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EUA veta desenvolvimento brasileiro com apoio dos tucademos


Telegramas revelam intenções de veto e ações dos EUA contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro com interesses de diversos agentes que ocupam ou ocuparam o poder em ambos os países
Os telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo Wikileaks revelaram que a Casa Branca toma ações concretas para impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos, observa-se o papel anti-nacional da grande mídia brasileira, bem como escancara-se, também sem surpresa, a função desempenhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, colhido em uma exuberante sintonia com os interesses estratégicos do Departamento de Estado dos EUA, ao tempo em que exibe problemática posição em relação à independência tecnológica brasileira. Segue o artigo do jornalista Beto Almeida.

O primeiro dos telegramas divulgados, datado de 2009, conta que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara , no Maranhão. 

Veto imperialO telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel, enviado aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que o governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara para o lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA. A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que os EUA “não quer” nenhuma transferência de tecnologia espacial para o Brasil.

“Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”, diz um trecho do telegrama.

Em outra parte do documento, o representante americano é ainda mais explícito com Lokomov: “Embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”. 

Guinada na política externa
O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política externa brasileira, a mesma que muito contribuiu para enterrar a ALCA. Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros. Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.

Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do veto norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para foguetes, bem como indicam a cândida esperança mantida ainda pela Casa Branca, de que o TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e o antigo mandatário esforçaram-se pela grave limitação do Programa Espacial Brasileiro, pois neste esforço algumas ONGs, normalmente financiadas por programas internacionais dirigidos por mentalidade colonizadora, atuaram para travar o indispensável salto tecnológico brasileiro para entrar no seleto e fechadíssimo clube dos países com capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e para o lançamento de satélites. Junte-se a eles, a mídia nacional que não destacou a gravíssima confissão de sabotagem norte-americana contra o Brasil, provavelmente porque tal atitude contraria sua linha editorial historicamente refratária aos esforços nacionais para a conquista de independência tecnológica, em qualquer área que seja. Especialmente naquelas em que mais desagradam as metrópoles. 
Leia mais no Opensante


A mania de diminuir o Brasil

[...] só pode ser medo de um grande país dar certo, o que, em muitos aspectos já está acontecendo

por Guilherme de Aguiar Patriota, Chanceler e integrante da Assessoria Especial da Presidência da República.

“O derrotismo encontrou até acolhida teórica na formulação de que o país "não possui excedente de poder" e, portanto, não pode aspirar a objetivos fora do fácil alcance das mãos.

Essa tese predestina o quinto maior país do mundo - hoje sexta economia - a um desígnio de perpétuo alinhamento aos mais fortes, numa versão diplomática do mal-afamado complexo de vira-lata.

Verificamos ser necessário que uma estrangeira (Julia Sweig, do Conselho de Relações Exteriores dos EUA) nos ajude a interpretar de forma mais sofisticada e, ouso dizer, positiva, o episódio da suspensão do Paraguai do MERCOSUL e da incorporação da Venezuela ao bloco. Essa última iniciativa vinha se arrastando por vários anos. Os termos da acessão já haviam sido negociados e firmados no mais alto nível pelos chefes de Estado dos quatro membros do MERCOSUL e do país entrante. A plena incorporação da Venezuela ao MERCOSUL - não custa lembrar -foi ratificada pelos poderes legislativos dos países que ainda conservam sua plenitude democrática intacta no âmbito do agrupamento subregional.

A angústia antecipatória com o êxito também se voltou contra a "Rio+20", declarada um fracasso ab initio por Exército de "especialistas", muitos querendo acoplar à maior conferência da história das Nações Unidas suas respectivas agendas políticas paroquiais.

Pouco importa o fato de a organização do evento ter sido impecável. Foram 17 mil inscritos na "Rio-92"; 48 mil na "Rio+20" - eventos de dimensões incomparáveis.

O resultado espetacular para padrões da ONU não parece encontrar eco entre aqueles que apostavam ideologicamente no fracasso. O país anfitrião convenceu (não pela força ou malícia, mas pelo talento de seus diplomatas) 192 Estados membros a aprovarem por aclamação um documento de 49 páginas, 283 parágrafos, que versa sobre praticamente todos os temas da agenda internacional. Não se produziram tratados. Mas, para quem lida com o multilateralismo, uma visão de futuro consensual vale mais do que compromissos pontuais juridicamente vinculantes.

O Brasil incorporou ao consenso sua visão de como estabelecer um círculo virtuoso entre crescimento econômico, inclusão social, e proteção do meio ambiente. Muitos franziram a testa porque o documento não consagrou o caminho das "soluções de mercado". Não se criou mais um fundo assistencialista, ou uma nova agência especializada da ONU - como se resolvessem.

Finalmente, temos os órfãos dos acordos de livre comércio assimétricos, utilizados para promover a abertura unilateral de mercados em países em desenvolvimento. A obsessão por tais acordos não está em sintonia com o mundo pós-Lehman Brothers, sujeito a manipulações cambiais, a afrouxamentos quantitativos trilionários e ao protecionismo do mais forte.

