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PT, NA CIDADE DE SP, TEM TETO DE UNS 30%!

Abaixo mais uma análise feita pelo guru eleitoral democano Cesar Maia [ aquele que previu a vitória de Zéjaera em 2010 no 1º turno]. Vamos aguardar e conferir:
           
1. O PT, na cidade de SP, tem tido um teto de uns 30% dos votos no primeiro turno. Erundina venceu com uns 30%. Não havia segundo turno. Venceu Maluf. Marta -depois de uns 30% no primeiro turno- venceu o segundo turno contra Maluf, atraindo o apoio do PSDB. Se o adversário fosse outro, provavelmente perderia, como ocorreu contra Kassab, a quem derrotou no primeiro turno, obtendo os mesmos 30%.
                
2. Há vários exemplos desses espalhados pela América Latina. Allende, um deles, que nunca conseguia atravessar a barreira de um pouco mais de 30%. O segundo turno era decidido pelo Congresso, que, no caso, acompanhou a tradição de referendar o vencedor do primeiro turno.  A FMLN, ex-guerrilha em El Salvador, enfrentava o mesmo teto, eleição a eleição. Resolveu lançar um nome independente, conhecido âncora de entrevistas na TV. Com isso, rompeu aquele teto e venceu.
                
3. O PT, na eleição de prefeito na cidade de SP, em 2012, caminha para o mesmo teto. Não se trata de projeções, mas do fato que o candidato do PT, com o lançamento compulsório por Lula, passou a ter a marca do PT e aquele teto. Isso pode até levá-lo para o segundo turno, mas a derrota será inevitável se não lhe cair no colo uma nova versão de Maluf.
                
4. Sendo assim, a disputa pela prefeitura de SP -observadas as tendências do eleitorado- estará entre os candidatos que circulam pelo Centro, como os do PMDB e do PSDB, que terão como desafio passar para o segundo turno.
                
5. Lembre-se bem o que dizem os estudiosos de eleições nas últimas décadas. Eleição é demanda.
Agradeço aos leitores que compartilharem minhas postagens, seja no Google + 1, no Twitter, Facebook ou qualquer outra rede social. Obrigado!!!

Cesar Maia o cara... de pau

Na eleição presidencial de 2010 Cesar Maia publicou que José Serra poderia ganhar a eleição no 1º turno. Sabe o que ele disse agora? Leiam o texto abaixo e digam se o dito cujo não merece o troféu Cara-de-Pau.

1. “Quem levou as más notícias aos coordenadores foi Chico Meira, o sócio de Marcos Coimbra no Vox”, conta Amaral. Segundo o autor e integrante da campanha, Chico Meira tentou falar com Dilma num hotel em São Paulo quando ela se preparava para participar de um debate na TV Bandeirantes. Meira, porém, encontrou-se antes com Palocci, José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça e à época também coordenador de campanha, e João Santana, jornalista responsável pelas estratégias de comunicação e marketing.
      
2. “A situação era ainda pior, ele disse, porque os eleitores passaram a avaliar mal os atributos da candidata – ela tinha deixado de ser considerada a mais preparada, mais confiável, mais sincera. Ou seja: a tendência era continuar caindo. Chico Meira tinha lágrimas nos olhos quando concluiu: ‘Nós perdemos essa eleição’.” Palocci proibiu mostrar pesquisas para Dilma.
      
3. " Isso deixa muito mal o Instituto Vox Populi, seja pelo amadorismo na assessoria, seja pelo crasso erro de avaliação. Nunca ocorreu essa possibilidade de Dilma perder a eleição. Só por pesquisa mal feita ou por primarismo na análise." 
Cesar Maia

Ex-blog do Cesar Maia

A PRIMEIRA MULHER PRESIDENTE NO BRASIL!


1. Em 2010, cumpriram-se os 250 anos do nascimento da primeira mulher presidente no Brasil, Bárbara de Alencar. Ela nasceu em Exu (PE), em 1760. Mudou-se para o Crato (CE) depois do casamento, em 1782, com José Gonçalves dos Santos, comerciante de tecidos naquela vila, com quem teve quatro filhos. Foi a primeira mulher a se envolver, para valer, em política no Brasil -durante a revolução pernambucana de 1817, com vistas à independência e à República. O Ceará e outras províncias limítrofes aderiram -no Ceará, especialmente na região do Cariri.

2. Bárbara de Alencar liderou esse movimento no Crato, ampliando a revolução em Pernambuco. Ela declara a independência e proclama a República do Crato, assumindo a presidência. Com a derrota em Pernambuco, a rebeldia nas demais províncias foi sendo desmontada pelas forças do Conde dos Arcos, governador da Bahia, a mando de dom João 6º. Bárbara foi presa em Fortaleza. Por quatro anos, foi mantida presa em Fortaleza, Recife e Salvador. Ganha a liberdade no ato de anistia geral de novembro de 1821. Teve quatro filhos, três homens.

3. Em 1824, outra revolução em Pernambuco: a Confederação do Equador, liderada por Frei Caneca. No âmbito desse movimento, no Ceará, Crato, Icó e Quixeramobim aderiram. Seus três filhos homens se envolveram. Em 26 de agosto de 1824, foi declarada a República do Ceará e designado presidente Tristão de Alencar, um dos filhos de Bárbara. A repressão das forças imperiais culminou com a morte de dois de seus filhos: Tristão e Carlos. José Martiniano de Alencar sobreviveu e, mais tarde, terminou se credenciando como deputado às cortes constitucionais de Lisboa.

4. Foi governador do Ceará e senador. Seu filho José de Alencar foi escritor, poeta e fundador do indianismo com seu "O Guarani". A força da memória de Bárbara de Alencar ressurgiu em 1869, na escolha de senador em uma lista tríplice. Os conselheiros de dom Pedro 2º sugeriram o veto a José de Alencar, apesar de ele ter sido ministro da Justiça pouco tempo antes. O temor era que as ideias republicanas que começavam a ser reativadas pudessem coincidir com o DNA de José de Alencar.

