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O que mudaria se a remuneração real dos títulos do governo baixasse para 3%?

Alguém um dia tinha que tomar uma providência. Dilma Rousseff tomou. Deixou o Banco Central numa situação em que o Comitê de Política Monetária não teve como persistir na linha de sempre.

Guerras são assim. Por mais que se planeje, desenhe, considere, pondere, quando ela começa é sempre diferente do previsto. E quem precisa guerrear e fica esperando eternamente pelas condições ideais acaba derrotado sem luta.

Onze entre dez autoridades, economistas, empresários, consultores e jornalistas especializados dizem que o Brasil vai bem. Eu não chegaria a tanto, dado nosso crescimento modestíssimo, na comparação com os primos emergentes.

Mas é verdade que as finanças brasileiras estão razoavelmente em ordem, temos reservas, que aliás custam caríssimo. Temos inflação incômoda, mas o governo diz que vai colocar na descendente. A ser cobrado.

Então por que nossos juros são os maiores do mundo?

Não apenas os que o Estado paga para rolar sua dívida, mas também e principalmente os cobrados do tomador em banco. O infeliz que não conhece o endereço do BNDES nem está pendurado em subsídio.

Já tive oportunidade de escrever que parte da nossa saúde financeira deriva de uma doença.

Nossos bancos estão melhor que os de outras paragens porque emprestam de menos e cobram demais. O brasileiro deve relativamente pouco mas compromete muito da renda com o pagamento das obrigações financeiras.

Os últimos governos tiveram o mérito de controlar a inflação. Parabéns. Mas o controle da inflação não é a parada final do bonde. O objetivo de qualquer país é produzir prosperidade, oportunidades, bem estar.

O Brasil cresce pouco. As bravatas sobre como seria fácil subir o PIB potencial para além de 4% viraram fumaça. Em condições normais de temperatura e pressão, o governo Dilma estará condenado a um porvir medíocre e a um desfecho idem.

Ainda mais se for esperar pelas “grandes reformas” que nunca virão. É uma esperteza dos nababos. Pedir o impossível para justificar o injustificável. Já que não dá para desmontar o welfare state brazuca, melhor não mexer com a banca.

Errado. Um bom método na administração de encrencas é criar o problema para acelerar a solução. Em vez de esperar pelo dia de São Nunca, agir agora. Em vez de se atolar no pântano congressual das reformas supostamente indispensáveis, levantar e andar.

O Brasil pratica um juro básico real de 6%. Aqui, uma pergunta de leigo. O que mudaria se a remuneração real dos títulos do governo baixasse para 3%, num planeta em que os governos dos países desenvolvidos praticam juro real zero ou negativo?

Iríamos à breca? O mundo acabaria? Tenho minhas dúvidas.

Disseram que o mundo ia acabar quando a Constituinte enfiou um monte de direitos trabalhistas e sociais na Carta Magna. A licença-maternidade de quatro meses, por exemplo, provocaria o fim do emprego formal feminino.

Para 2012, o salário mínimo brasileiro tem previsão de ir a quase 400 dólares. Mesmo descontada a hipervalorização do real, é um número glamoroso.

O país, felizmente, não esperou pela solução estrutural definitiva de todos os problemas da previdência para aumentar decididamente o valor do mínimo.

E o Brasil não acabou. Nem vai acabar.

A decisão do Copom de baixar a taxa básica de juros em meio ponto percentual é animadora, ainda mais se for somente o início da caminhada. Pois falta muito. Falta principalmente acabar com a espoliação das pessoas e empresas pelos bancos.

Se Dilma quiser mesmo avançar nessa trilha, e se conseguir, nem que parcialmente, já terá justificado o mandato dela.

Autonomias

Ouvem-se lamentos pela suposta perda de autonomia do Banco Central.

A autonomia não é um fim em si. Qualquer instituição da República recebe o bônus ou paga o ônus pelo exercício das atribuições.

Se age bem, fortalece-se. Se age mal, enfraquece-se.

A Câmara dos Deputados, por exemplo, exerceu sua autonomia ao absolver na terça-feira a deputada Jaqueline Roriz. Os que não gostaram pediram uma limitação na autonomia dos deputados.

Pediram o fim do voto secreto.

O voto no Copom também é secreto. Sabe-se o resultado das votações, mas não se sabe quem votou como.