Surpreende que ainda existam pessoas que prefiram reduzir tarifas a reduzir pobreza. Na atualidade da crise, os regimes de comércio têm de levar em conta equilíbrios mais amplos de fatores. É necessário pensar em integração de cadeias produtivas, geração de demanda e empregos, segurança alimentar e energética, acesso à tecnologia e ao conhecimento, produtividade e sustentabilidade. É preciso entender que o dinamismo econômico migra dos países ocidentais desenvolvidos para conjunto cada vez mais assertivo de países em desenvolvimento em processo de expansão quantitativa e qualitativa.

De minha parte, capto ao menos um consenso positivo entre os analistas nacionais: o reconhecimento de que o peso e a projeção do Brasil se alçaram a níveis nunca antes vistos na história deste país.

Tenho orgulho do quanto o país avançou nos meus quase 30 anos de carreira. A complexidade dos desafios, a densidade de nosso papel e as responsabilidades que assumimos não têm nível de comparação com o universo mais simples da diplomacia menos arrojada de antanho. Felizmente, a liderança brasileira de hoje não sofre de vertigem.”

O capitalismo atropelou a democracia

[...] Os mercados se cansaram desta bobagem de soberania democrática

 No ano passado, de fato, o capitalismo atropelou completamente a democracia. Em nenhum lugar isso é tão visível como na Europa, onde instituições financeiras e grandes investidores foram à guerra sob a bandeira da austeridade e governos de países com economias não muito produtivas ou sobrecarregadas descobriram que poderiam não satisfazer às exigências e continuar no poder.

Os governos eleitos da Grécia e Itália foram depostos. Tecnocratas financeiros estão no comando nos dois países. É como se os mercados por toda a Europa tivessem se cansado dessa bobagem de soberania democrática.  Para ninguém achar que exagero, considere-se a entrevista concedida por Alex Stubb, ministro da Europa para o governo de direita da Finlândia, ao jornal Financial Times no último fim de semana. Os direitos políticos da Europa Central e do Sul seriam subordinados, basicamente, aos da Alemanha e da Escandinávia.   

O requisito de que se deve possuir propriedade para votar - abolido neste país no início do século 19 pelos democratas jacksonianos - foi ressuscitado por poderosas instituições financeiras e seus aliados políticos. Para os países da união monetária europeia, a "propriedade" de que precisam para garantir seu direito de voto é uma classificação de crédito apropriada.
   
Isso tudo parece muito estranho. A ideia de que há um conflito entre nossos sistemas econômico e político é difícil de aceitar, e não somente nos Estados Unidos. Também na Europa tem-se assumido até aqui, que democracia e capitalismo (ao menos, o capitalismo social europeu) andam juntos.
    
Agora, os mercados estão contra-atacando. Napoleão não conseguiu conquistar toda a Europa, mas a Standard & Poor's talvez ainda o consiga. Conflitos entre capitalismo e democracia estão eclodindo por toda parte. E os europeus poderão ter de enfrentar, em breve, uma questão que não consideraram por muitíssimo tempo, se é que algum dia consideraram: de que lado eles estão.
por Harold Meyerso

Código Florestal

Relator defende projeto aprovado na Câmara Federal



Trechos do artigo do deputado Aldo Rebelo (PCdoB):

1. O longo e difícil debate acerca da reforma do Código Florestal Brasileiro colocou em destaque, ainda que de forma não suficientemente explícita, a velha e boa questão nacional. De um lado, a lógica dos que associam a conservação e reprodução da natureza aos interesses do Brasil funda-se na simbiose entre ambiente e desenvolvimento.  De outro, a bandeira do conservacionismo é travestida de subordinação dos interesses nacionais a um movimento que se apresenta asséptico, puro e altruísta na defesa da preservação da Terra, mas que na verdade tem na retaguarda protagonista que surgiu na humanidade desde que o homem superou a barbárie e começou a trocar mercadorias: o general comércio.
                  
2. A grande disputa se dá hoje no campo no ambientalismo. Os foros internacionais, como a Organização Mundial do Comércio e seus ciclos de negociações, como a empacada Rodada Doha, são um palco por demais ostensivo para que os agentes dissimulem seus verdadeiros interesses.  É evidente que, para as ONGs internacionais, pouco importa o percentual de reserva legal ou a metragem de mata ciliar, já que em nenhum país tais reivindicações constam de suas plataformas ou de suas preocupações.
                  
3. O Brasil perdeu/ganhou mais de 23 milhões de hectares de agricultura e pecuária, em dez anos, para unidades de conservação, terras indígenas ou expansão urbana. Acham pouco. Querem escorraçar plantações de mais de 40 milhões de hectares e plantar mata no lugar. Quem não concorda é acusado de "anistiar" desmatadores, num processo de intimidação que acua almas pusilânimes no governo e na sociedade. Quebraram a agricultura da África e do México com subsídios bilionários. Pensam que podem fazer o mesmo por aqui. Será?

Ironia suprema

[...] Genial!!!