5. Neste ano de 2010, em que o Brasil registra e comemora a assunção de uma mulher ao cargo de presidente da República, faltaram as comemorações em memória de Bárbara de Alencar, primeira mulher política brasileira, primeira presidente de República, do Crato, e mãe de outro presidente de República, do Ceará. E, quem sabe, ancestral de outro cearense Alencar presidente: Humberto. A conferir.

                                                * * *

A DESCENDÊNCIA DE BÁRBARA DE ALENCAR!

Li há pouco seu interessante registro sobre a pouca conhecida no ‘Sul’ dona Bárbara – como é familiarmente chamada no Ceará – e, em decorrência do último parágrafo, tomo a liberdade de registrar que Castelo Branco descendia de uma irmã dela, Inácia. As duas, apesar de alguns anos de diferença de idade, eram muito próximas politicamente – sinceras republicanas, influenciadas tardiamente na família pelo espírito da França de 1789. Em 1824, a influência já seria dos Estados Unidos e, em menor escala, da então Grã-Colômbia (federalismo relativo e abolição gradativa da escravidão). De Inácia, descendem, entre outros, Miguel Arraes de Alencar, Marcelo Nunes de Alencar e provavelmente Otto de Alencar. No RJ, Chico de Alencar é possivelmente descendente dela também. Por curiosidade, Raquel (de Alencar) Queiroz, Heloneida Studart e Paulo Coelho têm Bárbara como ascendente.

E até no Paraná. Lá, mais dois se destacaram: (José) de Alencar Furtado, cearense de Araripe como Miguel Arraes, é descendente de Inácia, ao passo que Alencar Guimarães, senador por longo período, de Bárbara, através de uma filha do Senador Martiniano. Por coincidência, tanto ele como o avô paterno assumiram de modo interino o governo do Paraná.
Coluna de Cesar Maia, na Folha de SP

Ex-blog do Cesar Maia

Não se nasce, não se morre mais em Santa Cruz - Rio de Janeiro


Cesar Maia

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1. Santa Cruz é um bairro da cidade do Rio de Janeiro onde moram 250 mil pessoas. Incluindo seu entorno próximo -Paciência e Sepetiba- são quase 400 mil pessoas. Santa Cruz é o terceiro ou quarto polo industrial mais importante do Brasil.

2. Desde o início de 2009, o cartório de Santa Cruz está fechado. A partir daquela data, os registros de nascimento e de morte são feitos em Campo Grande, bairro a 15 km de Santa Cruz. Ou em outro município limítrofe, Itaguaí.

3. Mas com o fechamento do Hospital Pedro II, desde 14 de outubro deste ano, os bebês não podem mais nascer fisicamente em Santa Cruz: a maternidade está fechada. Devem nascer em Campo Grande ou Itaguaí. Não terão mais em suas fichas de nascimento a denominação do bairro em que suas famílias vivem.

4. Da mesma forma, aquelas pessoas que, muito doentes, falecem num hospital. Se falecerem em casa, se registra o óbito em Campo Grande ou Itaguaí. Mas se vierem a falecer no hospital, fisicamente terão falecido em Campo Grande ou Itaguaí.

5. Santa Cruz é o bairro de maior expansão populacional e de maior expansão industrial do Rio.

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BRASIL E ESTADOS UNIDOS: MAIS RIVAIS QUE ALIADOS!

Trechos do artigo do professor de relações internacionais da Universidade Di Tella (Argentina), FABIÁN C. ALLE

1. Algo começa a mudar, nas relações entre os EUA e o Brasil, com o decorrer dois meses e dos acontecimentos mais recentes, como a derrota de Obama nas eleições e o efeito WikiLeaks. Isso irá confirmar um maior grau de cautela nas relações entre os EUA e o Brasil.

2. Esta nova percepção no âmbito de análise e decisão dos EUA tem como um de seus mais fortes reflexos o documento intitulado "Dilemas da Grande Estratégia Brasileira" do Instituto de Estudos Estratégicos do Exército daquele país e publicado há alguns meses. Nele, se conclui que a lógica presente e futura entre os dois países tende mais para a rivalidade do que para a aliança.

3. Nesta transição, houve a divulgação pelo WikiLeaks de milhares de informações de baixo, médio e médio-alto grau de segurança do Departamento de Estado sobre a relação com o Brasil. Exemplos: a suposta decisão do governo do Brasil de orientar a compra de aviões de combate da Europa e não dos Estados Unidos \ o conhecimento prévio que existiria no Brasil sobre a presença das FARC na Venezuela \ o comentário de um ministro brasileiro sobre uma forte atitude antiamericana por parte de Marco Aurélio Garcia e Samuel Pinheiro \ as supostas detenções por parte da polícia de suspeitos de terrorismo internacional e que não foram acusados formalmente \ e os pedidos informais a países árabes moderados e a empresários influentes para que usassem seus bons ofícios para evitar a presença do extremismo islâmico no Brasil.

4. A vitória de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais não fez mais do que reforçar a ideia de que esta política exterior crescentemente ativa e desafiante está destinada a permanecer nos próximos anos. Esses processos deveriam ser uma realidade inescapável para os atuais e futuros tomadores de decisões em matéria de política externa e de defesa da Argentina. Mais ainda quando se revela o que parece ser, uma estabilização positiva da relação entre a Argentina e os EUA. Ponto de partida seriam os acordos específicos, como a não proliferação de armas e as tensões com o regime iraniano. A estratégia do Brasil de "cara a cara", terá um olhar atento de Washington.

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BRASIL: DEMOCRACIA IMPERFEITA! ÍNDICE DO BRASIL NO SEGUNDO GOVERNO LULA!
          