Contra esse voto secreto não se notam tantas reclamações assim.

Curioso. 
Alon Feurwerker

Manchete de economia

Bancos inflam calote para sonegar, afirma receita.

Tradução: Bancos mentem sobre calote para roubar, afirmo

Carta aberta ao Bradesco

Carta de um PADEIRO para o dono de um BANCO (já que estamos falando em dinheiro, principalmente o nosso, ganho com muito suor)......
Senhores  Diretores do Bradesco,
Gostaria de saber se os  senhores aceitariam pagar uma pequena taxa mensal pela existência da padaria na esquina de sua rua, outra pela existência de cada  posto de gasolina, de cada farmácia, de cada feira, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.
Funcionaria assim: todo mês os senhores e  todos os usuários pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços de padaria, feira, mecânico, costureira, farmácia etc.. Uma taxa que não garantiria  nenhum direito extraordinário ao pagante. Existente  apenas para enriquecer os diversos proprietários dos estabelecimentos, sob a única e "superveniente" alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade.
Por qualquer produto adquirido (um pãozinho, um remédio, uns litros de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado, ou, dependendo do produto, até um pouquinho acima. Que tal? Querem encarar?
Ontem mesmo saí de seu Banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas, por uma questão de equidade, de honestidade e isonomia.
Minha certeza  deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a seguinte cena: eu vou à padaria para comprar um pãozinho.  O padeiro me atende muito gentilmente e com a maior "qualidade possível". Vende o pãozinho. Cobra o embrulhar do pão, assim como todo e qualquer serviço..
Além disso,  me impõe taxas. Uma 'taxa de acesso ao pãozinho', outra  'taxa por guardar pão quentinho' e ainda uma 'taxa de abertura da padaria'. Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.
Fazendo uma comparação, com a qual talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo em seu Banco.
Financiei um carro, ou seja, comprei um produto de seu negócio. Os senhores me  cobraram preços de mercado.  Assim como o padeiro me cobra o preço de mercado pelo pãozinho.
Entretanto, diferentemente do padeiro e dos demais estabelecimentos cadastrados na Associação Comercial de minha cidade, os  senhores não se satisfazem me cobrando apenas pelo produto que adquiri. É que, para ter acesso ao produto de seu negócio, os senhores já começam me "debitando"  uma 'taxa de abertura de crédito'  - equivalente  àquela hipotética 'taxa de acesso ao pãozinho', que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar.
Não satisfeitos, para ter acesso ao pãozinho, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta-corrente em sua instituição financeira.
Para que isso fosse possível, os senhores também me debitaram uma 'taxa de abertura de conta', como que metendo a mão no meu dinheiro.
Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa 'taxa de abertura de conta' se assemelharia a uma 'taxa de abertura da padaria', visto que só se pode negociar com o padeiro depois que ele abra a  padaria.
Antigamente os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como papagaios. Para liberar tal 'papagaio', alguns Gerentes inescrupulosos cobravam um 'por fora', que era devidamente  embolsado pela instituição bancária (não deixaria de ser um crime intitulado corrupção ativa pelo gerente).
Fiquei  com a impressão de que o Banco resolveu se antecipar aos gerentes inescrupulosos.
Agora, ao invés de um 'por fora', temos muitos 'por dentro'.
-  Tirei um extrato de minha conta - um único extrato no mês - os senhores me cobraram uma taxa de R$ 5,00.
-  Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de R$ 7,90 'para a manutenção da conta'  semelhante  àquela 'taxa pela existência da padaria na esquina da rua'.
-  A surpresa não acabou: descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada trimestre -  uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite do cheque-especial, que é o pior negócio do mundo para o tomador, vou pagar os juros (preços) mais altos do mundo pelo uso de um dinheiro que não é do banco, mas é de outro correntista como eu, que não está precisando dele.
- Semelhante àquela 'taxa por guardar o pão quentinho'.
- Mas os senhores são insaciáveis. A gentil funcionária, que me atendeu, me entregou um caderninho onde sou informado que me cobrarão taxas por toda e qualquer movimentação que eu fizer.