Certas entidades internacionais exageram com a gente. Além de tudo o que já fizemos para nos deixarem entrar no Primeiro Mundo, querem que paguemos salários decentes aos nossos trabalhadores e acabemos de vez com o trabalho escravo e a prostituição infantil. É demais. Não transigiremos a este ponto com a nossa soberania.

Hélio Passoshp@secrel.com.br

Amazônia

Algumas verdades que o coronel Gélio Fregapani [mentor da Doutrina Brasileira de Guerra na Selva, fundador e primeiro comandante do Centro de Instrução de Guerra na Selva, antigo servidor da Inteligência Federal na Amazônia, da ABIM. E autor de "A Cobiça Internacional na Amazônia], diz e muita gente não sabe.
  • O problema crucial da Amazônia é que ainda não foi ocupada. Ledo engano é supor que a região pertence de fato ao Brasil. Será do Brasil quando for desenvolvida por nós e devidamente guardada. Daí porque às potências  estrangeiras não interessa o seu desenvolvimento. Por enquanto, Estados Unidos, Inglaterra e França,  principalmente, lançam mão da grita ambientalista. Com a região intocada, mantém os cartéis agrícolas e de minerais e metais. A soja da fronteira agrícola já ameaça a soja americana. E a exploração dos fabulosos veios auríferos da Amazônia poriam em xeque as reservas similares americanas. Despovoada, inexplorada e subdesenvolvida, não haverá grandes problemas para a ocupação militar da região. Aliás, tudo já está preparado para isso."
  • " A reserva Ianomâmi, etnia forjada pelos ingleses, do tamanho de Portugal e na tríplice fronteira em litígio (Brasil, Venezuela e Guiana) é a maior e mais rica província  mineral do planeta. As Forças Armadas e a Polícia Federal  não podem entrar nela, por força de lei. Mas já há  manifestação na Organização das Nações Unidas para torná-la nação independente, se necessário por força das armas. São 4 grupos distintos, lingüística e étnicamente, às vezes hostis entre eles. Sua criação foi manobra muito bem conduzida pela WWF - World Wildlife Found -, multinacional nefasta, provocadora de conflitos como a ferrugem na soja brasileira, produzida a preços mais baratos do que a soja americana."
  • A Amazônia será ocupada. Por nós ou por outros. Numa humanidade em  expansão, com uma série de terras super-povoadas, uma terra despovoada e habitável, ela será ocupada. Por quem? Nós temos, legitimamente, a posse, mas essa legitimidade não nos garante o futuro. Se nós não ocuparmos, alguém a ocupará. Se nós não a  utilizarmos, alguém  vai utilizá-la. Portanto a questão é: somos brasileiros, devemos ocupá-la. A necessidade de ocupação da Amazônia é um fato, e a melhor forma é  deixar prosseguir a fronteira agrícola. E quanto mais perto das serras que separam o Brasil dos países ao Norte, melhor. É nítido o desejo dos povos desenvolvidos tomarem conta das serras: para evitar que o Brasil concorra com seus mercados e como reserva futura de matéria prima."
  • Os  madeireiros não fazem o mal que os ambientalistas falam. Eles pegam espécies selecionadas, que interessam ao  mercado. É claro que eles abrem picadas para chegar até essas árvores, mas isso não faz dano á floresta, porque há milhões de pequenas árvores, chamadas de filhotes, que estão lá  há muitos anos esperando uma chance de chegar ao sol para poder crescer. Quando uma árvore é abatida, aqueles filhotes que estão em, redor crescem numa velocidade espantosa, na disputa para ver qual irá  substituir a que foi abatida. Isso não altera em nada a floresta. Na floresta úmida, real, as árvore crescem com uma rapidez incrível, fora da área de transição da periferia, aberta à agricultura. Em dois anos, as imbaúbas já estão com mais de 40 metros. Então, não é possível uma agricultura como nós a concebemos  no Sul ou no Hemisfério Norte, porque a floresta não deixa. O correto seria a silvicultura, ou seja, a substituição de árvores por outras árvores. Muitas são interessantes para substituir as de menos valor. A castanheira, a seringueira, mas, no  momento, o que chama a atenção, mesmo é o dendê, como potencial para a substituição da energia não renovável.  As reservas de petróleo estão diminuindo no  mundo e o consumo de energia está aumentando. Vai chegar o  momento em que o uso de petróleo será inviável. Não estou dizendo que o petróleo vai acabar. Sempre vai sobrar um pouco, ou um achado  novo, mais fundo, mas o uso do  petróleo, como fazemos atualmente está com seus dias contados. Além domais, os Estados Unidos estão procurando tomar conta de todas as jazidas que existem  no  mundo. Alguns países estão realmente preocupados com isso.""Segundo a FUNAI, existem 10 mil índios no parque Yanomâmi. A Força Aérea, que andou  levando pessoal para vacinação, viu que os índios não  passam de 3 mil. Não há  motivo para se deixar a área mais rica do país virtualmente interditada ao  Brasil. Há outra área Yanomâmi na Venezuela. Está tudo pronto para a criação de uma nação. Orientado  naturalmente pelos falsos missionários americanos, um desses pretensos líderes, Davi Yanomami já andou pedindo na ONU uma nação. Teria pedido proteção contra os colonos brasileiros, "que os querem   exterminar".  As serras que separam o Brasil da Venezuela e da Guiana, e um pouquinho da Colômbia, contém as principais jazidas minerais do mundo."