(Folha SP, 17) A América Latina só tem dois países entre as "democracias plenas" (Uruguai, 21º, com 8,10, e Costa Rica, 24ª, com 8,04). Dois países latino-americanos estão à frente do Brasil na lista de "democracias imperfeitas": Chile (34º) e Panamá (46º). Índice da Democracia 2010, que acaba de ser divulgado pela Economist Intelligence Unit, o braço de pesquisas da respeitada revista britânica "The Economist". O Brasil recuou do 41º lugar em 2008 para o 47º agora (o levantamento é feito a cada dois anos). Caiu de 7,38 pontos para 7,12, em 10 possíveis. Nem aparece como "democracia plena", o belo rótulo reservado para apenas 26 dos 167 países ranqueados. O Brasil é rotulado como "democracia imperfeita"

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"CAVEIRÃO", MARINHA E COMPLEXO DO ALEMÃO!

1. Muitas pessoas se perguntam por que não viram o famoso "caveirão" na ocupação do Complexo do Alemão. Na verdade é um problema -digamos- técnico. O "caveirão" nada mais é que um desses carros-fortes que transporta valores -para e dos- bancos, com blindagem semelhante e pintado de preto com alguma marca da polícia. Mas com estas características, não consegue atravessar obstáculos colocados pelos traficantes, nem uma vala cavada no meio do caminho.

2. Para atravessar os obstáculos precisaria em vez de rodas, ter "lagartas", ou seja, esteiras como essas que usam os tanques. Mas o exército proíbe as polícias usarem "lagartas", alegando se tratar de um equipamento tipicamente militar.

3. Por isso foram chamados os tanques da Marinha. Esses, com as "lagartas", ultrapassariam qualquer obstáculo com facilidade. Sem eles não haveria ocupação alguma, ou se houvesse, o custo da violência seria alto.

4. Quando os bandidos viram tanques com "lagartas" e que os fossos e obstáculos que construíram não serviam de nada, tomaram a única decisão possível: fugiram. A ocupação era inevitável e incontrolável. O "caveirão" que eles esperavam e que estavam acostumados a combater estava aposentado.

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CHÁVEZ APROVA LEI DE "RESPONSABILIDADE SOCIAL"  ANTES DO PT POR AQUI!
                  
O que é responsabilidade social? Um eufemismo para designar lei de censura aos meios de comunicação, às rádios, à TV, às telecomunicações e a internet. Olha aí Lula, um bom nome para iludir a boa fé da população e censurar os meios de comunicação. Começam os protestos internacionais: Repórteres sem Fronteira, Sociedade Brasileira de Imprensa, Associação Interamericana de Radiodifusão...


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Vínculos fortes e vínculos fracos

Riscos políticos e redes sociais na web






                  
Trechos do artigo de Malcolm Gladwell (A Revolução não será twitada), no caderno Ilustríssima da Folha de SP (12).
          
1. A luta pelos direitos civis que engolfou o sul dos Estados Unidos nos anos 60 aconteceu sem e-mail, mensagens de texto, Facebook ou Twitter. Dizem que o mundo passa por uma revolução. As novas ferramentas de redes sociais reinventaram o ativismo social. Com Facebook, Twitter e que tais, a relação tradicional entre autoridade política e vontade popular foi invertida, o que facilita a colaboração mútua e a organização dos desprovidos de poder e dá voz às suas preocupações.  Se antes os ativistas eram definidos por suas causas, agora são definidos pelas ferramentas que empregam. E esses inovadores tendem ao solipsismo.
        
2. Como escreveu Robert Darnton, "as maravilhas da tecnologia de comunicação no presente produziram uma falsa consciência sobre o passado -e até mesmo a percepção de que a comunicação não tem história, ou nada teve de importante a considerar antes dos dias da televisão e da internet".  Mas há mais um fator em jogo nesse desproporcional entusiasmo em relação às redes sociais. Parece que esquecemos o que é ativismo. Ativismo que desafia o status quo -e ataca problemas profundamente enraizados- não é para bundas-moles.
          
3. O que leva uma pessoa a esse tipo de ativismo?  O fator decisivo é o grau de conexão pessoal entre a pessoa e o movimento que participa. O ativismo de alto risco é um fenômeno de "VÍNCULOS FORTES".
          
4. VÍNCULOS FRACOS.  O ativismo associado às redes sociais nada tem em comum com isso. As plataformas dessas redes são construídas em torno de vínculos fracos. O Twitter é uma forma de seguir (ou ser seguido por) pessoas que talvez nunca tenha encontrado cara a cara. O Facebook é uma ferramenta para administrar o seu elenco de conhecidos, para manter contato com pessoas das quais de outra forma você teria poucas notícias. É por isso que se pode ter mil "amigos" no Facebook, coisa impossível na vida real.  Sob muitos aspectos, isso é maravilhoso. Há força nos vínculos fracos, como observou o sociólogo Mark Granovetter. Nossos conhecidos -e não nossos amigos- são a nossa maior fonte de novas ideias e informações. A internet nos permite explorar a potência dessas formas de conexão distante com eficiência maravilhosa.
          
5. É sensacional para a difusão de inovações, para a colaboração interdisciplinar, para integrar compradores e vendedores e para as funções logísticas das conquistas amorosas. Mas vínculos fracos raramente conduzem a ativismo de alto risco.  "As redes sociais são especialmente eficazes para reforçar a motivação", escreveram Aaker e Smith. Mas NÃO é verdade. As redes sociais são eficazes para ampliar a participação, mas reduzindo o nível de motivação que a participação exige.  Em outras palavras, o ativismo no Facebook dá certo não ao motivar pessoas para que façam sacrifícios reais, mas sim ao motivá-las a fazer o que alguém faz quando não está motivado o bastante para um sacrifício real.
          
6. ALTO RISCO. O movimento dos direitos civis (anos 60) era ativismo de alto risco. Era também, e isso é importante, ativismo estratégico: um desafio ao establishment, montado com precisão e disciplina. "Cada grupo tinha uma missão definida e coordenava suas atividades por meio de estruturas de autoridade", escreve Morris. "Os indivíduos eram responsáveis pelas tarefas que lhes eram designadas e conflitos importantes eram resolvidos pelo pastor, que em geral exercia a autoridade final sobre a congregação."
          