Cordialmente, retribuindo por tanta gentileza,  gostaria de alertar que os senhores se esqueceram de me cobrar pelo ar-condicionado que respirei enquanto  estive nas instalações de seu Banco, pela porta automática que se abre pela simples presença humana, pelo custo da vigilância, da faxina, etc..
Por favor, me  esclareçam uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?
Depois que eu quitar forçosamente (pois é debitada sem que me consultem) as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, cínica, cordial e profissionalmente, com aquele sorriso nos lábios, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que sua responsabilidade é  muito grande, que existem inúmeras exigências  governamentais, que os riscos do negócio são muito elevados etc. e tal. E, ademais, tudo o que estão cobrando está  devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco Central. Só que a fonte da matéria prima para o seu negócio, que é o dinheiro que não é do banco, é do cliente, gera lucro alto, que não é repartido com o fornecedor, nós clientes.
Ao contrário da padaria, o fornecedor da matéria prima essencial ao negócio, o trigo, é bem pago por ele, comparado a nós clientes do banco, que nada ganhamos, e, muito pelo contrário, pagamos por emprestar, nada graciosamente, mas onerosamente, a matéria prima, que é nosso numerário (salário, proventos de aposentadoria, etc..).
O banco deveria creditar a todo cliente uma taxa mensal pelo seu saldo médio, ou seja, como um aluguel do seu dinheiro, matéria prima essencial para o seu negócio lucrativo. Mas isso não ocorre. Não há isonomia de tratamento, acobertada pelo Governo, a favor do banqueiro, a desfavor do cidadão, que é quem paga seu imposto e mantém o Estado.
Sabemos que existem seguros e garantias legais que protegem o negócio  dos banqueiros de todo e qualquer risco. Esse custo deveria ser debitado do lucro excessivo do banco, e não do correntista.

Presumo que os riscos de uma  padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados..
Sei que são legais. Mas também sei que são imorais. Por mais que estejam garantidas em lei, vocês concordam o quanto são abusivas?!
ENTÃO, ENVIEM A QUANTOS CONTATOS PUDEREM. VAMOS VER SE MEXE COM A CABEÇA DE QUEM FEZ ESSAS LEIS PROTETIVAS APENAS PARA A PARTE MAIS FORTE FINANCEIRAMENTE, PARA PENSAREM O QUANTO ESTÃO  ERRADOS COM A MASSA POPULACIONAL QUE OS ELEGEM!!! A INCLUSÃO BANCARIA......o que é isso?
 
Já fiz minha parte, enviando para você. Faça a sua, pelo amor de Deus, da ética, da justiça e da nossa saúde financeira de cada dia!

Um banco para pequena e média empresas

Providencial, e mais do que necessária, a medida adotada pelo BNDES, de praticamente dobrar a dotação do seu programa de microcrédito - elevou de R$ 250 milhões para R$ 450 milhões - a ser cumprido até o final de 2012.

Em nota, o banco justificou a providência, adiantando que o principal objetivo do programa é promover a geração de renda e emprego na economia popular, aumentando as fontes de financiamento para pequenos empreendedores, pessoa física ou jurídica, que tenham receita bruta anual igual ou inferior a R$ 240 mil.

O prazo máximo dos financiamentos é de 96 meses, dependendo de pisos estabelecidos pelo banco. A elevação do montante de dinheiro do programa e seus objetivos são ótimos, mas o que o Brasil precisa mesmo, e mais do que nunca, é da criação de um banco específico para financiar a micro, pequena e média empresas.

Elas constituem mais de 90% do número de empresas instaladas no país e são as que absorvem a maior parte da nossa mão de obra. O Brasil deve à sua micro, pequena e média empresas este banco específico; e a presidenta Dilma Rousseff, a efetivação do compromisso assumido na campanha eleitoral, de criar, também, um ministério específico para a área.

Banco Pérola

Jovens empreendedores como Alessandra França, querem juntar em uma mesma iniciativa eficiência financeira, lucro e busca por melhorias sociais


FALTAVA DINHEIRO
Alessandra França fundou o Banco Pérola aos 23 anos para ajudar jovens empreendores das classes C, D, E a conseguirem capital para financiar seus projetos
Todo mundo já jogou ou sabe como funciona a dança das cadeiras: há sempre um lugar a menos do que o número de jogadores e quando a música para e as pessoas se sentam alguém sobra e é excluído da brincadeira. Agora imagine o mundo como uma grande dança das cadeiras, só que em vez de um, faltam quatro bilhões de lugares. Quatro bilhões de pessoas - cerca de dois terços da população mundial - sobraram, não conseguiram sentar e foram excluídas da sociedade contemporânea. Zygmunt Bauman escreve sobre essa condição no livro Vidas desperdiçadas, publicado em 2004. Bauman chama as pessoas que sobraram de “refugo humano”. De acordo com o sociólogo polonês, esse é um efeito colateral "inescapável" do progresso econômico. Por isso a ideia de que o planeta está cheio: o que falta não é espaço, mas "formas e meios de subsistência" para seus habitantes.