Fizeram com a P-36 querem fazer com a Petrobrás


Os esclarecimentos do presidente da Petrobrás [Sérgio Gabrielli] e esta imagem ao lado dizem tudo que os tucademos fizeram, estavam fazendo e fariam contra a empresa e o país. São uns entreguistas, lesa-pátria, tá no DNA desta gentalha.

Valor: Fica a impressão de que a empresa estava afundando.
Gabrielli: Afundando não. Sendo afundada. Se a companhia seguisse naquela mesma linha, se continuássemos inibidos nos leilões para deixar que os outros entrassem, preparássemos as refinarias para ser vendidas, se continuássemos proibidos de entrar na petroquímica, se continuássemos com aqueles contratos de termoelétricas em que a Petrobras só entrava com o custo e toda a rentabilidade ia para os sócios. E se continuássemos aquela política de internacionalização em que os ativos não tinham resultado, a política de enfraquecimento da engenharia interna e redução do investimento sem acelerar a contratação de gente, nós mataríamos a Petrobras. É isso que eu estou chamando a atenção. A empresa estava com um conjunto de ações que inibiria o crescimento. A lógica era essa. O modelo era para a Petrobras ficar pequena e o mercado ocupar a maior parte.
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Diferença abismal

Na foto abaixo vemos a alegria criminosa dos tucademos doando o patrimônio público
Na foto acima vemos a alegria virtuosa de nacionalistas valorizando o patrimônio público. E não é por acaso que esta foto ficou embaixo da outra. É para mostrar a diferença absoluta entre os dois modelos e momentos.   Para ver a corja dilapidando nossas riquezas temos de fazer como eles faziam, baixar a cabeça. Para ver Lula e companheiros lapidando uma riqueza nossa [petrobras, pré-sal], temos de erguer a cabeça. Assim como o Brasil faz diante do mundo. Com orgulho erguemos nossas cabeças para valorizar a Naçao. Mas, sem a soberba daqueles que tudo sabem, que tudo tem e que desprezam nossa riqueza maior, que é o orgulho de ser brasileiro, de ser povo.
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O fato relevante

Nestas eleições um fato novo está acontecendo. Fato verdadeiramente relevante. Mas que não precisa ser publicado na grande imprensa. Aliás, o fato relevante consiste exatamente nisto: o povo já não se guia pelos “fatos relevantes” publicados pela mídia. A grande imprensa perdeu o poder de criar a “opinião pública”. A “opinião pública” não coincide mais com a “opinião publicada”.
O povo encontrou outros caminhos para chegar às suas próprias opiniões, e traduzi-las em suas opções eleitorais. Já houve eleições que mudaram de rumo por causa do impacto produzido pela divulgação de “fatos relevantes”, tidos assim porque assim divulgados pela grande imprensa. Agora, a grande imprensa fica falando sozinha, enquanto o povo vai tomando suas decisões. Bem que ela insiste em lançar fatos novos, na evidente tentativa de influenciar os eleitores, e mudar o rumo das eleições. Mas não encontram mais eco. São como foguetes pífios, que explodem sem produzir ruído.
A reiterada publicação de fatos, que ainda continua, já não encontra sua justificativa nas reações suscitadas, que inexistem. Assim, as publicações necessitam se apoiar mutuamente, uma confirmando o que divulga a outra, mostrando-se interdependentes mais que duas irmãs siamesas, tal a impressão que deixam, por exemplo, determinado jornal e determinada revista. Esta autonomia frente à grande imprensa, se traduz também em liberdade diante das recomendações de ordem autoritária.
Elas também já não influenciam. Ao contrário, parecem produzir efeito contrário. Quando mais o bispo insiste, mais o povo vota contra a opinião do bispo. Este também é um “fato relevante”, às avessas. Não pela intervenção da Igreja no processo eleitoral. Mas pela constatação de que o povo dispensa suas recomendações, e faz questão de usar sua liberdade. Este “fato relevante” antecede o próprio resultado eleitoral, e pode se tornar ponto de partida para um processo político muito promissor. O povo brasileiro mostra que já aprendeu a formar sua opinião a partir de “fatos concretos”, que ele experimenta no dia a dia, dos quais ele próprio é sujeito.
Já passou o tempo das falácias divulgadas pela imprensa, onde o povo era reduzido a mero espectador. Em tempos de eleições, como agora, fica mais fácil o povo identificar em determinadas candidaturas a concretização da nova situação que passou a viver nos últimos anos. Mas para consolidar esta mudança, e atingir um patamar de maior responsabilidade política, certamente será necessário trabalhar estes espaços novos de autonomia e de participação, que o povo começou a experimentar.
Temos aí o ponto de partida para engatar bem a proposta de uma urgente reforma política, e também de outras reformas estruturais, indispensáveis para superar os gargalos que impedem a implementação de um processo democrático amplo e eficaz. O fato novo, a boa notícia, não consiste só em saber quem estará na Presidência da República, nos Governos Estaduais, e nos parlamentos nacionais e estaduais. A boa notícia é que o povo se mostra disposto a tomar posição e assumir o seu destino de maneira soberana e responsável.
por D. Demétrio Valentini, bispo de Jales