7. HIERARQUIA. Essa é a segunda distinção crucial entre o ativismo tradicional e sua variante on-line: as redes sociais não se prestam a esse tipo de organização hierárquica.  O Facebook e sites semelhantes são ferramentas para a construção de redes e, em termos de estrutura e caráter, são o oposto das hierarquias. Ao contrário das hierarquias, com suas regras e procedimentos, as redes não são controladas por uma autoridade central e única. As decisões são tomadas por consenso, e os vínculos que unem as pessoas ao grupo são frouxos.  Essa estrutura torna as redes imensamente flexíveis e adaptáveis a situações de baixo risco.
        
8. Carecendo de uma estrutura centralizada de liderança e de linhas de autoridade claras, as redes encontram dificuldades reais para chegar a consensos e estabelecer metas. Como fazer escolhas difíceis sobre táticas, estratégias ou orientação filosófica quando todo mundo tem o mesmo poder?  De forma semelhante, a Al Qaeda era mais perigosa quando mantinha uma hierarquia unificada. Agora que se dissipou em rede, vem se mostrando bem menos eficaz. As desvantagens das redes pouco importam, quando não estão interessadas em mudança sistêmica -caso desejem apenas assustar, humilhar ou fazer barulho-, ou quando não precisam pensar estrategicamente. Mas, se o objetivo é combater um sistema poderoso e organizado, é preciso uma hierarquia.
          
9. PODER DE ORGANIZAÇÃO. Clay Shirky, professor na Universidade de Nova York, procura demonstrar o poder de organização da internet. Na opinião de Shirky, ilustra "a facilidade e rapidez com que um grupo pode ser mobilizado para o tipo certo de causa" na era da internet. Na opinião de Shirky, esse modelo de ativismo é superior. Mas, na verdade, NÃO passa de uma forma de organização que favorece as conexões de vínculo fraco que nos dão acesso a informações, em detrimento das conexões de vínculo forte que nos ajudam a perseverar diante do perigo.
        
10. Transfere nossas energias das entidades que promovem atividades estratégicas e disciplinadas para aquelas que promovem flexibilidade e adaptabilidade. Torna mais fácil aos ativistas se expressarem e, mais difícil, que essa expressão tenha algum impacto.  Os instrumentos de redes sociais estão aptos a tornar a ordem social existente mais eficiente. Não são inimigos naturais do status quo. Se, na sua opinião, o mundo só precisa de um ligeiro polimento, isso não deve lhe causar preocupação. Mas se você acredita em mudança essa tendência deveria incomodá-lo.

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"MOVIMENTO PT" DO DEP. MARCO MAIA, FUTURO PRESIDENTE DA CÂMARA E A "BARBÁRIE CAPITALISTA"!
              
No programa do 'Movimento PT', o capítulo -Identidade- fala, entre outras coisas, sobre a 'barbárie capitalista'. Leia: "A defesa do socialismo. Não podemos admitir que o capitalismo seja o estágio supremo de evolução da humanidade. Isto seria uma capitulação inaceitável que também significaria o fim de um partido que se reivindica "dos trabalhadores", uma vez que o capitalismo é intrinsecamente o sistema da burguesia. É inegável que o projeto socialista, em sua primeira tentativa internacional, sofreu um grande revés, colocando os revolucionários de todo o mundo na defensiva. Isto não significa, entretanto, que a utopia socialista tenha morrido, pois isto significaria abandonar, definitivamente, o sonho de uma sociedade de iguais, justa e solidária e aceitar a barbárie capitalista como definitiva. Debater a questão do socialismo e suas múltiplas possibilidades e a questão da transição para este regime são tarefas de maior importância histórica e que o MPT não pode descurar em hipótese alguma."

                                                * * *

CINEMA NO COMPLEXO DO ALEMÁO..., SUPERFATURADO?
          
(JAP) "A Prefeitura vai inaugurar no Morro do Alemão um cinema de 85 lugares, com um equipamento 3D que custou R$540.000,00. Este mesmo equipamento, no mercado, não passa de R$250.000,00. E mais: a empresa que vai operar a sala tem cinemas em vários municípios, mas nenhuma no Rio de Janeiro. O dono desta empresa, Sr. Rubens, trabalhava na FOX e foi demitido por cobrar "apoio" de exibidores. O contrato para a administração do cinema do Morro do Alemão foi assinado com a Riofilme,  sem licitação ou qualquer oferta pública. O Sindicato Municipal de Exibidores Cinematográficos, presidido por Roberto Darze, vai contestar a Prefeitura e a Riofilme."

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WORLD METTERS!
          
Hoje nasceram uns 360 mil bebês no mundo todo. Hoje morreram 160 mil pessoas no mundo todo. Em 2010 já foram produzidos quase 50 milhões de automóveis e umas 105 milhões de bicicletas. Mais de 270 milhões de computadores foram vendidos no ano.
          
Conheça detalhes e o marcado/numerador.

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FINALMENTE OSCIPIS SÃO FLAGRADAS! SERIA BOM REVER ESSAS QUE ENTRARAM NO RIO DESDE 2009!
      
(Jornal Nacional, 14)  Entidades sem fins lucrativos são vendidas como mercadoria em Goiás. As OSCIPs têm certificado do Ministério da Justiça e o compromisso de promover o bem social. Antônio Carlos Vieira oferece a venda de OSCIPs, já aprovadas, prontas para operar imediatamente e receber dinheiro público. A casa de Aline Aparecida Brazão, em Alto Paraíso, Goiás, é a sede de dez Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), uma espécie de ONG que deve ter um certificado de qualificação do Ministério da Justiça e assumir o compromisso de promover o bem social.  Segundo a CGU, Aline Brazão é ou foi presidente de 45 OSCIPs. Ele tem um site na internet em que oferece a venda de OSCIPs, já aprovadas, prontas para operar imediatamente, prontas para receber dinheiro público. O produtor do Jornal Nacional, Fabiano Andrade, se passou por um interessado em comprar uma OSCIP. Marcou um encontro com Antônio Vieira em uma concessionária de veículos de Brasília. Antônio Vieira ofereceu a ele a entidade por R$ 22 mil.

