sobre uma hipotética resistência sua em sair, o desconforto que ele vai sentir quando deixar o cargo, sua dificuldade de adaptação quando não estiver mais no Palácio do Planalto. Pior que isso tudo é a insistência em dizer que ele será uma sombra e influenciará o governo da presidenta Dilma Rousseff, como se o presidente Lula não tivesse consciência do que tem a fazer uma vez despojado da suprema magistratura do país. Continua>>> 

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Meirelles estúpido, foram os juros!

O artigo é do Carlos Chagas. Mas, o titulo eu fiz uma modificaçãozinha...

Henrique  Meirelles está sendo defenestrado da presidência do Banco Central por razão bem superior a um eventual desencontro de palavras, isto é, pouca importância teve na decisão de  Dilma Rousseff de não conservá-lo a declaração de que só aceitaria caso mantivesse autonomia e independência. Primeiro porque num sistema presidencialista quem tem a caneta e o poder de nomear e demitir presidentes do Banco Central é o presidente da República. Depois, porque  Meirelles tem cabeça para não declarar tamanha bobagem. Na verdade, a divergência envolve a questão dos juros: Dilma pretende reduzí-los a 2% no prazo de um ano ou pouco mais. Meirelles sustenta a permanência indefinida   das taxas mais altas do planeta.

Outra versão a ser desmentida é de que o presidente Lula aconselhou a presidente eleita a manter Meirelles no cargo. 

A  sugestão presidencial envolveu apenas o ministro da Fazenda. Sabendo-se da divergência entre Guido Mantega e Henrique Meirelles, fica claro que o primeiro-companheiro jamais proporia a continuação da dicotomia. Acresce que o ainda presidente do Banco Central é banqueiro, categoria não propriamente bem  situada nas graças de Dilma.

Mesmo sendo cogitado o nome de Alexandre Tombini, atual diretor de Normas do BC, a decisão ainda não teria sido tomada pela presidente eleita. Certo, mesmo, é que Guido Mantega responderá diretamente a Dilma pelo comando da política econômica, tendo o Banco Central sob sua supervisão, coisa que não acontece no governo Lula.


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A presidente Dilma pode anunciar hoje sua equipe econômica


Ou no máximo, até amanhã a presidente deve anunciar quem irá comandar os ministérios da Fazenda e do Planejamento e o Banco Central. Além de Guido Mantega, que já teria aceitado convite para permanecer na Fazenda, os nomes mais em evidência nas especulações são os de Alexandre Tombini, para o BC, e de Miriam Belchior (foto), para o Planejamento.

Diretor de normas do Banco Central, Tombini, é o mais frequentemente citado para presidir o órgão. A indicação sinalizaria que, mesmo com a saída de Henrique Meirelles, não haveria mudanças bruscas na condução da política monetária. Funcionário de carreira, ele ofereceria uma feição institucional ao BC, recado interessante dentro de um quadro de instabilidade da economia mundial. Tombini é visto como um profissional com bom trânsito no governo, respeitado nas reuniões internas do banco e desfrutando da confiança do mercado. Participou de missões internacionais e atuou junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial.
Coordenadora do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento -, Miriam Belchior, também já teria sido convidada para assumir o Ministério do Planejamento no lugar do atual titular, Paulo Bernardo. Este, por sua vez, é cogitado para assumir a Casa Civil em 2011. Na terça-feira, Dilma conversou com Mantega, na Granja do Torto, residência provisória da futura presidente. À noite ou durante esta quarta-feira haveria outra conversa, desta vez com Meirelles.
Na semana passada, Dilma comentou com o vice-presidente eleito, Michel Temer, que tenciona anunciar todos seus ministros até o dia 15 de dezembro. Até lá, a presidente eleita fará anúncios em bloco, dividido pelas áreas do governo, a começar pela equipe econômica.
Nesta quinta-feira, ela vai a Georgetown, capital da Guiana, participar de um jantar oferecido pela Unasul - União das Nações Sul-Americanas - em homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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