Essa massa de pessoas que sobraram é um dos principais problemas da nossa sociedade. A abordagem dos séculos passados era de mandar as pessoas que sobraram para lugares subdesenvolvidos e fingir que aqueles “lixões de refugo” não existiam. Com a globalização, entretanto, até mesmo os lugares mais atrasados começaram a sofrer pressões modernizantes: o mundo todo entrou na dança. Para o capitalismo do século 21, é necessário criar novos lugares para o maior número de pessoas possível. Por outro lado, não é novidade o discurso de que as classes sociais mais baixas têm um potencial econômico imenso. O desafio é tornar esse investimento atrativo e balancear rentabilidade e impacto social. Uma possível resposta para isso pode estar em algo conhecido como "negócio social".


Um negócio social tem lucro mas busca ao mesmo tempo exercer um impacto positivo na sociedade: uma espécie de híbrido entre uma empresa capitalista e uma ONG. Para Marcio Jappe, diretor executivo da Artemisia, empresa que treina pessoas para desenvolver e criar novos modelos de negócios, a pergunta por trás dessas iniciativas é: como transformar problemas sociais em oportunidades de negócios que promovam desenvolvimento humano? Jappe afirma que não é preciso escolher entre ganhar dinheiro ou fazer a diferença no mundo, você pode ter os dois ao mesmo tempo. A ideia é juntar o melhor do segundo e do terceiro setor: a eficiência econômica das empresas capitalistas com os impactos sociais planejados de ONGs e outras associações civis.


Um exemplo de negócio social brasileiro é o Banco Pérola. A microfinanciadora foi fundada em 2009 por Alessandra França, então com 23 anos, com ajuda da Artemisia. Trabalhando na coordenação de uma ONG, Alessandra percebeu que a falta de dinheiro e de crédito era um dos principais empecilhos para jovens empreendedores das classes mais baixas. Esse é exatamente o público-alvo do Pérola: pessoas de 18 a 35 anos das classes C, D e E. “Queremos ir à comunidade que a sociedade considera ferida, que quer botar para fora, e encontrar esses jovens talentos, as pérolas”, afirma. “Isso quebra o paradigma de que jovens não pagam e não têm comprometimento.” O Pérola emprestou mais de R$ 40 mil em 2010 e começa 2011 como correspondente de microcrédito da Caixa Econômica Federal.


Para criar o Banco Pérola, Alessandra foi inspirada pela iniciativa mais famosa - e pioneira - dos negócios sociais: o banco popular Grameen, de Bangladesh, criado em 1976 por Muhammad Yunus. Com a ideia simples de emprestar dinheiro para as camadas mais baixas e marginalizadas da população (quase a totalidade de seu país), Yunus, que ganhou o Nobel da Paz em 2006, inventou o microcrédito. Hoje, o Grameen já emprestou mais de US$ 8 bilhões para os pobres e serve de referência para uma nova geração que começa a desenvolver a ideia do negócio social e encarar sustentabilidade como uma vantagem competitiva. Os exemplos são abundantes e se espalham pelo mundo - sistemas de irrigação baratos no Quênia, um hospital de olhos na Índia, uma associação de produtores de alimentos ecológicos em São Paulo, entre outros.


O desenvolvimento desses negócios está em aberto e ainda não há muitos modelos consolidados. Nem mesmo o que fazer com os lucros é um consenso. No livro
Criando um negócio social, em que conta o surgimento do Grameen, Yunus defende que nesse tipo de iniciativa - que ele considera importante para o futuro do capitalismo - os lucros devem ser totalmente reinvestidos no negócio. Vikram Akula, por outro lado, fundador do SKS Microfinance, maior banco de microcrédito da Índia, afirma que "não há conflito entre ambição social e econômica". O SKS está até na bolsa de valores: a empresa realizou um oferta pública de ações em 2010, o que resultou em críticas pesadas de Yunus, que diz não acreditar ser possível manter o foco no impacto social tendo que apresentar lucro para acionistas.