                                                * * *

SOBRE O QUE PODE CHÁVEZ LEGISLAR! UM MÊS ANTES DE ASSUMIR O NOVO PARLAMENTO ELEITO!
          
O Parlamento da Venezuela aprovou nesta terça-feira um projeto de lei que concede a Hugo Chávez plenos poderes para governar por decreto durante um ano. A medida permitirá a Chávez legislar nas áreas de moradia, infraestrutura, terras urbanas e rurais, economia, defesa e cooperação internacional. Chávez ganha plenos poderes para governar a menos de um mês para a renovação do Parlamento. A partir de 5 de janeiro, a bancada chavista não contará mais com a maioria absoluta que lhe permitiu, durante cinco anos, aprovar com facilidade todas as reformas aplicadas neste período. Chávez também ganha poderes para legislar no polêmico setor das telecomunicações e informática.

                                                * * *

RÚSSIA SEDE DA COPA DO MUNDO DE 2018!
              
Vídeo de 9 minutos com que a Rússia defendeu sua candidatura e venceu. Assista.


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José Serra [#serrarojas] e as bolinhas de Ali Kamel

A farsa: como a Globo tentou [mais uma vez] fazer o brasileiro de otário


por Mauro Carrara
Nas ruas, nas praças, nas construções: a Rede Globo de Televisão causa estarrecimento, repulsa e vergonha alheia.

Nesta eleição presidencial, seguindo o exemplo dos jornais Folha de S. Paulo e Estadão, bem como dos veículos midiáticos da editora Abril, a empresa da família Marinho transformou sua programação em complemento desesperado e mal disfarçado da propaganda de José Chirico Serra e do PSDB.

Ao perceber o crescimento de Dilma Rousseff na preferência do eleitorado, o comando tucano resolveu tentar soluções “heterodoxas”, isto é, gerar fato novo que desviasse a atenção das vulnerabilidades da campanha serrista, como o caso Paulo Preto e a entrega anunciada de Itaipu, Banco do Brasil e Petrobrás a piratas de agência de pilhagem como a Warburg Pincus.

1) Obviamente, a encenação foi realizada no Rio de Janeiro, com o apoio tático e logístico de Cesar Maia, especialista na criação de factoides dessa natureza. Em 2007, apresentei na rede inúmeros testemunhos de que o ex-prefeito do Rio havia tramado o episódio das vaias a Lula na abertura do Pan.


2) Qualquer analista político sabe que Serra nada tinha que fazer no calçadão de Campo Grande, exceto atrair a ira de setores da população abandonados e humilhados durante o governo de FHC.

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O silêncio ensurdecedor de César Maia

Vejam que interessante: o ex-prefeito do Rio e candidato derrotado pela coligação PV-PSDB-DEM-PPS ao Senado, César Maia (DEM) não diz uma palavra hoje em seu ex-blog sobre a encenação de uma agressão ao candidato da oposição a Presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) na Zona Norte do Rio.

E eles são aliados. Ou não são mais? Ou nunca foram? Em certos momentos da campanha serrista, César Maia e o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foram tão críticos do candidato tucano quanto nós da oposição, mas não romperam - pelo menos publicamente.

Até foram os Maias do Rio que impuseram a José Serra o candidato a vice-presidente em sua chapa, o deputado Índio da Costa (DEM-RJ). Aliás, depois do teatro na Zona Norte carioca, ontem, tucanos, demos e aliados foram comemorar o aniversário de Índio da Costa numa churrascaria. César Maia e outro aliado de primeira hora da turma, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), derrotado na eleição de governador no 1º turno, não compareceram.

No ex-blog, hoje, César Maia fala de tudo - do presidente Barack Obama, de estudos sobre as pesquisas eleitorais nesta campanha, de Nova Iguaçu (RJ) e do fato de o papa Bento XVI ter nomeado 24 novos cardeais e o Rio, pela primeira vez em décadas, ficar sem um cardeal. Fala de drogas, também, aumento do consumo de crack, mas nenhuma palavra a farsa da Zona Norte envolvendo José Serra.



Será que o autor da montagem do episódio foi ele? Ou será que ficou contra e por isso não quer comentar?

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Renegados

Lembro que, na ditadura militar, um de seus líderes dizia, a propósito de um renegado que perdera a eleição, que se podia até aceitar um traidor, desde que vitorioso, derrotado jamais. É o que me ocorre quando vejo e leio de Fernando Gabeira, aquele guerrilheiro de esquerda que se tornou ídolo da direita nacional e não tem possibilidade de chegar a 20% do eleitorado de seu Estado. E a iminente derrota de César Maia, outro que tem mudado mais de partido que de camisa, e sempre no rumo do conservadorismo.

O mesmo está ocorrendo em Pernambuco, em que Jarbas Vasconcelos terá derrota humilhante para o governo, devendo receber no máximo dez por cento do eleitorado do Estado. Voltará ao Senado Federal para falar em nome de quem? De Serra? De outros derrotados?

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A pregação udenista e ridícula de César Maia

Sempre tão eloqüente ao analisar as pesquisas dos outros em seu ex-blog e nas entrevistas, o candidato da oposição e dos tucanos ao Senado pelo Rio, o ex-prefeito César Maia (DEM) - concorre pela coligação PV-DEM-PSDB-PPS - não fala uma palavra sobre a situação dele nas sondagens eleitorais.

Do início da campanha eleitoral até agora ele perdeu milhões de votos porque a avaliação de seus governos é péssima e de sua atuação como político também. Maia está em 3º lugar nas pesquisas, tudo indica que de forma irremediável, porque muito distante do 2º colocado, nosso candidato ao Senado, Lindbergh Farias (PT), e do 1º,  nosso aliado candidato à releeição, senador Marcelo Crivella (PRB).