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O povo é soberano I

TIRIRICAs, IRMÃOS "KLB", NETINHOs, MULHERES "FRUTA", ROMÁRIOs, GRETCHENs, TULIO MARAVILHAs, AGNALDO TIMÓTEOs, FRANKs AGUIAR, COLLORs, RENANs CALHEIROS, FAMILIA SARNEY, LULLAs, DILLMAs, JOSÉ DIRCEUs, EDMAR MOREIRAs, PAULO MALLUFs, CELSO PITA, GAROTINHOs, EDUARDO AZEREDO, RORIZ, COSTA NETO, PALLOCCI...





É DISSO QUE O POVO GOSTA, É ISSO QUE O POVO QUER.





SIMBÓRA LASCAR COM O PAÍS GENTE!





DEPUTADO À 200 MIL CADA, SENADOR À 500 MIL CADA...





VAMO ELEGER LOGO ESSA GENTE TÁ BARATO DEMAIS SÔ! 


por Marco Antônio Leite

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7 de Setembro - O Brasil de todos os brasileiros


O que faz de um país uma nação?
Um língua, uma cultura, uma religião?
São traços, decerto, de uma identidade. Mas elas podem ser iguais e cobrir divisões insanáveis, como vemos em certos países do mundo árabe  ou podem ser várias e conservarem-se unidas como vimos em outros países até que a cizânia da dominação se servisse da diversidade para seus objetivos de poder, embora outros estados progridam na sua diversidade linguística e cultural em várias partes do mundo.
Isso não explica que este tenha se tornado um país para os que vieram da Europa, para os que foram arrancados do coração da África e trazidos para cá, para os que restaram dos antigos donos desta terra. Não explica porque tantos, de tantos solos do mundo, se tornaram igualmente filhos deste solo e a ele ofereceram seus próprios filhos e netos.
O que foi nos transformando, desde Guararapes, num país real foi a implacável constatação de que temos um destino comum. Somos tão grandes e tão variados que chega a ser assombroso que não tenhamos nos fragmentado e, ao contrário do que aconteceu com nossos vizinhos sul-americanos, não sejamos um rosário de nações, que só lentamente começam a retomar o sentimento da identidade que possuem.
Mas, se por uma série de eventos históricos, nosso separatismo nunca foi como lá, se nosso amor pela terra jamais perdeu o olhar distante de nossas imensidões, o Brasil não esteve imune à divisão. A separação que aqui também ocorreu. O poder político e o poder econômico, não importa onde estivessem concentrados, nacional ou regionalmente, sempre reproduziram o esquema desigual e leonino que nos veio da era colonial: as riquezas para metrópole – e nela, quase toda para os senhores – , o atraso e a pobreza para a colônia.
Vivemos, na segunda metade do século 20, o que há duas ou três décadas vivem as antigas metrópoles européias: depois de drenarem sua riqueza e abandoná-las sem futuro, elas tiveram de suportar a “vingança” a seu próprio crime, recebendo não mais as ouro, prata, alimentos, mas gente aos milhares, aos milhões, procurando o que são força incontíveis no ser humano: sobreviver e desejar.
Nossas metrópoles internas incharam, suas periferias explodiram, o convívio humano e a vida citadina degradaram-se. As elites brasileiras pagaram este preço por sua estreiteza de raciocínio e de sentimentos. O enigma que não decifram ficou prestes a devorá-la. O egoísmo transformado em ideologia, a ganância transformada em “lógica de mercado”, a sabujice mental transformando em “preparo intelectual” e “modernidade” o que era simples feitoria dos interesses econômicos a impediram de ver que o Brasil é um país de todos e para todos, ou não será país nenhum.
A eleição de Lula e sua ascensão ao poder não foram, e imediato, uma ruptura com este destino. A democracia real, para nossas elites, era a idéia da barbárie, da selvageria, das invasões, dos confiscos, da negação dos contratos e dos direitos. A “Carta aos Brasileiros” da primeira eleição de Lula funcionou como uma garantia, nem tão aceita, de que não seria assim.
E não foi – e nem se quer que seja.
Mas o metalúrgico de Garanhuns passou por algo que, na luta pela unificação da Itália, o percebeu Nicolau Maquiavel: assim como para pintar uma montanha, olha-se da planície e à planicie só é totalmente vista da montanha, para compreender a natureza dos governantes é preciso ser povo e para entender a natureza dos povos é preciso governá-los.
Não que ele não carregasse dentro de si as idéias que hoje tem, mas elas se tornaram mais claras quando os ventos do enfrentamento político da segunda metade do seu primeiro mandato, 2005-2006, o fizeram perceber que era no Brasil profundo, do povão, no Brasil de onde vinha ele próprio, que teria o apoio para mudar. Que “tudo muito bom, tudo muito bem” de ter preservado a certas políticas econômicas herdadas de FHC, atenuando-as e tornando menos agudo o gume com que feriam este país, mas que, por ali, não se ia mudar. E nem com aqueles que a isso batiam palmas.
Naquele período, como a D. Pedro, fizeram-lhe ver que ele não estava lá para governar um povo, mas para governar segundo os interesses de “metrópole” econômica e os de sua “corte”. E a ele coube dizer um “fico” quando elas ameaçaram lhe dizer: “saia!”.
Desde então, operou-se uma opção clara em Lula, que se reflete no que foram estes seus anos mais recentes de Governo. Idéias que, na perspectiva sindical e política diferem, no horizonte do estadista se confundem: crescimento e justiça, modernização e inclusão, nacional e popular podem diferir na régua curta do instante, mas são inseparáveis na fita da História.
Chegamos a este Sete de Setembro como quem chega às margens do Ipiranga. Nosso país está a um passo de abandonar os laços com seu passado colonial, que sobreviveu à Inependência e à República. Vamos nos tornar senhores dos nossos próprios destinos.
Agora, como lá, não será um passe de mágica. Ainda enfrentaremos muitos combates e batalhas. Teremos de contar com apoio e alianças, com Labatuts e Cochranes. Mas como o sol aos baianos irridentos na Batalha de Pirajá, a luz nos guiará.
Nós vimos a face da esperança e seu brilho atrai de forma irresistível nosso povo.
Viva o Brasil de todo o povo brasileiro!