Dentro dessa diversas abordagens, parece existir uma ideia original: algo diferente de empresas e atividades sem fins lucrativos clássicas, que se relaciona com uma atual cultura de criar coisas novas a partir da convergência de práticas conhecidas. Embora as últimas décadas tenham visto o aumento do número de ONGs e o fortalecimento da filantropia, e agora empresas cada vez mais usem termos como “sustentabilidade” e “responsabilidade social”, uma abordagem própria na direção em que caminham os negócios sociais é importante. Essa diferença pode ser essencial para o desenvolvimento da sociedade do século 21. O próximo passo é colocar cada vez mais lugares na dança das cadeiras do mundo. 

por Renan Dissenha Fagundes

Campanha pura

É engôdo e, mais do que isso, campanha pura, de novo, a manchete da 1ª página e a matéria do Folhaõ no fim de semana (domingo) afirmando que houve um crescimento de 30% no total de funcionários das estatais e que este número no governo Lula chegou a meio milhão de empregados.

Interessante, mas o tempo passa, as empresas estatais crescem, os órgãos públicos, que recebemos do governo FHC completamente sucateados em 2003 dentro da política de Estado mínimo, vão sendo reequipados e a mídia volta sempre com a mesma pauta, a do aumento de gastos e de servidores.

O número de funcionários cresceu, tanto na máquina administrativa quanto nas estatais e bancos públicos, porque estamos remontando a burocracia do Estado brasileira para que ela possa atender a contento os cidadãos e a sociedade.

Pegue-se o exemplo dos bancos públicos: o número de funcionários se ampliou porque estas instituições cresceram, aumentaram seus ativos, o volume de empréstimos e negócios que passaram a fazer, até porque compraram e incorporaram outros bancos.

Governo comprou banco que Serra ia vender de qualquer maneira
Compramos, inclusive um que o candidato da oposição a presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) queria vender, o Nossa Caixa Nosso Banco, hoje pertencente ao Banco do Brasil. José Serra decidiu e ia vender de qualquer maneira a Nossa Caixa / Nosso Banco, um patrimÔnio público do governo do Estado de São Paulo.

Como aliás, ele e os tucanos que integraram seu governo FHC/Serra queriam fazer com a Petrobras, lembram-se? Para  manter a Nossa Caixa / Nosso Banco na esfera pública é que o presidente Lula determinou ao Banco do Brasil que a comprasse.

Só a cegueira ideologica e a obrigatoriedade de cumprir o papel de panfleto de campanha de José Serra - o jornal parece o horário eleitoral do candidata tucano - explicam uma matéria lixo, desinformativa e de tão baixo nível jornalístico quanto esta.
Zé Dirceu

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BB e Bradesco anunciam negociações para atuar na África

Kelly Oliveira

Repórter da Agência Brasil

O Bradesco e o Banco do Brasil deram início a negociações para consolidar operações do Banco do Espírito Santo, instituição portuguesa, na África. Será criada uma holding que "deverá coordenar futuros investimentos envolvendo a aquisição de participações em bancos, bem como o estabelecimento de operações próprias dos bancos no continente africano", diz um comunicado das instituições.
"As três instituições financeiras entendem que a parceria poderá propiciar um importante meio de apoio ao movimento de internacionalização das empresas, brasileiras e portuguesas, bem como assisti-las ao crescente intercâmbio comercial com o referido continente", informa o comunicado.

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Cresce oferta de crédito de longo prazo

Os bancos vêm ampliando gradualmente a oferta de crédito de longo prazo às empresas. Para as grandes companhias, as linhas já chegam a sete anos, com carência superior a 12 meses e pagamentos escalonados de acordo com a necessidade de fluxo de caixa. Para as pequenas e médias, três anos é o limite. 

Pela primeira vez em muitos anos estamos financiando com recursos genuínos de longo prazo", diz Carlos Leibowicz, diretor de corporate do Santander. 

As tesourarias dos bancos estão conseguindo captar recursos com prazos acima de cinco anos e há maior preocupação em "casar" ativos - emitir papéis com prazos semelhantes aos dos empréstimos. 

Walter Malieni, diretor de crédito do Banco do Brasil, diz que as linhas mais longas são desenhadas para grandes empresas que precisam liberar caixa para investimentos, ampliações ou aquisições. 