Agora, como mau perdedor, Maia retoma uma pregação udenista e vem com o chororô de que o PT quer conquistar uma perigosa maioria. Ora, maioria é um pressuposto da democracia. Vocês imaginem alguém dizendo que os democratas ou republicanos nos Estados Unidos, ou os conservadores, liberais ou trabalhistas na Grã-Bretanha, ou ainda os democrata-cristãos, os social-democratas, os os socialistas ou os populares na Alemanha e na Espanha, pretendem conquistar uma perigosa maioria?

Isto representa algum risco, um absurdo, ou uma ameaça à democracia? Claro que não. Nós queremos conquistar a maioria para governar como fizemos nos últimos 8 anos, com a aprovação de 80% do nosso povo, percentual de apoio e aprovação populares conferido ao presidente Lula e a seu governo, conforme atestam as pesquisas de opinião pública.

Só a mediocridade e o sectarismo introduzidos na campanha pela direita - tucanos à frente - explicam como se pode usar um argumento ridículo destes contra a própria democracia. Mas, é o que ocorre, é o que tem sido invocado pelos tucanos e pela própria mídia. Diariamente, semanalmente, jornais e revistas e a oposição repicam esta história de que o PT não pode ter maioria.

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Sobre o pano de fundo de uma disputa presidencial com cara de definida, o Datafolha captou movimentos dignos de nota na briga pelo Senado.


Os pesquisadores do instituto voltaram ao meio-fio em oito praças. As principais novidades foram recolhidas nas ruas do Rio e de Minas.

No Rio, Lindberg Farias (PT), em alta, abriu onze pontos de vantagem sobre Cesar Maia (DEM), um dos políticos que Lula quer “extirpar” da política.

Lindberg, agora com 38%, disputa com Maia, 27%, a segunda vaga de senador. À frente de ambos, por ora, Marcelo Crivella (PRB), estacionado em 40%.

Em Minas, Fernando Pimentel (PT), em curva ascendente, aproximou-se um pouco mais de Itamar Franco (PPS).

No início de agosto, Itamar estava 27 pontos à frente de Pimentel. De pesquisa em pesquisa, o petista foi mastigando a diferença.


Reduziu-a a oito pontos. Agora, Pimentel tem 32%, contra 40%de Itamar. Em jogo, também em Minas, a segunda vaga de senador.

A primeira, indica o Datafolha, parece reservada a Aécio Neves, que cavalga uma confortável liderança de 71%.

Em São Paulo, Netinho de Paula (PCdoB), parece ter batido no teto. Escorregou dois pontos. Tem agora 34%, um ponto a menos que os 35% de Marta Suplicy (PT).

Atrás deles, brigando pelo espólio de Orestes Quércia (PMDB), que se retirou da disputa, vem Romeu ‘22%’ Tuma (PTB) e Aloysio ‘17E%’ Nunes (PSDB).

Em Pernambuco, outra disputa encarniçada pela segunda cadeira de senador.

Estão tenicamente empatados Marco Maciel (DEM), 34%, outro senador que Lula gostaria de riscar do mapa, e Armando Monteiro (PTB), 32%.

Na liderança, o ex-ministro da Saúde Humberto Costa (PT) cresceu três pontos. Foi a 47%.


No Rio Grande do Sul, a jornalista Ana Amélia, noviça em urnas, perdeu dois pontos em relação à pesquisa anterior. Mas segue na liderança, com 47%.

Continua enxergando pelo retrovisor dois políticos experimentados: Germano Rogotto (PMDB) e Paulo Paim (PT), agora numericamente empatados em 41%.

Na Bahia, um bololô. Três candidatos se engalfinham pelas duas vagas: Cesar ‘29%’ Borges (PR), Lídice ‘28%’ da Mata (PSB) e Walter ‘27%’ Pinheiro (PT).

No Paraná, Gleise Hoffman (PT) escalou três pontos. Igualou-se ao ex-governador Roberto Requião (PMDB). Ambos somaram 44%.

No Distrito Federal, consolidam-se na dianteira Cristovam Buarque (PDT), com 49%, e Rodrigo Rollemberg (PSB), com 39%.

Ameaçada pela Lei da Ficha Limpa, Maria de Lourdes Abadia (PSDB), que chegara a preocupar Rollemberg, dispõe agora de exíguos 17%.

por Josias de Souza 

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Cesar Maia vidente ou 100% cara-lisa?

Não faz muito tempo li no ex-blog do Cesar Maia, previções do autor da vitótia do candidato José Serra no 1º turno da eleição presidencial deste ano. Mandei e-mail para ele afirmando que poderia acontecer o contrário, Dilma que poderia ser eleita no 1º turno [eu ainda não tinha certeza da vitória dela no 1º]. Pois muito bem, transcrevo abaixo um pequeno trecho  do que li no ex-blog dele hoje: 
" 7. Este Ex-Blog, aplicando o mesmo método de muitos anos, com previsões de 100% de acerto, poderá projetar tendências a partir de pesquisas cujo campo ocorra no final desta semana."
Então, que nos resta dizer, que nos resta fazer, confiar nas "previsões de 100% de acerto", do sr. Cesar Maia ou conceder-lhe o trofeu Cara-lisa do ano? 
Favor deixar sua opinião nos comentários. 
Agradeço!
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Cesar Maia - A CAMPANHA MAIS FRIA DA HISTÓRIA!

1. Por onde se circula -capitais, municípios metropolitanos e interiores- não se consegue ver nenhuma iniciativa das campanhas presidenciais. A exceção se dá quando um candidato se apresenta -fisicamente- num local. E apenas por aquelas duas horas. E é essa a avaliação por todo o país. E que não se culpe a imprensa, pois essa tem feito força para animar a campanha, excedendo-se na divulgação de propostas e de conflitos.
                  
2. Falta experiência eleitoral à candidata do governo, é verdade. Mas sobra no da oposição. E quando se pensava que a alternativa ambiental viria com alguma "verdade inconveniente", o que se vê é um bom comportamento que beira a uma espécie de 'saudades do governo'. O debate da Band foi apenas a apoteose da falta de brilho e de consistência.
                  