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Pessoal da Petrobrax vai ao Supremo para controlar pré-sal

Para explorar o pré-sal a Petrobras lançou a maior operação de vendas de ações da historia do capitalismo - a oferta de R$ 128 bi -.
O pre-sal é 10 vezes o que o Brasil, em toda sua história, já produziu até hoje de petróleo.
O pré-sal é igual a 10 vezes o PIB brasileiro.
O pré-sal é a maior descoberta de uma reserva de petróleo feita no mundo nos últimos 30 anos.
O Brasil terá uma reserva igual à da Arábia Saudita.
A mega oferta da Petrobras significa o seguinte: 
A União usou o petróleo do fundo do mar para comprar ações da Petrobras.
O pessoal da Petrobrax preferia que o Governo Lula fizesse duas coisas.
Primeiro, usar dinheiro do Orçamento para capitalizar a Petrobras. 
Ou seja, tirar dinheiro do Bolsa Família para comprar ações da Petrobras.
O pessoal da Petrobrax gostaria que aumentasse a participação dos acionistas privados.
Ou seja, aumentar a participação de investidores como o Daniel Dantas no capital da Petrobras e diminuir a da União.
A mega oferta da Petrobras fará com que a participação na União ultrapasse os atuais 32%.
E a Petrobras se torne cada vez mais estatal.
O jenio não viu que tinha acabado de levar uma bola nas costas.
Não viu que os trabalhadores da Petrobras vão ter um bônus de 15% para comprar ações da Petrobras.
O trabalhador compra 10 ações e recebe 11,5. 
Mas a urubóloga Miriam Leitão entendeu tudo.
Ela é muito mais esperta do que o jenio, que, como se sabe, é um blefe.
Hoje, no Bom Dia Brasil, a urubóloga cantou a pedra. 
Isso vai acabar na Justiça.
Quer dizer, todo o sistema de capitalização da Petrobras e o regime de partilha, hoje empregado em 80% das reservas mundiais – tudo isso pode ir para o vinagre se cair nas mãos, por exemplo, de Gilmar Dantas (*).
A urubóloga sabe das coisas.
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CAMPANHA CONTRA A CAPITALIZAÇÃO DA PETROBRAS: ELES NÃO DESISTIRAM DE IMPEDIR A SOBERANIA NO PRÉ-SAL

Desde a descoberta das jazidas do pré-sal, a coalizão eleitoral conservadora tentou barrar o debate e a aprovação dos marcos regulatórios que pudessem dificultar o avanço das petroleiras mundiais sobre essas riquezas. 
Serra mais de uma vez advogou o adiamento da discussão para 2011, na esperança de que sua eventual vitória fornecesse a margem de manobra ideológica para reverter a estratégia de soberania formulada pelo governo Lula. 
A ofensiva conservadora foi derrotada, primeiro, na Câmara e, no dia 10 de junho também no Senado. Com o voto contrário dos demotucanos, o poder Legislativo aprovou o projeto de lei que cria a Pré-Sal Petróleo S.A, a estatal que assumirá a gestão das maiores jazidas de petróleo descobertas no planeta nas últimas décadas. 
No último dia 2 de agosto, o Presidente Lula sancionou na criação da nova empresa. Mas eles não desistiram. O objetivo agora é sabotar a capitalização da Petrobras, passo financeiro indispensável para reunir os recursos que permitirão à empresa exercer o comando efetivo da pesquisa e exploração dos novos campo. Se a capitalização fracassar, a soberania aprovada democraticamente vira letra morta. 
Os interesses petroleiros, então, poderão alegar ‘incapacidade financeira’ da estatal brasileira para exercer suas atribuições. Contarão, naturalmente, com o amparo da mídia e dos consultores para ecoar os tambores da 'abertura eficiente e racional do setor'. Um aperitivo pode ser saboreado na manchete desta 5º feira da Folha de São Paulo, um jornalismo, como se sabe, 'a serviço do Brasil'. Aspas para o título garrafal da 1º página da Folha: 
"Procurador pede apuração que pode contestar o pré-sal ". 
No texto, a estratégia escancarada assinala: '(este é)... o primeiro sinal de que o pré-sal pode ir aos tribunais’. Resumindo:
 passo 1) tumultuar o mercado para inibir a capitalização da Petrobras com recursos da União e dos acionistas - o que requer um ambiente de segurança para os investidores ; 
passo 2) requerer a anulação da soberania em tribunais aliados; 
passo 3) continuar bombando Serra; se ele vencer, tudo fica mais fácil...