A Caixa Econômica Federal, que agora quer avançar no segmento corporativo, busca funding de longo prazo, diz Márcio Percival, vice-presidente. Ela captou quase R$ 1 bilhão em letras financeiras de até cinco anos que devem financiar investimentos.

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Bancos buscam as pequenas e médias companhias

As pequenas e médias empresas se tornaram as estrelas da carteira de crédito dos grandes bancos de varejo, conforme os balanços do segundo trimestre já divulgados. Enquanto as grandes companhias se voltam para o mercado de capitais e as Pessoas físicas reduzem a demanda por crédito, as pequenas e médias empresas ganharam um reforço natural.

No Bradesco, o crédito para o segmento teve o melhor desempenho de todos, com expansão de 6,7% frente ao segundo trimestre e de 21,4% em 12 meses. 

No Itaú Unibanco, o crédito a empresas com receita anual até R$ 150 milhões subiu 6,7% de março a junho. O banco admitiu 4,2 mil funcionários no primeiro semestre basicamente para atender essa área. 

O Santander também reforçou com mais 500 gerentes o quadro de 3 mil pessoas da divisão de pequenas e médias empresas. 
O crédito cresceu 4,7% no último trimestre.

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Mercadante Sabatinado I

  • B.O Online

    Mercadante propõe disponobilizar todos os boletins de ocorrência na internet, com a localização de cada um, para que a população saiba o quão violenta é determinada região ou bairro do Estado.

  • Unificação das polícias civil e militar em SP

    "Isso não compete ao governador, depende da Constituição brasileira".

  • Nossa Caixa, Nosso Banco

    "Eles sempre subestimaram a resposta do Brasil", disse Mercadante, comentando a venda da Nossa Caixa, banco estatal paulista, durante a crise econômica que atingou o país entre 2008 e 2009. "Sou favorável a criar uma agência de desenvolvimento", afirmou.

  • Falta de reajustes salariais para o funcionalismo

    Mercadante: "Imagine se você, na Folha, fica cinco anos sem receber reajuste?".

  • Aprovação automática

    "A escola que exige, o aluno dá mais. Você tem que ter avaliação; não para reprovar, quando tem deficiência, tem de corrigir", disse o petista. "Imediatamente nós vamos acabar com a aprovação automática".

  • Professores

    O senador criticou a ausência de planos de carreira para os professores estaduais, além da má remuneração e o que chamou de "borrachada e cassetete ao invés de diálogo" nas negociações salarias da categoria com o governo tucano. Prometeu, ainda, dar um laptop para cada professor do Estado.

  • A história mostra...

    "Futebol é uma coisa fundamental na cultura do paulista. Eu quero só lembrar que Tóquio ficou fora da Copa (do Japão e da Coreia, em 2002) por causa da mesma indefinição que existe aqui", disse.

  • Copa de 2014 em São Paulo

    "Primeira coisa que eu vou fazer se for eleito vai ser sair do muro", alfinetou o senador em referência à postura do governo do Estado em relação à presença do estádio do Morumbi na Copa.

  • Correlação de forças

    Mercadante conta que foi convidado duas vezes pelo presidente Lula para ser ministro da Fazenda, mas que preferiu ficar no Senado para garantir apoio ao governo nas votações.

  • Estradas e pedágios

    "Há um abuso nas tarifas (de pedágio) (...) Existe uma cláusula de equilíbrio econômico e financeiro que permite alterar o contrato", diz o petista, que propõe a implementação do sistema de pagamento de pedágio pelo quilômetro efetivamente rodado.

  • Quem erra?

    "Evidente que o erro é nosso (e não do eleitor). Nós que não fomos capazes de convencer o eleitor", afirmou Mercadante, ao comentar as sucessivas derrotas do PT para o PSDB na disputa pelo governo paulista.

  • Educação

    O petista criticou a "privatização da qualidade de ensino em São Paulo". "Estamos muito longe de ter uma educação de mínima qualidade".

  • Alternância

    Mercadante cita "alternância de poder" como algo "positivo para a democracia", ao se referir ao tempo em que o PSDB está no poder em São Paulo. Mas se esquiva de dizer o mesmo quando confrontado com a possibilidade de Dilma Rousseff (PT) suceder Lula na presidência da República.