3. As candidaturas favoritas fazem suas campanhas como se a instância presidencial estivesse completamente separada da política regional. Nem informação -reclamam as "bases" de ambos os lados- se tem. Isso, num país continental, em que por mais que os candidatos andem, não chegarão -diretamente- a 0,5% dos eleitores. E, por isso mesmo, precisam mobilizar suas "bases" para que estas deem capilaridade à campanha. A animação que se tentou com as Farc sequer passou pelo crivo de uma pesquisa que diria que as Farc não existem no imaginário do eleitor médio. Quem existe é Chávez.
                
4. Essa letargia pode até interessar a candidatura do governo, mas a sensação que se tem é que ocorre menos por estratégia que por falta de talento. E a oposição vive enjaulada numa tentativa de explicar ações do atual governo pelas ações do governo anterior. Só que, as ações do governo anterior -quando percebidas positivamente- se referem a 12 anos atrás. Ou seja, quem tem hoje 25 anos, tinha na época 13 anos, e quem tinha 70 anos, tem hoje 82. O que passa é que vai tudo bem e, se vai bem, para que mudar, comentava uma dona de casa num município do interior do Estado do Rio, semana passada.
                  
5. O debate na Band foi a expressão desse quadro. Se os atores tivessem recebido um script para representar uma campanha insípida e inodora, não poderiam ter se saído melhor. O destaque foi nostálgico: como eram animados os anos 50, poderia se dizer do candidato da poli-oposição, que ainda ironizou os demais, batizando-os, num 'revival' de Brizola. E 'coerentemente' se debateu o tema saúde em torno dos mutirões de cirurgia -ou seja- daquilo que não foi feito pela rede e se tenta corrigir depois.
                  
6. Lembre-se que, faltando 50 dias para as eleições, o eleitor já começa a transformar sua intenção inicial de voto em decisão final. Quem usa a audiência do debate como justificativa para torná-lo inócuo, se esquece da cobertura da imprensa, que por três dias abriu todos os espaços -escritos, ouvidos e vistos- para tratar do tema. A audiência pós-debate foi, assim, muito grande. E já veio com as conclusões: foi um não debate.
                  
7. Agora, todos se concentram nos programas e comerciais na TV como se a criatividade dos publicitários pudesse transformar a realidade e produzir o milagre de mudar os  produtos pela substituição da embalagem. A pré-campanha, como dizia Paul Lazarsfeld nos anos 40, é o momento da fotografia (de seu tempo), impregnando a imagem no celulóide. E a campanha é a revelação dessa imagem impregnada. Se não há pré-campanha, dizia ele, não há campanha.
                 
8. Se os presidenciáveis pensam que a campanha é na TV, como não houve pré-campanha, a atenção estará voltada para as pesquisas, com cada um torcendo por elas, como se pudessem ser o retrato do que não fizeram.  E se popularidade do presidente fosse a pedra de toque, o presidente do Chile hoje não seria Piñera e Churchill não teria perdido a eleição 3 meses depois de terminada a segunda guerra.

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A sintomática "banana" de Gabeira

Candidato a governador do Rio pela coligação PV-PSDB-DEM-PPS, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) colocou mais uma pedra no túmulo da candidatura presidencial que apoia, a de José Serra (PSDB-DEM-PPS). Descontente com a campanha dos aliados que não o ajudam ameaçou "dar uma banana" ao PSDB, DEM, PPS.





A declaração foi entendida como "uma banana já", mas sua assessoria tentou consertar dizendo que não tem nada a ver com a campanha, a ameaça é para o caso dele se eleger. Não colou e ficou pior a emenda que o soneto.





Isso depois do ex-prefeito do Rio, César Maia (DEM), candidato a senador pela coligação, começar a dizer com todas as letras e publicamente que Serra não ganha. O fato é que Gabeira e César Maia já não escondem o incomodo com a aliança em que entraram e nem a avaliação de derrota.





Sem falar que os sinais de desmanche da aliança do presidenciável tucano são ainda maiores: o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), também já disse que não se importa um pingo com Serra. A coligação serrista realmente está desmanchando, dia a dia, Estado por Estado.

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Cresce abandono à candidatura Serra

Notícia publicada no domingo estragou o fim de semana dos tucanos: não é só em São Paulo que cresce a debandada de prefeitos, vereadores e lideranças de base do PSDB e partidos aliados pró-candidaturas Dilma Rousseff presidente/Aloizio Mercadante governador.

O "fenômeno" de desembarque da candidatura presidencial da oposição de José Serra (PSDB-DEM-PPS) intensifica-se em todo o país. Levantamento publicado pela Folha de S.Paulo nesse domingo prova que o candidato está sendo abandonado pelos tucanos e aliados não só em Minas e São Paulo. onde esse movimento já ocorre há algum tempo.

A matéria do jornal -  insuspeita porque ele apoia a candidatura tucana - mostra que nesses (últimos) 25 dias de campanha, candidatos da coligação serrista em sete dos oito Estados que concentram os maiores colégios eleitorais do país (totalizam 94 milhões dos 130,5 milhões de eleitores do Brasil) não incluíram imagem de Serra em santinhos, adesivos e nos demais materiais da disputa eleitoral. Continua>>>

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Mudando de lado

Carlos Lacerda foi o mais ferrenho anticomunista que o País conheceu depois que deixou o Partido Comunista em que tinha projeção, acusado de relacionar seus militantes para uso da mídia e da Polícia. Desde então, todo adversário era por ele chamado de comunista. Ou ladrão. Ou então recebia os dois epítetos juntos. Os renegados apenas mudam a direção de seu radicalismo, como Carlos Lacerda, Fernando Gabeira e César Maia. Querem limpar o passado totalmente encampando as teses mais reacionárias.