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NÃO DEVIA TER ASSINADO

O presidente Lula pode até  ter cumprido compromisso dito obrigatório com as Nações Unidas, de aceitar sem discutir as decisões do Conselho de Segurança e apoiar sanções econômicas ao Irã. Mas deixou frustrados quantos acreditaram nos seus esforços para levar a paz ao Oriente Médio. Afinal, se o voto do Brasil foi contrário àquelas sanções, mesmo oposto à  maioria dos integrantes do Conselho de Segurança, por que esse sinal de fraqueza na hora da decisão final?

Estariam em jogo outros interesses, junto à comunidade internacional? Sofremos pressões dos países ricos? Ameaças de retaliação? O Itamaraty que explique, mas fica meio ridículo ouvir do chanceler que o Lula “assinou contrariado” o respaldo às sanções econômicas. Se estava contrariado não deveria ter assinado. Não seria a primeira vez que um governo iria bater de frente com a opinião dos poderosos. Ainda mais porque as sanções atingirão de forma direta o povo iraniano, cerceando importações e exportações e prejudicando economicamente aquele país.
                             
Faltou coragem depois de seguidas demonstrações de estarmos atrás de um acordo em condições de pacificar região. Ironicamente poderíamos ter seguido o exemplo de Israel, que inúmeras vezes dá de ombros e ignora decisões das Nações Unidas.
                                     



Seria bom não misturar as coisas. Merece  repúdio universal a decisão do governo do Irã de apedrejar até a morte uma mulher acusada de cometer adultério. Mas daí a aceitar sanções econômicas contra o seu povo, a distância é imensa. Mesmo tendo o presidente brasileiro sido chamado de desinformado quando ofereceu asilo à indigitada mulher, em troca da preservação de sua vida.

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Brasil e Turquia tiram máscara da ONU

Voto contra sanções ao Irã expõe falência do Conselho de Segurança sob controle dos EUA

A decisão do Conselho de Segurança da ONU, que impôs novas sanções contra o Irã por 11 votos a 2, foi encarada pelo governo brasileiro como uma "vitória de Pirro" dos EUA e expôs o fracasso do organismo internacional como um fórum imune aos interesses hegemônicos. 



A vitória da pressão americana já era esperada por Brasil e Turquia, os únicos a votarem a favor do acordo com o país persa, que fora incentivado antes da assinatura em Teerã pelo próprio presidente Barack Obama. 


O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, acusou: "O Brasil pode ser independente por não dever ao FMI”. Ele lamentou os prejuízos ao promissor comércio bilateral com Teerã. 

Discutir já a venda de terra a estrangeiros

Já aprovado na Câmara, está pronto para ser votado pelo Senado o projeto de lei que apresentei estabelecendo regras para a compra e posse de terras na Amazônia Legal por estrangeiros. A proposta pode constituir-se em um bom subsídio para o grupo de trabalho constituído pelo presidente Lula junto aos ministérios da Justiça e da Defesa para, conforme ele anunciou, estabelecer maior controle sobre a venda de terras a estrangeiros, uma questão que diz respeito a soberania nacional.

“Temos a preocupação e precisamos começar a discutir a compra de terras no Brasil por  estrangeiros. Uma coisa é o cidadão vir e comprar uma usina, uma fábrica. Outra é ele comprar as terras da fábrica, da soja e a terra do minério. Daqui a pouco estamos ficando com um território diminuto”, destacou o presidente.

Para se ter uma ideia da importância da minha proposta e da preocupação externada pelo presidente, basta lembrar que, embora os dados oficiais do INCRA indiquem 3,6 milhões de hectares, estimativas atuais apontam haver quase o dobro -  5,5 milhões de hectares - em poder de estrangeiros. São terras de nove Estados da Amazônia Legal, correspondentes a 61% do território nacional ( AC, AM, AP, MA, MT, PA, RO, RR e TO).