  • Cobertura da imprensa

    "Na hora em que a imprensa começar a dar a atenção que essa eleição merece, eu acho que nós vamos crescer muito mais rapidamente", diz o candidato.

  • Trânsito em São Paulo

    Citando pesquisa Ibope, Mercadante diz que, "em 16 anos de PSDB, as pessoas perderam 1 ano e meio no trânsito em São Paulo".

  • Oligarquia

    "A oligarquia mais longa da história política recente do Brasil é o PSDB em São Paulo", critica Mercadante, ao se referir aos mais de 15 anos de permanência do partido no poder no Estado

  • Pesquisas

    Segundo a última pesquisa divulgada pelo Datafolha, Mercadante conta com 16% das intenções de voto, contra 49% de Alckmin e 11% de Russomanno.

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União Europeia apresenta proposta de imposto para bancos


A União Europeia revelou nesta quarta-feira a proposta para um novo imposto sobre os bancos para garantir que os contribuintes não paguem a conta no caso de bancos entrarem em colapso no futuro.
A Comissão Europeia anunciou que o imposto será baseado no mesmo princípio que faz com que empresas poluidoras paguem mais impostos. Isto significa que, de acordo com a proposta, os bancos deverão reservar uma quantia para pagar a conta de possíveis problemas.
De acordo com o comissário de Mercados Internos da União Europeia, Michel Barnier, estes fundos dos bancos vão fazer parte de um sistema mais amplo, com o objetivo de evitar crises financeiras futuras.
"Acredito no princípio do 'poluidor que paga'. Não é aceitável que os contribuintes devam continuar a arcar com o custo pesado do resgate do setor bancário. Eles não devem ficar na linha de frente", disse.
"Por isso, acredito que os bancos devem contribuir com um fundo criado para gerenciar falência de bancos, proteger a estabilidade financeira e limitar o contágio", acrescentou.
Segundo a Comissão Europeia, a quantidade de dinheiro paga por cada banco poderá ser baseada nos lucros e bônus do banco. Os planos ainda precisam ser aprovados em uma reunião da União Europeia que será realizada em junho.
Poderes e regras
A União Europeia afirma que está apoiando uma "série de poderes e regras harmonizadas" que vai permitir que órgãos reguladores de cada país tomem medidas para lidar com bancos insolventes.
Os rendimentos do imposto vão permanecer dentro dos países que arrecadaram, mas há algumas discordâncias sobre se o dinheiro arrecadado deve ir para um fundo especial ou para os cofres nacionais.
França e a Grã-Bretanha, por exemplo, querem que o dinheiro arrecadado com qualquer tipo de cobrança seja destinado aos cofres nacionais, e não para um fundo especial.
A própria União Europeia reconhece que o estabelecimento de um fundo especial pode levar a um "perigo moral", pois os bancos poderiam assumir riscos excessivos se sentirem que estão parcialmente isolados das consequências de suas ações.
A proposta da União Europeia está entre uma série de medidas que tentam tornar mais dura a regulamentação para bancos.
Nos Estados Unidos, uma lei aprovada no Senado, com a mais abrangente reforma na regulamentação dos bancos americanos desde a década de 1930, está agora aguardando a aprovação da Câmara 

Um jogo de azar

O comunicado conjunto divulgado pelo G20 ao final de encontro para estudo e implantação de regras para o sistema financeiro internacional revelou que está por vir uma queda-de-braço entre a sociedade, via seus Governos, e a banca.

Considerado o mais incisivo desde o início da crise mundial iniciada em 2008, o comunicado reforça o que todos já sabemos: é fundamental regular o setor.

Por ora, nenhuma medida concreta foi tomada, e o G20 volta a discutir o assunto em junho. Os governos demoram a cobrar contrapartidas do mercado financeiro pelo socorro - com dinheiro público! - recebido durante a crise. Assim, o comunicado ainda está mais no campo da satisfação à opinião pública do que no de uma real transformação do sistema.

Enquanto isso, os bancos dos países emergentes - os do Brasil, também, obviamente- começam a pressionar para evitar a nova regulação que está sendo desenhada.

Os banqueiros usam o discurso de que as novas regras mais rígidas diminuirão a atual expansão do crédito, que tem sido a base do desenvolvimento desses países. Além disso, aludem a um suposto impacto nas taxas de crescimento do PIB que a reforma acarretaria.