É a mudança pela qual está passando José Serra, antigo presidente da UNE que se exilou no Chile, com receio da repressão da ditadura militar no Brasil. Ele dá a impressão de que, ao assumir a Presidência da República, ira pressionar Venezuela, Equador e Bolívia, no sentido de que se alinhem a Washington, como Fernando Henrique Cardoso no Brasil e Carlos Menem na vizinha Argentina. Este, feliz de ter sido escravizado, se gabava, publicamente, de relação carnal de Buenos Aires com a capital americana. É de surpreender que Serra lembre Lacerda no reacionarismo e reflita o que há de pior na sociedade paulista ao encarar o momento histórico que vivemos atualmente.

A direita tem candidato à Presidência da República, José Serra. Deus queira que este patrulheiro Toddy não seja vencedor e queira mover guerra aos países que não obedecem fielmente às ordens do governo americano. Principalmente se parecem com as do estilo de George W.Bush, de quem morrem de saudades.

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CACIQUES SEM ÍNDIOS


Primeiro chamou-se Arena, o maior partido do Ocidente. Depois foi PDS, Partido  Democrático Social. Em seguida Frente Liberal, transformada em PFL. Agora é Democratas, mas o risco parece de não  ser mais nada, em poucos anos.

Caciques, o partido  possui, de Marco Maciel a José Agripino, de Jorge Bornhausen a César Maia  e  muitos outros. O diabo é a falta de índios, ainda mais tendo  lançado  o  Índio da Costa para candidato a vice-presidente na chapa de José Serra.

Errou o DEM ao descuidar de sua bancada na Câmara dos Deputados, na Legislatura que se encerra,  tivessem proposto projetos de interesse nacional, mesmo polêmicos, e poderiam estar hoje influindo na opinião pública. Como ficaram omissos no governo Fernando Henrique, tornaram-se desimportantes no governo Lula, correndo o risco da dissolução ou da incorporação forçada a outros partidos, nas eleições de 2014.


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ELEIÇÃO NÃO É DUELO DE ESPADACHINS!

1. No mundo todo, a imprensa cobre as campanhas eleitorais como uma luta de espadachins ou uma corrida de cavalos. Apresenta as declarações, performances, opiniões dos candidatos como um duelo. Aqui no Brasil não é diferente.
                    
2. O problema não está nesse tipo universal de cobertura. O problema está nos candidatos competitivos acreditarem que são espadachins e que estão em um duelo. Quem entra nesse jogo, em geral, perde a eleição. Atinge seu adversário com um golpe de espada e está certo que esse é o caminho do sucesso. Não é.
                    
3. Quem desfere os golpes mortais nesse ou naquele espadachim, é o eleitor. É um duelo curioso, que é o distinto público que escolhe o vencedor. E escolhe conversando com as pessoas que tem contato, sempre ou eventualmente. Um golpe forte de um espadachim fazendo sangrar o adversário pode ser percebido pelo público, vitimando quem foi golpeado, e anotando pontos a favor desse.
                    
4. Portanto, não é tão simples como um duelo, a lógica e dinâmica eleitorais. Os contendores devem estar sempre pensando se seus golpes e seu comportamento estão chegando às centenas de milhares de eleitores, e como estes estão reagindo em seu círculo social. Ou seja, se ele duela em nome dos eleitores e com o entusiasmo desses. A lógica do espadachim pode não ser a lógica do eleitor.
                    
5. Muito mais importante que o espadachim ficar olhando para as câmeras de fotos e TV, ficar fitando apenas seu adversário ou mirando os que estão na área VIP assistindo o duelo, é entender que ele é parte de um todo, com o qual deve interagir, e é mesclado a esse todo que conseguirá a vitória. E não sua habilidade no manejo da espada.

Cesar Maia - OPOSIÇÃO DEVE JOGAR 'GO' E NUNCA 'XADREZ'!

                
1. O jogo de Xadrez, da forma que o conhecemos, nasceu na segunda metade do século XV e coincide com o Renascimento e Maquiavel. É um jogo ocidental que parte da ideia da guerra como um confronto entre dois exércitos, cara a cara. Ali estão a infantaria, a cavalaria, a artilharia, a Igreja, e o Rei e a Rainha. O jogo começa com o tabuleiro completo, com todas as peças. E termina com o tabuleiro vazio, com poucas peças e um rei cercado, sem movimento.
                  
2. O jogo de GO originou-se na China no século VI antes de Cristo. É o inverso do Xadrez. O tabuleiro é semelhante ao do Xadrez, mas com mais casas. O jogo começa com o tabuleiro vazio e os exércitos estão fora do mesmo. As pequenas peças são redondas e iguais, e vão sendo colocadas uma a uma no vértice dos quadrados (casas). Quando peças coladas cercam peças do adversário, é como se um batalhão ou milícia ou guerrilha, tivesse eliminado o outro.
                  
3. Num processo eleitoral, quem governa, quer jogar Xadrez. Quer confrontar o "exército" adversário com o seu. Com regras definidas. E joga com as brancas, ou seja, tem a iniciativa. Provoca com seus peões, abre espaços para ataques com as outras peças. Quer que o adversário venha a campo aberto e confronte. Isso independe se o governo é mais ou menos forte. Tendo a máquina, quer o confronto. Algumas vezes, quando se sente muito poderoso, se posiciona e provoca o adversário para que este venha a seu campo e o confronte.
                  
4. A oposição deve sempre escolher  jogar o GO. Era o jogo preferido do general Sun Tzu (Arte da Guerra, 500 anos a.C.). O governo quer guerra de posição. A oposição deve preferir a guerra de movimento. Pode ensinar muito as oposições nos Estados e no Brasil, em 2010. Um princípio de Sun Tzu: "vencer primeiro e lutar depois". Ou seja, a eleição se ganha na estratégia e no conhecimento profundo de si e de seu adversário. Conhecimento permanente e dinâmico, e com infiltrações e contra-informação.
                  
5. Não movimente seu exército. Movimente grupos menores. De preferência milícias ou guerrilhas políticas. Nunca faça ataques diretos. Prefira os indiretos. Faça ruído para o governo pensar que você vai atacar onde não vai. No nível nacional e estadual (em oposição), a oposição deve jogar GO em suas campanhas. Nunca Xadrez. Na eleição de Presidente, isso é decisivo.