Energia nuclear, meio ambiente e soberania


 Para entender o Protocolo Adicional ao Acordo de Salvaguardas com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) é indispensável vê-lo no contexto da questão nuclear em seus três aspectos fundamentais: a guerra nuclear, a não-proliferação e o desenvolvimento tecnológico.
O centro da questão nuclear é o Tratado de Não-Proliferação (TNP). O principal objetivo desse tratado é evitar uma guerra nuclear. A principal possibilidade de guerra nuclear não pode estar, logicamente, nos países que não detêm armas nucleares, mas sim naqueles que detêm armas nucleares. Portanto, o principal objetivo do TNP tem de ser o desarmamento, a eliminação dos estoques de armas nucleares de posse dos países nuclearmente armados: os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e a Inglaterra.
Os países nucleares se comprometeram solenemente a eliminar (e não apenas reduzir) os seus estoques nucleares. Há 42 anos não cumprem esse compromisso e, ao contrário, praticaram a proliferação vertical, aumentando a eficiência das armas nucleares, sua precisão, sua miniaturização.
Apesar de não terem cumprido o seu compromisso de desarmamento nuclear e de desarmamento total, os países nucleares insistiram e insistem apenas em forçar os países não-nucleares a aceitar obrigações crescentes, criando cada vez maiores restrições à difusão de tecnologia nuclear, inclusive para fins pacíficos, a pretexto de evitar a proliferação.
A questão real é que os países nucleares, ao continuarem a desenvolver suas armas e a ampliar sua eficácia ? e, portanto, a intimidar os países não-nucleares em determinadas situações ?, estimulam esses países a procurar se capacitar. Isso ocorreu historicamente com a então União Soviética (1949), a França (1960) e a China (1964), que acharam fundamental desenvolver sua capacidade militar nuclear para servir de instrumento de dissuasão ? e não de ataque, em razão do enorme desequilíbrio dos estoques. Os Estados Unidos têm, atualmente, 10 mil ogivas; a Rússia, 13 mil; a França, 300; a China, 200; e a Inglaterra, 150.
Hoje em dia, até mesmo por causa da menor possibilidade de conflito nuclear que existe entre a Rússia e os Estados Unidos, o novo argumento dos países nucleares é a possibilidade de grupos terroristas adquirirem o conhecimento tecnológico nuclear ou armas nucleares.
Esse conhecimento já existe e é disponível. A questão é a capacidade de desenvolver industrialmente as armas e os vetores para atingir os alvos. Nenhum grupo terrorista detém os vetores (mísseis, plataformas, aviões), nem a estrutura industrial para produzir o urânio enriquecido, nem a técnica para fabricar detonadores.
Finalmente, a questão essencial do Protocolo Adicional. O Tratado de Não-Proliferação prevê que todos os países membros assinem Acordos de Salvaguardas com a AIEA. Os Estados nucleares assinaram “acordos voluntários”, em que submetem a inspeções poucas instalações nucleares civis e nenhuma militar. Os demais Estados têm de submeter à inspeção todas as suas instalações nucleares. O objetivo do Acordo de Salvaguardas é verificar se há desvio de material nuclear da instalação (reatores, fábricas de enriquecimento, etc.) para outros fins, em especial militares.
O Brasil tem atividades nucleares exclusivamente para fins pacíficos, como determina a Constituição federal. O País tem também um Acordo de Salvaguardas com a AIEA, juntamente com a Argentina, que permite aos inspetores da agência verificar as atividades das instalações nucleares brasileiras. Tudo, naturalmente, com o devido respeito à soberania nacional e aos nossos interesses econômicos.
Nos anos 1990, a AIEA, por proposta dos Estados Unidos, elaborou um modelo de Protocolo Adicional aos Acordos de Salvaguarda bilaterais, a ser assinado pelos países-membros, permitindo a visita de inspetores da AIEA, sem aviso prévio, a qualquer local do território nacional dos países não-nucleares, para verificar a existência de qualquer atividade nuclear, desde a pesquisa, usinas nucleares até a produção de equipamentos, como ultracentrífugas e reatores.
Ora, esse Protocolo Adicional tem dois aspectos: uma violação inaceitável da nossa soberania, em especial diante da natureza notoriamente pacífica das atividades nucleares no Brasil, uma suspeita injustificada sobre os nossos compromissos constitucionais e internacionais; e uma prejudicial intromissão em atividades brasileiras na área nuclear, com graves danos econômicos.
Essa intromissão causa graves danos econômicos em razão das perspectivas que se abrem para o Brasil na produção de combustível nuclear, que estará em forte demanda no mundo nos próximos anos, dada a necessidade de enfrentar a crise ambiental.
A solução da crise ambiental no mundo passa pela reformulação da matriz energética, tanto nos países grandes emissores tradicionais, como os Estados Unidos, quanto nos de rápido desenvolvimento, como a China e a Índia. Uma das mais importantes fontes de energia, não geradora de gases de efeito estufa, é a nuclear. O Brasil tem grandes reservas de urânio, tem o conhecimento tecnológico do ciclo completo de enriquecimento do urânio e a capacidade industrial para produzir reatores, ultracentrífugas, pastilhas, etc.
Ora, as ultracentrífugas brasileiras, desenvolvidas com tecnologia brasileira, são as mais eficientes do mundo e há fortes interesses de certos países em ter acesso às suas características, o que seria possível caso viessem a assinar o Protocolo Adicional ao Acordo de Salvaguardas: desnecessário, intrusivo e humilhante.”
Samuel Pinheiro Guimarães