Era de se esperar uma reação de um setor que passou os últimos 15 anos atuando como bem queria, na esteira do receituário neoliberal - no Brasil, implementado pela gestão tucana de Fernando Henrique Cardoso,mas principalmente no centro do capitalismo financeiro os EUA, onde a política de desregulamentação, da era Reagan e Thatcher, se consolidou e predominou com Bush.

A proposta que fazem, indiretamente, é algo assim: atuamos sem regulamentação para impor os rumos que desejamos à condução da economia e, em caso de crise, os governos vêm nos socorrer.

Ora, fica evidente que só uma decisão política pode superar a resistência da oligarquia financeira internacional, dos grandes bancos e dos rentistas - no mundo e no Brasil também. Não podemos nos esquecer que é justamente a ausência de regras que possibilita à banca restringir o crédito quando quer.

Foi o que aconteceu no Brasil durante a turbulência global: restrição de financiamentos, apesar de o governo Lula ter sinalizado, e atuado, no sentido contrário. Para impor uma barreira à crise, nossa economia praticamente só pôde contar com o dinheiro público (Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil), situação que ainda prevalece.

Em geral, a imprensa brasileira incentiva o rentismo, como se verifica nas seguidas páginas que sentenciam uma inevitável alta da Selic, uma cobertura com contornos de torcida pelos juros altos. Não se vê na mesma proporção ataques ao injustificável spread praticado pelos bancos.

Por essas razões, ou bem os governos agem com vontade política e promovem uma reforma profunda no sistema financeiro global, que vá além do atual debate sobre diminuir a alavancagem, taxar o capital especulativo e desencorajar a tomada excessiva de riscos; ou as cartas na economia seguirão como hoje, nas mãos da banca.

Neste jogo de azar, quem perde somos nós, a sociedade.

A vida como ela é, as coisas como elas são


Escrito em 18 FEVEREIRO 2009
O mundo dá muitas voltas, olhe as voltas que o mundo dá.
Hoje os tucademos, liberais e piguistas estão bem caladinhos no que diz respeito ao “deus mercado” às maravilhas da “iniciativa privada”.
Não ficam indignados, revoltados, estupefactos com os boatos que muitos países desenvolvidos, de 1º mundo pensam seriamente em nacionalizar, estatizar bancos privados.
E por que este silêncio ensurdecedor?
Muito simples camaradas, é a prática da velha máxima dos liberais: O lucro é nosso da iniciativa privada. O prejuízo é do cidadão, é do Estado.
Quando assentar a poeira e “eles” tiverem garantido o resarcimento do capital, aí partiram com toda força novamente contra o maléfico Estado, exigindo que este privatize novamente os bancos.
No final das contas não há e nem haverá nada de novo, nem de bom que se tire desta crise.
Tudo continua como Dantas, desde que a minoria privilegiada criou o Estado para garantir capital e segurança para ela. O resto é conversa fiada.
O capitalismo não prevalecerá, mas sim o financismo.
E nenhuma nação aplicara o ditado popular: Quem for forte se aguente, quem for fraco se arebente.
Assim será, amém!
A grande potência do século XXI será a que seguir este conselho.

Monopólio e neoliberalismo


Em respeito a postagem do Orlando sobre o BB em Santa Maria, peço que ele e demais leitores do blog prestem atenção no gráfico ao lado.


Vejam qual era a estratégia dos tucademos para entregar o patrimônio brasileiro.


Eles sucateavam as empresas, bancos e demais instituições do Estado para entregar de bandeja a iniciativa privada. Tinha mais, ainda financiavam e aceitavam "moedas podres".


Caro Orlando, você e todo cidadão brasileiro tem absoluta razão de reclamar, exigir e reinvidicar os melhores serviços possiveis sejam oferecidos pela iniciativa privada ou pelo poder público.


Mas, lembre-se que todos os bancos privados podem ter agência em Santa Maria, por que não tem?


Respondo: Porque a iniciativa privada visa só e exclusivamente o lucro $$$$.

Mexeu com os grandes é populista


As medidas anunciadas ontem por Barack Obama, na sequência da proposta da criação de uma taxa para ressarcimento, pelos  bancos, do dinheiro público que receberam no auge da crise financeira, mostraram que o sistema funciona não só com a mesma regra do lucro selvagem como com as mesmas desqualificações políticas contra os que ousam tentar, ao menos, colocar algum limite nela. Continua>>>